Brise do Amor - Capítulo 01

Um conto erótico de Ben22
Categoria: Homossexual
Contém 925 palavras
Data: 20/01/2016 22:41:45
Última revisão: 20/01/2016 22:51:07

Brise do Amor – Capítulo 01

Mais uma vez, ele olha pela janela do seu quarto, esperando pelo dia que insiste em não amanhecer. São 04:03 e o que ele faz acordado? Ele sabe muito bem. Como ele é? Bom, ele é branco, de uma alvidez que até a própria neve se invejaria. Cabelos pretos e encaracolados que mais pareciam os de um anjo, quando está tocando harpa durante uma festa no céu. Olhos castanho escuros, de uma profundidade encantadora. Um metro e sessenta e cinco centímetros de pura angelicalidade. Sessenta e dois quilogramas de uma leveza de uma pena, quando está se aventurando em um vento de primavera. Dezoito anos de pura inexperiência. Possuía uma certa feminilidade, sim, ele tinha um leve toque de efeminado, toque esse que lhe dava um ar ainda mais angelical. Apesar de seu nome de origem judaica, Benjamim não tem descendência europeia, como vocês devem estar pensando. Acontece que o seu pai, Carlos, era fanático por história norte-americana, principalmente política norte-americana e é daí que vem o nome desse rapaz ansioso, que está acordado, em plena 04:03, esperando chegar a hora de ir para o primeiro dia de aula na Universidade Federal do Espírito Santo. Ben passou no vestibular de Arquitetura e Urbanismo, o qual sempre foi o seu sonho e, por isso, mudou-se da cidade de São Paulo para Vitória, em busca de realizar esse sonho. Para passar o tempo mais rápido, Ben teve uma ideia:

- Vou aproveitar que já acordei e assistir um episódio de Once Upon A Time – pensou em voz alta.

Passado algum tempo, o relógio desperta, marcando 06:00 e o garoto, que já havia se livrado de sua ansiedade, a recupera de forma incrivelmente veloz. Ele pega o seu notebook, o guarda, e vai para o banho. Por ser organizado, todas os itens que o garoto iria ocupar no dia, já estavam organizados. Dessa forma, o mesmo apenas se preocupou em preparar o seu café da manhã. Benjamim morava sozinho. Os seus pais morreram em um acidente automobilístico, deixando para ele uma quantia no banco suficiente para que Ben se sustentasse por alguns anos. Sua tia insistiu em continuar cuidando dele, porém ele decidiu morar sozinho para ter uma certa independência e, também, porque sabia aproveitar a própria companhia. Por esse motivo, era muito sozinho, não possuía amigos, somente colegas que conheceu durante a escola, mas nada que fosse relevante.

Olhando no relógio, viu que já passavam de 06:30, então ele pega suas coisas e vai para o ponto de ônibus. Chegando na universidade, começa a deslumbrar aquele lugar enorme e cheio de pessoas diferentes. Logo cai em si, e decide procurar a sala onde iria estudar. Durante o caminho até a sala, Ben anda de forma tão distraída que não vê quando colide com um rapaz:

Rapaz – olha por onde anda, florzinha.

Ben – me desculpa, cara. Eu tava andando distraído e-e...

Rapaz – E o quê? É gago?

Ben – Ham?

De repente, o rapaz se irrita mais ainda e sai de perto de Benjamim, o deixando completamente deslumbrado pela sua beleza e, ao mesmo tempo, sem saber o que dizer diante de todo o acontecimento. As aulas começam e era disciplina de “Introdução à Arquitetura”. O professor começou a sua aula explicando sobre o campo da arquitetura e sua relação com a cultura e a sociedade, Ben ouvia a tudo aquilo com os olhos brilhando. A aula acaba e depois que o professor saiu, entram dois veteranos dizendo:

Alfredo – E aí, calourada... beleza? Passando por aqui para divulgar a festa de recepção aos calouros.

Colega – Uhuuu! Quando vai ser, que horas e onde? – Pergunta Clara toda animada.

Alfredo – E aí, gatinha animada? Rsrs... vai ser na minha casa, hoje às oito horas da noite. O meu brother aqui vai passar o endereço.

Quando Ben viu quem era o cara que estava passando o endereço, lembrou que era o mesmo cara da colisão hoje de mais cedo e se sentiu desconfortável.

Clara, que era toda animada e louca, do nada começou a se entrosar com Benjamim:

Clara – Oi, me chamo Clara e você?

Ben – Me chamo Benjamim, mas pode me chamar de Ben.

Clara – Que nome diferente! Você é judeu?

Ben – Não, mas é uma longa história. Outra hora te explico – Ri o garoto.

Benjamim era um rapaz calado e na dele, porém quando Clara veio conversar, ele sentiu uma empatia muito grande pela garota, chegando ao ponto de querer ser amigo dela. Ben não percebia, mas as mudanças que aquele ambiente de universidade provocava na essência das pessoas, havia começado a fazer efeito nele.

Clara – Ben, vamos à festa? Vai estar cheia de gatinhos e pelo, que eu percebi, você tem jeito de que gosta de gatinhos... kkkkkkkkkkkk.

Ben – hehe

Clara – Não precisa ficar sem graça. Eu adoro as gays. De Agora em diante, quero ser sua amiga, sua confidente, quero tudo... kkkkkkkkkkkk. Nunca tive um amigo gay.

Ben – Tudo bem – responde Ben que ainda não havia se acostumado com o jeito louco de Clara.

As aulas do dia haviam acabado, e os dois recém-amigos saíram da sala conversando sobre os mais variados assuntos e antes de irem embora, Ben resolveu comprar um milk-shake. Quando estavam indo embora, Benjamim estava tão entretido com a sua mais nova primeira amiga que não viu quando se chocou com um rapaz e derrubou sobre ele, todo o copo de milk-shake que ainda restava:

Cara – eu não acredito nisso! Você de novo, seu babaca? – Gritava com os olhos fumegantes de ódio.

Ben – e-eu... balbuciou.

Continua...

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