O amor, às vezes, vem de longe | Capítulo 6

Um conto erótico de Bruninho
Categoria: Homossexual
Contém 2109 palavras
Data: 14/12/2015 19:11:48

Pessoal, tudo bem com vocês? Já estava com saudades de escrever aqui e de manter contato todo mundo <3

Desculpem esse tempo todo que eu fiquei ausente. Estou passando por um momento bem tenso em minha vida e não consegui escrever aqui com a regularidade que eu gostaria. Enfim... Taí o Cap 6, espero que gostem.

===== Capítulo 6 =====

Assutado com aquele beijo empurrei o Rafael com força e, com lágrimas rolando pelas minhas bochechas, saí correndo para minha casa. Não conseguia entender o que estava acontecendo e eu não estava emocionalmente preparado para conseguir refletir sobre tudo o que tinha acontecido naquela noite. Meu primeiro beijo, briga, beijo roubado... era um pouco demais para o meu coração de apenas 16 anos.

Entrei em casa tentando não fazer barulho para não chamar atenção dos meus pais, senão ainda teria que explicar o porquê de ter voltado tão cedo para casa e com meus olhos vermelhos de chorar. Não seria fácil e muito menos gostoso ter que enfrentá-los depois de tudo. Entrei no meu quarto, fechei a porta e me joguei na cama de roupa e tudo, enfiando minha cara no travesseiro e deixando tudo que estava dentro de mim sair em forma de choro. Chorei pelo que me pareceu horas, até chegar o ponto de eu não ter mais lágrimas

Um dia antes eu estava tão alegre, tão empolgado em ter visto as fotos do Thiago mas naquela noite eu estava totalmente confuso com tudo que havia acontecido naquela noite. Meu primeiro beijo tinha sido maravilhoso, com a forma que o Thiago se aproximou de mim, o jeito firme mas delicado, seu cheiro, seus gestos, a pegada... tinha sido perfeito. Mas as coisas que aconteceram depois não tinham sido nada agradáveis. Nem mesmo o beijo roubado do Rafael eu tinha conseguido entender direito o porquê. O que ele quis com aquilo? Sempre me maltratou por eu ser gay e agora vinha me roubar um beijo? Sempre me provocou mas manteve uma “distância segura de mim”. E agora? Como eu iria me aproximar dele segunda-feira, na escola?

Pra me tirar dos meus devaneios meu celular toca avisando que tinha mensagem no WhatsApp da Giovana.

- Ta onde?

- Em casa. Pq?

...

- Hey! Só pra isso que me mandou msg?

...

- Aff... Desisto de tentar entender essa noite. Vou dormir!

Menos de um minuto depois da minha última mensagem meu telefone toca, era o número da Gi.

- O que foi agora, sua louca? Por que não responde minhas mensagens no Whats?

- Oi Bruno. – uma voz masculina respondeu. Era a inconfundível voz do Thiago.

- O... Oi. Desculpa Thiago, pensei que fosse a Giovana.

- Não tem problema. Só queria saber se estava em casa e estava tudo bem.

- Estou sim. Obrigado por se importar...

- Desculpe pela confusão de hoje, lá na praça. Não era pra eu ter perdido o controle daquele jeito. As coisas poderiam ter sido muito piores... E eles eram só moleques. – ele estava mais falando pra ele mesmo do que pra mim, mas mesmo assim, achei fofo o pedido de desculpas.

- Não se preocupe. Eu é que tenho que me desculpar, né? Se a gente não estivesse abraçado eles não iriam falar nada. – não sabia muito bem o que dizer, achei que devia me desculpar também. Ficaria menos chato.

- Nada a ver, carinha. Fica tranquilo. Bom... Só queria saber se você estava bem mesmo. Vou nessa.

- Ah... ok – falei meio que desapontado da ligação ser tão curta. Eu queria ouvir mais a voz do meu muso.

- Não fica triste não. Amanhã a gente se fala com mais calma. Preciso descansar e esquecer o que aconteceu essa noite.

- Eu nunca vou esquecer – era pra eu ter falado apenas em pensamento, mas minha boca traiu o meu cérebro e acabou me entregando.

- Não vou esquecer nosso beijo, Bru. Você entendeu o que eu quis dizer...

- Eu também não. – falei, sentindo minhas bochechas corarem e as lágrimas descerem sobre elas.

- Bom... Vou nessa, mesmo. Se cuida.

- Você também... Beijo – me despedi, já com a voz falhada.

Acordei no dia seguinte com o sol nos meus olhos, aparentemente porque eu tinha me esquecido de fechar a cortina, ainda com a mesma roupa da noite anterior e com o celular ao lado do travesseiro. Esfreguei os olhos, me espreguiçando, pra logo em seguida agarrar o celular e ver se tinha acontecido alguma coisa durante a noite. Eu tinha umas 80 mensagens não lidas no WhatsApp.

As únicas que eu achei dignas de alguma importância foram as do Rafael e da Giovana. Os outros que me escreveram só queriam fazer fofoca sobre uma “tal briga na praça”.

Rafael:

- Me desculpe! Não sei o que deu em mim

- Bruno. Está aí?

- Hey! Não me ignore, por favor.

- Só queria que você não me odiasse pra sempre.

- Desisto...

Giovana:

- Desculpa por ter saído da praça daquele jeito.

- Você tá bem?

- Fala comigo!

- Afffff. Insuportável.

Fiquei olhando para o celular por alguns minutos meio que processando aquelas mensagens e também decidindo se eu as responderia, ou não. Tentei reunir as imagens mentais que eu tinha da noite anterior, tentando organizá-las em minha mente, ainda um pouco confusa com tudo que tinha acontecido.

O relógio marcava 9h27, o sol estava forte e eu precisava de um banho. Não devia ter dormido com as roupas do dia anterior e nem sem tomar banho. Ainda tinha um gosto amargo na boca e uma sensação ruim do estômago de que nada daquilo devia ter acontecido.

Peguei minha toalha que estava no chão do quarto e fui pro banheiro. Tranquei a porta, e comecei o lento ritual de tomar um banho quente pra repor as minhas energias. Liguei o chuveiro pra encher o banheiro de vapor e enquanto isso eu tirei minha roupa e fiquei me olhando no espelho. De fato, minha bunda estava maravilhosa apesar de estar um pouco peluda demais. Talvez eu devesse me depilar todo, assim o Thiago iria preferir um corpo lisinho contrastando com suas pernas másculas e peludas. Entrei no chuveiro e só de pensar no Thiago meu pau já ficou duro. Incrível como mesmo com tanta coisa na cabeça os hormônios de um cara de 16 anos fazem com que o pau fique duro o tempo todo. Lógico que não aguentei e bati uma punheta em homenagem ao cara que me deu o meu primeiro beijo. Não foi nada de especial, só uma punheta “padrão” para aliviar o meu saco que estava cheio de porra.

Voltei pro meu quarto enrolado na toalha e molhando o chão no caminho e quando eu abro a porta do quarto dou de cara com a minha mãe sentada na minha cama com uma cara de poucos amigos.

- Nossa, mãe! Que cara é essa? – tentei falar num tom meio brincalhão para ver se quebrava o gelo.

- Você foi na pracinha ontem, não foi?

- É... fui. Por que?

- A mãe do Victor acabou de me ligar dizendo que ele se envolveu em uma briga e ficou bem machucado. Parece que nem poderá ir pra escola essa semana até se recuperar melhor.

- Nossa! – respondi engolindo seco. Apesar de eu odiar o Victor e vice-versa nossas mães eram amigas do grupo de senhoras da igreja.

- Você viu o que aconteceu o quem fez isso com ele?

- Não... Eu voltei cedo de lá. Nem sabia disso. – tentei mentir e falar o mais natural possível sem engasgar.

- Pelo que estão falando por aí, parece que um rapaz que nem é daqui. Toma cuidado, hein. Não quero você envolvido com gente estranha. – concluiu a minha mãe com um olhar sério e conclusivo.

- Tá bom, mãe... Pode deixar.

- E QUANDO VOCÊ VAI APRENDER A NÃO SAIR DO BANHEIRO TODO MOLHADO? JÁ DISSE MIL VEZES!!! – Ela gritou do corredor assim que viu a molhadeira que eu tinha feito.

Fechei a porta do quarto, agarrei meu celular e contei a conversa que eu tive com aminha mãe para a Giovana. Meu coração estava na garganta e eu não sabia muito bem como lidar com essa situação. Tudo que recebi de resposta foi um “Tenho uma ideia. Espera aí.”.

Em menos de 10 minutos o telefone de casa tocou e pouco depois minha mãe entra no meu quarto sem nem bater na porta, segurando o telefone sem fio.

- Bruno, a mãe da sua amiga Giovanna quer saber se eu deixo você almoçar na casa dela. Parece que chegou um primo distante e eles querem apresentar você para ele, já que te consideram parte da família.

- O... Oi?! Como assim? A Gi não me disse nada. – falei meio surpreso e meio soando que eu não sabia de quem ela estava falando.

- Pois é... Eu acho que é meio em cima da hora e você não devia ir, mas ela está insistindo aqui no telefone. Quero saber se você quer ir lá.

- Ah mãe... Eu quero, sim. Você sabe que eu adoro a Gi e se ela está me chamando deve ter mais gente lá e tals.

- Humpf! Tá bom. Vê se põe uma roupa decente, então. – Ela disse virando as costas e saindo do quarto.

Corri mandar mensagem para a Gi chamando-a de louca e dizendo ao mesmo tempo que a amava. Me troquei, colocando uma camisa polo azul royal, um shorts branco que ficava bem justo na minha bunda deixando-a ainda maior e um tênis preto da vans. Ajeitei meu cabelo com pomada e secador, conferi no espelho se eu estava com um look de causar desejo nos boys, passei meu perfume e já saí de casa.

Cheguei na casa da Gi eram quase 11h, toquei a campainha e ela já foi me receber com um abraço e um beijo no rosto, perguntou como eu estava e eu já fui entrando cumprimentando os pais dela e agradecendo pelo convite do almoço. Eu estava indo pro quarto dela, quando fui interrompido por ela me dizendo:

- Não senhor. Você não veio aqui em casa para ficar no meu quarto comigo, tem alguém que está te esperando no quarto de visitas. – falou isso já empurrando para o quarto de visitas que era usado como escritório do pai dela, quando não tinha ninguém lá.

Ela me empurrou para dentro do quarto e fechou a porta atrás de mim.

Deitado na cama, sem camisa e ouvindo música no celular, estava o Thiago. Quando a Giovana fechou a porta atrás de mim, fazendo barulho, ele abriu os olhos, me olhou e sorriu, já se levantando da cama. Não disse nada, só deu três passos em minha direção e me envolveu com seus braços, fazendo minha cabeça encostar em seu peito quente e sem camisa. Imediatamente eu o abracei também, segurando-o forte contra mim, quase que com medo que ele fugisse. Mesmo o cheiro do perfume da noite anterior não estar mais lá naquele pescoço gostoso, o cheiro dele ainda me deixava alucinado. Aquele cheiro de homem limpo com pequenas gotículas de suor espalhadas em seu corpo, por causa do calor, misturado com o calor da sua pele... Era demais para mim. Meu pau ficou duro na hora e eu tive que parar de abraçá-lo para poder arrumar meu amigão dentro da cueca. Ele percebeu e deu uma risada, enquanto colocava sua mão por trás da minha cabeça e se aproximava da minha boca.

Antes que eu pudesse ter alguma reação os lábios dele estavam novamente colados nos meus, e ele já colocava sua língua dentro da minha boca me fazendo relembrar do meu primeiro beijo ocorrido na noite anterior.

Diferente do nosso primeiro beijo, dessa vez o Thiago foi com mais sede ao pote, segurou firme a minha cabeça com uma mão e com a outra desceu pelas minhas costas parando em cima da minha bunda. Claro que eu adorei estar beijando aquele meu armário moreno, ainda mais agora que ele tinha colocado a mão em minha bunda. Lentamente eu dei uma empinada no bumbum e comecei a dar uma reboladinha para ver se ele se empolgava. Enquanto isso eu comecei a passar a mão pelo seu peito e abdómem me demorando bastante em seu mamilo, aproveitando para dar umas beliscadas provocadoras. Entendendo o recado, ele me segurou com as duas mãos na bunda e me levantou, me deixando com o rosto na altura do dele e engolindo a minha boca com um desejo quase descontrolado. Pensei comigo “será que é hoje que eu perco a virgindade?”

- COF COF ... Desculpa atrapalhar, mas o almoço está na mesa e só estão faltando vocês dois. – A Giovana disse da porta do quarto, já respondendo a minha pergunta mental.

===== FIM do Capítulo 6 =====

Vou tentar mandar o próximo capítulo ainda essa semana. Desculpem, de novo, pela falta de constância nos posts.

Bjos em suas pirocas <3

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