Um Conto Medieval XXVI

Um conto erótico de tavinhoo
Categoria: Homossexual
Contém 935 palavras
Data: 09/12/2015 00:15:10
Assuntos: Gay, Homossexual

Eu sabia que ele estava morto, eu sentia que seu coração havia parado de bater, eu ouvia o meu gritar.

Fui em sua direção lentamente e nada me importava a minha volta, o fogo, os gritos, nada, eu só via meu lindo garoto de cabelos loiros ali naquele chão já pálido, ouvia Vera gritando e faíscas de raios verdes e vermelhos ao meu redor, me aproximei dele e alisei seus cabelos com os dedos, não podia acabar ali, não podia ser o fim dele , não podia ser o nosso fim.

Então fechei meus olhos, coloquei minha mão sobre sua testa, e a outra em seu coração, eu não me importava com as consequências, so queria Jhonny de volta.

-Ad vitam resuscitavit.- eu dizia em voz alta, levantei minha cabeça para o céu e um vento muito forte tomou conta dali.- Ad vitam resuscitavit.- repeti novamente e o céu ficou todo escuro, raios riscavam aquela imensidão e clareavam , a terra começou a tremer o vento era forte meus cabelos dançavam.- Ad vitam resuscitavit.

- Brian não faça isso.- dizia Vera ainda em combate com Melok.

Eu não me importava com o que viesse, eu iria continuar até telo de volta.

-Ad vitam resuscitavit,Ad vitam resuscitavit,Ad vitam resuscitavit,Ad vitam resuscitavit.- e pela ultima vez eu gritei com toda minha força e com todo o ar que havia em meus pulmões.-Ad vitam resuscitavit.

Senti um impacto muito grande dentro de mim, uma energia que eu nunca havia sentido ou ao menos imaginado, meus olhos ardiam, meu corpo tremia, olhei pro rosto de Jonathan e ele me olhava assustado, sua respiração estava descompassada, ele parecia ter dificuldade de respirar, em determinado momento eu senti um ódio fora do comum dominar meu corpo, uma raiva que ia além do meu controle, uma vontade de destruir tudo a minha frente, Jonathan me olhava assustado.

- Seus olhos.- ele dizia ainda meio sem ar.- estão vermelhos.

Eu os fechei lentamente e todos aqueles fenômenos pararam imediatamente, eu respirei fundo e o ódio ia sumindo aos poucos, quando abri novamente os olhos ele continuava a me olhar.

- Agora um dos seus olhos estão vermelhos e o outro está azul, azul muito claro, quase cinza.- sua voz já estava normal.

-Eu tive medo de te perder amor.- eu disse o beijando.

- E eu nem sei onde eu estava, eu te procurava,mais não te achava em lugar algum, até que eu ouvi sua voz e corri sem rumo.- ele disse e voltou a me beijar.

É certo que existe maldade dentro de cada pessoa mesmo que em quantidade pequena, mais ela não deixa de existir, basta saber controlar, dai surge a raiva, o ódio que dão origem a vingança, esses sentimentos surgem do lado sombrio. Eu sabia que meu ato traria consequências, e elas fugiam da minha imaginação.

- Jonathan.- eu disse suspirando, algo queimava dentro de mim, um calor incontrolável.- se afasta de mim.

- Seus olhos.- ele disse com a voz trêmula.- estão ora vermelhos ora azuis.

-Se afasta, eu não quero que nada aconteça contigo.- eu disse sentindo muita dor, eu resistia aquilo, mais era algo tão forte.- Saiiiiiiii .- por fim gritei.

Ele se afastou, eu fechei os olhos e respirei fundo, quando os abri senti de novo aquela divisão, um lado meu parecia queimar de ódio, enquanto o outro era sereno e tranquilo.

- Eu acho que temos que ter uma conversa Melok.- eu levantei dois dedos e girei.- dolor.

Ele colocou as mãos na cabeça e começou a gritar, as veias do seu pescoço saltavam. Se teve uma coisa que eu aprendi com aquele livro, que que as palavras tem poder, e você sabendo usá-las pode conseguir o inimaginável.

-videtur.- eu disse fazendo o mesmo movimento com as mãos.

-Está louco garoto, você não sabe com quem está mexendo.- ele disse me olhando.- onde aprendeu isso? Porque as trevas so tomaram metade de você?

- Eu acho que você é que não sabe com quem está mexendo Melok, eu poderia agora queimar você assim como vc fez com a minha avó, mais tenho algo melhor.- ele iria me atacar.- Stationarius.- e la estava ele imóvel no ar.

- Escute o que eu irei lhe dizer, mais escute com atenção.- eu caminhei até onde ele estava e peguei em seu rosto olhando bem nos seus olhos.- eu poderia acabar com tudo quem tem em nossa volta em um estalar de dedos,mas eu não sou você, e nem quero ser.- nesse momento virei de costas.- porém.- virei novamente pra olhar para ele.- você merece isso, você merece a dor, você merece ser frágil, e eu acho que você não é digno a magia que tem.

Ele começou a grunir querendo falar.

- Foi por isso que você matou a vovó?medo dela tirar sua magia Melok? Eu posso fazer isso, você sabia?.- eu sorri e ele suava.- Possit Loqui.

- Você está blefando.- ele disse agora que liberei sua fala.

- Você sabe que não Melok, eu conheço as palavras, eu tenho O Conhecimento e tenho o poder.

- Você não passa de um bruxinho que acha que pode tudo.- ele disse sorrindo.- olhe para mim, sou Melok, todos me temem.

- Isso mesmo Melok, olhe para si, o grande Melok, preso e imóvel por um bruxinho que pensa que pode tudo.- não tive como não gargalhar.- então, paga pra ver?

- Pago.- ele disse com frieza na voz.

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