Apaixonado pelo pedreiro e abusado pelo cunhado motoboy - Parte 1

Um conto erótico de Vidoli
Categoria: Homossexual
Contém 4720 palavras
Data: 28/12/2015 15:59:01

APAIXONADO PELO PEDREIRO E ABUSADO PELO CUNHADO MOTOBOY – PARTE 1

OBSERVAÇÃO: Não gosto de histórias em muitas partes (novelas), mas diante da necessidade da narrativa, esta será dividida em duas partes.

O que diferencia o sexo dos animais e do ser humano é a fantasia. A fantasia é o combustível principal para acender e manter a chama do desejo. Toda pessoa tem, reprime ou alimenta fantasias em sua mente. Faz parte da psicologia humana.

Chamam-me de Anjinho, mas meu nome é Davi. Meus primos me deram esse apelido ainda na infância, porque eu era e talvez ainda seja todo “certinho”; não gostava de fazer coisas escondidas dos meus pais, raramente desobedecia alguma ordem deles, não participava de certas brincadeiras, era um aluno exemplar na escola. Meus tios e conhecidos da família, sempre me elogiavam para os meus pais, dizendo: “Vocês tem um filho de ouro”, “Não está fácil para criar filhos no mundo de hoje, mas vocês educaram muito bem o Davi”, “Que garoto educado” e tantos outros comentários que deixavam os meus pais muito orgulhosos de mim. O fato é que todos me chamavam de Anjinho, tanto os meus pais e familiares, como alguns amigos e amigas da escola. Às vezes, até me esquecia de que meu nome de registro era Davi.

Minha família vive em um sítio, herança dos meus avós maternos. Melhor dizendo, só os meus pais. Minha irmã, chamada Gabriela, que é cinco anos mais velha do que eu, mora na cidade com o marido. Meus pais, sempre fizeram questão de que eu e ela estudássemos, fizéssemos faculdade para ter uma condição de vida melhor. Minha irmã cursa o 3º ano de fisioterapia, trabalha como auxiliar administrativo em uma empresa e ainda faz os estágios da faculdade. Vive há mais de um ano com o marido. Pessoalmente, não o conheço; apenas por foto. Ele se chama Marcelo. Quando os meus pais foram visitá-los, eu não pude ir, pois era período de provas no colégio. Desde o período de namoro, sei que os meus pais não gostavam muito dele. Inclusive, foram totalmente contrários ao casamento dos dois, pois alegavam que o Marcelo não era o cara ideal para a minha irmã ou de que ele iria fazer com que ela abandonasse a faculdade. O fato é que ela se casou com o Marcelo contra a vontade dos meus pais e por isso, ela nunca o levou para o sítio.

Quando terminei o Ensino Médio, aos 17anos, fiz o vestibular para Pedagogia, pois desde criança o meu sonho era ser professor, trabalhar com educação. Tive o apoio irrestrito da minha mãe; mas o meu pai, inicialmente queria que eu usasse a minha inteligência para fazer um curso mais rentável. Era mais ou menos o tipo de argumento que ele usava em nossas conversas. Fui aprovado em 2º lugar. Conclusão: no ano seguinte eu iria me mudar para a cidade e morar com a minha irmã para cursar a faculdade.

Até então, nunca havia namorado. Meus pais, inclusive me apoiavam, dizendo que era necessário estudar primeiramente, para depois pensar em namoro e casamento. Mas particularmente não sentia atração pelas meninas. Até tentei, mas foi em vão. Na escola, ficava excitado quando via os outros meninos jogando futebol na quadra. Também me excitava quando assistia alguma cena mais caliente em um filme ou novela na TV. Admirava o Pedro, um peão que ajudava o meu pai nas tarefas do sítio, principalmente quando ele estava em cima do cavalo. Nunca demonstrei nada, procurava ser discreto o máximo possível. Nunca tinha tido experiência sexual com outra pessoa. Apenas me masturbava quase que diariamente em meio às minhas fantasias e desejos reprimidos.

Primeira semana de fevereiro. Eu estava na cidade. Minha irmã me esperava na rodoviária. Era uma alegria imensa, por saber que uma nova etapa em minha vida estava prestes a começar. Novas experiências, em todos os sentidos, seriam vivenciadas. Eu estava totalmente perdido, parecendo um bicho do mato. Tudo era um encanto: os prédios, as pessoas, o trânsito, os ônibus coletivos (alguns lotados)... Até que chegamos naquela que seria a minha nova moradia.

A casa era simples: a sala e a cozinha eram acopladas, tinha dois quartos e um banheiro. Mas era tudo muito organizado e decorado; afinal a minha irmã, sempre foi uma pessoa caprichosa e detalhista. De repente, ouço o ronco de uma moto chegando. Era o Marcelo. Quando ele entrou no recinto, inicialmente fiquei admirado com a sua beleza viril: era alto (deveria ter cerca de 1,85 de altura), corpo bem definido (entre 75 e 85 Kg), moreno, cabelos encaracolados, que tinham um aspecto bagunçado, o que dava à ele jeito de um cara másculo e até mesmo desleixado (talvez por conta do capacete), possuía um rosto quadrado, com olhos esverdeados, lábios grossos e um cavanhaque estiloso, o que lhe proporcionava um ar ainda mais sedutor. Ele usava uma calça jeans, que marcava de forma estridente o volume entre as pernas e uma jaqueta de couro. O Marcelo é o tipo de homem que não passa despercebido em situação alguma, que arranca suspiro das mulheres e também dos homens por onde passa. Eu o achei muito gato e sexy, mas não passou disso. Em questão de segundos, ele me cumprimentou com um forte aperto de mão, que quase arrancou o meu braço (desculpe o eufemismo) e disse:

- Então esse é o seu irmão, Gabi!? O Anjinho, que nós vamos cortar as asinhas.

Aquilo me deixou totalmente envergonhado e sem reação. Minha irmã o repreendeu, pedindo mais respeito, ao que Marcelo respondeu:

- É só brincadeira. Vai se acostumando. Aqui não tem frescura não.

Ao dizer isso, ele se voltou para a minha irmã e apalpou com tudo a sua bunda e deu um beijo voraz e intenso nela, daqueles que chega com fome e devora. Depois retirou a jaqueta e jogou encima do sofá, foi retirando as botas ali mesmo e arrancou com tudo a camisa. Eu estava atônito diante de tudo aquilo. Nunca tinha visto um homem como aquele, bonito, peitoral de fora com finos pelos na região do abdômen, pelos aparados nas axilas, uma grande águia tatuada em meio ao peito e um dragão que dominava toda a costas. Além do mais, tinha uma pegada e tanto e era totalmente sem vergonha. Aquilo começou a despertar dentro de mim instintos que até então estavam reprimidos.

Nos momentos que se seguiram pude perceber que Marcelo era um homem rude com minha irmã, às vezes a maltratava com palavras, desmerecendo o seu trabalho. Falava palavrões sem pudor algum, era bruto. Nos dias que se seguiram, esta primeira impressão só se confirmou. Eu pensava comigo: “como a minha irmã pode aceitar tudo o que esse cara faz com ela?”, “bem que os meus pais diziam que ele não era o marido ideal para ela”, “mas ele deve ter algo especial, pra ela gostar tanto dele assim”, “deve ser muito bom de cama”. O fato é que a minha irmã é apaixonado por aquele brutamonte rude, cavalo e canastrão. Ele é o típico garanhão e ela deve se sentir totalmente submissa com ele no comando e provavelmente goste dessa situação.

Eu me sentia incomodado ao conversar com o Marcelo, pelo modo como ele tratava os assuntos. De forma direta e rude. Certo dia, eu estava na sala com ele, assistindo TV, enquanto a minha irmã lavava roupa na parte de fora da casa, quando de repente ele puxou conversa:

- Já comeu muita buceta, guri?

Fiquei mudo, pois não consegui falar nada imediatamente.

- O quê? Fiz-me de desentendido.

- Quantas bucetas você comeu Davi? Não vai me dizer que ainda é virgem!?

O meu jeito e olhar me denunciava. Prontamente disse:

- Não, eu não sou virgem.

Mas as palavras proferidas pela minha boca não condiziam com o que o meu corpo transparecia e nem tinham firmeza.

- Conta outra moleque.

Retrucou Marcelo. Ele continuou.

- Você ainda não sabe o que é provar a xoxota de uma mulher. Mas eu te garanto, que depois que você pegar a primeira, você não consegue ficar sem. Pode deixar que eu vou arrumar umas gatinhas pra você. Lá na pizzaria em que eu trabalho, o que mais tem é safadinhas prontas pra dar.

- Para disso Marcelo. Eu não estou preocupado com isso não. Eu só quero estudar e trabalhar.

Quando eu disse isso, Marcelo então me interrompeu.

- Então você é viadinho! Se não quer comer as bucetinhas das minas, é porque gosta de dar o cuzinho. É isso mesmo Anjinho?

Eu não sabia o que dizer. Meu rosto deveria estar um pimentão de vermelho, pois estava com muita vergonha; afinal, nunca havia conversado com alguém sobre isso e muito menos, utilizando aqueles termos. Ao mesmo tempo, sentia medo. Em questão de segundos, pensei em várias possibilidades: falar a verdade, que eu era gay, mas de que ainda era virgem; mentir, afirmando que eu gostava de meninas (mas seria em vão, pois as palavras quando não são verdadeiras contradizem o olhar e os gestos); ou sair correndo dali, o que fatalmente comprovaria para o Marcelo as suas suspeitas.

Por obra do destino, a minha irmã entrou na sala naquele instante e eu imediatamente me retirei e fui para o meu quarto. Deitei-me na cama e comecei a refletir sobre aquela situação. Sabia que o Marcelo já tinha matado a charada: eu era gay.

Eu nunca demonstrei ser gay, pelo menos é o que penso. Não sou afeminado. Sou baixinho, gordinho, moreno claro. O meu bumbum é bastante avantajado, talvez isso denuncie a minha condição. Aparentemente, a partir daquele dia, o Marcelo ficou mais desbocado ainda. Tratava a minha irmã como se fosse uma empregada ou objeto sexual dele (na minha frente, sem qualquer tipo de cerimônia); coçava o saco no sofá, na mesa de jantar, em qualquer lugar; falava palavrões e putarias e o pior: percebi que ele olhava de modo diferente pra mim. Sempre procurava desviar o olhar, evitava ficar a sós com ele, a fim de evitar alguma outra conversa inconveniente. Mas se ele quisesse, ele daria início a qualquer tipo de conversa, mesmo na presença da minha irmã. Mas sei lá por quais motivos, na presença dela, ele começou a me tratar de forma mais respeitosa.

Os primeiros dias na faculdade foram incríveis. Tudo era novo para mim. Eu era o garoto do mato que tinha ido estudar na cidade grande. Nos primeiros dias, já tinha feito amizade com três meninas. Tinha facilidade para fazer amizades com as garotas, mas uma tremenda dificuldade para me aproximar dos homens. Parecia que eu não tinha argumentos para conversar sobre os assuntos que eles geralmente conversam, ficava travado em meio a uma conversa de homens; ou talvez, medo de transparecer que eu era gay e não ser aceito pelo grupo por isso. Ainda na primeira semana de aula, despertei a atenção de alguns pedreiros que trabalhavam em uma construção de um sobrado, que ficava umas duas quadras da casa da minha irmã. Quando eu descia no ponto de ônibus, obrigatoriamente eu tinha que passar em frente à construção. Inicialmente, eles apenas assoviavam quando eu passava. Eu me fazia de surdo ou desentendido e continuava o meu trajeto. Acredito que a minha bunda despertou a atenção deles. Pedreiros são safados por natureza. Eu sempre tive tesão por pedreiro, não sei explicar a razão. Mas fico imaginando aqueles homens descamisados, sujos de cimento e areia e molhados pelo suor, me envolvendo em braços fortes e quentes. Esses pensamentos me deixavam extasiados.

Nos primeiros dias em que fui assediado pelos pedreiros, nem sequer olhei pra eles. Não tinha coragem e não queria demonstrar que eu gostava da situação. Eu fiquei me achando o máximo, pois nunca alguém havia me paquerado, assediado ou coisa do tipo. Acredito-me, que involuntariamente até passei a empinar e rebolar mais a minha bundinha quando passava diante da construção; tudo isso, só para chamar mais a atenção. Sinceramente não sei o que estava acontecendo comigo. As novas experiências de vida estavam me fazendo mudar, ficar mais atrevido.

Na segunda semana, eu resolvi passar pelo outro lado da rua e então voltei o meu olhar para a construção a fim de ver os pedreiros que ali trabalhavam. Eram quatro. Um aparentava ter uns 40 e poucos anos e os outros três deveriam ter entre 20 e 30 anos. Todos trajavam seus uniformes completos: botinas pretas (sapato típico de pedreiro), calça e camisa básica de gola azul, com o logotipo da empresa. Todos usavam capacetes. Diminuí o ritmo dos passos apenas para admirá-los. Da distância em que eu estava não era possível visualizar as feições do rosto de forma detalhada. Apenas consegui estabelecer uma média de idade e perceber que todos tinham corpos esculturais dentro daqueles uniformes. Ao me verem, começaram a assoviar. Rapidamente, desviei o olhar e continuei a caminhar, me exibindo provocativamente. “Será que aquilo era só brincadeira por parte deles?” Eu me perguntava. “É claro que é”. Eu afirmava pra mim mesmo. “Imagina só, se aqueles homens vão querer alguma coisa comigo”, “eles só estão de zoação com a minha cara”. Mas a situação me instigava e eu gostava.

Certo dia, as cantadas deixaram de serem apenas assovios. Um deles disse:

- Ô loco! Que bunda gostosa!

O outro continuou:

- Tá igual melancia na roça, rachando de boa!

- Deixa a gente apalpa!? Outro disse.

Eu ficava excitado com toda aquela situação. Mas estava adorando. Não tinha coragem de olhar diretamente para eles.

Por outro lado, na casa da minha irmã, Marcelo continuava do mesmo jeito. A cada dia que passava era mais rude e desbocado. Não vou negar que admirava a sua beleza e muitas vezes, me via em pensamentos indecentes com ele. O jeito motoboy de ser. Ficava imaginando ele entregando pizza na casa das pessoas daquele jeito todo sexy. Vê-lo em cima da moto era um tesão. Será que ele traía a minha irmã? Todo gostosão do jeito que era, oportunidades não deveriam faltar.

Certa noite, ouvi os gemidos dela na cama durante o sexo. Ele gritava pra ela:

- Rebola cadela, na pica do seu macho!

Ele continuava:

- Quietinha cachorra, quem manda aqui sou eu. A cadela só obedece.

Ele ficava dando ordens pra ela na cama, com aquele linguajar bem chulo e ela só gemia, sem expressar nenhuma palavra. Pude perceber o momento em que ele gozou dentro dela, pois ele rugiu como um leão e pouco a pouco os gemidos foram diminuindo até cessarem.

É óbvio que eu fiquei super excitado com aquela situação e me masturbei deliciosamente até sentir o meu gozo jorrar pra fora. Eu sentia que eu estava mudando. Eu sentia tesão pelo meu cunhado (mas quem não sentiria, com um homem daqueles), me exibia para os pedreiros e adorava as cantadas e assédios. Eu me questionava, pois não estava me reconhecendo. Sempre tinha sido um garoto retraído e acredito que neste momento eu estava dando muita bandeira.

Marcelo me fitava com os olhos quando a minha irmã não estava olhando e coçava o saco e o pau dentro da calça. Aquelas provocações me deixavam excitado e com medo. Numa manhã de domingo, minha irmã estava passando roupa no quarto e eu estava sentado no sofá da sala lendo um dos textos da faculdade, quando o Marcelo chegou do jogo de futebol, que ele fazia toda semana, no mesmo horário, com os amigos. Ao entrar pela porta, foi impossível não olhar para ele. Marcelo estava todo suado, de camiseta regata, deixando à mostra parte da águia e do dragão tatuado em seu corpo, vestia um calção de futebol extremamente justo e colado às suas coxas, o que deixava suas bolas e sua piroca marcada. O volume era imenso. Rapidamente desviei o olhar e fingi estar atento a minha leitura. Mas foi impossível. Marcelo sentou no sofá menor à minha frente, com as pernas abertas e aquele volume entre as pernas, e me disse.

- E aí Anjinho. Já perdeu o cabaço do cuzinho?

Ele falou baixo, de forma que minha irmã não pudesse ouvir. Continuou:

- Aposto, que os caras da faculdade devem ficar de pau duro com vontade de comer essa bundinha arretada. Se você deixar eu posso iniciar o seu cuzinho.

Eu nada falei. Fingi que estava lendo, fiz de conta que nada tinha ouvido. Mas ele já havia me desmontado: com a sua presença, seu cheiro de macho suado, com aquele volume entre as pernas e aquelas palavras safadas, que em toda a minha vida só tinha ouvido da boca dele. Um silêncio pairou no ar. Coisas de segundo. Isso fez com que eu olhasse pra ele de baixo pra cima. Vi ele alisando o seu pau por cima do calção. Eu continuei olhando aquilo boquiaberto. De repente, ele puxou a cueca de lado, e a cabeça do pau dele despontou pela pouca abertura do calção. Ele colocou a cabeçona do seu pau para fora, que parecia querer sair de dentro daquela jaula de qualquer forma. Era lindo. Nunca tinha visto o pau de outro homem ereto. Apenas tinha visto o pau do meu pai, de alguns primos e amigos da escola no banheiro durante o mijo. Naquele momento, nem sabia se o pau dele estava totalmente ereto e qual seria o tamanho total. Marcelo estava me enlouquecendo, o meu pau estava duro dentro do calção. Eu olhava para aquilo tudo, de forma cabisbaixa. Ele sabia que eu estava alucinado com tudo aquilo. Acredito que ficamos nesta situação por uns cinco minutos, até que ele ajeitou o pau dentro do calção, levantou-se do sofá e disse que ia tomar uma ducha.

Dei graças a Deus, por ele ter saído da sala, pois temia que a minha irmã visse alguma coisa. Não achava certa aquela situação, mas eu não podia falar nada para ela. Ela era louca pelo Marcelo e não ia levar em consideração nada do que eu viesse a falar.

Em outras ocasiões, o Marcelo continuou com aquele jogo sedutor e safado. Aproveitando-se da minha irmã que estava no banheiro e do escurinho da sala de TV, em uma determinada noite, de forma repentina, a sua mão grande e forte, fez um movimento sorrateiro e grudou na minha bunda por baixo. Em meio ao susto, dei um pulo do sofá. Ele olhava para mim com um sorriso malicioso, sem nada dizer.

Outra vez, eu estava na pia lavando a louça do jantar, quando ele chegou silenciosamente por trás, passou um dos braços pela minha cintura, me pressionou contra o seu corpo e encheu a sua mão com as minhas bolas e o meu pau pequeno e mole, por cima da bermuda. Com a outra mão, ele pressionou a minha bunda e passou a alisar o pau duro dele em mim. Tentei me desvencilhar dele, mas foi inútil. Senti o meu pau esquentar e crescer em sua mão. Quando ele ouviu os passos da minha irmã que se direcionava para a cozinha, ele me largou e pegou um copo, para dar a impressão de que estava prestes a tomar água.

Enquanto eu era assediado pelo Marcelo em casa, a minha história com os pedreiros da rua tomava outra direção. Em uma terça-feira, saí mais cedo da faculdade, pois não tivemos a última aula. Ao passar diante da construção, não tinha ninguém. Já estava acostumado com os assovios e cantadas dos pedreiros. Fiquei frustrado. Continuei caminhando quando visualizei logo à frente aqueles belos pedreiros que vinham ao meu encontro. Provavelmente, eles estavam voltando do restaurante onde almoçavam. Fiquei trêmulo, pois nunca tinha estado tão próximo deles como haveria de ficar nos segundos seguintes. Tomei coragem, continuei caminhando, disposto a olhar sem medo para a beleza daqueles homens rústicos. Três deles estavam trajando seus uniformes completos. Mas o quarto estava descamisado, permitindo que o seu belo corpo escultural ficasse exposto. Não era um corpo malhado. Ele era alto e magro, o corpo era bem definido devido ao trabalho na construção civil. Naturalmente, meus olhos vidraram naquele homem, meu olhar percorreu-o a partir dos pés, passando pelo abdômen, o peito exposto, até chegar ao seu rosto. Ele não era moreno naturalmente, aquela cor era resultado do trabalho ao sol. Era bem jovem, de modo que não deveria ter mais de 25 anos. Tinha a barba por fazer e uma boca que passava a imagem da virilidade, cordialidade e generosidade. Os lábios eram médios, nem finos e nem muito grossos, havia uma simetria perfeita entre o lábio superior e inferior. Todo o meu pensamento e a minha concentração estavam totalmente direcionadas àquele pedreiro. Em questão de segundos eu pude perceber em seu corpo e em seu rosto uma riqueza de detalhes e informações, que parecia impossível de serem percebidas. De repente, o meu olhar se cruzou ao dele. Foi um olhar 45. Meu coração tremulou, o corpo gelou e as pernas bambearam. O magnetismo entre nós dois foi tão grande que, se alguém passasse uma faca entre nós, cortaria o ar como se fosse um sólido. Era algo puro e singelo. Era química e desejo. Era amor à primeira vista. Parecia que o tempo estava passando em câmera lenta, pois tudo isso aconteceu em questão de segundos.

Quando me dei conta, já havia passado por eles e percebi que um dos pedreiros estava olhando para mim, assoviando, enquanto os outros dois, falavam entre si:

- Mas essa bunda é gostosa, hein. Deixa qualquer um de pau duro.

- Verdade cara. Que desperdício de bunda para um viadinho. Se fosse uma mulher.

O quarto pedreiro por quem me apaixonei a primeira vista, falava para os demais, alguma coisa do tipo:

- Para com isso, cara!

Conforme nos distanciamos, sei que a conversa entre eles continuava, me tendo como o assunto principal, mas eu não tive coragem de olhar para trás e nem consegui entender mais nada. Meu coração batia acelerado, a minha respiração era ofegante. Estava em um estado de alegria ao máximo. Era algo único e indescritível. Nunca havia sentido aquilo antes. Fui para casa, tentei preparar um trabalho para a apresentação de um seminário, mas não conseguia. Ao terminar de ler uma frase, já não me recordava de nada. O meu pensamento tinha sido tomado por aquele olhar forte e penetrante.

Comecei a questionar: tinha sido recíproco? “Acho que sim”. Conclui.

Logo em seguida, comecei a julgar que eu estava fantasiando as coisas, de que aquilo era algo impossível. O fato é que os acontecimentos seguintes me diriam que tudo tinha sido a mais pura verdade do mundo.

No período da tarde, quando eu voltava do mercado, onde tinha ido comprar algumas coisas solicitadas pela minha irmã, aconteceu que ao passar enfrente daquela construção, fui surpreendido por uma pedra que caiu logo em frente a mim. Em um primeiro momento me assustei, depois percebi que havia um papel amarrado junto àquela pedra. Por curiosidade e obra do destino, abaixei e peguei. Vocês não imaginam qual foi a minha supressa quando desamarrei aquele pedaço de papel, desdobrei-o e pude ler a mensagem escrita. Dizia assim.

NÃO SEI QUAL É O SEU NOME. MAS NÃO É DE HOJE QUE TE OBSERVO E TE ADMIRO. PEÇO PERDÃO PELOS MEUS COLEGAS QUE FICAM BRINCANDO COM VOCÊ. ELES SÃO UNS TOLOS. SE QUISER ME CONHECER, VAMOS CONVERSAR PELO WHATSAPP.

No final do bilhete estava o número do whatsapp dele e mais nada. Olhei para a construção, mas não vi ninguém. Não era preciso. Eu sabia intimamente quem era. Guardei o bilhete junto à mão e fui para casa. Naquela noite, era impossível se concentrar nos estudos. Nem tentei. Após o jantar, fui para o quarto imediatamente. A minha irmã provavelmente deve ter estranhado, pois eu nunca a deixava sozinha na cozinha após o jantar, já que o Marcelo estava no trabalho.

No quarto, tomei coragem e mandei uma mensagem para o número do bilhete:

DAVI: Olá. Eu sou o Davi? Quem é você que me jogou aquele bilhete hoje a tarde daquela construção na esquina?

Rapidamente obtive a resposta.

- Estou feliz que você tenha respondido. Não sabia qual seria a sua reação. Eu sou o Bruno. Você provavelmente já sabe quem eu sou.

DAVI: Legal Bruno. Fico feliz em te conhecer. (Eu não queria dar a impressão de que eu estava interessado nele, por isso não sabia o que escrever ao certo).

BRUNO: Eu mais ainda. Desde o primeiro dia que te vi passando aqui na rua, não deixo de pensar em você. Fico te seguindo com os olhos. Já até sei onde você mora.

Pensei: “Ele é rápido e direto”. “Mas porque ele não veio conversar pessoalmente comigo?”. Então resolvi me abrir, coisa que provavelmente eu não conseguiria fazer se estivesse pessoalmente com ele. “Talvez ele fosse como eu”. “Tímido”.

DAVI: Não sei o que senti, quando te vi hoje na rua. Meu coração e minha respiração aceleraram. Foi algo que eu nunca havia sentido.

BRUNO: É amor. Mesmo sem nunca ter conversado com você, sinto um carinho inexplicável por você. Desejo te proteger. Você não imagina a raiva que eu fico, quando os meus colegas ficam te assediando.

DAVI: Não sei nem o que dizer. Vamos poder nos conhecer pessoalmente?

BRUNO: Sim. Mas antes eu quero que você me prometa uma coisa. Pode ser?

DAVI: Diga o que é?

BRUNO: Eu não quero que você passe mais na frente da construção, para que os meus colegas não fiquem te olhando e te assediando.

Achei super lindo e romântico aquele cuidado e aquela preocupação dele comigo. Prontamente respondi que sim, mesmo que eu tivesse que descer do ônibus um ponto antes e ter que andar um pouco mais. Primeiramente, ele me convidou para ir com ele na pizzaria do bairro ao sábado, mas eu não aceitei; afinal é o local onde o Marcelo trabalha. Então combinamos de ir ao cinema. Mas a vontade de encontrá-lo era imensa que eu propus de ir ao fim de tarde, na obra onde ele trabalha. Ele aceitou a sugestão, mas não poderia ser no dia seguinte (quarta), porque haveria outras pessoas no local. Marcamos para quinta-feira.

Confesso que nesse meio tempo, fiquei abobado. Eu estava apaixonado por um cara que eu mal conhecia. Tinha marcado encontro com ele em um local isolado. E se ele quisesse me fazer mal. Mas ao lembrar-se dos nossos olhares se entrecruzando, qualquer sentimento de medo, insegurança e timidez se dispersava pelo ar. Nossas conversas no whatsapp continuaram. Falei do meu apelido pra ele e ele me disse que os caras da obra o chamavam de Brunão. Imaginem só o motivo. O pau dele tinha fama. Nas nossas conversas virtuais, tudo transcorria de forma mágica, delicada e romântica. Ele não era vulgar.

Aquela quarta-feira pareceu uma eternidade. As aulas na faculdade eram chatas. Procurei me trancar no quarto para não ter contato com o Marcelo, enquanto a minha irmã não chegasse do trabalho. Não conseguia ler. Não podia trocar mensagens com o Bruno durante o trabalho dele. Não o tinha visto naquele dia, pois já havia alterado o meu trajeto do ponto de ônibus até em casa. Estava ansioso, inseguro, apaixonado.

Finalmente, chegou a tão esperada quinta-feira. Por volta das 05h30min da tarde eu me dirigi em direção à obra onde o Bruno trabalha. Estava tudo em silêncio. Será que ele estava lá me esperando? O portão estava apenas encostado, logo havia alguém lá. Empurrei-o e logo na entrada chamei pelo Bruno, o que fez com que imediatamente ele se materializasse na minha frente. Novamente os nossos olhares entraram em uma só sintonia, o que foi o suficiente para dissipar qualquer tipo de medo ou insegurança. Eu estava entregue ao amor.

Ele estava com o traje de trabalho. Chegou até mim. Senti o seu cheiro inebriante, era perfume e suor em uma mistura única e deliciosa. Pegou em minhas mãos e disse:

- Que bom que você veio.

Não tive tempo de falar nada. Os lábios dele vieram em direção aos meus e eu fiquei paralisado. Foi um beijo surpresa, pois não havia escapatória; envolvente, daqueles que você vê e se deixa levar por inteiro; demorado, pois parecia que nunca iria acabar; arrebatador, que te surpreende e te põe em estado de êxtase. Nossos lábios se tocavam loucamente, a língua dele foi de encontro a minha, que respondeu ao chamado. Seus braços grandes me envolveram. Nossos corações batiam no mesmo ritmo. Meus olhos se encheram de lágrimas de felicidade. Eu estava apaixonado. Aquele era o meu primeiro beijo.

CONTINUA

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Comentários

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Vidoli,tua narrativa é marcante e nos segura até a última palavra do parágrafo final. Por favor, dê continuidade a este conto. Conte-nos mais sobre Bruno, Davi e o safado Marcelo.

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Olá vi que vc acessou essa conta a poucos meses, fiquei feliz em saber que você está bem. E queria pedir a vc, se vc pode dar continuidade a esse conto?♥️🙏🏻

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CONTINUA MUITO BOM , to ansioso pros próximos capítulos , nota 100.000.000.000.000.000.000.000 muito bom mesmo , parabéns 😻👏👏👏🎆🎆😻👏👏

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Gosto de teus contos. O do primo cowboy foi o melhor, até agora. ESte, aguardo ansioso pela continuação. Gostaria muito de que o pedreiro conquistasse o amor do protagonista e os dois pudessem viver este amor. Um abraço carinhoso, Plutão

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Nossa! Enredo e construção top! Continua que conseguiu prender a atenção!

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Excelente e que bom que não gosta de novelas e embromaçoes como ocorrem comumente aqui. Há vida inteligente na CDC!

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conto sensacional muito bem escrito e muito instigante.

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Independente das opiniões, acho o legal os comentários, pois ajuda a direcionar o que será escrito mais adiante. Infelizmente, nunca poderá agradar a todos. Como estou começando a escrever textos deste tipo, o estilo está sendo construído. Grato pelas opiniões, críticas e principalmente sugestões.

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