O Enfermeiro Amoroso Cap. 4 de 4

Um conto erótico de gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 1451 palavras
Data: 24/12/2015 02:53:08

Cap.4

Foi extremamente rápido o que aconteceu, mas foi marcante. Meu coração foi ao máximo da potência dele em segundos. Minhas mãos tremeram. Eu havia sido tomado por uma sensação estranha de surpresa e alegria ao mesmo tempo. Em poucos segundos ele se separou de mim. Abri os olhos, seu rosto estava ultra vermelho.

- Oh meu Deus... Eu... Eu não acredito nisso, me desculpa, eu não devia ter feito isso... - a vergonha tomava conta de seu corpo, e junto com ela, um jeito desastrado se mostrava para mim. Na tentativa de se afastar da cama, ele acabou derrubando algumas coisas no chão. Apenas ri.

- Para ! - falei, segurando o seu braço.

- Porquê ? Você não quer que eu vá embora ? - deixei a minha mão deslizar pelo seu braço e logo nossas duas mãos se encontraram.

- Não ! - o puxei levemente - eu quero que você fique ! - e em poucos segundos nossas bocas se encontraram, repetindo todos aqueles sentimentos que me deixavam em êxtase. O prazer que eu tive em beija-lo foi incrível. Eu não tive mais dúvida. A minha maior raiva foi que ele não pode ficar depois disso. Mas não importava, eu já tinha certeza do que sentia.

TEMPO DEPOIS

Meu coração batia forte por ele. Ele havia me conquistado, eu estava completamente apaixonado por aquele enfermeiro. O mais lindo homem que eu já havia visto, o mais cavalheiro, o mais íntegro, o mais engraçado, o mais incrível ! No dia seguinte, eu tive a notícia que mais esperava. Dormia, quando de repente alguém abre a porta, as pressas.

- Marcelo, acorde ! Acorde ! - era ele. Meus olhos abriram-se repentinamente com a gritaria. Quando o desnorteamento do sono passou, pude ver a alegria que ele manifestava.

- O que foi Gustavo, o que aconteceu ?

- O Médico te deu alta ! Você vai poder sair daqui !

TEMPO DEPOIS

Fiquei extremamente alegre ao receber aquela notícia. Eu realmente queria partir daquele hospital o mais depressa possível. Já não mais aguentava ter que ficar preso numa cama, apenas olhando para a TV. Ele me ajudou a arrumar as minhas coisas.

- Você já chamou o táxi Gustavo ?

- Já, está aí embaixo.

- Então vamos...

Sempre com a maior paciência do mundo ele me ajudava como podia, para me locomover. Não nego, era difícil você ter que depender de ajuda para se mexer, já que as suas pernas não respondiam. Mas infelizmente era a minha condição. Eu tinha que aceitar, até que conseguisse recuperar os movimentos. E cada vez mais sentia que estava acompanhado da melhor pessoa. A minha nova paixão, a cada dia se mostrava uma joia rara entre os humanos. Me apoiava, me ajudava, e fazia parecer que não existia mal em nenhum lugar no mundo. Que eu estava seguro aonde quer que fosse.

- Pronto, aqui estamos - dizia ele, terminando de destrancar a porta do meu apartamento - seja bem vindo de volta - entrei no meu apartamento ansioso para me sentir em casa novamente. A emoção de sentir que eu havia superado tudo o que havia acontecido e havia voltado para casa era incrível. O meu apartamento não havia mudado muita coisa. Ou melhor, estava bem mais arrumado.

- Nossa, você cuidou muito bem mesmo dele ein ? Melhor até que eu... Está tudo... Tão arrumado ! - falei. Com os meus braços, girava as rodas da cadeira em busca de independência. Olhei ao redor, tudo parecia ainda mais resplandecente. Meus olhos brilhavam sempre dentro daquele apartamento, porquê ele era meu ! A minha moradia própria, esse ninguém poderia tirar. Parei o meu olhar quando vi a mesinha de centro. Tinha um porta retrato sobre ele. E esse porta retrato me chamou atenção. Fui com a cadeira até ele, e o peguei. Observei bem aquela foto.

- Porquê você colocou esta foto aqui ? - era a que nós tínhamos tirado no hospital, um dia antes.

- Porque ela está linda ! - ele demonstrava tanta felicidade em me ter por perto, que parecia que ia explodir. E eu ficava feliz em ver esse lado feliz dele - você quer comer ?

- Quero. Mas acho que temos que fazer supermercado primeiro.

- Não precisa, eu comprei algumas coisas quando soube da sua alta - ri.

- Quando você vai parar de me impressionar.

- Nunca - falou, beijando o meu rosto. E lá foi ele para a cozinha. Foi só então que eu pensei. Ele já havia feito tanta coisa por mim, e eu até agora nada. Acho que é chegada a hora de eu assumir os meus sentimentos. E como um bom homem, fazer um pedido de namoro.

HORAS DEPOIS

Ele não pode ficar muito tempo, o plantão dele era de tarde aquele dia.

- Agora que você obteve alta, eu posso voltar para o meu atendimento normal - disse, vendo eu comer - volto a noite. A sua amiga já está vindo ?

- Sim, ela me disse que está bem perto pelo WhatsApp.

- Ah, que bom, fico mais tranquilo. Me ligue se precisar de algo, não importa o que seja.

- Pode deixar. Tenha um bom trabalho - falei, antes de ver ele sair porta a fora. Fiquei em casa, com o coração na mão. Estava completamente apaixonado por esse enfermeiro. Comecei a andar com a cadeira pelo apartamento, e vi que a limpeza minuciosa dele estava em todos os lugares. E que haviam fotos e flores por todos os lados. Além de diversos bilhetes escitos, com pequenas frases amorosas. Não passaria daquele dia. Eu iria pedi-lo em namoro ! Assim que minha amiga chegou, comecei o meu plano.

- Aí, que bom que você chegou !

- Está precisando de algo ?

- Sim. Preciso que você vá a uma joalheria e compre um par de alianças banhada a ouro pra mim. Aqui está o dinheiro.

- Mas você vai ficar sozinho aqui ? O seu enfermeiro vai me matar !

- Vai não, é justamente por causa dele que eu quero essas alianças...

- Ah, não me diga que...

- Sim, eu vou pedi-lo em namoro.

- Aí que lindinho Marcelo, e você tem certeza que ele vai aceitar ?

- Absoluta. Acho até que se eu não fizer isso, ele faz. Anda, vai logo. E escolha duas lindas, por favor - já que ele era um cavalheiro, um homem pra casar, decidi fazer algo ligeiramente cafona. Pedir para namorar com alianças. Sentia que não seria um gasto em Vão. Que valeria a pena.

HORAS DEPOIS

Já com as alianças na mão, fiquei esperando ele chegar. Havia acabado de anoitecer, quando ele bateu na porta. Abri, ele entrou ainda com o jaleco nos braços.

- Nossa, como está frio aí fora ! - ri - e aí, como foi o seu dia ? Não ocorreu nada de errado, não é ? Estava tão preocupado com você ! - falou, vindo até a minha direção. Abaixou- se e me olhou nos olhos.

- Foi tudo muito bem sim - os olhos dele brilhavam - EI ? Eu queria te fazer um pedido.

- Diga, o que é ? - tirei a caixinha do bolso e a abri.

- Lembra, da primeira vez que eu vi você, e me perguntaste se teria chance de me conquistar ? É... Você conseguiu... Me conquistou. Com cada gesto singelo, com o cavalheirismo difícil de encontrar, com esse companheirismo que me encanta, e essa beleza descomunal. Agora, quero retribuir tudo o que você me fez. E para começar, comprei este par de alianças, para celebrar - ele apenas sorria, abobalhado.

- Celebrar o que ?

- O início do nosso namoro - falei, colocando o anel no dele. Logo ele retribuiu o gesto, com lágrimas nos olhos. E logo estávamos aos beijos novamente, selando o nosso sentimento que estava mais fervilhante do que nunca. Aquele momento mágico e delicioso tomava conta. Eu não queria que acabasse nunca.

DIAS DEPOIS

Ele estava ficando alguns dias na minha casa, me ajudando da forma que podia. Se mostrando um namorado incomparável e amoroso. Me acompanhando na fisioterapia sempre. E em falar em fisioterapia, estava cada vez mais próximo de andar. Mais uma vez, saiamos de casa para irmos até a clinica, com as alianças nos dedos e o sorriso estampado no rosto.

TEMPO DEPOIS

Ele sempre me apoiava, tentava de todas as formas me motivar para que eu conseguisse o meu objetivo maior.

- Vamos Marcelo, um esforcinho a mais ! - a doutora me colocava entre duas barras. E tentava forçar as pernas e os pés para que logo eu voltasse a andar. Me emocionei quando senti meus dedos se mexerem. E logo em seguida também os pés, fazendo eu lentamente se mexer.

- Eu estou conseguindo ! - rapidamente lágrimas vieram aos meus olhos - estou andando ! Eu nem acredito ! Meu Deus ! Olha Gus, estou conseguindo - chorava lentamente enquanto ele festejava comigo. Quem diria que algo tão ruim me trairia uma pessoa tão alegre, a melhor que eu poderia conhecer. E agora eu estaria tão bem como estou... O enfermeiro amoroso me fez ama-lo, e me fez recuperar-me de todo o mal. O amor da minha vida !

FIM

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Comentários

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Óbvio que sim! Gostaria tanto de encontrar um "Gus" para mim, claro que não nestas circunstâncias! kkkk Um abraço carinhoso,

Plutão

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EXCELENTE. MAS DEVERIA DAR SEQUÊNCIA. VAMOS VER O PÓS RECUPERAÇÃO. O DIA A DIA ETC ETC ETC

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