Histórias da Minha Vida - Parte 181

Um conto erótico de Phabiano
Categoria: Homossexual
Contém 1388 palavras
Data: 19/11/2015 23:23:55
Última revisão: 19/11/2015 23:28:24

Amigos e amigas, já tem um tempinho que não apareço por aqui!

Estava morrendo de saudades de vocês todos.

Hoje eu recebi um e-mail do Bruno, o que me fez criar coragem para voltar a escrever!

As coisas por aqui não estão fáceis, mas temos que continuar não é?

Bruninho obrigado.

Continuando....

Meu medo era ele fazer algo de ruim com alguém, que de alguma forma ele me prejudicasse sei lá.

Já não saiamos muito, e o movimento dos amigos em casa havia diminuído por conta do meu medo.

Pois bem, ele sumiu por um tempo, não ligou, não mandou mensagem e nem deu sinal de vida.

Fiquei um pouco mais despreocupado.

Minha mãe retornou com o Igor e a Laurinha e até então tudo tranquilo.

Numa manhã meu celular vibra com duas mensagens no whatsapp.

Era um audio do Gabriel dizendo:

Saudades de mim querido?

Voltei! Pra sua felicidade e como prometido, estou tirando algo seu.

Eu me desesperei e corri por todos os cômodos da cada, minha mãe na cozinha, o Igor vendo TV.

O William no trabalho, a Laurinha na escola, liguei pra ela e tudo estava bem.

Aquilo me deixou angustiado, nervoso, com medo, eu não sabia qual era a daquele menino, até sair pra fora e ver o nosso cachorro deitado no gramado, respirando com dificuldade e vomitando muito.

Corri pra dentro de casa, peguei a chave do carro, carreguei ele nos braços e o levei ao nosso veterinário.

Ele o examinou e com o ar de tristeza me deu sua resposta:

O Bobby foi envenenado, sinto muito Binho, mas já estourou todos os orgãos dele, está com hemorragia, não tenho nada para fazer, se não acabar com o sofrimento dele.

Naquele momento eu senti um zunido no ouvido, me deu uma tontura.

Meu Deus, o Marley morrer?

Não pode ser!

Como vou explicar pro Igor, pra Laurinha?

Comecei a chorar, chorar como um menino, como meu filho.

Aqueles dois cresceram juntos, os 4 anos do Igor, foram junto ao Marley.

O cachorrinho que o Iago levou pro meu filho, estava com os olhinhos brilhantes me olhando, como que se quisessem me dizer adeus ou qualquer outra coisa.

Não podia estar acontecendo aquilo, não era verdade, era um pesadelo dos mais assustadores.

Mas sim!

Era verdade!

O Marley estava sangrando e quase não respirava mais, minha dor, meu sentimento de angustia me fizeram pedir ao Vicente que o tirasse toda aquela dor que sentirá.

Nosso Marley já não estava mais conosco.

Binho! Você quer enterrá-lo? Quer levar o Bobby para enterrá-lo?

Infelizmente eu não poderia levar, meus filhos iriam ficar desolados.

Só pedi que ele mesmo o fizesse e sai chorando!

Liguei para o William e contei tudo que havia acontecido.

Ele saiu do escritório e foi direto na casa do Gabriel.

Gabriel e a mãe não estavam na casa, que por sinal estava muito bem fechada.

Voltou pra me esperar em casa!

Liguei pro Iago e senti a voz dele estremecer no telefone.

Onde você está Binho? Perguntou.

Aqui no parque, vendo os gansos, tentando encontrar uma desculpa pra dar pras crianças.

Já chego aí!

Em quinze minutos chega o Iago!

Queria saber o que tinha acontecido;

Apenas mostrei os áudios e ele quis ir na casa do Gabriel.

Ele não está lá Iago, nem ele e nem a mãe dele.

Estela está morando agora no Rio Grande do Sul e a única coisa que consegui pensar, foi em pedir que minha mãe levasse as crianças para lá.

Chegando em casa o Igor já vem correndo ao meu encontro.

Pai o Marley ficou pra tomar banho?

Ficou filho!

Segurei minha respiração para não chorar.

Chamei minha mãe e a mãe do William e depois de conversármos bastante, resolvemos que as duas iam passear com as crianças.

Gente parece bobo, mas é triste, é doloroso você perder um animal de estimação que esteve ao seu lado nos momentos mais delicados da nossa vida!

Liguei pra Estela e combinamos que no dia seguinte os quatro viajariam para lá.

Também fomos até a delegacia prestar queixa, mas não tive um respaldo consciente e conivente.

O policial me disse que os áudios eram tidos como ameaças contra minha família e que eu poderia entrar com ação contra o Gabriel, mas que os áudios não valiam de nada sobre a morte de meu cão.

Fui embora ainda mais triste.

Não bastasse tudo isso, no caminho pra casa o William resolveu jogar todas as coisas erradas que haviam acontecido na minha cara.

Era tudo minha culpa!

Minha reação foi parar o carro e chorar.

Ele nervoso me fez trocar de lugar com ele, me chingando todo enquanto eu chorava.

Chegamos em casa eu desci do carro, ele me olhou com raiva e saiu.

Subi, tomei um banho pensando em tudo, depois fui até o quarto do Igor e me deitei em sua cama.

Fiquei um tempo pensando e acabei dormindo!

Acordei com um barulho de cadeira caindo na cozinha.

Era o William caindo de bêbado.

Me olhou e se apoiou na pia da cozinha.

Sabe Baixinho?

Parei e esperei atenciosamente.

Sabe o Gabriel?

O que tem o Gabriel, William?

Ele é doente, doente da cabeça.

Aquela fala mole do William me irritava, me irritava mais ainda, ouvir ele falar daquele capeta.

Mas ele continuou!

O Gabriel matou o Marley, por culpa sua, você trouxe ele aqui pra dentro de casa, aquele louco.

Eu não queria discutir e por isso me virei e sai.

Covarde!

Binho você é um covarde, não gosta de ouvir verdades.

Qual desculpa você vai dar pras crianças?

Eu me virei e fui de encontro e dei um tapa com a mão aberta na orelha dele.

Ele colocou a mão na orelha e chorou!

Depois me deu um empurrão e saiu andando!

Eu sentei na cadeira e pensei mais um pouco!

Deus, Deus, oque foi que fiz de errado?

Quando vou aprender?

Porque essas coisas só acontecem comigo?

Fiquei conversando um bom tempo com Deus, tentando entender meus erros.

Voltei pro quarto do Igor e deitei, deixei o magrelo dormir sozinho.

Peguei no sono enquanto ele tomava banho.

A pressão, o cansaço e a correria me deixaram morto que acabei dormindo profundamente.

No outro dia acordei e ao me virar para me levantar o William deitado em um colchão no chão.

Pedi desculpas mentalmente para ele, por minhas burradas, levantei sem fazer barulho e desci fazer o café.

Pouco tempo depois com a mesa posta e eu sentado tomando meu café, escuto os passos largos dele descendo a escada.

Bom dia!

Bom dia!

Respondi rispidamente.

Baixinho eu sei que peguei pesado ontem, me desculpa?

Ta William!

Ele puxou minha cadeira pra bem perto da dele e tentou me abraçar, me esquivei!

Binho eu fiquei bravo mesmo, aquele moleque fez tudo isso e vai continuar por aí, como se nada tivesse acontecido.

Se eu descer o sarrafo nele é perigoso eu ir preso, porque bati num garoto com deficiência física!

Ele tinha razão, mas eu estava muito magoado com tudo.

Binho se não fosse essa tua teimosia, seu jeito carinhoso e sua força de vontade.

O que seria do William hoje?

Será que eu estaria vivo?

No mundo das drogas?

Preso!

Casado, mas, infeliz.

Foi você quem me colocou no eixo, me mostrou qual rumo eu deveria tomar.

Foi sua determinação, você teve coragem por nós dois!

Quando eu desisti, você esteve ao meu lado me dando apoio.

Eu amo você baixinho.

Mas agora não somos apenas dois, agora somos uma família e cada decisão errada, implica em outras pessoas também.

Por isso que fico nervoso, tenho medo por nós quatro.

Tomo cuidado Binho, não estou proibindo você de ajudar, mas peço que tome cuidado por nós todos.

Você ajudou tanta gente, tantos amigos e eu me orgulho muito por isso.

Mas vai com calma!

Vamos resolver tudo isso juntos meu amor, como um casal!

Ele me deu uma lição de moral e eu fiquei ainda mais apaixonado por ele.

Aquele moleque tinhoso, turrão e mau educado que vivia judiando de mim, que tinha o dentinho torto e os buraquinhos nos cantos das bochechas.

Hoje cobertas por pelos da barba cheia, o sorriso ainda malicioso de menino travesso.

Mas agora meu sorriso, meu amor, meu companheiro!

Peço desculpas pela demora, vou tentar postar mais vezes gente.

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Comentários

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O quê? Ele que experimentasse em tocar em algum membro da minha família, principalmente meus cachorros, JURO, juro por tudo que é sagrado que eu cometeria um homicídio. Eu já disse, eu mato e morro por aquilo que eu amo, alguns amigos me chamam de louco, mas eu sou assim. Eu entendo seu sofrimento, entendo até demais, mas comigo o negócio iria ser mais em baixo, eu iria para a cadeia, sofria mais tudo, mas ia satisfeito depois de matar o desgraçado, ou pelo menos deixa-lo na cama vegetando. A mãe que me perdoe, mas um LOUCO desses não merece respirar, só pode ser um psicopata mesmo, fazer isso com a pessoa que só quis o bem dele. Adoro sua história, Binho. Volte mais vezes e com boas notícias.

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O ato de amar tem que vir junto com responsabilidade e respeito mutuo.

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errei, mas to concertando : Que os ceus dizem amen

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Caralho mano como fiquei feliz em ter noticias de vcs, que bom que leu meu email, enfim Binho, essa é só mais uma prova pela qual vcs vão passar e continuar de pé, tenha fé ok, tamo aqui se quiser conversar sabe como fazer, sinto muito pelo seu dog, sei bem como um bichinho de estimação se torna importante e necessário pra vc.. Estamos juntos viu! Abraços!

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