A verdade dói! cap. 15

Um conto erótico de Breno
Categoria: Homossexual
Contém 996 palavras
Data: 02/11/2015 20:17:18
Última revisão: 02/11/2015 20:30:00

Como prometido estou de volta com mais um capítulo especialmente para uma pessoa muito especial pra mim. Bom, era isso e espero que gostem.

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A verdade dói! capNarrado por Breno.

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Fomos interrompidos por uma mãozinha fofa batendo em meu rosto, o pequeno Enzo estava querendo atenção, chegava a dar pulos no meu colo, aquela figura queria brincar, correr e eu o larguei, que saiu em disparada pelo gramado do parque e quando estava a uma distância relevante ele olhou pra nós e depois só pra mim com um olhar pidão que eu logo entendi, sai em disparada atrás dele. Brincamos muito de pega pega, ele corria e a cada cinco minutos olhava para trás pra ver se eu estava atrás dele, se arreganhava todo quando via que sim e voltava a correr, voltamos pra perto onde o Anderson estava sentado e ele pulou em seu colo chamando de papa, nosso Enzo, S2.

Meus olhos se encheram de lágrimas ao ver esta cena linda dos dois amores da minha vida..."

Acordei com os olhos cheios de lágrimas e ao lembrar do sonho que tive, as lágrimas começaram a se acumular e rolar por meu rosto sem permissão. Estava amanhecendo e uma coisa que eu aprendi a admirar o tempo que estive ali, foi o nascer e o por do sol, lindo, magnífico, espetacular, sem mais palavras para descrever, mais bonito só MEU Anderson.

Passaram-se algumas horas e o médico veio falar comigo só que eu não entendi nada, sorte que tinha o Pedro lá e falou com ele, a única coisa que deu pra entender foi que eu estava bem, pois eles olharam pra mim, pra prancheta e depois Pedro agradeceu e o homem saiu.

- bom dia, pronto para conhecer a nova casa? - falou ele animado.

- não, preferiria a minha antiga.

- vamos ter que conversar sobre isso depois, antes de vir lhe buscar vou dar uma passada pra falar com um amigo.

- amigo? sei! - não consigui segurar.

- o que está insinuando?

- outro dia a gente conversa sobre isso! Pode ir falar com esse tal de amigo.

- já volto! - saiu ele me deixando só, como eu gostaria de estar lá ao seu lado, lhe apoiando, dando amor, carinho, atenção, o protegendo de tudo e todos, mas estou aqui, preciso voltar o quanto antes!

- vamos? - ele me perguntou com um olhar de interrogação me interrompendo de meus pensamentos.

- assim? - queria saber se eu ia sair de lá só aquela coisa que não escondia nem 1% do meu corpo, era de um pano fino, quase que transparente em local bem iluminado, aberto atrás da cintura pra baixo, affs que coisa mais desagradável para outras pessoas verem.

- eu lhe trouxe algumas roupas das suas, e algumas que comprei - falou ele me entregando uma bolsa com que deveria ter minhas roupas.

- pode me dar licença?

- aí não tem nada do que eu já não tenha visto quando ajudei tirar a sua roupa e colocar este jaleco, e somos homens, o que tem em um ver o instrumento do outro?

- dependo se são dois homens homens e não dois meios homens! Agora pode me dar licença ou será que vai querer me analisar ver se estou gostoso? - pediu pra levar, odeio ser exposto intimamente.

- do... do... do que...que vc es...tá fa...falan..do?

- já disse que sobre isso conversamos outro dia, com sua licença eu preciso me trocar, poderia por gentileza me deixar só?

- sim, claro, te espero ali fora!

- muitíssimo obrigado!

Por sorte ele saiu sem querer questionar muito ou querer se explicar, ele acabou com o pingo de paciência que restava, tomei uma ducha, coloquei uma calça Skine preta, um Alls-Star cano longo da mesma cor com detalhes brancos, passei desodorante, bastante perfume para tirar o cheiro de hospital, coloquei uma camiseta branca gola V de mangas longas, onde remanguei até o cotovelo, fechei fechei a mala e me olhei em um pequeno espelho que tinha lá.

Sai do quarto e ele estava escorado na parede e me olhou de uma forma estranha, deu um leve sorriso e acho que deixou escapar sem querer ou falou para si mesmo, pois foi quase um sussurro.

- não nega a genética da família!

- o que disse?

- nada, podemos ir?

- sim, mas antes queria me despedir de uma pessoa.

- quem?

- do Marcelo, algum problema?

- não, nenhum, mas acho que ele está trabalhando a essa hora, não vai ter tempo para se despedir de vc.

- não tem problema, vamos ter muito tempo pra isso!

- como?

- nada!

Sai sem nem ao menos saber o caminho, fui andando pelos corredores até que cheguei em um lugar com um monte de cadeiras, um monte de gente com cara de choro, outros com cara de cínicos, como o mundo é, enquanto uns sofrem, outros estão perto só para ver a desgraça alheia e se passar como "grandes amigos".

- por aqui.

Nem me dei ao trabalho de responder, o segui e chegamos a recepção onde encontrei o Marcelo, só pode ser culpa do destino.

- Oi.

- e aí? tudo bem?

- sim, Pedro falou que vc estava trabalhando, mas parece que não faz muito que chegou! - olhei com uma cara de cínico para Pedro que não sabia onde enfiar a cara, coitado, irá sofrer muito nas minhas mãos até esclarecer tudo o que eu quero saber.

- cheguei faz pouco mesmo, fiquei sabendo que teve alta?

- sim, já estava enjoado desse hospital, nada contra mas é que é chato passar parte do dia só.

- desculpe - falou ele se intrometendo na conversa.

- vc poderia me visitar? temos muito o que conversar - falei mais para Pedro do que para ele.

- claro, algum dia apareço lá.

- tudo bem, bom trabalho e já vamos indo não é dindo? - ele me olhou surpreso pois desde que cheguei não o chamei nenhuma vez assim.

Saímos e fomos para o estacionamento onde entramos em seu carro e partimos para sua casa, novo lar desconhecido me aguarde!

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Espero de coração que estejam gostando do conto, até logo. Abraço!

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Comentários

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Você voltou!!!!!!! Que felicidade essa notícia.

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