Meu chefe, meu príncipe – Cap 2

Um conto erótico de LuCley
Categoria: Homossexual
Contém 2094 palavras
Data: 17/11/2015 23:11:24

Obrigado pelos comentários dprimeiro capítulo desse conto. Ia deixar pra postar esse capítulo amanhã, mas acabei não resistindo. Espero que gostem.. <3

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— bom dia.

— bom dia. Sente. — caramba, ele tava lindo. Terno muito bem alinhado, uma postura impecável e aqueles olhos verdes encantadores.

— eu preciso que o senhor assine a liberação de uns materiais.

— ah sim, pode deixar ai. — ele pegou o telefone e pediu à secretária que trouxesse café.

— eu não quero incomodar.

— não está me incomodando. Me diz uma coisa, não te vi mais no clube ontem, você saiu e não voltou mais. Aconteceu alguma coisa?

— não senhor, não aconteceu nada. Eu fui buscar um suco e minha mãe me ligou. Coisas de mãe, ela tava com saudade e acabei indo na casa dela.

— entendi. Bom, eu vou assinar essa papelada. Avisa o Toledo que quero ainda hoje os contratos daqueles nossos apartamentos no centro, preciso ler.

— tudo bem, vou pedir pra ele trazer. O senhor quer mais alguma coisa?

— quero sim. Que me chame só de Carlos.

— tudo bem. — ele sorriu e eu quase morri.

Terminei de tomar o café que a secretária tinha levado e voltei com os contratos. Avisei o Toledo e vi que o velho torceu o nariz.

— o homem já chegou mandando e desmandando. — ele disse meio puto.

— ele parecia calmo.

— sim, calmo... até você cometer um deslize e ser mandado embora por justa causa.

— bom, vou fazer meu serviço. Amanhã é sabadão e eu vou cedo pro clube.

— não sei como aguenta ficar nadando... eu to ficando velho até pra isso.

— costume Toledo...costume. — dei dois tapinhas nas costas dele e fui pra minha sala.

Eu estava exausto. Fui pra casa e me joguei na cama. Acordei com meu celular tocando, era o Leandro. Não atendi. Fui na cozinha ver o que a diarista tinha deixado pro jantar e enquanto devorava uma travessa de lazanha, fiquei pensando no Carlos, era assim que eu deveria falar, só Carlos. Pelo menos ele tinha ido com a minha cara, sei lá. Eu tava começando a enlouquecer e fui tirando logo ele da cabeça.

— ele é casado, tem filhos, uma família. Não seja bobo, Lauro. Ele não está disponível. — pensei e quando vi, já tinha acabado a lazanha hahaha. Droga de vida que nem um homem eu conseguia arrumar.

Voltei pra cama e coloquei um fone de ouvido pra não ficar mais pensando naquele homem incrivelmente maravilhoso, lindo e dono de um sorriso perfeito. Joguei um travesseiro na cabeça, me sufoquei com ele e acabei dormindo.

Era sábado, e tinha acordado até que animado. Coloquei uma regata branca, short de corrida, uma sunga e tênis. Fui correndo até o clube. Deixei minha carteira com a moça na recepção e fui nadar. Me troquei, deixei minha roupa na espreguiçadeira e caí na água.

Perdi a conta de quantas vezes atravessei aquela piscina semi-olimpica, mas não importava quantas braçadas eu dava, o Carlos tava grudado na minha cabeça e não tinha nenhuma Deusa do pop pra tirar ele de lá. Puta merda, eu tava ficando maluco. Vi o cara duas vezes e já tava caidinho.

Fui e voltei mais umas cinco vezes e comecei a cansar. Resolvi dar um break e quando lancei meu corpo pra sair da piscina, vi o Carlos me estendendo uma das toalhas brancas do clube. Quase cai de costas. Peguei a toalha e meio sem jeito estendi minha mão.

— opa, tudo bom? — aqueles olhos verdes me hipnotizavam.

— tudo. Que fôlego! — ele queria o que? Acabar comigo?

Eu sorri enquanto me secava e ver ele ali, bem na minha frente, era o paraíso.

— é uma questão de prática. Nado desde criança. Faz tempo que ta ai?

— bom... desde a hora que você começou a nadar. Eu tava te vendo de longe.

— ah, sim. — aproveitei pra matar minha curiosidade. Veio com a família?

— não, não sou casado. Também não tenho filhos.

— não sabia. Bom pra gente... sermos solteiros. — saber que ele era solteiro me animou de um jeito que fiquei até meio besta perto dele.

— sorte a nossa. A melhor parte de ser solteiro é que sempre estamos abertos a quarquer tipo de relacionamento. — caramba, ele tava querendo dizer o quê?

— também acho. Quer beber alguma coisa? Só vou tomar uma ducha...

— claro, te espero na lanchonete.

Ele entregou minhas roupas e fui pro vestiário. Que homem era aquele? Cabelos negros, corte social, media mais ou menos 1,80 de altura, uma pele que parecia ser tão macia que nem de

longe aparentava seus quarenta e cinco anos. Ele tava vestido de um jeito tão casual que nem parecia o executivo de termo e gravata que tinha visto no dia anterior. Que homem fascinante.

Tomei uma chuveirada gelada e sequei minha sunga com a toalha. Quando cheguei na lanchonete, ele já tinha pedido dois chops. Assim que me sentei fui recebido pelo seu caloroso sorriso. Agradeci e ficamos conversando coisas do cotidiano e trabalho. O assunto nunca acabava, parecia que nos conhecíamos a anos. Impressionante como seu jeito mudava fora da empresa, eu tava adorando conversar com ele.

— eu to impressionado como você, tão jovem, mas tem uma visão de mundo tão ampla. Sem contar que gostei de você logo de cara.

— obrigado. Eu também to gostando muito de te conhecer. Me diz uma coisa, solteiro por opção?

— por opção, e você?

— por teimosia. — ele riu.

— como assim?

— bom, quer comer alguma coisa?

— eu já pedi um almoço pra gente, se você não se importar em almoçar comigo...

— não. Imagina, vai ser um prazer, Edu. — ele parecia me enfeitiçar.

Fugi da resposta, como o diabo foge da cruz. Como eu ia dizer que era gay? Bom, eu era assumido, mas ele era meu chefe e senti uma certa resistência. Embora, eu não nunca tenha escondido minha orientação sexual no ambiente de trabalho, não me senti a vontade me abrindo com ele, ainda mais em dizer que era solteiro porque ainda não tinha encontrado o homem dos meus sonhos. Ele me falava de seus interesses profissionais e de todas as suas viagens pelo mundo. A cada palavra, era como se ele tivesse falando perto do meu ouvido, eu me arrepiava e depois de quatro chops, eu achei melhor parar. O almoço chegou e pedi um suco. Ele me olhou com um ar de interrogação.

— que foi Edu?

— já vai parar com o chop?

— já, é melhor. — disse rindo e ele colocou o copo da mesa.

— bom, você sabe a hora de parar. Sabe, é a segunda vez que me chama de Edu, não me chamam assim desde o colegial.

— desculpa, eu achei que não ia se importar.

— imagina, não me importo nenhum pouco, achei engraçado você falar, só isso.

Almoçamos e a cada segundo que passava perto dele, eu me sentia cada vez mais atraído por aquele homem. Ele era educado, culto, sério e brincalhão ao mesmo tempo. Eu me rendia a suas brincadeiras e me entregava a seus encantos. Difícil acreditar que ele era aquele carrasco que estavam pintando na Construtora. Depois que almoçamos, ele não me deixou pagar a conta. Insisti, disse que foi eu quem tinha convidado, mas mesmo assim ele não aceitou.

— você paga a próxima.

— bom, já que você insisti...

— me diz uma coisa, você nada, joga golfe, é um excelente funcionário, pelo que eu já sei, é educado, inteligente, tem mais alguma coisa que eu não saiba? — eu fiquei vermelho de vergonha.

— eu corro. Levanto às cinco da manhã e corro antes de ir pro trabalho.

— ta brincando?

— é sério. Eu gosto, fico mais animado.

— como hoje? Perdi a conta de quantas vezes você foi e voltou naquela piscina.

— sim, como hoje. Posso te perguntar uma coisa? — eu resolvi ser atrevido.

— claro que pode.

— porque ficou me olhando nadar?

A gente caminhava pelo clube e ele me olhou com aqueles olhos de mar. Ele sorriu meio envergonhado e aquilo me deixou com um puta tesão. Eu saquei a dele, suas investidas de leve, o jeito como ele me olhava e o cuidado em não deixar transparecer que também estava interessado. Ele sabia o que eu era, talvez já soubesse mesmo sem ninguém ter dito a ele. Já eu, posso ter demorado um pouco mais pra perceber, mas ele não conseguia mais esconder seus trejeitos. Ele estava se sentindo muito a vontade comigo e o modo como ia se expressando, me fez ter certeza.

— eu vi você chegando, mas não quis te atrapalhar. Então, decidi ficar esperando você terminar, foi isso.

— entendi. Você vinha muito aqui, antes de se mudar?

— não, eu nem gosto muito desse clube e não ia em nenhum lá em São Paulo. — pra quem não gostava, ele parecia estar curtindo bastante.

— e veio hoje porque? — ele me olhou daquele jeito de novo.

— não sei, ontem eu vim, depois de muitos anos. Achei que depois da reforma, tenha ficado mais interessante. Acho que foi isso.

— pode ser. Edu, eu preciso ir. Ainda tenho que ver minha mãe. Queria te agradecer pelo almoço e por sua companhia.

— é uma pena. Eu pensei que teria o prazer de poder conversar mais contigo, mas não vai faltar oportunidade.

— espero que não. Estou sempre às ordens. — estendi a mão e ele apertou com força.

Eu não menti. Precisava mesmo ver minha mãe e voltei correndo pra casa. Tomei um banho e fui ver minha velha.

Quando cheguei, ela me esperava com um sorriso no rosto e um abraço de mãe daqueles de apertar até explodir.

—sua velha doida.

— não me chame assim. — disse e me bateu.

— de doida?

— não seu viado, de velha.

— hahaha, olha o respeito, ou te acuso de homofobia.

— me acusa e você apanha quando chegar em casa. Agora me fale, como você ta?

— to bem. De verdade.

— hum, não sei não. Ta namorando?

— ah sim, quem me dera. Ninguém quer namoro sério não.

— não entendo como um rapaz lindo como você, ainda não tenha encontrado um cara que fizesse seu mundo girar.

— a senhora fala muito bonito, mas a vida não é tão linda. E a culpa é toda minha, eu escolho demais, vou acabar sozinho num asilo e meu único amigo será um vaso de flores.

— nossa, quase chorei. Você idealiza demais, só isso. Não culpo você, mas as vezes não é do jeito que a gente sonha.

— eu sei.

Minha mãe era uma poetiza. Era professora de literatura aposentada e ralou pra cacete na vida pra poder me criar sozinha. Meu pai morreu quando eu tinha dez anos e ela foi pai, mãe, e minha professora durante toda minha vida. Um exemplo de mulher. Mas não se enganem, ela era terrível, seu vocabulário era bem extenso e puta que me pariu, ela era muito boca suja quando queria.

— se veio me trazer dinheiro, perdeu seu tempo.

— eu vim te ver só. Depois deposito na tua conta.

— eu não gosto que me dê dinheiro. Sabe disso. Me faz parecer que sou uma velha inútil. E fique você sabendo que eu ainda to bombando.

— hahaha, Onde a senhora anda indo a noite?

— não te interessa. Eu não pergunto em qual sauna gay você vai. Pergunto?

— não e não vou a nenhuma. Mãe, eu conheci um cara.

— sabia! Essa sua cara de cachorro sem dono não me engana.

— é! Mas é complicado. É o filho do dono da Construtora.

—ahh, ferrou!

— ferrou mesmo. Pior é que acabei de almoçar com ele e acho que ele sacou a minha. Ele é tão culto, frequenta altas rodas, não sei se tenho chances.

— não quero que se magoe. Você um rapaz maravilhoso, qualquer homem teria muita sorte de ficar contigo. Cuidado pra não se machucar.

— eu sei.

Ficamos conversando e a filha da puta me fez comer meia forma de pudim. Tudo bem, eu não resisti e devorei porque quis. Ela me fez levar o resto da forma pra casa e me fez prometer não deixar ninguém brincar com meus sentimentos.

Me despedi dela e fiquei andando de carro pela cidade, sem rumo. Vi meu celular tocando e era o Leandro. Parei o carro e atendi. Ele queria me encontrar. Marcamos num Pub perto do AP dele e fui direto pra lá. Ele pediu uma bebida e ficamos de papo, pedi desculpas pelo outro dia e ele pediu pra eu esquecer. Fiquei com ele nesse dia, mas não foi a mesma coisa. Algo tinha se perdido e ele também tinha notado.

— você ta gostando de alguém. — ele disse antes de eu entrar no carro.

— claro que não.

— ta sim, você não me engana. Bom, eu vou indo nessa também.

— tudo bem. A gente se fala.

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Continua...

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Comentários

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palhaçada não saiu o q eu queria. EU disse: exatamente eu quero maiiiiiiiiisss, muito mais, demora não fofo!

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Exatamente eu quero amei fofo!

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Amei. a mae do lauro é uma fofa e o edu ta interessado sim. :)

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Tá muito top essa história meu... Posta outro capítulo ainda hj... PLEASE 😩😩😂😂

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Cara, que história massa! Tá muito bom esse conto. Ah, adorei a mãe do Edu. kkk

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