O amor, às vezes, vem de longe | Capítulo 3

Um conto erótico de Bruninho
Categoria: Homossexual
Contém 1265 palavras
Data: 15/11/2015 10:20:49
Última revisão: 15/11/2015 10:23:24

Meus lindos, espero que estejam gostando da história. Obrigado por todos os comentários e incentivos para eu continuar .

Beijos nas suas bocas lindas e gostosas. rs

===== Capítulo 3 =====

Acordei suado e morrendo de calor por volta das 4 da tarde. O cheiro de porra exalava no ar, misturado com aquele ar abafado de uma típica tarde quente e sem vento. Olhei meio que querendo evitar a claridade para o meu próprio corpo, vendo os restos da minha porra que eu não tinha limpado direito antes de dormir, brilhando na minha pele suada. Tinha acordado de pau duro, mais uma vez tinha sonhado com o Thiago e não conseguia simplesmente fazer minha rola abaixar. Meu saco doía um pouco, talvez pela mistura de tesão, com excesso de punheta, com vontade de mijar. Respirei fundo, tomei coragem e fui ao banheiro aliviar minha bexiga. Aproveitei a desculpa do calor e entrei no chuveiro, assim eu poderia me limpar direito e também tirar aquele suor nojento do meu corpo. Talvez pelos hormônios à flor da pele, talvez pela forma como a minha mente estava se comportando com a ideia de ter o Thiago em meus braços (ou seria ele me ter em seus?), mas eu precisei aproveitar o banho e gozar mais uma vez.

Depois de ter resolvido minha camiseta e cueca sujas de porra dei uma arrumada rápida no meu quarto e me troquei pra dar uma volta aqui numa pracinha que tem perto de casa. Sexta-feira sempre pede que a gente veja pessoas, né?

Antes de me vestir, abri o facebook pra ver se o Thi tinha respondido a minha última mensagem, mas nada. Só mostrava que tinha sido visualizada. Mas sem resposta. Nenhuma. Nada. Apenas silêncio... Mas eu dizia a mim que não tinha por que ficar assim... Afinal, o cara todo galã só podia ser hétero e eu tinha que focar nos estudos e não em macho.

Abri meu armário e veio aquela sensação de “não tenho nenhuma roupa!”. Eu queria morrer quando não conseguia decidir o que usar. Tinha a sensação que todas as minhas roupas eram feias, velhas e que nada combinava comigo. Que raiva! Por causa do calor, acabei colocando uma camiseta estampada com a bandeira dos EUA, um shorts curto que deixava minhas coxas grossas ressaltadas, um tênis da Adidas com uma meia preta curta, passei pomada no meu cabelo, arrumando com as mãos mesmo pra dar um ar um pouco mais leve e saí de casa.

Eu morava a uns 10 min de caminhada da praça, então coloquei meus fones de ouvido e dei play no celular, curtindo um pop bem alto e quase fazendo performance enquanto eu caminhava (às vezes não consigo me controlar...). Quando eu coloco meus fones de ouvido parece que o mundo para de existir, só existem eu e a música, as ruas se tornam uma passarela e nada mais importa. Eu estava nesse meu estado de torpor musical distraído quando alguém puxa meus fones de ouvido da minha orelha. O susto foi tão fdp, que eu não sabia se eu gritava, chorava ou saia correndo.

Quando olho pra trás vejo um cara da minha idade, loiro de olhos verdes, algumas espinhas no rosto, sorrindo com cara de “te peguei!”.

- Rafael! Para de ser idiota!!! Você quase me matou do coração, seu fdp.

- Ah Bruninhooooo! Menos, vai!

- Menos? Eu estava distraído! Nunca mais faça uma coisa dessas comigo, você sabe que eu odeio!

- Ah... a bixinha está nervosa?

- Não! Não estou nervoso! Só não gosto desse tipo de brincadeira.

- Então vem brincar de outra coisa – ele falou apertando seu pau por cima do shorts.

- Idiota! – falei, virando as costas pra ele e continuando a caminhar.

- Eu sei que você gosta! – ele gritou atrás de mim, mas eu só ignorei.

Por que ele precisava ser tão besta? Ele pegava quase todas as meninas da escola, mas não me dava sossego. E eu odiava ser tratado daquele jeito. Mesmo ele tendo um pau bonito e volumoso (eu já tinha visto enquanto ele mijava) ele não me atraia. Aquele jeito de moleque dele não me atrai e, na verdade, me irrita bastante.

Quando dei por mim, já estava na praça. Não era muito grande. Tinha alguns bancos de cimento, árvores, alguns brinquedos para crianças, uma fonte pequena que ficava jorrando água 24h por dia e um monte de gente diferente reunida conversando. Olhei em volta vendo se encontrava alguém conhecido e logo vi a Giovana agarrada com um dos seus peguetes, Gustavo. O Gu tinha 18 anos, tinha repetido um ano da escola e ainda estava no 3º ano. Apesar de já ter corpo de homem, ele tinha aquele jeito de moleque ainda. Parecia não ter crescido psicologicamente. Mas ainda assim, era gostosinho. Ele só não me atraia mais porque tinha um jeito meio porquinho, daqueles que parece não gostar muito de banho. Mesmo assim, a Gi estava louca por ele – aposto que por causa da rola que ele tinha. Só podia ser...

Ela me viu e acenou para eu me juntar a eles.

- Oi Bru! – ela me cumprimentou se levantando e me abraçando forte, me dando um selinho.

- Louca! – eu respondi, meio assutado com o selinho dado na frente do Gustavo.

- Até parece que ele não sabe que você não curte mulher e que somos apenas amigos, né? – ela falou olhando pro Gustavo esperando uma confirmação.

- Fica sussa, brow! To ligado que essa gatinha aqui é só minha e que você não apresenta risco – falou olhando fundo nos meus olhos, mas depois desviando o olhar e parando por uns 3 segundos nas minhas coxas.

- Vocês vão me matar de constrangimento, assim! – falei olhando pros dois.

- O que você ta fazendo aqui? – perguntou a Gi.

- Ah... Estava sozinho e entediado em casa, resolvi dar uma volta pra ver se encontrava alguém pra conversar, quem sabe beber alguma coisa...

- Entendi. Senta aí! A gente fica conversando – A Giovana estava sendo educada, mas pelo olhar do Gustavo, era melhor eu ir embora rapidinho.

- Nem rola eu ficar de vela, né? – falei dando uma risadinha de leve.

- Então tá. Não vou insistir com você... Mas fica por aí, mais tarde o Thiago falou que viria aqui pra conhecer um pouco da cidade e ele pode comprar as bebidas pra você.

- O Thiago vem aqui? Sozinho? Que horas? – eu falei tão rápido e atrapalhado que fiquei vermelho na mesma hora por ter me entregado.

- Ele vem sim! Sei lá que horas, sei que mais tarde ele chega. Mas por que essa animação toda?

- Animação? Não tem animação nenhuma, não... Bom. Já vou indo. Deixar vocês dois a vontade. Beijo. – falei tudo rápido demais, me afastando dos dois e indo pro outro lado da praça.

Encontrei um banco vazio, perto de onde as crianças estavam brincando, me sentei e comecei a mexer no celular. Facebook, Twitter, Instagram, Snapchat, Vine, Whatsapp... Minha vida social estava dentro daquele negocio nas minhas mãos. Apesar da minha mente estar pensando no Thiago e se eu o veria naquela noite, atipicamente quente, eu consegui me distrair por um bom tempo (quanto? Sei lá... um bom tempo!) e realmente perdi noção do quanto eu fiquei sentado ali me atualizando as novidades de todos os meus amigos.

Fui tirado da minha viagem pessoal quando um armário de 1,90m de altura parou na minha frente.

- Posso sentar aí ou tá reservado pra alguém especial?

===== FIM do Capítulo 3 =====

Obrigado por lerem até aqui! Estou me esforçando para enviar um capítulo novo toda quarta-feira e domingo.

Espero que estejam gostando da minha história. Deixem seus comentários aí em baixo, ta bom?

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Comentários

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Gente, demorou mas saiu! Já está publicado o Capítulo 4. :)

Beijos

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