O doce nas suas veias - (Capítulo 9)

Um conto erótico de Vamp19
Categoria: Homossexual
Contém 2398 palavras
Data: 01/11/2015 22:32:15
Última revisão: 01/11/2015 22:44:03

Estou ajoelhado na rocha de uma clareira da floresta. Passo ver o céu cinzento por trás da tocha de Jesus para que possa evitar o olhar medroso de Jesus. Minha boca está seca e eu me sinto fraco, mesmo assim, forço-me a falar.

‘Eu não queria te machucar’ falo, ‘a mordida, foi um erro.’

‘Um erro?!’ Ele parece ofendido. ‘Uma mordida é um erro para você?’ Tenho que me lembrar que ele é só um humano e tudo que aprendeu durante a vida do que é realmente verdade ou fantasia está prestes a mudar.

‘Sim, foi um erro. Você não sabe o quanto você é bom, Jesus, não faz ideia do quão bom você cheira e eu estava tão perdido nos seus braços, estava me sentindo tão bem, como nunca antes.’ Falo com toda a sinceridade. 'O que eu fiz foi um gesto de demonstração...'

‘Chega!' Ele fala alto. 'Não quero falar sobre isso. Você mentiu. Meu tio tinha razão sobre você.’

‘Sim.’ Respondo, encarando-o.

‘É um demônio! Não está vivo, não sente nada por humanos a não ser o desejo de matar e tomar nosso sangue’ Ele me acusa. Mas sinto um pouco de hesitação.

‘Antes de te conhecer iria concordar com o que fala agora, mas Jesus, eu juro que não o queria fazer mal…’ Mesmo não precisando respirar, eu dou um suspiro de frustração. ‘Sim, bebo sangue, sim, preciso disso, sou assim, é o que sou, mas…’

‘Não tem mais. Eu vi com os meus próprios olhos o que você é.’

Com isso, eu fico irritado.

‘Por que está aqui, então?’ pergunto, acusadoramente. ‘Eu te fiz sentir bem, sei disso, assim como você reconhece que compartilhamos algo único um com o outro.’

‘Você usou seu maldito charme em mim, eu não queria!’ ele fala aquilo alto e eu fico abismado com o tamanho do seu súbito conhecimento.

‘Nunca!’ defendo-me. ‘Juro-te, nunca fiz isso, não contigo, meu garoto.’

‘NÃO ME CHAME ASSIM!' Fico assustado com a sua fúria. 'Na floresta, você matou aqueles meninos?’ aquela é a sua pergunta. Posso sentir que ele não está acreditando em mim, devo ser sincero, devo falar a verdade.

‘Matei.’

Ele fica abismado com a minha sinceridade e calma.

‘Matei muitas pessoas, mato e matarei, Jesus. É o que preciso fazer para sobreviver e não me arrependo, mas você é algo diferente em minha vida… Juro pela minha alma que não queria te machucar.

'Você não tem alma’ ele diz.

Dou uma gargalhada amarga. ‘Foi um modo de falar, meu gar...' Hesito. 'Você me faz sentir. No momento, sinto muita raiva de você e estou muito triste, mas ainda assim não consigo largar a ideia de que é melhor do que não sentir nada.’

Eu olho para o chão e depois me forço a encará-lo. ‘Eu sinto sua falta.’

Por um momento, consigo ver o exato segundo em que ele acredita em mim e seu rosto amolece de um jeito que me enche de esperança. Em outro momento, ele se afasta de mim com medo.

Eu escuto a bala de prata no meu ombro e olho para o meu ferimento por dois segundos antes que a pele comece a queimar e eu grito um grito horrivelmente alto de dor.

Sinto meus dentes crescerem enquanto olho para trás de Jesus e da floresta um mar de pessoas começam a sair. Jesus fica confuso no meio daquilo tudo e assiste-me sem reação a não ser um olhar assustado e triste para mim.

Eu tento me levantar para lutar, mas estou fraco demais e o sangue no meu corpo está quase acabado. Caio de quatro e escuto alguém gargalhar, um homem, e a voz está lotada de vitória.

‘Pegamos ele’ diz o homem. Olho para cima e vejo o homem abraçar o meu Jesus. Eu grito com as presas à mostra e o homem de cabelo vermelho espirra água benta no meu rosto, que queima impiedosamente e dolorosamente faz uma fumaça subir.

‘Fica quietinho aí, aberração’ diz o homem. ‘Você fez tudo que podia, rapaz. Obrigado, agora se afaste e me deixe lidar com isso.’

O homem joga mais água benta em mim e ignora meus gritos de dor. Se tivesse me alimentado poderia lutar. Estava ferido tanto fisicamente quanto emocionalmente por saber que sou traído por Jesus, meu bom e inocente Jesus.

Olho para ele mais uma vez, mas ele está se afastando e indo conversar com seu tio enquanto um bando de quatro homens me cerca, dois deles me segura pelos braços e enrola correntes de prata por eles, queimando minha pele, eles me deixam de joelhos e começam a torturar-me.

‘Você não é muito esperto, é? Pois bem, meu nome é Van Helsing e você vai morrer.’ Ao ouvir seu nome, sinto um grande medo.

Aquele homem matou Drácula. O que sou eu para ele? Nada mais que um verme.

Van Helsing sorri como se pudesse ler meus pensamentos e joga água benta no meu rosto para se divertir. A prata que seus homens encostam em mim me ferem além de me enfraquecerem. O homem de cabelo vermelho passa sua faca de prata pelo meu corpo, fazendo uma trilha dolorosa pela minha pele, derramando meu sangue.

A dor me enlouquece e se junta a humilhação. ‘Você pode transformar isso numa coisa muito mais fácil. Eu sei que você sabe alguma coisa a respeito da loirinha. Sim, a loirinha do Drácula, uma das putas dele.’

A ofensa me deixa furioso.

‘Infeliz, tenha mais respeito’ eu digo, sibilando e mostrando meus dentes. Ele joga mais um pouco de água no meu rosto e eu recuo, acovardado.

‘Calminha, bichano. Vamos, abre o bico. Diga onde ela está.’

Eu cuspo na cara dele. Sei que não devo fazer isso, mas fiz ainda assim. Minha punição é beber água benta, o que me deixa gritando de boca aberta por vários minutos enquanto vejo fumaça saindo de mim.

‘Me mate, bastardo, me mate, prefiro morrer em vez de lhe dizer qualquer coisa.’

Van Helsing dá uma gargalhada.

‘Morrer você vai. Mas primeiro vai me dizer onde estão as putas.’

Daquela vez, eu fico quieto, enquanto a fúria dentro de mim se alimenta mais e mais.

‘Apenas o mate, foi isso que me disse que iria fazer’ aquilo quem disse foi Jesus.

‘Quieto, rapaz’ Van Helsing responde impacientemente. ‘Deixe isso conosco, você pode ir.’ Eu também desejo que Jesus vá embora. Sua presença ali só consegue me deixar mais furioso. Ele fez aquilo comigo. Eu o odeio.

‘Eu fico’ ele disse.

Van Helsing revira os olhos.

‘Então fique calado.’

Como Jesus pode me deixar por um homem como aquele?

‘Nunca irei trair as Noivas, Van Helsing. Nunca.’ Deixo claro o escárnio que sinto ao falar seu nome.

‘Ah, mas vai. É só questão de tempo.’

‘Você pode me torturar. Já passei por torturas antes, muito piores.’ Digo isso para todos ouvirem. Os dois que apertam prata no meu corpo, Van Helsing, os outros dois que estão apontando armas em minha direção, até mesmo para o padre perto das árvores e Jesus, mais à frente. ‘Sou leal, prefiro morrer.’

‘Van Helsing, disse-me, prometeu-me que iria matá-lo.’

‘VOU MATÁ-LO EVENTUALMENTE, GAROTO, CALE-SE.’ O homem fica furioso.

Eu recebo a maior parte da sua fúria e uma estaca de madeira é enfiada na minha barriga, um pouco abaixo do meu coração. Eu arregalo os olhos em surpresa com a imensa dor que sinto e depois grito estridentemente. Desejo morrer mais do que tudo. Quando mostro as presas pontudas para os homens ao meu redor, Van Helsing pergunta. ‘As noivas, para onde foram?’

O pior é que realmente só sei que Marishka foi em busca de ajuda. Mas nem isso posso dizer, pois é trair que ela está preocupada. Não devo deixá-los mais ousados do que já estão.

Quando eu não respondo, outra estaca é enfiada mais abaixo da primeira e eu choro por piedade.

‘Onde estão as noivas?’

Eu grito e sibilo para todo mundo, mostro as presas e tento me libertar. Estou muito fraco. Nem que conseguisse sair, não iria longe. Estou morto. Morto. Começo a rir baixo da minha situação desesperada, e quando Van Helsing pergunta qual é a graça, eu dou uma gargalhada alta. Ele joga água benta na minha cara, eu grito de dor e depois volto a rir muito.

‘Demônios, vai entender. Continuem segurando-o. Olha aqui, criatura do inferno. Olhe-me no rosto. Vou matar cada um da sua raça, cada um que existir no mundo, vou livrar-nos dessa praga tão cruel e nojenta. Matei o seu líder e matarei os líderes que vierem depois. Mas talvez não mate você, talvez o mantenha vivo para assistir cada um deles morrendo sob os seus olhos. Alguns acham que vocês são incapazes de sentir. Eu sei que vocês são como bebês chorões. As noivinhas gritaram e juraram vingança quando o cafetão delas morreu. O que acha disso?’

Naquele momento, eu perco a noção da intensidade com a qual odeio aquele homem. Mas também estou aterrorizado como nunca fiquei. Meu pior erro foi ter alguma vez achado que seres humanos não podiam ser perigosos para aqueles como eu. Humanos são… imprevisíveis.

‘Espere, não!’ um dos homens grita atrás de Van Helsing. Um dos que seguravam uma arma agora está lutando para segurá-la de Jesus. Mas Jesus consegue vencer. Ele atira no garoto que luta com ele pela arma e encara o corpo caído no chão ao seus pés com o olhar assombrado pelo que acabou de fazer.

‘Mas que diabos!’ Van Helsing se levanta e olha para Jesus. O padre vê que Van Helsing está indo em direção a Jesus com más intenções e entra na sua frente para defendê-lo, o que acaba com a sua vida. Van Helsing segura no pescoço fino e velho do Padre e enfia a faca no meio da sua testa. O padre está morto. Ele encara o nada como se ainda não estivesse acreditando que pudesse ser ferido, mas o sangue cai pelo seu rosto enquanto Van Helsing o segura pelo pescoço. Jesus assiste a isso de boca aberta. Ele grita! Meu corpo treme de dor pela reação do meu garoto.

O corpo do padre cai na frente de Van Helsing e ele avança em Jesus, que está com a arma na mão, posso ver de longe o seu corpo tremendo-se inteiro enquanto ele luta para não cair no chão e chorar pela morte do seu tio. O outro homem que segura uma arma não sabe se a aponta para Jesus ou para mim.

‘Deixe ele para mim’ Van Helsing diz, apontando para Jesus. Fico desesperado naquele instante, mas a prata no meu corpo me enfraquece, assim como as estacas enfiadas na minha barriga. Isso não quer dizer que paro de tentar.

Van Helsing subestima Jesus mais uma vez.

O garoto dá um tiro na sua perna, tanto por vingança quanto por medo. O homem cai no chão com um grito lamuriante de dor. Então Jesus ainda consegue dar um tiro num dos homens que seguram prata no meu corpo antes de cair no chão com um tiro no peito.

Sinto uma dor imensa no peito que parece ser a morte se aproximando, mas é apenas desespero e preocupação.

Com uma mão livre, tiro uma estaca de madeira do meu corpo e enfio no peito do outro homem que me segura. Então Van Helsing percebe que a situação está piorando para o seu lado.

‘Mate o vampiro, idiota!’ ele grita para o garoto com arma, que quando vira a sua arma para onde eu estava, não me encontra mais. Eu corro o máximo que posso e seguro o corpo de Jesus nos meus. Não sei onde encontro força para correr tão rápido e voar. Mas encontro, porque Jesus precisa de mim. E eu preciso dele.

Vamos juntos para o céu.

Meu pavor aumentando à medida que sinto o seu coração enfraquecendo a cada batidaPara transformar tudo num horario eventual melhor pra eu postar sem ficar chato e postar mts caps de uma vez num dia só e mts de vcs ficarem atrasados na leitura, que tal eu postar só um cap até que ele tenha saído da lista dos últimos caps publicados, o que acham? deem sua opinião.

S2DrickaS2 : hahaha, olha, ta vendo! eu sabia que vc ia acabar reclamadno q eu posto muito! mds, eu que peço desculpas, amor, eu amo seus comentários e fico muito agradecido por cada um, obrigado por ler, isso que importa mesmo, linda. e não se sinta obrigada a comentar toda vez, só quando quiser, e n se desculpe por nada, sua presença aqui é sempre diva n importa se n comenta, se comenta, ou se demora a comentar. e eu entendo que todo mundo tem uma vidinha, só eu mesmo q sou desocupado o suficiente pra ta escrevendo tanto<3 jesus é um caso sério e acho que ele vai dar muito trabalho e irritar vcs mais um bocadinho antes do final do conto. mas eu gostei de escrever esse cap do eduardo, ele aprendendo a amar e tal, eu que sou o autor to me apaixonando. hahaha. e affs, entendo de internet ruim. relaxa, mona. E amiga, vc estava certíssima a respeito da mordida, adorooooo, parabéns hahahaha.

Ru/Ruanito obrigado por acompanhar e comentar em mais um cap, cara.

WhiteChocolate(*) Tem que deixar todo mund ocom vontad de voltar né amor, hahaha, mas vejo q vc tá pegando tudo bem e seus comentários são muito interessantes por ficar tão por dentro da história e comentar nele quase todo, obg mesmo pelo elogio, fico até vermleho aqui, para (n para) kkk. obrigado mesmo. e ai o que achou desse capítulo? espero que ainda esteja aqui comigo. obg por comentar a respeito dos sentimentos dele, foi essa a mensagem q eu quis passar, q ele sendo vampiro ainda n sbe de muita coisa e tal e que aind ta aprendendo e que pode amar.

lu645: todo mundo me chamando de cruel, mas olha que eu poderia ter feito coisa muito pior hein nem foi tão ruim kkkk. obg pelo comentário.

Helloo: CONFIA EM MIM, que eu sou cruelzinho mas não tanto e n iria fazer isso com vcs, mas ele tem qeu sofrer um pouquinho né! obrigado por mais um comentário, linda.

crys12 - lindinho demais vcs, amo muito ver qeu tá todo mundo preocupado. espero que esse capítulo tenha acalmado todo mundo. bjs pra vc, <3

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Comentários

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Muito bom vc voltou a postar estou lendo o conto show

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Me acalmou bastante, ficou ótimo esse capitulo. Em relação ao horário, apesar de querem que vc poste muitos por dia, é melhor pra vc postar um por dia, assim da tempo de vc escrever os outros capítulos tbm. Bjs

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ótimo mas Eduardo vai demorar pra ter confiança em Jesus

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E eu tbm nao reclamei sobre o tanto q vc postar por dia... Só pra deixar claro quanto mais pra mim melhor!

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Ótimo sobre postar um capítulo depois que ele sair do último eu não sei. Talvez um por dia, acho q seria bom... nossa ainda bem que ele conseguiu fugir com Jesus. Acho q se ele estivesse morto a história não faria muito sentido, só se aparecesse outro vampiro para fazer par romântico, sei lá... enfim deu foi dó do educador! Muito bom

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Eu num reclamei que você posta muito. Ao contrário eu adoro! Eu tou em dia com a leitura da tua história.Meu amor uma postagenzinha por dia? tu estas querendo me matar né?? Posta o quanto você quiser, só não uma vez por dia. POR FAVOR!!!

Eita que esse Jesus é doido. Como é que ele me faz uma

merda dessa? Deixou o coitadinho do Eduardo sofrer na mão do Van? O pior que o Eduardo ainda salvou o bocó do Jesus. Aff!!! Eu tou com raiva do Jesus...

Olha meu lindo eu não acho você um desocupado, até porque para escrever bem assim, tem que ter muito talento e tempo.

Bjos bebê e até .... A.

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