Histórias da Minha Vida - Parte 183

Um conto erótico de Phabiano
Categoria: Homossexual
Contém 1315 palavras
Data: 27/11/2015 00:28:47

A vida é cheia de contratempos, encontros e desencontros, pessoas entram em nossas vidas e derrepente somem, como se viessem de carona ao vento, da mesma forma que chegam, elas se vão!

Era uma sexta feira eu estava irritado com tudo que estava me acontecendo, briguei com minha mãe por causa do papo idiota do Igor ir morar com a Estela e o Mau.

Depois liguei pra Estela e pela primeira vez nós discutimos de verdade pelo telefone, não era justo o meu filho ter que mudar de casa por capricho dela, esses 4 anos ele vive muito bem comigo, não vai ser agora que ele vai sair de casa.

Ela gritava do outro lado que o caprichoso era eu, egoísta, que ela também era mãe e tinha os mesmos direitos que eu, e que estava vindo pra cá pra resolvermos esse assunto.

Eu joguei o telefone com força na parede e nessa hora o William chega do trabalho e se assusta.

Baixinho?

Tudo bem?

Aconteceu alguma coisa?

Ele me falou essas frases numa calma e eu querendo derrubar a casa de raiva.

Claro que aconteceu William, a Esté vem pra cá, pra buscar o Igor!

Você acha que tem cabimento uma coisa dessas?

Binho eu te ajudo a criar os dois, e me dói imaginar meu menino longe de mim, mas a Estela é mãe, nunca questionou sua forma de educar, te ajuda em tudo com ele e até com a Laurinha.

Resolvão essa situação da melhor forma possível pra não atrapalharem o desenvolvimento do Igor, ele é pequeno, mas tem coração, tem sentimentos e apesar de ainda não entender nada, ele é a parte mais importante dessa história!

William você está do lado de que? Retruquei!

Estou do lado do meu filho, do bem estar dele, não quero ver esse menino triste pelos cantos por causa de uma disputa burra entre vocês dois, ele não é um objeto!

William me deixa sozinho vá!

Beleza Fabiano, deixo sim, mas pense muito bem pra não tomar uma decisão errada.

Ele saiu nervoso e foi pra cozinha com a minha mãe e da sala conseguia ouvir a conversa dos dois.

William: seu filho é cabeçudo Nita, parece uma mula empacada, quando coloca uma coisa naquela cabeça, não ha meios de fazer mudar de ideia.

Mãe: ele tem o genio da minha irmã Lu, se fosse filho não parecia tanto.

Largue ele lá, daqui a pouco ele percebe que está fazendo merdas.

Minha vontade era ir la na cozinha brigar com aqueles dois.

Meus filhos eram partes essencias pra minha felicidade, minha realização eram aqueles dois pingos de gente, que alegravam a casa.

Eu não conseguia assossiar uma coisa com outra, morar no Sul, a milhares de km longe de mim?

Já tivemos uma experincia ruim quando só foram viajar e agora levar meu filho embora?

Pensei, pensei e pensei até ser interrompido por minha mãe.

Filho você já esta mais calmo?

Quer conversar melhor agora?

Você precisa entender que não estamos contra você, mas o Igor esteve por 4 anos longe da mãe, da irmã, se coloque no lugar dele crescendo longe da mãe e no lugar dela não vendo e acompanhando o desenvolvimento do filho, você ficaria como?

Seu pai não participou de sua vida, porque infelizmente a vida o tirou de nós, caso contrario ele estaria aqui também lhe dando um puxão de orelhas.

A tarde o William pegou os dois e os levou para a sorveteria, fiquei em casa pensando em ligar pra Estela, mas não liguei.

Tomei um banho e depois um remedio e acabei dormindo profundamente, nem vi ele chegar e ir se deitar.

Naquela manhã de sabado levantei com aquele vazio no peito, saudades de todos aqueles amigos que ha tempos não via, dos nossos churrascos, das baladas, das bebedeiras, das cantorias, das risadas e gritos das meninas, das piadas e brincadeiras toscas do Raul, das cantadas safadas do Renato, das briguinhas infantis com o William, do entra e sai da minha casa.

Queria poder voltar no tempo e fazer tudo novamente, exatamente igual.

Apesar da raiva que eu sentia por aquele infanto juvenil do Gabriel, eu tinha a minha vida pra cuidar, meus filhos, o William, minha mãe e meus verdadeiros amigos.

Era umas seis horas da manhã e eu já acordado, um sábado gostoso, manhã fresquinha, cantarolar de passaros e o inicio dos raios de sol refletindo nos vidros das janelas.

Sentei na cama enquanto o William dormia com o pescoço numa posição meio encomoda, mesmo assim eu parei para admirar aquele homem ali na minha cama.

Seu rosto quadrado, sua pele branquinha, o desenho da barba e a boca rosada.

A forma como respirava, seu peito com pelos raspados já crescendo e o volume por baixo do shortes largo que ele usava para dormir.

Ele é lindo, é calmo, brincalhão e de uma grandeza no coração que eu só via na minha tia Lu.

É! O tempo as vezes é injusto conosco e nem damos conta que ele leva as nossas melhores e mais preciosas lembranças.

É tanta coisa junta que a gente se perde e deixa de se importar com coisas realmente excenciais para nossas vidas.

Ele faz tudo pra mim, cuida das coisas, das crianças, dedica 100% de seu tempo pra nós, deixou de ir as peladas de final de semana, não insiste em sair pra um happy ou uma baladinha, me assumiu de todas as formas sem relutar.

E eu?

Dentre esses anos juntos, o que eu fiz?

Qual prova de amor eu dei a ele?

Percebi que eu estava deixando o grande amor da minha vida de lado.

Percebi que a maneira que eu o estava tratando, não era nada comparado a dedicação dele para comigo.

De fato a Estela estava com a razão, eu me tornei um cara mesquinho, egoista, caprichoso.

Eu direcionei toda minha atenção para meus filhos e a mim mesmo, que não percebi que o cara que deu inicio a tudo isso, estava de fora.

Aquele vazio pareceu aumentar conforme eu ia juntando os retalhos de lembranças das varias vezes que o vi sorrindo com vontade.

Ele agora sorri, mas um sorriso sem sentimento, sem sal como dizia tia Lu.

Onde foi que deixei de dar atenção a ele?

Em que momento isso aconteceu?

Por que eu fiz isso?

Foi aí que decidi que as coisas voltariam a ser como antes, eu deveria resgatar tudo de novo.

Não quero dizer que deixei de amar ou ele deixou, mas quero dizer que aquele fogo de antes, aqueles momentos fascinantes haviam deixado de existirem.

Eu parado olhando pra ele e nem percebo que ele acordou.

Ele pos a mão no saco e deu uma apertada firme e disse:

Pode olhar mesmo, mas só olhar por que você está de castigo rapaizinho!

Eu ri, dei um beijo no peito dele e deitei minha cabeça ouvindo o som do toque do seu coração.

William você me desculpa pelas grosserias, por minha teimosia e por eu ter perdido o foco esses tempos?

Ele: não sei, vou pensar!

Você me ama Binho?

Eu ouvi aquela pergunta e foi como se ele estivesse me perguntando pela primeira vez.

Meu coração acelerou e um sorriso cresceu em meu rosto e eu respondi;

Amo! Amo! Amo!

Você me faz ser único, sou o cara mais feliz da face da terra magrelo.

Ele segurou meu queixo e olhando nos meus olhos me deu um beijo maravilhoso.

Baixinho estamos juntos nessa, apoio você, estou com você, mas pense em tudo que já passamos, não quero que o Igor sofra decepções futuras por causa de você ou da Estela.

Antes de qualquer coisa pense no Igor, no bem estar do Igor!

Eu olhando para ele perguntei: quando foi que esse cara responsavel tomou conta do lugar do meu magrelo?

Nós rimos e ficamos deitados naquela cama trocando caricias e muito carinho.

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Comentários

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Torço para que tudo ocorra da melhor maneira para o Igor. Quanto ao "infanto-juvenil", espero que dê um basta nele de forma definitiva. Se necessário, mande-o para o inferne e deixe que ocapetase resolva com ele. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Estou na torcida para que tudo se resolva da melhor forma pra vocês principalmente para o pequeno Igor.

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Você é forte Binho, você vai conseguir superar esses momentos difíceis.

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