What If - Prólogo

Um conto erótico de Hugo Strauss
Categoria: Homossexual
Contém 4587 palavras
Data: 15/10/2015 11:21:34

Prólogo

Era um dia qualquer de Agosto, e eu conseguia sentir o sol batendo no meu rosto, obviamente porque eu esqueci a maldita cortina aberta na noite passada. Não que eu seja uma pessoa preguiçosa, mas eu estava tão bem na minha cama, sem ninguém me perturbando, que a última coisa que eu queria fazer, era levantar por conta do calor que percorria todo o meu corpo, fazendo-me suar que nem atleta em período de competição.

Levantei da minha cama - depois de ter me rendido a todo aquele calor, pois me incomodava de maneira que não dava para ignorar - e fui em direção ao meu banheiro, que ficava no meu quarto. Me olhar no espelho depois de acordar me assustava, pois minha cara ficava toda amassada, e juntando com meu mau humor aparente, fazia com que minha paciência não fosse muito grande.

Eu me acho bonito, aliais, eu sou bonito. Eu tenho mais ou menos uns 1,73 cm de altura, sou moreno, com olhos cor de mel. Minha idade e minha aparência não condizem nada com nada, visto que, eu tenho 19 anos, e pareço ter 15 anos - agora imaginem como eu sofro para entrar nos lugares, imaginem a vergonha que eu passo. Chega ser patético. Meu corpo não é super definido, mas sou definidinho, pois passei indo na academia do bairro durante alguns meses.

Sim, eu sou assumido. Minha família meio que não se importou, porque quando eu me assumi, eles disseram que tinham problemas demais para cuidar, a ponto de que eu fui esquecido por eles. Eu venho de uma família bem rica, e quando digo rica, é rica mesmo. Não tenho problemas com o fato de todo o Brasil estar em crise, afinal, minha fonte de renda é mais acessível do que de muitas pessoas. Estudo na melhor das melhores faculdades privadas do estado do Rio de Janeiro, e meu custo de vida é bem alto.

Onde eu quero chegar é que nem sempre foi assim. Tudo começou a um período atrás, onde eu não ligava muito para moda, corpo, dinheiro e afins. Eu era apenas um aluno de Comunicação que queria ficar na minha e completar a faculdade, sem muito tumultuo e algazarra. Como nem sempre, as coisas saem como queremos, a minha história começa no bendito trote - aquele que as pessoas te pintam, fazem você passar vergonha, e pedir dinheiro na rua.

Acho que nesse dia (não me recordo direito), eu estava usando uma calça jeans, e uma camisa branca com detalhes de triângulos. Como pela parte da manhã geralmente fazia frio, coloquei um casaco não tão pesado, pois vai que sentisse muito calor e não tivesse onde colocar o casaco - sendo que eu odeio colocar na cintura.

Estava na minha sala, lendo sobre a matéria de Marketing, quando o diabo encarnado entra com seus quatro capetinhas. O diabo em si era um gato. Ele tinha 1,85 de altura, olhos verdes e cabelos loiros jogados pro lado. Seu corpo era escultural, e o que mais me chamava a atenção, era sua bunda - sim, eu sou desses que ama apertar bunda de homem, acho a parte do corpo mais sexy - pois a mesma era redondinha e um pouco grande. Óbvio que eu procurava disfarçar sempre, e olhar quase nunca para aquele monumento. Os outros quatro também eram bem gatos, mas sem sombras de dúvidas o mal encarnado era o mais bonito deles - chega ser engraçado, mas tudo que me faz mal, eu gosto.

Eles ficaram na frente falando sobre o quão importante era para nós, novatos - ou na língua universitária, calouros - que a integração era de suma importância. Falaram sobre festas, choppadas, e enfim ao assunto que todos tem receio: o trote. Eles deixaram bem claro que queriam que todos participassem, pois era o momento de brilhar e todo aquele blá-blá-blá, mas como eu sou chato com essas paradas, eu já fui falar com eles.

O diálogo foi mais ou menos assim:

- Oi, tudo bem? - disse com receio deles já não irem com a minha cara.

- Fala calouro, qual foi? - disse o capetinha #1.

- Então, eu ouvi vocês falando sobre o trote, e queria saber se vocês aceitam di… - fui interrompido pelo líder deles.

Não aceitamos dinheiro, e nem mimimi. Ou seja, ou você participa, ou você vai entender o por quê da importância de se integrar com as demais pessoas e seus veteranos - sorriu esnobando da minha pessoa.

Eu tinha ficado sem reação, juro para todos os que estão lendo. Ele era idiota assim, ou ele fez Senac?! Eu só não queria participar da merda de um trote. Voltei para minha cadeira com uma raiva de outro mundo, e fiquei pensando as maneiras que eu podia bater nele mesmo sem físico para conseguir bater naquela montanha de músculos, e também como um ser pode ser tão ignorante. Não estava tendo noção do tempo, quando um garoto falou que a aula já tinha terminado. Agradeci, e fui me retirando da sala, até que o mesmo garoto me para e fala:

- E ai, tudo bem? - falou ele um tanto animado.

- Tudo sim, e você? - falei tentando conseguir tirar da minha cabeça aquele garoto de mais cedo, para não descontar minha raiva em quem não merecia.

- Também. Eu vi que você foi tentar negociar com a máfia veterana - disse ele rindo da minha cara.

- Eh… não deu muito certo - dei um sorriso forçado - mas eu acho que vou faltar a semana do trote. Não quero participar dessa palhaçada - falei meio que com raiva.

- Ahhh cara vamos participar sim, vai ser legal, e todo mundo faz - falou tentando me convencer de fazer o trote, o quanto eu ia ganhar com isso, e como iria me ajudar no futuro bem próximo.

Fiquei um tempinho pensativo até chegar no meu carro, e falei que iria pensar sobre. Quando estava pegando minha chave para abrir o carro, passa o bonitão, e ainda lança:

- Espero que o casal não esteja planejando burlar o trote - disse em tom sarcástico.

Cara, se tem uma coisa que eu odeio, é gente sarcástica. Me deu uma vontade de passar com o BRT por cima dele. Ele estava fazendo o que comigo? Um jogo?.

Olhamos para cara dele, e continuamos a conversar, ignorando a presença dele. Quando percebemos que ele ficou bolado por termos ignorado ele, me despedi logo do meu novo colega, e rimos da situação.

- Prazer, meu nome é Diogo, - disse meu novo colega encostando na janela do meu carro - e espero você amanhã, porque não quero sentar nas aulas sozinho.

Sorri, e falei:

- Prazer, meu nome é Hugo - fizemos um toque no estilo Hi-five, e entrei no carro partindo para casa.

Chegando em casa eu tomei banho, troquei de roupa e fui dormir. Não foi fácil pegar no sono depois daquele primeiro dia de faculdade. Mal sabia eu, que aquele dia daria início a uma história bonita e complicada de amor e ódio - são nessas horas que a gente pensa em como a vida é uma “bitch”, pois de um jeito ou de outro, ela me pregou um peça bem grande, me fazendo entender como ela funciona, e que ninguém pode mudar esse ciclo.

Passaram alguns dias e no dia que começariam os trotes, eu acordei muito cedo e cheio de fome, mas como nada estava aberto, tive que ficar tapeando a fome com uns biscoitinhos - quem mora sozinho sabe da preguiça que dá ir no mercado fazer compras, e então você se sustenta a base de lasanha e produtos pré-cozidos.

Voltei pro meu quarto e peguei meu celular para checar meu Facebook. Meus amigos postando fotos de festas, e bares que eles foram ontem, e nem me chamaram. Se bem que, eu nem sei se eles me chamaram, porque dormi na parte da tarde inteira, pois estava morto com a pilha de matéria que tinha estudado.

Quando peguei meu iphone, tinham várias mensagens. Algumas dos meus amigos do curso do pré-vestibular, e outras mensagens dos meus amigos da vida. Respondi todas que tinha que responder, tomei banho e fiz minha higiene matinal, coloquei minha roupa, e fui para minha querida faculdade. Detalhe que quando eu estava de saída, no elevador tinha um cara muito gato de terno (quase tive uma ereção só de imaginar o que eu faria com aquele corpinho). Fui para o meu carro, e coloquei minha querida Nicki Minaj para tocar.

Cheguei na faculdade, estacionei o carro, e fui em direção a minha sala.

- Ah que droga, Planejamento de Comunicação não… - pensei alto.

- Falando sozinho? - falou uma voz me assustando, e me fazendo virar para ver o rosto.

- Sim, - virei e fiquei que nem aquelas garotas quando veem um ídolo, desacreditado. Sim, desacreditado porque o cara era lindo, lindo mesmo. E tava falando comigo, sendo que ele nem era do meu curso/período, mas estava adorando - eu costumo falar sozinho ás vezes… Ainda mais quando a aula é chata - sorri.

- Entendi. Prazer, meu nome é Gabriel, sou de Engenharia Mecânica. - falando estendendo a mão.

- Prazer, meu nome é João - menti.

- E você é de qual curso? - disse sorrindo, e encostando a mão na parede, parecendo aquelas cenas de filme americano, onde a garota popular está na parede, e o capitão do time de futebol está falando com ela, como se fossem namorados.

Eu sou de Comunicação Social - dei um sorriso nervoso, e olhei para o braço dele que estava me fazendo não sair do lugar.

Tudo bem que eu sou assumido, mas eu não sou nada dele, ai vai que alguém pensa besteira. Logo que ele tirou o braço da parede, eu disse que a gente se esbarrava por ai, e fui correndo pra minha aula, senão iria chegar atrasado.

Chegando na sala, não tinha mais ninguém, mas as mesas estavam com as mochilas. “Trote”, pensei. Estava indo embora, quando um dos capetinhas me parou:

- Ei calouro, pode voltando, tá na hora do trote - disse sério.

- Eu já falei que não vou fazer essa porcaria de trote, mas que saco - falei parado na frente do banheiro masculino. Entrei e fiquei me olhando no banheiro, até que o garoto entrou também.

Duas hipóteses: ou ele iria me bater, ou iria insistir para eu ir fazer o trote. Dito e feito, ele foi atazanar minhas ideias, falando que o trote iria ser super maneiro, e acabou me convencendo, mas só porque eu não estava com paciência para aquele projeto de Nate Archibald ás sete e meia da manhã.

Cheguei no local onde estava sendo realizado o trote, e vieram um bando de garotas me pintar. Depois de ficar todo melecado, eles me deram um pote pra eu pegar dinheiro. Não tinha visto o Diogo até então, mas dispersei quando o bonitão veio falar comigo.

- Olha ele, pintadinho pra pegar dinheiro para a choppada - falou zombando da minha cara, e apertando minha bochecha - vai fazer bonitinho né? - riu alto.

- Você é patético - disse com cara fechada.

Ele chegou perto de mim, no meu ouvido, e disse:

- E você vai ser minha diversão do período - falou isso e apertou minha bunda.

Eu fiquei intacto. Totalmente sem reação, porque ele foi tão direto que me assustou. Mesmo paralisado, olhei para cara dele, e o mesmo piscou para mim e saiu rindo - eu não tinha entendido muito o que tinha acabado de acontecer, mas fiz a sonsiane e deixei pra lá. Avistei o Diogo, e fiquei com ele num canto. Fomos pra rua, e ficamos perambulando durante horas para pegar dinheiro. Ao final, voltamos pra faculdade, entregamos o dinheiro, e um garoto veio me chamar.

- Você!!! - gritou - o Rafael está te chamando.

- Quem é Rafael? - perguntei.

- O bonitão - sussurrou o Diogo.

Deixei minha mochila com o mesmo, e fui até lá ver o que ele queria. Chegando lá, ele veio falar comigo, passando o braço pelo meu ombro.

- Sabe novato, eu geralmente não sou chato com vocês, mas dessa vez eu preciso ser - disse me deixando curioso - você e seu amigo bichinha não conseguiram quase nenhum dinheiro, e vão ter que pagar - disse na intenção de fazer eu me lamentar.

- Tudo bem, eu pago. Por mim, e por ele - disse me virando para ir emborareais - disse o tal de Rafael.

- Oi? Você tá de sacanagem? - falei perplexo.

- Ou isso, ou a gente não vai sair do seu pé - falou ele rindo muito com os amiguinhos dele.

- Engoli seco e disse ao mesmo que daria amanhã o dinheiro.

- Você não entendeu que queremos o dinheiro agora? - disse seco.

- Tudo bem então, eu não tenho o que você quer agora, mas eu tenho em casa - disse tentando negociar com ele - então, você pede para algum dos seus seguidores pegar nesse endereço - falei pegando um papel e anotando o endereço.

- Fechado - riu da minha cara me analisando - é sempre bom fazer negócios com pessoas práticas.

Eu estava tão bolado, que eu relevei o que ele estava me falando naquele momento. Onde já se viu um garoto fazer aquilo com as pessoas? Quer dizer que se eu fosse pobre/sem condições, eu teria que aceitar as zoações dele durante todo o ano? Em que época voltamos, ensino médio? Ódio era o que me definia.

Voltei para onde o Diogo estava, e disse que daria carona para ele.

- O que houve lá dentro? - perguntou o mesmo com uma certa curiosidade.

- Nada - respondi seco.

- Para não ter acontecido nada, e você estar assim… - ele disse sendo irônico.

Eu olhei de volta para cara dele, e falei:

- Você sabe que eu odeio esse garoto. Ele me irrita muito, só dele chegar perto de mim eu já fico puto - disse ligando o carro, e dando a partida - e lá não foi nada demais. Ele apenas disse que a gente pegou pouco dinheiro, e falou que a gente precisava se esforçar mais, mas eu disse que como a gente iria entrar em G1, não tinha como fazer tanto esforço assim - omiti em partes.

Não muito convencido com a história, o Diogo falou que acreditava, mas estava muito estranho.

Como já estava anoitecendo, resolvi chamar meu amigo para ficar bebendo lá em casa - isso tinha né, não podia faltar nunca.

Papo vai, papo vem, conheci um pouco mais sobre ele. Ele disse que morava sozinho em Ipanema, de frente para praia, e que seus pais eram juízes (sim, os dois) e que tinha uma irmã mais nova de 3 anos. Eu me esqueci totalmente de apresentar o Diogo. Ele tem 1,79 de altura, seu corpo é bem bonito mesmo. Ele é todo social media, ou seja, ele é insta-famoso, famoso no Youtuber e no Facebook. Ele gosta muito de futebol, do tipo que é viciado mesmo - tanto que eu disse uma vez que o time dele era ruim, só para provocar, ele ficou uma fera, e ainda me deu um gelo. Pois é, mas o que ele tem de grande, ele tem de bobo. Ele é uma criança num corpo de um adulto. Seu cabelo é meio loiro, meio castanho estilo Justin Bieber na era “As Long As You Love Me”; seus olhos eram azuis esverdeados, e sua pele era branquinha.

Juro para vocês que um dia minha amiga chegou pra ele e disse:

- Eu nunca tinha visto o Hugo com alguém tão bonito - falou empolgadíssima - você tem cara que mete muito bem, deve acabar com ele na cama - terminou deixando meu amigo vermelho de vergonha.

- Renata, sua naja velha, ele não é meu namorado - disse abraçando o Diogo - ele é meu amigo na faculdade. E ele não me come, foram apenas uns orais - falei rindo e zoando-o, fazendo com que ele me desse um soco no braço.

Assim, bem ou mal, eu fiquei muito amigo dele nessas semanas que passaram. A gente estudava junto, conversava sempre, bebia juntos. A melhor parte era que ele sabia que eu sou gay, e mesmo assim ficava do meu lado, e ainda quase batia em quem fizesse piadas sobre mim. Era como se fosse meu irmão mais velho.

Mas voltando, ele é um amor de pessoa. Sua personalidade é bem forte, e ele é ciumento demais com relação a amizades. Ele me disse que era um problema na escola, pois ele tinha amigos e não gostava muito dos outros, e sempre rolava umas brigas. Enfim, o ser briguento agora está mais controlado, e não é mais assim.

Não sabia que horas eram, mas o interfone tocou, e quando eu atendi, tive uma surpresa:

- Oi senhor Hugo, um tal de Rafael está aqui embaixo para pegar um documento com o senhor - disse o Joathan, meu porteiro.

- Ah… ele? - disse meio de cara fechada, olhando para o Diogo - pode mandar ele subir - falei desligando.

- O que foi? - perguntou Diogo.

- O Rafael tá subindo, ele veio pegar um dinheiro que eu estou devendo a ele - disse meio que constrangido, pelo fato de que o meu amigo não sabia dessa história.

- Que dinheiro? Do que você tá falando? - perguntou confuso - você devendo para uma pessoa como o Rafael? - me explica isso ai.

- Agora não da Diogo, ele tá subindo - falei pegando o dinheiro.

A campainha tocou, e fui logo atender antes que desse uma merda maior. Abri a porta, e quem estava parado com um sorrisinho cínico na cara? Sim, Satanás em forma de gente. Ele me cumprimentou, e quando foi falar com o Diogo, rolou um estranhamento entre eles. Primeiro que ele o olhou de cima pra baixo, só porque o meu amigo estava com uma bermuda, e sem camisa, exibindo todo aquele peitoral. Segundo que o Di (sim, eu dei um apelido carinhoso) não fez questão nenhuma de disfarçar que não ia com a cara do Rafael.

Eu chamei o que estava na porta para entrar, e pedi para o Diogo ir para a varanda, pois queria falar com o Rafael a sós.

- Mas você vai ficar legal sozinho com esse ai? - disse esnobando do Rafael.

- Sim Di, pode ir, é rapidinho - disse sorrindo.

Assim que ele saiu, eu falei:

- Pronto, seu dinheiro do trote - falei suspirando, e fazendo uma cara fechada.

- Vocês estão juntos? - ele perguntou.

- Para que você quer saber? - repliquei.

- Nada ué, só acho que você merece mais que isso ai - falou chegando um pouco mais perto de mim. Estavamos á um palmo de distância.

- Sabe o que eu acho? - perguntei não dando tempo para ele responder - Eu acho que você deveria ser menos, quase nada.

Eu não me interesso por pessoas como você. Que prefere fazer a vida das pessoas um inferno, só para conseguir um trocado. Um garoto mesquinho que se acha o tal, só porque é dono de sabe Deus o que. Isso não me importa, seu dinheiro não me importa. Eu prefiro mil vezes pessoas como o Diogo, que são mais abertas a se relacionar com outras pessoas, do pessoas como você, que na minha opinião, são o câncer daquela faculdade - disse tomando um pouco o ar de volta - Agora, se você me dá licença, eu tenho uma garrafa de Ciroc para terminar junto com o meu amigo. Valeu? Obrigado.

Na hora eu fui até a porta, abri, e esperei ele sair. Quando ele passou por mim, ele parou e disse:

- Você não me conhece direito para falar o que eu sou, ou deixo de ser - disse com uma cara de arrependido.

Juro que deu maior pena do mundo ver ele assim, mas eu precisava ser duro e cortar o barato dele ali.

- Então eu creio que você esteja provando do próprio remédio. Passar bem Rafael - e fechei a porta.

Nesse momento, quando vou olhar, o Di já estava jogado no sofá, me olhando com maior cara de “vai me contar agora, ou vou precisar fazer a moda a la caralha?”.

- Vai me contar o que está acontecendo, ou vai ficar de segredinho? - disse revirando os olhos.

- Ei, pode parando - falei já prevendo o drama - eu não estou de segredinho com ninguém.

- Então me conta que merda tá acontecendo. Por que esse babaca veio aqui? - falou já meio seco.

Era engraçado o jeito do Diogo. Mesmo a gente não sendo namorados, ele me tratava com um carinho imenso. Além de ser maior bobão.

- Ele veio pegar um dinheiro do trote, porque naquele dia que a gente foi pegar na rua, a gente não pegou o suficiente, então ele disse que se eu não pagasse, ele pegaria no nosso pé o ano inteiro - disse esperando a reação do Diogo.

- Você fez o que? - falou alterando um pouco a voz.

- Di, calma não é para tanto - eu estava sem argumentos.

- Ah cala a boca Hugo, olha o que você está se submetendo - ele já tava puto nível alter ego da Nicki Minaj - essa cara é um otário, e você ainda paga pau pra ele. Porra, é tão difícil você perceber que ele não presta? - disse indo pra varanda.

- Diogo, eu não sabia o que fazer, ok? Eu fiz isso por impulso - argumentei.

- Tu é um idiota - gritou.

- Diogo, você não grita comigo - falei seco.

- Por que, você vai fazer o que? Vai pagar pau pra mim que nem você faz com ele? - falou chegando muito perto de mim, mais perto que o Rafael.

- Você tá me ofendendo. Eu não estou entendendo o por quê de você estar agindo assim - disse olhando nos olhos dele.

- É difícil eu te explicar - ele disse abaixando a cabeça.

- É por conta de você ser ciumento com relação á amizade? Eu já te disse que eu vou continuar sendo seu amigo sempre.

- Não precisa ficar nervoso com a presença do Rafael - disse tentando entender o que estava se passando na cabeça dele.

- Não é isso… você não vai entender - disse meio nervoso.

- Então tenta me explicar - eu disse olhando dentro dos olhos dele.

Foi nesse exato momento que ele me tascou um beijo. Não posso dizer que foi qualquer beijo, estaria mentindo. Aquele beijo tinha um jeito mais especial. Era uma agressividade delicada; era o fogo que se alastrava por nossos corpos; era o toque que ficava intenso a cada centímetro que a mão grande dele percorria. Eu sentia o gosto dos lábios dele nos meus, e a boca dele era tão macia, que eu me perdia em cada beijo que ele me dava. Parecíamos que precisávamos do beijo e do toque um do outro, como se o deserto precisasse da chuva; e uma criança precisasse de um brinquedo.

Quando nos demos conta do que estávamos fazendo, já tínhamos nos despido de todas as nossas roupas, e já não tínhamos tempo para aquela vergonha inicial. O álcool tinha derrubado essa barreira. Parecia que todas as sintonias estavam a nosso favor naquele quarto. Não conseguia esquecer toda aquela pele branca, acompanhada por todos os músculos que ele possuía. Aquela boca que percorria agora não só a minha, mas também meus peitos e abdômen. Para cada mini chupão, um gemido. Antes dele chegar ao meu membro, ele retornava aos meus lábios, e passava suas mãos por todo o meu corpo - como um artista que aprecia uma obra de arte.

Ele me deitou na cama, e começou a fazer movimentos sugestivos no meu sexo. Era impossível conseguir segurar a excitação. Eu já estava duro o suficiente para ele me colocar na boca. O modo que ele colocou meu pau na boca era desajeitado, por inexperiência. Parecia que ele não sabia o que ele estava fazendo, mas mesmo assim, estava delicioso.

Depois de ficar um tempo me saboreando, ele voltou para a minha boca, e me colocou por cima. Agora o cenário não estava tão diferente assim, mas eu podia ter um controle maior sobre a situação. Eu queria que ele sentisse um tesão que ele nunca sentiu com nenhuma outra pessoa. Eu comecei dando leves selinhos no sexo dele, e depois passei a chupar apenas a cabeça do pau dele, para então conseguir partir para todo o escopo do pau. Sua pele era linda até mesmo lá. Toda rosinha, e a sua glânde era tão perfeitinha que se eu pudesse ficava só admirando-a. Os gemidos dele eram a melhor parte, pois como sua voz era grave, os gemidos ecoavam de maneira abafada pelo quarto.

- Ah… isso vai, me chupa todo - ele falava entre um gemido e outro.

- Que boca deliciosa, puta que pariu - sempre me olhando fazer o trabalho.

Fiquei ali um tempinho, e ele disse para que eu parasse, senão ele iria chegar ao clímax muito rápido.

Ele me virou de costas, e começou a passar a língua por toda as minhas costas, e quando chegou na minha bunda, ficou apalpando minha bunda.

- Caralho, que bundinha bonita… toda rosinha - falou brincando com os meus glúteos.

- Ahh, eu não aguento mais, você vai me matar de tesão - disse ainda tentando abafar minha voz.

- Eu vou te comer todinho hoje, e você vai ser meu, como você nunca tivesse sido de ninguém - disse dando tapas na minha bunda.

A partir disto, ele cuspiu no meu anel, e começou a massagear com o dedo, me fazendo convidar a entrar em mim sem pudor nenhum. Ele começou colocando um dedo, e arrancando gemidos de mim. O segundo entrou juntos com mais gemidos, me fazendo já me contorcer na cama. Depois de brincar um pouco comigo, ele pegou o lubrificante e a camisinha, e encapou seu membro. Posicionou, e passou um pouco de gel no meu orifício, e entrou. O pau dele tem 21 cm. e era grosso, então imaginem a dor. Ainda mais porque ele foi todo afobado por ser bem apertadinho. Ele foi metendo devagar, e com o tempo ia acelerando gradativamente. Eram estocadas e tapas, beijos e gemidos.

- Nossa, você é muito apertadinho… vou te fuder muito hoje - falou no meu ouvido estocando muito forte.

- Me fode gostoso, e que nem homem - disse provocando.

- Hoje você vai conhecer o que é homem de verdade, sua puta - falou metendo que nem um animal.

Passou um tempo, e ele anunciou que ia gozar. Tirou o seu de dentro de mim, e falou:

- Me chupa - ordenou.

Eu fiquei chupando ele, enquanto ele fodia minha boca. Ele começou a se contorcer na cama, e gozou na minha boca. Eu tomei todo o leite dele, tinha um gosto bom. E então faltava eu, ele me abraçou por trás e disse que queria fazer eu gozar de um jeito mais legal. Ele me deixou naquela posição mesmo, e meio que prendeu meus braços fazendo com que eu não conseguisse encostar nele, e tampouco encostar em qualquer parte do corpo dele. Eu não conseguia me mexer, e ele me punhetando, era uma sensação única. Eu gemia muito, pois não conseguia me tocar, e quando eu anunciei que iria gozar… ele me liberou. Sem sombra de dúvidas aquela transa foi uma das melhores da minha vida.

Não tinha noção de quanto tempo ficamos transando, mas fizemos isso umas quatro ou cinco vezes naquela noite. Ficamos de conchinha até cairmos no sono.

O que aquela noite tinha significado pra mim, não necessariamente significaria a mesma coisa para ele. Pode ser que a partir dali, eu e o Diogo comecemos algo maior que pudéssemos imaginar. Era tanta coisa se passando pela minha cabeça, que o meu cansaço ficou insuportável, e me entreguei ao meu sono abraçado a minha montanha de músculos.

A única certeza que eu tinha, era que amanhã seria um novo dia, e o que vai desencadear na minha vida, com toda certeza vai ser uma coisa jamais vista por mim. Rafael e o Diogo seriam pessoas que eu teria que aprender a lidar. Minha pergunta inicial é: E se tudo isso for uma grande tempestade, onde não vai existir um arco-íris no final da mesma?

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É real, eu achei ele muito passivo em relação aos outros

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