A Entrevista - Conto Avulso 05

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1583 palavras
Data: 15/10/2015 00:15:15
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

Mesmo com a chuva quase torrencial, desci do táxi. Já relera várias vezes o endereço impresso de um e-mail enviado para mim no dia anterior, e coincidia em avenida e número com a simpática edificação à minha frente: um motelzinho situado num vilarejo tranquilo da cidade, cujo nome guardo apenas na minha imaginação.

Entrei, e um senhor carrancudo olhou-me fixamente. Depois, entregou-me uma chave, sem nada dizer. Respondeu meu olhar interrogador apontando com os olhos a escada à direita. O número do quarto estava gravado na chave em estilo colonial que eu tinha em mãos. Subi as escadas, passando as mãos pelos cabelos molhados, e ajeitei o corpo nas roupas ensopadas de chuva que tomei do período que tive que esperar o táxi. E depois no caminhar até a entrada do motelzinho.

Rodei a chave na fechadura, entrei e olhei maravilhado o estilo do aposento. Era de arquitetura moderna, e os móveis combinavam perfeitamente. Deu-me curiosidade de olhar o estilo do banheiro e fui até lá. E deparei-me com aquela figura feminina mergulhada languidamente na banheira, com os olhos fechados, head phone plugado a um pequeno aparelhinho de som. Abriu os olhos e me deu um sorriso tão convidativo que o membro imediatamente demonstrou todo o seu vigor sob as calças molhadas. E ela percebeu...

Esticou o braço, me chamando para perto. Pegou minha mão e me fez agachar perto da banheira em estilo moderno, com sais perfumados e quase nenhuma espuma. Deu para ver suas formas perfeitas mergulhadas na água cheirosa. Então ela retirou o head phone e colocou-o no meu ouvido, deixando-me reconhecer a música francesa sensualíssima que tocava. Eu quis comentar alguma coisa, mas ela levou o dedinho aos lábios, pedindo-me silêncio. Aquietei-me.

Com suas duas minúsculas mãos, fechou-me os olhos. Depois tocou-me suavemente os lábios com os seus. Pegou-me levemente pela cintura e percebi que queria que eu ficasse de pé. E aos poucos minhas vestes molhadas foram caindo ao chão, deixando à mostra minha virilidade avantajada e pulsante. Ainda de olhos fechados, senti sua mão molhada acariciá-lo e beijá-lo suavemente, sua boca percorrendo em beijos toda a extensão do meu membro ereto, como se a mensurá-lo. Quis guardar aquela cena na memória e abri os olhos, mas encontrei seu olhar reprovador, como se ameaçasse interromper as carícias, caso eu continuasse curioso. Fechei meus olhos imediatamente e não pensei mais em abri-los...

Suas mãos me levaram como um autômato para dentro da banheira, mas me fazendo permanecer de pé. Então, senti o líquido viscoso ser espalhado por meu corpo. E minhas narinas perceberam um cheiro de... pêssego? Não importava. O que importava agora eram suas mãos percorrendo todo o meu corpo, devagar, lambuzando-o com aquele caldo com cheiro de fruta. Deteve-se no meu sexo e untou-o com uma quantidade maior do líquido viscoso. Abriu bem minhas pernas e lambuzou minhas bolas. Depois virou-me de costas e untou-me também entre as nádegas. Um frio gostoso atacou-me a espinha quando ela colocou uma porção maior no meu ânus, massageando-o com seu dedinho delicado, de vez em quando invadindo minha cavidade um pouquinho só, como se quisesse me lambuzar por dentro também. Aí, o que se sucedeu depois foi para mim, de certa forma, surpreendente...

Senti suas duas mãozinhas afastando minhas nádegas, depois sua língua lambendo meu botão. Um arrepio de prazer tomou todo meu corpo, e tremi sobre as pernas abertas. Sua língua passeou suavemente entre minhas nádegas, de vez em quando lambendo meu ânus lambuzado do que chamei de pêssego. Ela passou uma mão entre minhas pernas e com ela pegou suavemente meu pênis, sentindo seu latejar. Masturbava-o suavemente, sem pressa, enquanto sua língua em meu buraquinho se tornava cada vez mais voraz. Lambia-o, lambia-o mais depressa, sugava-o, mordia-o e tornava a lamber. De vez em quando, penetrava sua língua quente no meu buraquinho, fazendo-me relaxar para que ela conseguisse adentrá-lo mais e mais. Inclinei-me e gemi alto, quando senti sua língua tremular dentro de mim. Aí, ela levantou-se esfregando seu corpo nas minhas costas...

Senti claramente seus mamilos durinhos pressionando-me. Medi o tamanho dos seus seios encostados em mim, senti seu grelo durinho e crescido encostado à minha bunda. Mas não ousei abrir os olhos ainda. Ela virou-me de frente e senti o sabor do que lambuzava sua boca. Não era pêssego, tinha um sabor de fruta indefinível para mim. Mas isso também não importava. Apenas suas mão alisando minha nuca, sua boca beijando sofregamente a minha, seus seios encostados no meu peito, seu sexo procurando se encaixar ao meu...

Mas pareceu arrepender-se de ser penetrada naquele instante, e sua boca desceu pelo meu pescoço, meu peito e minha barriga. Voraz, ia devorando cada gota do líquido viscoso com sabor de fruta que me lambuzava. Até que gemi alto de novo, ao sentir sua boca quente abocanhar levemente meu pênis. Sua pequenina mão arregaçava meu membro, deixando a glande untada à mostra. E ela se deliciava em retirar todo o excesso de creme de frutas que o cobria. Lambia-o em toda a sua extensão, passeava por minhas bolas, mordiscava meu púbis lambuzado, degustava-me todo com volúpia e carinho ao mesmo tempo. Até que gemi alto de novo, sentindo meu pênis ir penetrando devagar na sua boca pequenina...

Sua boca parecia uma vulva virgem, de tão quentinha e apertada. Ou será que meu membro era demasiado grosso para encaixar naquela cavidade? Mas ela o ia engolindo devagar, aos poucos, sem engasgar, até eu senti-lo adentrar sua garganta. Levantei o rosto, deliciando-me com aquela sensação. Era como se meu pênis estivesse indo através das suas entranhas até despontar lá embaixo, na sua vagina. Não pude deixar de pensar nisso. Foi quando senti seu lábios tocarem meu saco. Ela acabara de engolir todo meu membro. Chegara ao talo...

Então, agarrou-se às minhas nádegas com as duas mãos e começou a fazer movimentos com a cabeça, como se masturbasse meu pênis com sua goela. Não sufocava, mas babava com profusão, deixando meu membro cada vez mais lubrificado. De vez em quando parava e respirava pelo nariz. Depois voltava aos movimentos de vai e vem, e eu sentia como se estivesse penetrando seu ânus apertadinho...

Eu ia dizer que estava muito gostoso, quando ela retirou, de uma vez só, todo meu membro da sua boca, fazendo um barulhinho sensual, como um êmbolo. Fiquei um pouco frustrado, pois já me preparava pra sentir um imenso prazer, mas logo senti sua bunda encostar em meu pênis. Sua mãozinha pegava ele com cuidado e apontava para o seu buraquinho. Encaixou-se na glande com precisão, e meneou o corpo de forma a procurar a melhor posição de ser penetrada com mais facilidade. Gemeu enquanto se enfiava em meu membro volumoso, parecendo quase impossível que conseguisse seu intento...

Mas não. Depois de meu pênis estar quase um terço dentro do seu buraquinho, ela pegou minhas duas mãos e pôs na sua cintura, inclinando um pouco para adiante. Entendi o recado e, de olhos ainda fechados, empurrei meu pau devagar e sempre, ela dando gritinhos de prazer. Imediatamente, seu ânus foi se adaptando à espessura e tamanho do meu membro, e senti que estava cada vez mais lubrificada. Iniciei os movimentos e ela cada vez gemia mais alto. Até que pareceu que meu membro tinha sido feito à medida da sua cavidade, e eu já não sentia mais resistência. O pênis ia e vinha na maior facilidade, escorregadio, livre, gostoso. Aí, quando já me preparava para gozar, ela retirou meu pênis de seu ânus, de brusco, e me forçou suavemente, mas decidida, de modo que em me deitasse na banheira bastante espaçosa e anatômica. Então, colocou com as próprias mãos meu pênis na sua vulva e começou a fazer movimentos frenéticos, a soltar urros de prazer. Foi quando não resisti e abri os olhos, finalmente...

Aquela imagem era puro tesão: uma mulher ensandecida, em pleno gozo, rosto refletindo um prazer jamais visto por mim numa mulher. E pela primeira vez até então ela falou: Agora! Vai! Agora! Agoraaaaaaa... e eu não tive como não satisfazer a sua vontade. Foi um gozo demorado, prazeroso, quente. E ela ficava mordiscando meu pênis com sua vulva, como se quisesse sugar com ela cada gota do meu líquido seminal. Depois abraçou-se a mim, e ficamos um tempo agarradinhos, ofegantes, ela a dizer palavras inteligíveis ao meu ouvido, ainda em puro êxtase. Depois pegou-me pela mão e me levou para baixo do chuveiro de água morna. E tomamos um demorado banho, em silêncio. Apenas nos acariciando, fingindo dar banho um no outro, quando na verdade queríamos mesmo era tatear-nos. Foi quando tocaram a campainha da porta...

Retirei o head phone do ouvido (já não tocava nenhuma música), vesti um roupão do próprio motel e fui atender à porta. Era o sujeito taciturno que trazia um carrinho com um champanhe gelado num balde metálico, cheio de gelo, acompanhando duas taças especiais. Oferta da casa, disse ele. Recomendações de dona Narceja.

Agradeci, fechei novamente a porta do quarto, abri a garrafa, derramei o líquido gelado nas duas taças e voltei para perto da deusa do sexo...

Mas a mulher que agora estava sentada na cama, metida num roupão cor-de-rosa não pertencente ao motel, tendo ao colo um laptop mostrando na tela um editor de texto, não lembrava nem de longe a deliciosa Narceja. Era uma comportada Ana, com um sorriso até acanhado, mas que demonstrava vir de uma mulher inteligente, que me interrogava então de maneira gentil:

- Podemos começar com nossa entrevista sobre literatura licenciosa, senhor Ehros?

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