Ele não me ama.

Um conto erótico de Fiapinho
Categoria: Homossexual
Contém 1301 palavras
Data: 09/10/2015 11:52:18
Última revisão: 09/10/2015 13:55:12

Porque tudo na vida tem que ser tão complicado para algumas pessoas, no meu caso parece que alguém lá em cima não gosta de mim, nasci em uma família problemática, meu pai era caminhoneiro e ficava sempre viajando a trabalho e quando estava em casa não sem importava comigo ou com meus dois irmãos mais novos, minha mãe era uma guerreira, muito humilde e sem estudo colhia café para um dos maiores fazendeiros da região, quando eu era bem novo e era só eu como filho ela me levava junto por que não tinha ninguém para ficar comigo, eu acho que tinha pouco mais de cinco anos na época e lá íamos nós enquanto ela colhia café debaixo do sol escaldante, eu ficava do lado catando os grãos que caiam fora do pano e ela sempre cantando junto com suas companheiras de café, musicas para fazer o tempo passar mais rápido e quem sabe fazer com que sua mente se ocupasse com algo mais prazeroso do que pensar em seus problemas e dificuldades que seu lar sofria.

Vez ou outra eu via um senhor bem vestido andando a cavalo com um garoto ao seu lado, que acredito serem pai e filho e o homem muito simpático para e conversava com seus funcionários enquanto o garoto parecia estar entediado ou se achava importante demais para dar atenção a aqueles humildes trabalhadores.

O tempo foi passando eu fui crescendo, mesmo vivendo em condições bem pobres nunca passei fome graças a minha mãe, ela sempre me ensinou o valor do trabalho e acima de tudo com caráter, meu pai com o tempo foi se afastando de nós até que um dia ele não voltou mais, minha mãe mesmo sofrendo nas mãos dele amava muito aquele cara, ela dizia que ele lhe dera seu bem mais precioso que dinheiro nenhum pode comprar que era seus três filhos eu Felipe, meu irmão do meio Fernando e o caçula Alan. Morávamos no interior de São Paulo, mas minha mãe era italiana, nasceu na Itália e veio ao Brasil com apenas dois anos com meus avós.

Bom vamos ao que interessa quando tinha dezoito anos estava concluindo o terceiro ano do ensino médio, eu era o mais velho da turma por ter começado a estudar mais tarde enquanto pequeno, mas isso era só um detalhe por que quem me via falava que eu só tinha no máximo quinze anos devido a minha baixa estatura com apenas 1,62 magro ganhei o apelido de Fiapinho da minha avó que me deu por ser pequeno e magro, então era conhecido na minha região assim, já meus irmãos eram maiores que eu, Fernando com 1,85 e Alan com 1,82, diz minha mãe que eles puxaram a estatura do meu pai por ele ser alto e minha mãe baixinha, já eu puxei ela no tamanho e seus olhos verdes escuros, meus irmãos tinham olhos castanhos. Como dizia estava me formando no ensino médio e a turma resolveu ir comemorar em uma pizzaria no ultimo dia de aula, já que não teríamos festa ou formatura por incompetência do diretor da escola, enfim me arrumei com uma calça jeans bem clara e uma camiseta polo azul e tênis, meus cabelos eram lisos um pouco bagunçados que ia ate o ombro, as garotas do colégio falavam que eu ficava bonito assim, vai saber né.

Quando cheguei na pizzaria cumprimentei meus amigos que lá estavam, juntaram varias mesas e aos poucos todos foram chegando, eu me sentei em uma ponta que ficava próximo a entrada e assim as pizzas foram chegando, enquanto nós conversávamos e os meninos fazendo bagunça, um casal entrou e se sentou em uma mesa próximo a nossa, eu nem prestei atenção neles por que ouvia o Lucas falar sobra uma viagem que ele fez ao Rio de Janeiro, ate que ouvi burburinhos entre os meus colegas e cutuquei a Luzia que estava ao meu lado perguntando o que foi.

-É o filho do Geraldo, que chegou acompanhado da filha do prefeito.

-E daí?

-Ele chegou a pouco tempo, esqueceu o que aconteceu com os pais dele?

-O que tem?

-Aja paciência, os pais dele estavam naquele avião que caiu la em congonhas.

-Serio? Nossa coitado.

-É perder os dois pais de uma vez, mas dizem que ele é podre de rico.

-Pode ser, mas dinheiro nenhum paga a dor de perder os pais.

-Eu sei, mas já é alguma coisa, e tenho certeza que essa garota só esta com ele por causa do dinheiro. Mas se bem que eles se merecem, porque semana passada eu estava na feira lá perto de casa e ele estava com ela, e não sei o que aconteceu depois que ele humilhou o Joaquim filho da Maria da pamonharia, ele foi super arrogante e estupido.

-Nossa.

-Dizem que os funcionários da fazenda dele come o pão que o diabo amaçou.

-Ele deve estar agindo assim por causa da perda dos pais, cada um reage de um jeito.

-É nada, ele sempre foi arrogante.

Eu não levei muito em consideração o que a Luzia falou, por mais que eu goste dela como amiga ela é muito fofoqueira, e o cara perdeu os dois pais, deve estar sofrendo e não esta sabendo lidar com isso.

Conforme o tempo foi passando, na nossa mesa era aquela bagunça de gente com palhaçada e falando alto e eu já estava bem satisfeito de tanto comer, fui ao banheiro porque tinha bebido refrigerante demais e enquanto ia passando perto da mesa dele olhei rapidamente por curiosidade e ele estava falado com ela segurando sua mão e assim nossos olhos se encontraram por um estante, mas nem dei muita atenção, pois estava muito apertado e quando sai do box para lavar as mãos ele entrou e eu em um lado e ele em outro também lavando as mãos, ambos em silencio até que.

-Seus amigos não tem nada melhor para fazer do que ficar falando da vida dos outros não?

Eu me assustei com a forma de ele me abordar, e pela cara não estava nada feliz.

-É comigo?

-Está vendo mais alguém aqui?

-Olha cara, não estou afim de confusão.

-Então fica na sua e avisa para aquele bando de otários passa fome cuidarem da vida deles ou eu arrebento a cara de cada um, começando por você tampinha.

-Olha velho você esta se achando demais, primeiro não te conheço nunca te vi, não tenho culpa dos teus problemas e se esta incomodado vai la fora e passa teu recado pessoalmente ou você não se garante na frente deles?

Uma lição que aprendi nessa noite é que jamais enfrente um cara que é o dobro do seu tamanho e com uma fúria dos infernos, pois é devia ter pensando melhor antes de enfrentar ele, mas como nunca levei desaforo pra casa senti um murro no estomago não forte que achei que ele tinha me partido em dois e quando me ajoelhei no chão de dor ele ainda me finalizou com um chute e logo saiu.

Ador era imensa me levantei e fui ao box e vomitei tudo, fiquei ali por uns dez minutos e logo sai, enxaguei a boca, lavei o rosto e me arrumei e sai com toda dignidade que ainda me resta, e ao passar pela mesa ela já havia ido embora. Pra mim aquela noite havia acabado, quando cheguei na mesa os meninos me perguntaram por que demorei e disse que estava passando mal, ainda bem que eles pensaram que era por eu ter comido demais.

Ao chegar em casa fui tomar um banho e ao tirar a camisa estava a marca daquele soco do cara que me bateu e eu nem sabia seu nome, mas aquela era só a primeira de muitas marcas que estavam por vir.

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