Gustavo, o melhor amigo do meu papai

Um conto erótico de tulig
Categoria: Homossexual
Contém 2851 palavras
Data: 05/10/2015 23:19:57
Última revisão: 27/04/2022 12:25:51

GUSTAVO SEMPRE TORNOU MINHA VIDA mais agradável. Não que ele suprisse alguma necessidade, como ser para mim um tio que nunca tive, ou um irmão mais velho. Nada disso. Eu só gostava de ficar perto dele, de ouvir suas piadas, de sentir seu perfume quando ele vinha em casa. Sei lá, eu gostava de tudo que se referia a ele, mesmo quando eu era muito pequeno. Apenas eu não entendia que isso era atração. Atração física, daquelas de fazer a gente querer ficar grudado na outra pessoa. Grudado daquele jeito, se é que sou entendido.

Bem, ele era amigo de meu pai. O melhor dos melhores. Qual-quer coisa que seu Marcelo precisasse, lá vinha Gustavo estendendo a mão, um braço, uma perna. Eles tinham praticamente a mesma idade. Na época em que esta historia pegou fogo, por exemplo, ambos estavam na casa dos quarenta e dois anos; e eu tinha 21. Além de amigos, eram sócios numa empresa de gerenciamento financeiro. Eram como unha e carne. Se um afundasse na lama, o outro não poderia socorrer, pois também estaria atolado.

Com o passar dos anos, eu fui amadurecendo, e também amadurecia minha vontade de ficar perto de Gustavo, e claro, ter tórridas noites de sexo com ele. Nunca deixei isso claro, nem que era gay, nem que queria o melhor amigo de meu pai me atacando por trás numa foda selvagem. Tinha medo de ser descoberto, e que meus pais se chateassem. E tinha medo que Gustavo me rejeitasse, rejeitasse minha amizade, rejeitasse ficar perto de mim, enfim. Então namorei escondido. Tive um namorado daqueles, forte, cheio de tatuagens, cabelo raspadinho, um morenão que me saciou bem por uns anos. Seu mastro tinha bem uns vinte e um centímetros, e quando me pegava por trás, seus braços me enlaçavam como um urso faria. Mas eu tinha quase certeza que ele só queria meu dinheiro, quer dizer, o dinheiro dos meus pais. Eu aceitava ficar com ele porque seu sexo era demais, mas aos poucos ele foi perdendo a graça, e parti para outra. Fiquei e fui fincado por carinhas até bons de cama. Porem sempre quando transávamos, eu pensava que era penetrado pelo amigo do meu pai. Eram os sinais de que Gustavo não sairia mais da minha mente. Eu já tinha vinte e um anos nessa época, e fiquei completamente alucinado por ele, sentava-me pertinho dele no grande sofá da nossa magnifica sala de estar e tremia de tesão, enquanto ele ria a valer da comedia que assistia. Claro que Gustavo não estava nem aí para mim. Era um bon vivan, metia-se com tudo que era mulher, e para piorar, nem fazia força.

Também, um homenzarrão daqueles! Devia ter quase um metro e noventa de altura, ombros largos, pernas grossas, e quase nenhum pelo no corpo. Seus cabelos eram castanhos, quase negros, repartidos no meio, e seu maior tique nervoso era ficar passando a mão por eles, talvez para acentuar o charme No rosto, quadrado e sem rugas, uma barba curtinha, perfeitamente aparada, como também deveriam ser os pelos em torno do cacete. Não era musculoso. Dizia não ter tempo para academia. Gostava de ir nesses lugares só para ver as mulheres arrebitando as bundas e se abaixando para pegar pesos. Mas ainda sim era torneado. Ao menos fazia caminhadas algumas vezes por semana. Depois de trabalhar, gostava mesmo era de se divertir. Tomava bons vinhos, comia em excelentes restaurantes, e dirigia potentes carros e potentes motos. E a julgar pelo tanto que trabalhou, ao lado de meu pai, para ter essa vida mansa, ele a merecia.

Quando eu via meu pai e seu amigo, por exemplo, divertindo-se em torno da piscina, eu tinha certeza de que se esforçaram muito para terem uma vida boa. Eu, que apenas estudava, mas aproveitava dessa fartura toda, agradecia aos céus todos os dias por ter tudo que quisesse ao meu alcance.

Bem, eu tinha Gustavo quase todos os dias ao meu alcance. Não ao alcance das mãos, infelizmente, mas meus olhos nunca se cansavam de o acompanhar abrindo as aguas da piscina com os belos e tatuados braços, ou voltando para a terra, deixando que gotas escorregassem por suas costas e caíssem no azulejos. Sempre havia uma taça de champanhe em sua mão, e quando reparava nela, estava sempre vazia. Eu me prontificava a deixa-la cheia, e se com o tempo não fomos os melhores amigos da face da terra, quando ele tinha problemas, vinha falar comigo. Quando pegava belas mulheres, vinha me contar dos feitos. Quando se enrabichava, eu era o primeiro a saber.

— Bruninho, o que você acha de eu fazer outra tatuagem aqui no braço esquerdo?

Estávamos, adivinhem, tomando sol nas espreguiçadeiras, em torno da piscina. Um ao lado do outro. E mais ninguém.

Aproveitei que ele me oferecia o braço, aquele que levou a taça de champanhe à boca uma centena de vezes, e dei aquela manjada que todo gay faz instintivamente:

— Vai fazer uma tribal? Maneiro, faça mesmo.

— Você também devia fazer uma. As garotas adoram. — ele disse isso pegando meu antebraço, num movimento inesperado. Eu levei um susto e meu cu piscou de emoção. Dei um suspiro meio comprometedor, mas Gustavo não demonstrou ter percebido meu tesão. Meu pau continuou no lugar, porque consegui me mover de modo a relaxar.

— Ahhh... talvez eu faça uma tribal também.

— Podemos fazer juntos. Tatuagens iguais.

— Meus pai vão chiar.

— E por falar neles, olha eles chegando aí!

Meus pais chegaram e se deitaram do nosso lado. Assim, Gustavo ficou numa ponta, e eu fiquei a seu lado; logo em seguida minha mãe, e na outra ponta, meu pai.

— O Sol tá bom? — perguntou minha mãe, virando-se com a poupança para cima. Percebi nesse momento que Gustavo deu uma tremenda olhada na bunda da minha mãe, que era jovem e ainda muito bonita. Fiquei chateado com Gustavo por isso. Talvez não fosse nada de mais, mas aquilo mexeu negativamente comigo.

Mas o que era chato, ficou ainda pior. Os três passaram a conversar sobre quando eram jovens. Eu já conhecia muitas historias sobre eles, mas naquele dia eu tive contato com os pormenores escabrosos.

— Bruninho, você sabia que seu pai roubou sua mãe de mim, quando a gente era jovem? — Gustavo havia me feito a pergunta com o sorriso mais safado do mundo. Não sei se ele esperava que eu risse; o certo foi que fiquei sem ter o que dizer. Poderia ser brincadeira, mas talvez...

Não tive de dizer mais nada mesmo.

Tanto meu pai quando minha mãe soltaram gargalhadas do co-mentário. Meu pai, que tinha um copo d’água numa das mãos, fez tenção de jogá-la no rosto do amigo.

Então meus pais contaram cada qual parte da historia, que nem era longa. Assim, quando meu pai conheceu minha mãe, Gustavo foi logo se interessando por ela. Ficou de queixo caído, queria logo conquista-la, e deixar o Marcelo comendo poeira. Comprou flores, convidou-a a jantar em restaurantes finos, dizia até gostar de Beethoven, para agradá-la, uma fanática por música clássica.

Mas nada disso deu certo.

Minha mãe preferiu meu pai, e nunca esboçou o menor arrependimento. Ao que me consta, nunca tiveram nenhum tipo de problema conjugal, e meu pai pode ter sido sempre fiel. De minha mãe, eu jamais desconfiaria que pudesse trair, embora ela trabalhasse ao lado de muitos homens maravilhosos — o “maravilhosos” fica por minha conta.

— E eles viveram felizes para sempre — ironizou Gustavo, quebrando o silencio depois da historinha.

Antes que pensem que isso pudesse ter gerado alguma mágoa entre os três, vou logo dizendo que se havia alguma rusga, ninguém assumia nada. Meu próprio pai contava essas coisas da juventude para mim às gargalhadas. Gustavo, nem se fala, incrementava com informações valiosíssimas para mim, como o fato de ser bem mais bonito, desde sempre, que meu pai:

— Olha, Bruninho, sua mãe devia ser cega pra se enrabichar por esse cara, e não por mim — dizia Gustavo, tomando cerveja, perto da nosso piscina, jogando a cabeça para trás dos ombros de tanto rir, enquanto meu pai retrucava jogando água gelada nas cadeiras onde estávamos sentados:

— Deixa de ser mentiroso, Gustavo, eu até que não era de jogar fora. Não é não, amor?

Minha mãe e eu só conseguíamos rir da briga dos dois. Sempre foram uns garotões em corpo de homem.

***

APÓS A CONVERSA EM TORNO DA PISCINA, recolhi-me para meu quarto, a fim de tomar uma ducha quente. Minha ideia a respeito de pedir que Gustavo passasse protetor solar no meu corpinho não surtiu efeito. Não houve tempo nem coragem suficiente, e quando meus pais apareceram, fiquei mais envergonhado. Ainda por cima, aquela historia foi para mim um caldeirão de coisas e coisas. Eu achava divertido o fato de minha mãe ser disputada por dois homens, que eram amicíssimos. Tenho certeza que mamãe achou excitante, em sua juventude. A situação poderia ter descambado para a tragédia, todavia incrivelmente tudo se ajeitou: meu pai “ganhou”, o amigo aceitou a derrota, “e todos viveram felizes para sempre”.

Ou será que não? Pensamentos negros me acompanhavam en-quanto eu subia a escada até meu quarto. E se minha mãe tivesse realmente se arrependido da escolha? Claro que ela jamais assumiria publicamente. Meu pai não era de se jogar fora, é verdade. Mas não se equiparava a Gustavo, cujo porte sempre me alucinou, desde a adolescência. Meu pai era uns vinte centímetros mais baixo, com músculos menos salientes, uma pele que recebia pouco sol; seus cabelos eram curtinhos, meio crespos, seu nariz aquilino, os olhos eram castanhos. Era uma visão, sim, agradável, mas acho que as amigas de minha mãe não sentiram tanta inveja dela como sentiriam se soubessem que o outro pretendente era o Gustavão. Meu pai e eu éramos parecidos em muitos aspectos, sendo todavia diferentes quanto às personalidades. Posso me gabar que sempre fui mais atirado. Não muito dado a discrições. Quando eu queria, não dava indiretas; era certeiro, pra agora, já. Meu pai, contrariamente, era tímido e discreto... era bem solto com os amigos, mas em rodas com desconhecidos, se escondia sob a tutela do amigo, que era o centro das atenções.

Estranho ficar descrevendo sensualmente o corpo do homem que meu deu a vida! Sei que muita gente sente tesão com isso. Eu não tinha, sinceramente. Refletia sobre a conversa da tarde, enquanto a agua quente escorria pelo meu corpo magro, pequeno e liso. Cacete! Meu pau estava em ponto de bala. Claro que não parava de pensar no amigão do meu papai. Que homem! Eu nunca tinha visto ao vivo o cacete dele, nem mesmo mole, vizinho dele em mictórios de shoppings, mas já tinha a confirmação de que era enorme, porque muitas vezes seu falo não se continha na sunga.

Mencionei que meu corpo era magro, pequeno e liso, muito pa-recido como de meu pai, que todavia sempre foi bonito. Eu não era tão bonito quanto ele, e muitas vezes fiz pedidos aos céus para que meu cacete ficasse maior, conforme eu fosse crescendo. Traumas de adolescentes! Não surtiu efeito. Desde os meus quinze anos, não se alongou mais que quinze centímetros. Meu ex-namorado adorava, é verdade, achava um charme. Enfiava gostoso na boca, abocanhava inteiro, me levando à loucura. Meu ex, apesar dos pesares, foi o grande responsável por eu ter gostado mais de mim. Até uma marca de nascença, horrorosa, em forma de meia-lua, que eu tinha na nádega direita, ele dizia ser a “marca dos deuses”. E dava-me tapas de deixar minha bunda vermelha por dias.

Não sei se por pensar em Gustavo ou meu ex-namorado, comecei uma punheta leve, só pra deixar meu pau mais feliz. Eu sempre gostei de bater punhetas mais longas. Acordava, tocava uma, sem esporrar, me acalmava, guardava o bichinho, e recomeçava o ato uma hora depois. Repetia essa tarefa até não me aguentar mais. Claro, quando esporrava, era muito mais gostoso. O tesão tinha se prendido tanto tempo que meu êxtase era demais! Então, uma punhetinha básica, pensando em Gustavo, meu quase pai.

Ainda dentro dessas possibilidades de realidades, ou realidades alternativas, uma coisa martelava minha cabeça. Como seria se o Gustavo tivesse sido o meu pai? Como seria? Talvez eu fosse gostoso como ele, mais encorpado, mais divertido, e mais pegador. Talvez até eu fosse hétero. Não estou insinuando que a “culpa” por eu ser gay era do Marcelo, mas... sei lá... Havia muita testosterona dentro do homem que minha mãe não quis. Meu pai demonstrava ser todo satisfeito com sua esposa, eu nunca soube de nada que provasse o contrário: se eu soubesse de alguma traição dele, já teria contado para minha mãe. Talvez ela tenha se ajeitado com Marcelo por saber que ele era “fácil de lidar”. Se tivesse se casado com o outro, teria muito trabalho em mantê-lo na linha.

Será que se o Gustavo fosse meu pai, eu teria tesão por ele mesmo assim? Que horror pensar nisso! esse é dos assuntos que devem ficar trancados no lugar mais recôndito do nosso ser. Pensar nisso, mesmo que fosse uma terrível suposição, era proibido. Afinal, gay não é só bagunça. Mas eu pensava naquilo tudo e meu pau não se recolhia. Daí pensei em minha mãe, e tudo voltou ao seu devido lugar.

Saí do banho, arrumei-me desleixadamente, e desci para o jantar. Todos comemos muito rápido. Meus pais se aprontavam para sair, acho que iriam ver uma peça de sucesso. Haviam me convidado varias vezes, mas preferi não me intrometer nas diversões do casal. Gustavo também recebera convites, e os recusara talvez pelos mesmo motivos que os meus:

— Vou dormir aqui, hoje, já pedi para a empregada deixar meu quarto arrumado.

— Bruno, tem certeza que não quer ir com a gente? — perguntou meu pai.

Eu planejava sair com os amigos; diante da resposta do Gustavo, resolvi mudar de ideia: — Acho que verei alguma série e depois dormir.

Meus pais despediram-se pouco tempo depois. Fiquei jogando videogame no meu quarto, eufórico; algo me dizia para ficar de tocaia. Quase uma hora depois, vesti um pijama bem justo, de seda, respirei fundo. e desci para a sala de estar.

Eu já estava cansado de ficar rodando em torno daquele homem, feito urubu, sem saber se atacava, ou se corria. Já disse que minha natureza era ser direto, decidido. Partir para cima. Contudo, “era da família”, como meu pai sempre salientou. Ei tinha fotos com ele em todos os momentos importantes da minha vida. Aniversários, formaturas, enfim. Ele era da família. Nós éramos a sua família. Eu sabia que o queria fisicamente, precisava daquele sujeito cheio de testosterona dentro da mim, enfiado naquele pau que não me saia da cabeça. Mas era da minha família, um irmão para meu pai. Eu tinha de tentar algo, pelo menos ser mais insinuante. Avançar algumas casas. Mas... ele era da família, não era tão simples chegar e ser comido.

Caminhei pelo corredor como se fosse um bovino para o mata-douro. Meu coração não se controlava, mas meu cu estava ok. Nessa altura, nada mais importava. Andei pelo corredor, e estando no final, perto da escada, ouvi a tv ligada. Lá estava Gustavo, todo largado no sofá, distraído com algum filme. Talvez estivesse esperando que nossa empregada arrumasse seu quarto. Não, não poderia ser isso. Não havia necessidade de arrumações, a empregada tinha ordens de sempre deixar o quarto tão perfeito como se Gustavo morasse com a gente. Segurei a respiração, fui descendo os degraus pé ante pé. Ao me aproximar, percebi que tinha a nunca esquecida taça de vinho nas mãos. Estava vestido com uma calção de dormir azul marinho, de seda. O torso completa e deliciosamente nu.

Enquanto eu ainda descia, lá fora veio-me o som do motor do carro deixando a garagem. Estranho! Não poderiam ser outras pessoas senão meus pais. Onde estariam indo? Ninguém havia me avisado a respeito. Mas era bem uma mania da minha mãe, sendo adoradora da noite, do teatro, do cinema, da boa musica, dos restaurantes... minha mãe também era do agora, tinha uma boa ideia na cabeça e a executava.

Aproximei-me de Gustavo, que ainda não tinha percebido minha presença. Assim de perto, pude ver melhor de que modo ele estava ajeitado no sofá. Não estava ajeitado, e sim sentado, afundado nas almofadas, mexendo distraidamente no elástico do calção de seda. Então meus olhos se retiveram no que se escondia entre suas pernas: seu pau estava duro, e tive a nítida impressão de que ele batia uma punheta enquanto via tv. Quando eu já estava quase do seu lado, tossi para anunciar minha presença. Assim que me ouviu, pegou uma das almofadas e se cobriu com ela, me encarou, sorrindo de um modo muito sacana, e estendeu um braço para o lugar vazio ao seu ladinho, dizendo:

— E aí, Bruninho? Seus pais pediram pra te dizer que vão há uma festa e voltarão muito tarde. Senta aqui do meu lado e vem ver tv comigo. A noite será longa: hoje seremos só nós dois aqui!

(Edição feita a 27 de abril de 2022: QUem quiser, poderá ler o conto reformulado na Amazon. Valeu pela leitura. Beijos)

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Comentários

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Podia ter continuação, uma série de sexo e love kkkk

parabéns

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moço, que escrita! parabéns. adorei o conto, gosei muito com ele. rs. continue, se tiver alguma continuação! ou, escreve mais contos!

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Perfeita narrativa! Que escrita, moço!!!

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