Um Conto Medieval XXIII

Um conto erótico de tavinhoo
Categoria: Homossexual
Contém 1184 palavras
Data: 29/10/2015 00:46:43
Assuntos: Gay, Homossexual

- Você não sabe da melhor.- ele disse me assustando.

- Então me conte.- eu disse deixando as folhas que flutuavam cair.

- Não sei como mais eu me sinto mais forte, hoje eu cortei a lenha com muita facilidade, nem me cansei, já acabei tudo.- ele disse agora sentado ao meu lado. - Você acha que tem haver com o que aconteceu aquele dia lá no galpão?

-Não sei, até porque os livros acabaram e até agora eu não sei fazer muita coisa e também não sei a explicação de várias outras que acontecem.- eu disse olhando pra ele.- a Vera ficou de me ensinar.

- Ah, foi bem estranho aquela hora que eu fiquei brilhando, e aquela luz saiu de você.- ele disse pegando na minha mão beijando-a.

- Eu sei.- eu disse suspirando.- Tenho que ir no baile de mascaras que vai ter no reino daqui a três dias.- eu disse mudando de assunto.

- Como?- ele quis saber.

- Ainda não sei, Vera disse que temos que ir , porque o outro anel está com o filho do rei e temos que pegar antes de Melok.

- E pra isso você vai ter que chegar perto do príncipe? - ele disse soltando minha mão e o ciúmes tomou conta da sua face.

- Deixa de ser bobo Jonathan.- eu disse dando um tapa no seu ombro.

- Só não digo nada porque confio em você.- ele disse cheirando minha nuca e esfregando seu queixo também.- Não posso ir também?

- É arriscado demais, temos que ser cuidadosos.- eu disse fechando os olhos com o seu gesto.- além do mais não quero ter a primeira experiência de várias pessoas correndo atrás de mim com tochas e objetos pontiagudos.

Ele apenas riu.

A gente ficou ali até o entardecer, Jhonny ficava brincando com seus dedos em meus cabelos e eu repousava minha cabeça em suas pernas, vez ou outra ele me roubava um beijo, se bem que não eram tão roubados assim. Eu estava bem,estava com a pessoa que eu amava, só nós dois.

Logo começou a escurecer e tivemos que ir pra casa, quando eu cheguei veio aquele velho interrogatório, e eu já estava ficando cheio disso.

- Onde estava Brian?- questionou meu pai que estava sentado a mesa do jantar.

- Na floresta.

- Com quem?

- Sozinho.

- Sozinho?

Eu não respondi, apenas fui ao meu quarto me deitei na minha cama e fiquei olhando pra cima, pensando no baile, estava bem perto. Mas o que mais me perturbava era como eu ia sair de casa sem meu pai saber.

No outro dia pela manhã eu não escapei do meu pai e tive que ir cortar lenha.

- Macon vai ficar supervisionando vocês, tenho coisas a fazer.- ele disse saindo.- sem privilégios, entendido Macon?

- Sim senhor.

Ok! Então eu tinha que começar, aquele instrumento com o cabo madeira me deixou confuso, eu não sabia o que pesava mais se era a madeira ou ferro, então me veio uma idéia se eu dei força pro Jonathan, talvez pra mim também funcionaria. Apoiei bem minhas mãos e me concentrei na minha força tentando cria um equilíbrio e aumento, fiz o teste de levantar a ferramenta e foi um sucesso, comecei a cortar e quando olhei pro lado o sorriso de Renan se desfez e o de Jonathan continuava. Acho que Renan não gostou do fato de eu estar me dando bem. Serviço concluído,pude sair daquele local e então decidi ir até a casa de Vera.

No caminho Jonathan me acompanhou.

- Aonde você vai?- ele disse me abraçando e beijando meu pescoço.

- Na casa de Vera conversar com ela e combinar como vamos fazer pra entrar na festa.- eu disse e tive a impressão de ver uma sombra passando na nossa frente.- você viu isso?

- Viu o que? - Jonathan perguntou ainda com seu braço envolta do meu pescoço.

- Nada.- eu disse continuando o caminho até a casa de Vera e logo a avistei.

Nos entramos e passamos a tarde toda lá, ela estava me ensinado a teoria das ervas e suas funções. Ela me disse que apesar de não ter aprendido muito, a vovó ensinou pra ela o suficiente e me mostrou as roupas, as máscaras e o convite para irmos ao baile.

- Como você conseguiu os convites? - perguntei rindo, Jonathan estava serio.

- Não to gostando dessa idéia. - disse ele cruzando os braço e escorrendo as costas de forma desleixada na cadeira.

- Deixe de bobagem filho.- disse Vera a ele.- vai ser coisa rápida, não precisa ter ciúmes.- e riu.

- Não estou com ciúmes.- eu e ela nos olhamos e rimos.

- Você ainda não me respondeu vó.- vez ou outra eu ainda a chamava assim, e ela parecia gostar.

- Tenho os meus truques.- ela disse apenas isso.- cuidem em ir, está ficando e escuro, e ultimamente a floresta não é um lugar seguro a noite.

Aquele comentário que ela fez me deixou pensativo. Apenas peguei na mão de Jhonny nos despedimos dela e fomos refazendo o caminho de volta pra casa, ele me deixou na porta de casa e seguiu pra sua.

- Onde esta o papai, mãe?- eu disse fechando a porta.

- Saiu com os outros homens pra resolver umas coisas no reino.-ela disse enquanto costurava uma roupa que estava rasgada.

De repente escuto o som de vários cavalos relinchando e um homem gritando. Eu saio pra ver o que acontecia e no centro do vilarejo vejo um círculo de pessoas em volta de algo e meu pai estava lá,me aproximo e vejo um homem deitado no chão meu pai gritava para todos se afastarem pois algo na floresta havia atacado eles enquanto retornavam, será que foram lobos, olhei por todo o corpo dele a procura de uma mordida,ferimento ou sangue e nada via, até que surgiu uma mancha preta em sua panturrilha e a mesma parecia uma fumaça que se espalhava agora por toda a sua perna no formato de suas veias, ele começou a se contorcer e seus olhos ficaram vermelhos, saia sangue de sua boca, e no lugar de lágrimas escorria sangue pelos cantos dos olhos, do nada o homem começou a flutuar e em questão de instantes explodiu, eu vi vários pedaços dele indo para direções diferentes, um de seus braços caiu em cima de uma mulher que correu gritando feito uma louca. Senti uma pessoa agarrando meu braço e me puxando, tentei me soltar mais senti aperta-lo com mais força quando olhei era o meu pai.

Chegamos em casa e vi o seu rosto repleto de sangue, assim como a sua roupa também, ele foi em direção a cozinha e minha mãe se assustou quando o viu.

- O que foi isso? - ela disse chocada indo em direção a ele o limpando com um pano molhado.

- Também quero muito saber. O que foi isso? - ele disse olhando pra mim.

Pela primeira vez eu vi o medo nos olhos do meu pai, pela primeira vez eu senti algo que ainda não havia sentido. Desespero!

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