Um Conto Medieval XIX

Um conto erótico de tavinhoo
Categoria: Homossexual
Contém 1708 palavras
Data: 03/10/2015 22:22:38
Assuntos: Gay, Homossexual

Aquele lugar onde eu estava era totalmente familiar pra mim,mesmo estando tomado pela neve, onde eu olhava so via a coloração branca por todos os lados, minha roupa preta era o que me destacava no momento, eu era literalmente um pontinho preto em toda aquela imensidão. Que saudade eu sentia dali, de longe eu avistei um tronco de árvore meio acinzentado caído no chão, aquele tronco me era familiar,logo me lembrei das diversas vezes que eu sentei nele, e quase todas elas Jonathan estava incluído. E nesse momento eu me pergunto, onde ele está que eu não o vejo comigo? Olhei em todas as direções e não consegui encontrá-lo.

-Jonathan... - gritei o mais forte que pude e a única coisa que escutei foi o eco da minha voz.

Ouvi um barulho vindo de uns arbustos secos perto de onde eu estava, olhei mais atentamente e vi um lobo, seus olhos estavam vermelhos. Ele vinha em minha direção com a cabeça baixa, até que ele me olhou e eu pude ver o ódio nos seu olhos, ele logo rosnou pra mim,e mostrando seus caninos afiados, seus dentes eram bem brancos, e com toda certeza seriam tão fortes ao ponto de arrancar minha pele ou até mesmo os meus membros. Ele vinha vagarosamente em minha direção e quando ele chegou bem próximo de mim ouvi um uivar, olhei para trás e avistei um lobo de pelos brancos, seus olhos eram verdes bem vivo ele vinha na minha direção e quando se aproximou de mim curvou-se e logo em seguida olhou ferozmente para o outro de pelos negros que agora recuava com passos curtos, o mesmo correu de volta para os arbustos, e quando eu procurei pelo outro ele havia sumido.

De repente todo aquele lugar foi ficando escuro e agora era somente eu e uma enorme escuridão, até que senti algo pesado sobre mim. Abri meus olhos lentamente e pude constatar o que era, Jhonny estava com o braço e uma perna sobre meu corpo e sua respiração era pesada e profunda, era tão bom estar ao seu lado eu nem sentia mais o peso do seu corpo só de pensar que poderíamos voltar pra casa, que eu havia o encontrado naquela dimensão, e que mesmo assim eramos felizes. Não que eu não gostasse daquele lugar, mais nunca seria o meu lar e ficar ali iria nos causar danos futuros, nem sei ao certo o que poderia nos acontecer eu só tinha a certeza que viveríamos melhor independente da tecnologia, não irei negar que isso me fará falta, porém minha vida não era aquela o meu mundo não era esse.

Jonathan começou a se mexer com mais frequência e ainda de olhos fechados ele começou a rir.

- Amor eu sei que você tá me olhando, para com isso eu fico envergonhado.- ele disse ainda de olhos fechados.

- Eu nem tava te olhando.- falei rindo também.

- eu sei que sim, você é um péssimo mentiroso sabia?- ele disse me dando um selinho.

-Mais eu não to mentindo, eu realmente não tava olhando pra você,eu estava apenas pensando.- eu disse o fitando.

- Eu era o lobo.- ele disse sorrindo e virando seu corpo para fitar o teto, suas mãos repousaram atrás da sua cabeça.- eu nunca mais vou deixar ninguém te fazer nenhum mau, nem mesmo nos seus sonhos.

-Como assim?- agora eu estava confuso, como assim ele era o lobo.

- Eu não sei como, mais ouvi você me chamar, quando me dei conta eu estava lá, e eu te via de costas, no inicio foi difícil te achar, mais eu corria tão rápido e de alguma forma eu sentia seu cheiro mesmo a quilômetros.- nessa hora ele me olhou sem expressão alguma e aqueles olhos me passavam confiança e segurança.- eu também vou sentir falta daqui, de algumas coisas materiais que nos prende,porém eu vou estar com o meu bem mais precioso.

- Qual?- perguntei quase sussurrando.

- Você.- ele disse me puxando pra cima de seu corpo.

Nossas bocas logo se encontraram e ele me beijava com vontade, eu abria minha boca ao máximo e ele fazia o mesmo, minhas mãos deslizavam pelos seus fios loiros, e as dele percorriam as minhas costas até que eu o senti massageando a minha bunda e seu membro rígido contra minha barriga, paramos um pouco e nossas testas ficaram coladas e nossas respirações estavam ofegantes.

- Eu nunca me canso de te beijar sabia?- ele disse com a voz meio falha me olhando no fundo dos olhos, ele me analisava como se pudesse ler meus pensamentos.

- Eu nem preciso dizer que sinto o mesmo, você já sabe disse.

Logo após isso beijei sua nuca, e quando as coisas iam apimentando Vera bate na porta.

- Brian, você e Jonathan precisam descer- ele deu uma leve pausa e logo prosseguiu.- lembre-se que temos uma longa viajem a ser feita, precisamos de toda a sua energia, e ela não pode estar oscilando.

Não posso negar que meu rosto queimou de vergonha, ela com certeza sabia o que estávamos fazendo e o que também estávamos prestes a fazer, minha vontade era de cavar um buraco e colocar a cabeça dentro, ou cavar até sair em outro continente enquanto Jhonny ria de mim.

-Não ri de mim- eu disse queimando o seu braço com a ponta do dedo, ele disse um "au" e esfregou o local com a mão mais nem isso sessou o seu riso.- Já vamos descer.

Eu levantei me sentindo bem melhor referente ao dia anterior, me sentia leve e tinha plena certeza que podia fazer tudo que eu quisesse. Então vesti uma camisa e joguei uma praquele loiro gostoso em cima da minha cama, que a pegou no ar. Quando passamos pela porta do meu quarto ou ex quarto, olhei para aqueles símbolos e notei algo familiar, tinha vários deles no meu livro, eram símbolos de proteção e equilíbrio naquele momento foi impossível não lembrar do primeiro dia em que cheguei ali, totalmente perdido e sem direção, com medo e aflito.

Descemos as escadas e Vera estava na sala em pé olhando para nós dois, ela segurava o seu gato preto nos braços e fazia carinho em sua cabeça, o mesmo estava todo manhoso ronronando.

- Então chegou a hora, você está realmente pronto Brian?- ela disse me olhando seria. Nesse momento eu olhei pra Jonathan e ele fez um gesto positivo com a cabeça senti também sua mão apertar a minha com firmeza me passando toda a confiança do mundo.

- Sim- eu disse determinado.

- Então se aproximem de mim aqui nesse círculo.- ela disse pondo o gato em cima da poltrona.- dei-me suas mãos.

Nos três seguramos um nas mãos dos outros, e eu fechei meus olhos e me concentrei nas vestimentas, mudei nossas roupas imediatamente. Vera usava um vestido bem volumoso na tonalidade azul, o mesmo tinha detalhes brancos e era bem longo e de mangas compridas. Jhonny e eu vestíamos as famosas calças de Peter Pan, camisas de manga longa e coletes de couro, camisas essas que iam até metade das minhas coxas mais não passavam tanto porque eram amarradas com uma corda na minha cintura . A única coisa que me diferenciava deles era a minha bolsa marrom que mais parecia uma sacola de alça longa fazendo ela encostar no meu joelho, dentro continha meus livros, e pedras.

-Estão prontos - eu perguntei olhando pros dois.

Eles apenas balançaram as cabeças positivamente. Novamente fechei meus olhos e lembrei do que Vera me disse " é só desejar" e foquei toda a minha atenção para minha casa e desejei estar lá, era tudo que eu mais desejava naquele momento, imaginava minha mãe, meu pai, e do nada me veio a imagem da minha avó mesmo eu nunca tendo a visto, não que eu lembrasse, mais eu podia naquele momento ver nitidamente a sua fisionomia ela sorria pra mim e ia chegando mais perto até que ela segurou no meu ombro e eu senti os seus lábios tocarem minha testa suavemente. Nesse momento eu sentia como se todo o meu corpo se desintegrasse, e um enorme vento me puxava, eu não conseguia abrir meus olhos até que um enorme clarão juntamente com uma ventania tomou conta de todo aquele lugar.

Quando eu me dei conta acordei em uma floresta, as folhas estavam caindo, o que denunciava que era outono, algumas árvores tinham colorações alaranjadas, outras amarelas,vermelhas, fiquei um pouco perdido, eu continuava no chão deitado olhando pra cima , até que me sentei e olhei pros lados no intuito de localizar Jonathan e Vera.

Eu consegui encontrar Jhonny um pouco perto de mim e Vera logo em seguida.

- Não era pra gente tá no nosso vilarejo não?- ele disse coçando a cabeça.

- Era, mais eu acabei perdendo o foco em um determinado momento, não faço a mínima idéia de onde nós estamos.- eu disse.

Vera parecia que voava ela olhava tudo com encantamento, seus olhos brilhavam e um sorriso enorme estava no seu rosto a mais de um minuto. Eu olhei pro Jonathan e ele deu de ombros.

- Ei, você nunca saiu pra caçar com o papai e seu pai não?- eu questionei e ele fez que sim com a cabeça- então, talvez você já passou por aqui, não vê nada de familiar?

- Deixa eu observar bem.- Ele coçou a cabeça e olhou atentamente pro local e logo em seguida disse com o sorriso nos lábios.- a gente ta muito perto de casa, na verdade é só seguimos reto e logo é o vilarejo.

Que tolo eu fui, até eu já havia ido naquele lugar. Chamei vera e ela logo nos acompanhou e a cada passo que eu dava meu coração acelerava mais, tanto tempo longe que eu nem sabia mais como estavam meus pais, quase um ano e lá estava eu de volta naquele lugar tão maravilhosos até o ar era diferente era totalmente puro. Quando avistei as primeiras casas de madeira meus olhos encheram-se de água e a emoção tomou conta de mim, mais aparentemente eu não era o único emocionado ali.

Desculpas pela demora, espero que gostem desse capítulo.

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