As voltas que a vida provoca XI

Um conto erótico de jornalista77
Categoria: Heterossexual
Contém 1973 palavras
Data: 20/08/2015 23:05:51

A segunda-feira amanheceu preguiçosa, porém Juliana, mesmo cansada de ter passado a noite transando com Rosana e Fred, tinha de ir à faculdade, pois havia faltado vários dias na semana anterior. Após as aulas, foi à corretora e, de lá, para a casa de Alexandre. Rafael estava brincando com a babá, mas, quando a viu, deixou a moça falando sozinha e correu para os braços de Juliana. Alexandre estava no escritório e saiu para ver que gritaria era aquela do filho. Foi até Juliana e a cumprimentou com um beijo nos lábios, dizendo que não a esperava. - Eu sei, desculpe aparecer sem avisar. Mas, saí daqui no sábado, deixando esse rapazinho meio tristinho comigo e resolvi vim fazer as pazes. Se você não se importar, claro - disse ela. Alexandre a abraçou pela cintura e foram para o sofá. Rafael foi ao quarto buscar um brinquedo e Alexandre aproveitou para puxar Juliana para mais perto dele e beijá-la de verdade. - Não foi só o Rafa que ficou triste por você ter ido embora. Mas, no meu caso, vou precisar passar a noite inteira com você pra te perdoar - disse ele. Juliana sorriu e deslizou a mão pelo corpo dele, agarrando seu pau duro por cima da calça. - Vou adorar pedir teu perdão, mas amanhã tenho aula e não trouxe roupa - falou. - Sobre isso... eu acho que já está na hora de você trazer suas roupas aqui pra casa. Não tem sentido você não poder dormir aqui porque não tem roupa pra ir à faculdade no dia seguinte - disse Alexandre.

Juliana estava deitada no peito dele e se levantou com expressão de espanto no rosto. - Você está propondo que eu me mude pra cá? Está me pedindo em casamento? - perguntou ela. - Se você quer chamar assim, casamento, tudo bem. Mas, o que eu quero dizer é que não faz sentido nós continuarmos nessa situação de você vir dormir aqui somente quando quer. Antes, você namorava e tinha seu pai para cuidar. Agora, seu namorado virou bicha e seu pai arranjou outra cuidadora. Além disso, você sabe como eu sempre procurei uma mãe pro Rafael, uma pessoa pra tomar conta da casa e alguém pra dormir comigo. Você faz as três funções, então por que não oficializarmos isso logo? Se o que separa você de se tornar mãe, dona de casa e minha mulher são algumas roupas e objetos pessoais, traga-os pra cá e pronto - disse Alexandre. Juliana ficou atônita com o que ele disse. E, ao mesmo tempo, ofendida. - Alexandre, o que me separa de me tornar essas coisas que você falou não são roupas ou objetos pessoais. O que me separa é você falar às claras que quer se casar comigo, é ir até meu pai e oficializar esse seu desejo, é nós fazermos planos e, principalmente, é você me perguntar se eu quero isso tudo. Eu adoro o Rafael, adoro transar com você, mas adoro também minha liberdade, minha autonomia e gostaria muito que você respeitasse isso. Você está me pedindo em casamento? Você está disposto a ir ao meu pai, se apresentar como meu namorado e como alguém disposto a se casar comigo? Está disposto a ir à faculdade ou à corretora e se apresentar como meu namorado? - perguntou. - Nós já conversamos sobre isso, Juliana. Além do mais, eu acho que essa minha proposta de você se mudar pra cá é resposta suficiente para essas perguntas. Sinceramente, não vejo necessidade de complicar tanto as coisas - respondeu Alexandre. - É uma pena, Alexandre, mas eu vejo sim. E, por enquanto, minha resposta é não. Vou ficar essa noite até o Rafa dormir e depois vou embora. Preciso pensar.

Juliana cumpriu sua promessa. Após colocar o pequeno pra dormir, pediu um táxi e foi embora. Não teve sexo aquela noite apesar de ter ido à casa de Alexandre com essa intenção. Porém, a atitude dele acabou com qualquer possibilidade de clima. No dia seguinte, após uma noite mal dormida e uma manhã bem difícil, em que uma forte dor de cabeça a impediu de prestar atenção às aulas, foi trabalhar. Por volta das 14:30min, foi chamada à sala de sua chefe e, ao entrar, se deparou com Monique. Seu coração disparou, quase saindo pela boca. A advogada sorriu ao vê-la e a cumprimentou com um singelo, mas carinhoso, aperto de mão. - Juliana, a doutora Monique veio aqui, pessoalmente, elogiar seu trabalho semana passada na apresentação das casas para aluguel e também para pedir que você a acompanhe na visita às casas que ela selecionou. Eu expliquei que esse não é seu trabalho, mas ela insistiu, disse que você mostrou muita sensibilidade aos pedidos dela e, inclusive, conhecimento de decoração e design de interiores... por isso, vou liberar você hoje para que vá com ela, certo? - disse a dona da corretora. - Sim, senhora. Mas, talvez não tenhamos tempo de ver as três casas hoje - disse Juliana. - Não há problema. Se precisar de mais de um dia, você também estará liberada - respondeu a chefe. Juliana, então, saiu da sala com Monique e foi ao carro dela. - Você gostou das minhas flores, borboletinha? - perguntou Monique enquanto dirigia. - Gostei sim, doutora. Eram lindas. Obrigada - respondeu Juliana, timidamente. - Você não precisa me chamar de doutora, querida. Me chame de Monique - pediu, segurando a mão de Juliana, que sorriu em resposta ao pedido.

Chegaram à primeira casa, situada em um bairro de classe média da cidade. Desceram do carro e entraram no imóvel, observando-o atentamente. Juliana começou a falar os dados técnicos da residência, como data de construção, quantidade de reformas já feitas, possíveis necessidades de reparos, etc. - Você ainda não me disse o que achou do que escrevi no cartão que mandei junto com as flores - disse Monique, interrompendo a leitura de Juliana. - Como assim o que eu achei? Eu disse que tinha gostado - respondeu. - Não, borboletinha, você falou que gostou das rosas. Mas, me refiro ao cartão, ao fato de você estar na fase de crisálida, uma lagartinha prestes a se tornar uma linda borboleta - explicou Monique, afastando uma mecha de cabelo de Juliana para trás de sua orelha. - Nunca tinham me chamado de lagarta antes - respondeu com um sorriso envergonhado. Monique também sorriu do comentário dela. - Não chamei você de lagarta, querida. O que eu quis dizer é que você está no caminho para se transformar em uma linda borboleta, o bichinho mais encantador da natureza. Ela é pequena e pode parecer frágil, mas também é bela e livre, que voa para onde quer. Você já viu um grupo de borboletas batendo suas asas juntas em um mesmo lugar? É talvez o espetáculo mais lindo da terra. Tanta singeleza, tanta suavidade em um bichinho tão pequeno. Você será assim. Tudo começa com o ovo que é depositado em flores. Do ovo, nasce a larva, também conhecida por lagarta. A terceira fase é chamada de pupa, quando a lagarta produz um invólucro em torno dela, o casulo ou crisálida, e ali se desenvolve, se alimenta vorazmente e há também a definição sexual. Finalmente, ocorre a metamorfose, que é quando a borboleta adulta rompe o invólucro e abre suas asas para o mundo. O que eu quis dizer no cartão, portanto, é que você está no casulo, na fase de pupa, se desenvolvendo, se alimentando de experiências e conhecimento para, no momento certo, realizar sua metamorfose e abrir suas asas para o mundo. E você se transformará em uma majestosa e encantadora borboleta, que tornará esse mundo ainda mais belo e maravilhoso de se viver - disse Monique.

As palavras de Monique foram ditas com tal doçura e sonoridade que levaram Juliana de volta à boate onde a conhecera. Sentira naquele momento a mesma coisa que sentira naquele dia, o mesmo estado de torpor e hipnose, como se a voz estivesse dentro de sua cabeça. Suas pernas fraquejaram e sua vagina palpitou de uma forma deliciosa. A calcinha ficou úmida de imediato e seu desejo era tomar Monique em seus braços e beijá-la até o limite de seu fôlego. Porém, percebendo o que causara em Juliana, Monique apenas sorriu de leve e se afastou dela, retomando a conversa da casa. – Você acha que poderemos visitar as próximas duas na quinta-feira? Por mim, já iria amanhã, mas tenho um compromisso – disse. – Quinta? Sim, podemos, claro. Como você quiser, Monique – respondeu, saindo do seu torpor e buscando retomar seu controle. Monique sorriu em agradecimento e foram embora. – Posso te levar em casa ou para onde você quiser ir – ofereceu. – Eu... eu vou pra casa mesmo. Não tenho outro lugar para ir não – falou. Monique dirigiu e foram conversando no caminho. Juliana perguntou do seu pai, como ele estava e quando viria pra cidade. A conversa fluía fácil entre elas e logo chegaram na casa de Juliana. – Que pena que já chegamos. Agora que sei onde é seu ninho, vou pesquisar um caminho mais longo da próxima vez que trouxer você – gracejou Monique. – Você gostaria de entrar? – perguntou. – Gostaria sim, borboletinha. Gostaria de conhecer seu pai também, parabenizá-lo pela filha linda que ele criou. Mas, acho que é cedo para isso. Vou esperar você ficar mais à vontade na minha companhia para que eu possa conhecer melhor sua intimidade.

Era incrível como tudo o que Monique dizia soava tão bonito nos ouvidos de Juliana. A moça ficava bamba e sem fala na presença dela. E essa agora de querer conhecer seu pai, tão diferente de Alexandre, que nunca demonstrou interesse nisso. Será que Monique estaria almejando algo mais com Juliana? E se estivesse, será que ela teria coragem de levar adiante? Em meio a esses pensamentos, foi trazida de volta à realidade com um toque no queixo, fazendo seu rosto virar para a direita e expondo seu pescoço. – Eu devo ter sido uma vampira na minha vida passada porque eu adoro pescoços, especialmente um como o seu, tão cheiroso, macio – sussurrou baixinho, arrepiando Juliana. Monique tocou com a pontinha da língua e, em seguida, encostou os lábios na pele e começou a sugar. Juliana gemeu deliciada, fechou os olhos e deixou seu corpo se inebriar com o prazer que ela lhe proporcionava. Monique não encostava os dentes, apenas os lábios faziam o trabalho de sucção. Após um bom tempo, afastou a boca e puxou o rosto de Juliana para olhar para ela. Ao ver aqueles belos e profundos olhos de Monique, Juliana não resistiu: - me beija – pediu num fiapo de voz. Monique não disse nada, apenas aproximou seu rosto e começaram a se beijar. Juliana relaxou o corpo e se deixou abraçar. Os lábios de Monique dançavam suavemente sobre os seus enquanto sua língua desenhava figuras geométricas em sua boca. O beijo era cálido, suave, lento e apaixonante. O hálito doce e fresco da advogada invadia o corpo da estudante. A mão direita dela acariciava a nuca e os cabelos de Juliana com incrível delicadeza. A esquerda subiu pela lateral do seu corpo e envolveu seu seio. Juliana soltou um gemido ao sentir o seio ser seguro e alcançou o orgasmo quando Monique, usando o polegar e o indicado, apertou levemente o mamilo por cima da roupa. Foi um orgasmo diferente, pois ambas ainda estavam vestidas, mas foi forte, longo e verdadeiro. A sensação durou alguns minutos, tempo que Monique permaneceu beijando seus lábios e apertando seu seio. Quando o orgasmo cessou, ela afastou o rosto e viu o olhar de entrega de Juliana. – Não podemos ir visitar as casas amanhã? – perguntou Juliana. – Claro que podemos, borboletinha. Vou cancelar meu compromisso e serei só sua – respondeu com um sorriso.

P.S. Amigos, peço desculpas pelo atraso na publicação desse capítulo, mas tive um bom motivo. Estou preparando arquivos em pdf de algumas das minhas histórias anteriores para os que tiverem interesse em baixar e ler em formato de livro. Logo estarão à disposição. Obrigado pela compreensão e continuem acessando https://mentelasciva.wordpress.com/

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