Louco amor - metido a machão pegador 10

Um conto erótico de lipe
Categoria: Homossexual
Contém 1960 palavras
Data: 15/08/2015 20:05:49

LOUCO AMOR – metido a machão pegador 10

Vi na hora que o Fagner saiu de casa, ele olhou pra mim e eu sorri mas ele fechou a cara e passou por mim sem falar nada.

- Fagner, espera – chamei, ele virou pra me olhar – só estou esperando o Caio, vamos juntos.

- Não, obrigado – falou num tom seco e já ia se virando, eu não estava entendendo mais nada, corri até ele que ainda estava perto.

- O que aconteceu Fagner? – perguntei segurando em seu braço.

- O problema é que eu não sou premio de consolação!

- Como assim cara? – indaguei meio confuso.

- Ah não? Eu preocupado com você, fui lá na sua casa pra te fazer se sentir bem e quando Caio resolve chegar lá você me despensa?

- Mas eu não te chamei pra lugar algum, eu não pedi sua ajuda, você que se ofereceu...

Um segundo após do que eu havia falado a raiva em seu rosto se desvaneceu para um sentimento que eu não sabia qual, eu não poderia ter falado aquilo, nunca, nunca, eu não era daquele jeito. Que ódio.

- Oh Fagner, perdão – fui abraça-lo mas ele me impediu.

- Você tem razão, eu sou um intrometido mesmo – ele já estava com os olhos marejados.

- você não é...

- Me poupe por favor – fez um sinal com a mão me interrompendo e se virou pra ir embora me deixando com a cara no chão, eu estava me odiando com todas as forças possíveis, eu já iria começar a andar atrás dele quando uma mão repousa em meu ombro, olho para trás e vejo o Caio, ele me abre um sorriso.

- Esperou muito?

- Não – falei com desanimo.

- O que foi que aconteceu?

- Eu e o Fagner brigamos – confessei.

- Não gosto desse cara – falou ele cruzando os braços e fechando a cara.

- Mas eu gosto Caio – falei numa forma de repreende-lo.

- Ah então fica com ele merda – falou ele alto, me assustei um pouco pois não esperava, ele já iria saí de perto de mim quando seguro em seu braço lhe fazendo parar.

- Eu não quero brigar com você também Caio, eu gosto do Fagner como amigo, eu não gosto dessa situação, agora vai, desmancha essa cara feia – falei virando o rosto dele para o lado a todo momento que ele me olhava com a cara feia até ele sorrir, envolveu sua mão em minha cintura e me puxou pra perto de si e ficamos nariz com nariz nos olhando, por ser muito cedo ainda, a rua se encontrava vazia.

- Olha o que você é capaz de fazer comigo Lucas.

- O que eu sou capaz de fazer?

- É capaz de me deixar romântico, de me fazer sorrir na mesma hora quando fico com raiva, e acredite, não é fácil. Talvez... – fechou os olhos – seja o medo de te perder.

- Também tenho medo de ter perder, eu te amo Caio – falei já embarcando na emoção.

- eu sei – murmurou em resposta. Ele se declarava de todas as formas mas não dizia “Eu te amo”, eu sei que eram apenas palavras mas significavam muito pra mim.

- Sua mão já estar melhor? – perguntei notando que sua mão já não estava mais enfaixada.

- Dói um pouco – falou abrindo e fechando a mão enquanto a olhava – mas está melhor, vamos? – falou me soltando.

Suspirei lembrando que ele sentaria perto de Teresa – vamos!

Ele pegou a mochila de minhas costas e levou pra mim até próximo a escola, um gesto simples mas tão fofo ^^

Chegando na sala de aula ele se senta perto de Teresa que já nos esperava, ela lhe dá um beijo no qual não quis olhar e me cumprimentou, percebi que o Fagner não estava sentado onde devia estar – ao meu lado – e sim nas ultimas cadeiras do fundo, ele estava de cabeça baixa com os fones nos ouvidos, coloquei minha mochila em cima da minha banca e já iria me dirigi até ele quando justamente a mejera da professora de geografia entra na sala e obriga todo mundo a se sentar, foi com muita relutância que concordei. Teresa como sempre deu um jeito de perguntar o que havia rolado entre mim e o Fagner, apenas respondi que havíamos nos desentendido.

- Quando foi que tu virasse tão antipático em Lucas? Primeiro o Caio e depois o Fagner – falou com um olhar intimidador pra mim mas não esperou resposta e logo virou-se pra frente, talvez tivesse sido um pergunta retórica, a verdade é que ela sabia que eu escondia algumas coisas dela e também sabia que nossa amizade não estava a mesma mas esse não era meu problema numero um, não no momento. A professora não dava uma brecha se quer pra eu pudesse falar com ele, tinha se passado uma hora, havia mais 40min de sua aula, a todo momento olhava pra trás apreensível e sempre o encontrava de cabeça baixa escutando música, ele deveria estar muito mal e a culpa disso tudo era minha, só minha. Que droga!!!

Apoiei minha cabeça na cadeira e fechei os olhos para ver se o tempo passava logo.

- Professora, professora – berrava alguém em pânico no fundo da sala – o Fagner, tem algo acontecendo com ele, me ajuda!

Fagner?

No mesmo estante olhei para trás e vi de quem era a voz que berrava pedindo ajuda, era André, um colega meu, ele mantinha as mãos no ombro de Fagner que se retorcia de uma forma assustadora na cadeira, de forma involuntária meu corpo correu até o seu encontro antes dos outros o cercarem curiosos para ver o que acontecia, fiquei de cócoras ao seu lado afastando André de uma forma até indelicada, de perto pude ver que ele estava se asfixiando, estava de alguma maneira lhe faltando ar mesmo não tendo nada errado com seu balão de oxigénio, seu rosto ficara vermelho e de seus olhos escorriam lagrimas, segurei em sua mão que estava gelada tentando conter o pânico que se formava dentro de mim, ele apertou com toda força minha mão.

- Calma Fagner, tenta não se desesperar, respira com cuidado, vai, você consegue, respira fundo, eu estou aqui, nada vai te acontecer, eu juro.

- Eu vou chamar a enfermeira – anunciou a professora.

- Saiam de perto dele agora, deixem ele respirar – gritava Teresa e de alguma maneira eles obedeceram, na mesma hora que ela pegava um caderno e começava abanar o Fagner.

- Não se desespera, eu estou aqui – sentia lágrimas escorrendo de meus olhos – vamos Fagner, reage – quando pensei que fosse perde-lo, ele começa a demonstra que o ar estava voltando – isso, respira fundo, você consegue...

A cada respiração mais compassado era um alívio que percorria meu corpo.

- Oh céus, ainda bem – exclamou Teresa ainda lhe abanando com o caderno.

Seu olhar agora mais lucido olhava profundamente em meus olhos, sua mão ainda segurava a minha com força chegando até a interromper a circulação, com minha outra mão envolvi em seus cabelos bagunçados lhe demonstrando carinho.

- Caio me ajuda a leva-lo pra enfermaria – falei virando a cabeça pra cima, ele estava perto.

- Ok.

Eu me levantei, custei pra soltar minha mão da dele mas consegui, peguei ele de um lado e o ergui da cadeira, prontamente Caio pegou do outro assim que pode e assim quando saímos da sala de aula, apareceu diretor, enfermeira, secretaria, uma peca de professores etc, tudo quando não precisava mais, levamos ele até a enfermaria, deitamos ele na maca, ainda ofegava um pouco em busca de ar.

- Pode falar com a gente agora Fagner? – perguntou a enfermeira.

Ele balançou a cabeça concordando.

- Já ligaram pra sua mãe e daqui a pouco ela estará aí, o que foi que aconteceu, já aconteceu isso antes com você?

- Não.

- O que você acha que pode ter sido? Você toma medicamentos todos os dias?

- Tomo.

- Deixou de tomar algum recentemente?

Ele olhou pra mim e depois de volta para a enfermeira.

- Sim... acho... que foi isso – falou ele forçando a voz.

- Não pode deixar de tomar Fagner e você sabe disso, agora quero que você descanse até sua mãe chegar e decidir o que irá fazer. Meninos – se referindo a mim e ao Caio – peço que voltem à sala de aula, obrigado por ter trazido ele.

- Lucas... eu quero falar com ele... a sós, só um pouco – irrompeu Fagner.

A enfermeira nos olhou com um certo de olhar de quem queria dizer não, mas não fez, concedeu que eu ficasse com ele alguns minutos, vi que Caio não gostou da ideia por causa de seu olhar mas não disse nada, apenas saiu junto com ela.

- Está se sentindo melhor? – perguntei me aproximando da maca.

- Sim, estou, eu queria só te pedir desculpas por hoje de manhã.

- Não, definitivamente você não teve culpa de nada, eu que te peço desculpas por ser tão babaca, eu quero que você acredite em mim, eu não queria dizer aquilo, eu não sou daquele jeito.

- Eu sei Lucas.

- Tive tanto medo de te perder – confessei já sentido meus olhos lacrimejarem, ele me puxou pra baixo e me deu um abraço.

- Eu tive medo de não te ver mais, eu... eu...

Saí de seus braços assim que ouço a porta abrir.

- Filho, o que aconteceu? – falou uma senhora de meia idade, baixinha, gordinha e dos olhos verdes, igual ao do filho, então essa era a mãe dele.

- Já estou bem mãe, não precisa se preocupar.

- Como não, a professora disse que você estava se asfixiando.

Senti que precisava deixa-los a sós, então saí da sala e me sento em um banco próximo, afundo a cabeça entre minhas pernas numa tentativa de me recuperar um pouco daquele susto quando sinto uma mão em meu ombro, olho para cima e vejo um senhor meio loiro mas já com os cabelos grisalhos com um copo de água na mão.

- Acho que você precisa de um pouco de água.

Achando muito estranho pego o copo de sua mão mas não bebo.

- Quem é o senhor?

- Meu nome é Keverson, sou padrasto do Fagner desde os cinco anos de idade – padrasto? Ele nunca me falou de padrasto – encontrei a enfermeira lá na frente e ela disse que você estava do lado dele na hora que aconteceu, logo soube de quem se tratava, o famoso Lucas, sabia que ele fala muito de você lá em casa?Posso me sentar? – falou apontando um local próximo ao banco.

- Claro.

- Creio eu que ele esteja bem não é? – falou se sentando.

- Sim, está, só foi um susto, a mãe dele está lá dentro agora.

- Eu sei, vim o mais rápido depois que ela me ligou.

- O que aconteceu com o pai do Fagner? – perguntei.

- Ele morreu quando ele tinha alguns meses de vida em um acidente de carro.

- Hum.

- Sei que não devia falar isso mas não sei mais a quem recorrer, estou totalmente perdido, aprendi a amar aquele menino com todas as minhas forças, o considero sim como meu filhos, acompanhei todo seu drama desde o começo e não posso aceitar que ele vai morre tão novo – de seus olhos já caiam lágrimas – sei que ele te disse que seu caso era terminal, mas não é bem assim.

- Como assim? – perguntei instantaneamente.

- Ele resolveu desistir depois de 3 seções de quimio fracassadas, os médicos disseram que mesmo assim ele teria chance se fizesse só mais uma, uma última que significaria sua vida ou sua morte, ele acabou desistindo e agarrando a morte por antecipação, eu e sua mãe tentamos convence-lo a voltar mas não conseguimos, brigamos muito até “aceitar” isso – fez um sinal de aspas com as mãos ao falar aceitar – se ele voltar a fazer as seções ele terá chance.

CONTINUA...

Nossa, tem muita gente odiando o Lucas :/ calma gente kkk

Acho que muita gente vai gostar desse final ^^ #Lucas&Fagner ou #Lucas&Caio ? digam sua preferencia aí. E Jovem Peixe seja bem vindo ^^

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Comentários

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Óbvio que gostaria de que Lucas ficasse com Fagner e o convencesse a retomar o tratamento e que este fosse bem sucedido. Será que vivo num mundo de faz-de-conta? Pelo lado racional, é o melhor para Lucas ficar afastado de Caio (mesmo que não fique com Fagner - por opção ou por óbito) e que este crie juízo e assuma a paternidade. Um abraço carinhoso,

Plutão

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Fagner merece ficar vivo, já Lucas. ...

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Antes eu era #Lucas&Caio. Mas depois de hoje, não por pena, sou Eterno #Lucas&Fagner

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Legal, Fagner é um fofo, o Lucas não merece ele...

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Lucas e Fagner

Caio só quer usar Lucas... e ele é um otário...

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Devia ter mais opções, Fgner&Caio, Fagner&Teresa<,Fagner&André, Caio&Teresa ou Fagner,Lucas<Caio&Eu kkk's

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