PERDIÇÃO

Um conto erótico de Tom Miranda
Categoria: Homossexual
Contém 851 palavras
Data: 11/08/2015 16:49:07
Última revisão: 16/08/2015 16:51:48

Seria A mentira se eu dissesse que eu não o amei, o que não o amasse, mas seria mais mentira ainda se eu dissesse que o que eu mais desejara nele nunca fora o seu corpo; sim, ele tinha um corpo maravilhoso, mas também tinha suas limitações: quando transávamos ele não me deixava chupá-lo, apenas a sua esplendida piroca, mas eu também quisera sentir o enrugado de seu ânus em minha língua, e sua bunda em minha face; quando fodíamos - sim, foder e transar nos era diferente, se transa com amor e se fode com destreza - quando fodíamos ele me pegara nos braços e me penetrava com tamanha satisfação, estampada em face, o que refletia-se muito no seu sorriso e olhar safado, eu sempre me empinava e para ele pedia mais; ele invadia-me e por fim jorrava em minha face aquele tão delicado e prazeroso néctar do conjugado.

Mas algo me incomodara nos últimos meses: ele sempre se impusera sobre mim, mas antes - ele já me contara - ele fora dominado. Eu o queria dominar, e ele não me permitira.

Ao dormir do seu lado e acordar primeiro testemunhando tamanha beleza, a beleza de suas cursas, e de seus volumes: ah, que homem magnífico era aquele? Eu já não sabia. O que havia de errado não, talvez, pudesse ser comigo, ou com ele, ou com a situação; eu era maravilhado por tê-lo e de fato eu queria ser fodido como ele sempre me fodera: com destreza e com violência; suas tapas e seu gozo era o combustível que eu precisava para viver. Alguém tão pequeno e com tanto poder.

Deveras, eu, agora, sou quem queria fodê-lo: reparem que aqui se parou de falar em transa - transas envolviam amor, e como o amor eu ainda o consegui penetrá-lo de quatro como eu bem gosto: seus gemidos me enlouqueceram, sua bunda em contato de meu corpo: suspiros e delírios. Mas eu o queria numa foda!

Pois bem, ele percebera certa insatisfação em mim: - o que há? - perguntara.

- Nada não, quero ir a um lugar, vamos? - perguntei. Ele disse que sim, cautelosamente. Entramos no carro e assim se seguiu; levei-o ao motel.

Ele nada disse, vi apenas seu sorriso safado em face novamente. Chegamos ao quarto e ele com sua leveza logo me veio ao colo, beijos e mais beijos: não era o que eu queria.

- Vamos para o banho? - perguntei. - Vamos, ué. - Ele olhou-me desconfiado. Peguei o sabonete, a água caia sobre nossos corpos, passei com o sabonete pelo seus corpo, rodeio em minhas mãos; virei o belo moço de costas: minhas mãos desceram as costas até chegaram na curva esculpida, entrei e adentrei ao seu intimo: meus dedos o invadiram; senti as rugosidades não na língua - ainda - mas sim nos dedos. Ele gemia eloquente; fomos para a cama.

Fora então que começara a grande dança da tarde - sim, era de tarde. Ele tentou dominar-me, veio em cima, abriu minhas pernas e se enfiou de corpo e alma no meio delas, mas logo eu virei o jogo. Deitei-o, desci de sua boca para os mamilos, passeei com a língua em sua barriga: peguei seu piroca e inteira a enfiei na boca; o chupava loucamente, enquanto ele segurava-se no espelho da cama... sim, quando percebi o seu já estado de perdição, o virei de quatro e minha língua adentrou suas nádegas e no meio delas encontrou o tesouro, as belas linhas, as secretas rugas, o delicioso fundo quente e úmido.

Ele ainda não chegara a reclamar como sempre fizera; agora ele gemia, gemia e pedia por mais, eu o chupava, cada vez mais fundo. Era de um desejo desmedido. Meu pau já estava a latejar, peguei camisinha, coloquei-a, passei nele a lubrificação e o invadi. Os movimentos foram evoluindo e eu a apreciar a melodia de gemidos e de meu corpo indo de encontro ao dele, cada vez mais veloz, cada vez mais violento. Eu estava queimando em desejos, ele delirando em tesão. Eu o fodia como nunca houvera fodido ninguém na vida, como ele me fodeu. Aquele ânus apertado era maravilhoso.

Meus braços perderam o controle e eu começara a batê-lo, ouvi sua voz e pensei em ouvi-lo pedir para parar, como mais atenção o ouvir pedir mais. Virei-o novamente, agora podia olhar em seus olhos enquanto o fodia, ele nascera para aquilo: para ser dominado, era tão lindo, era tão maravilhoso e gostoso. Eu tinha a sorte de tê-lo; beijava sua boca, puxava-o pelo cabelo, mas fora o seu olhar que me fez gozar em tão belos lábios e ele em meu peito.

Deitamos.

Eu realmente o amava. E amava o seu corpo inteiro. Ele mal podia respirar, meu coração batia forte demais. Mais forte ainda porque seria a última vez que eu o teria.

- Eu preciso terminar com você. - Disse ainda cansado.

- Por quê? O que eu fiz? - ele me perguntava afoito.

- Porque eu nego minha essência, como negas a tua.

- Deixe de papo poético e filosófico, eu te amo, te quero aqui, para transar, para foder e ser fodido. - Ele sorrira e eu também.

- Eu também, meu amor. - Eu o beijei.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive AltamiraMiranda a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários