UMA FODA NO MEIO DA MATA

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 2916 palavras
Data: 30/08/2015 13:00:05
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

O Acompanhante - Parte XXIV

Olhei para o relógio de parede da cozinha. Nove e quinze. As duas mulheres ainda dormiam abraçadinhas, lá no meu quarto. Eu já estava bastante atrasado para ir trabalhar. E sem carro, complicava-se mais ainda a minha vida. Liguei para a portaria. Normalmente, fica algum táxi à espera de retardatários, na frente do prédio. O porteiro riu quando eu lhe requeri condução. Pediu que eu descesse, pois meu problema estava resolvido. Estranhei sua afirmativa. Mas o cara é desenrolado. Talvez tivesse algum parente taxista que já estivesse me aguardando lá embaixo.

Ledo engano. Para minha surpresa, me entregou sorridente as chaves de um Citroën Xsara Picasso 2012. Olhei interrogativamente para ele. Ainda sorrindo, disse-me que foi um presente que uma ruiva deixou para mim. Eu não me lembrava de conhecer alguma ruiva. Ele disse chamar-se Márcia. Então, matei logo a charada. A loira, ex-mulher do bicheiro assassinado, estava viva e agora havia pintado os cabelos de ruivo. Agradeci ao porteiro e entrei no automóvel. Abri o porta-luvas e estavam lá todos os documentos do veículo. Junto, um bilhete me agradecendo o empréstimo do dinheiro e se desculpando pela perda do meu Audi. Mais: queria encontrar-se comigo antes de partir para o exterior. Deixou um número de celular, mas advertiu que eu só ligasse de um telefone público. Temia que meu aparelho estivesse sob vigilância.

Eu não tinha certeza de que queria me encontrar com a loira gostosona, de ancas graúdas. Mas estava curioso para saber como se dera a sua excursão até a casa do bicheiro, duas noites atrás. E isso não se pergunta por telefone. Decidi-me a resolver algumas coisas antes de marcar um encontro com ela. Afinal, teria que passar no prédio dos Correios, para pegar a cópia da agenda que eu guardei lá. Antes, passaria no cambista perto do escritório. Queria olhar a cara dele quando mostrasse meu pule com a aposta ganha na noite anterior.

O cara não estava lá. Um comerciante vizinho disse que a polícia estivera ali logo cedo e o levou algemado. Sorri satisfeito. O sujeito tinha me vendido à sargento e merecia passar por uns apertos, mesmo que eu perdesse a grana apostada. Quando me afastava em direção ao meu escritório, ali perto, senti um olhar sobre mim. Percebi que um carro me seguia movendo-se bem devagar. Lembrei-me de tê-lo visto nas cercanias do meu prédio desde que saí com o Xsara de lá. As janelas eram de vidro fumê, então eu não conseguia enxergar quem estava dentro. Fingi não percebê-lo e entrei no edifício onde funcionava o meu escritório.

Nem bem me acomodei na minha poltrona, o soldado do exército, ex-namorado de Roxane, adentrou o escritório de arma em punho. Apontou-a para mim perguntando onde estava minha secretária. Eu disse que ele não precisava da arma para saber. Ele insistiu na pergunta, brandindo a pistola automática que empunhava. Estava furioso. Ou será que estava com medo de mim e, temendo levar outra sova, viera protegido? Perguntei isso a ele e parece que o pegou de surpresa. Esteve um momento indeciso e logo guardou a arma. Sentou-se à minha frente um tanto receoso. Não era difícil adivinhar que era ele que estivera me seguindo com o carro de vidros fumês. Perguntou-me novamente por Roxane, desta vez mais calmo.

Respondi que não lhe diria sobre seu paradeiro até que ela me autorizasse. Afirmei que ela estava cansada de apanhar e, se eu soubesse de mais uma surra dada por ele, o denunciaria à polícia. Então, o cara começou a chorar de repente, na minha frente. Disse que antes não gostava de bater em mulher, até conhecer Roxane. Ela é quem o incitava a surrar-lhe. Com o tempo, passou a não sentir mais tesão por ela. Certo dia, estavam num motel e ele falhou em dar a primeira. O pau insistia em permanecer flácido. Aí, ansiosa por querer foder, Roxane ficou brava. Ela deu-lhe uns tapas violentos que, a princípio, o deixou com raiva. Bateu-lhe de volta. Ela replicou. Nessa troca de bofetões, percebeu-se excitado. Segundo ele, foi a melhor foda que deu em toda a sua vida. A partir daquele dia, só ficava excitado se batesse na companheira. Aprendeu a gostar disso.

Eu achava tudo aquilo doentio, mas entendia o cara. Ele dizia que amava Roxane, e que queria muito reatar com ela. Prometi falar a favor dele com a minha secretária, mas não lhe garantia nada. Aí o cara me fez uma proposta indecorosa: se eu o ajudasse, ele apresentaria sua irmã para mim. Afirmou tratar-se de uma morena lindíssima e comprometeu-se a fazer com que ela namorasse comigo. Eu disse que não precisava de ninguém para conquistar uma mulher. Ele insistiu. Confidenciou que a irmã o amava e faria tudo que ele lhe pedisse para ajudá-lo, pois foram criados sem os pais e ele cuidou dela desde pequenina. Garantiu que ela nunca teve um namorado. E ele queria que ela casasse e fosse feliz. Apesar das nossas rusgas, gostara de mim e me achava digno da irmã. Eu fiquei curioso com a sua insistência. Decidi-me, ao menos, conhecer a tal irmã.

O cara pegou seu celular e fez uma ligação. Pediu que a irmã subisse e procurasse meu escritório. Disse-lhe o andar e o número da sala. Pouco depois, entrou na sala uma morena que parecia atriz internacional de cinema. Linda e sensual, tipo falsa magra, cabelos longos e encaracolados, olhos meigos e boca carnuda. Um arraso. Mirava-me com um sorriso tímido, mas enfrentando meu olhar extasiado. O soldado apresentou-me:

- Minha irmã, Zarethe - disse ele rindo da minha cara de abobalhado - e este é o patrão de minha namorada.

Apertei a mão da morena, ainda maravilhado com sua beleza. Indiquei-lhe uma cadeira e ela sentou-se, cruzando as pernas. Usava um vestido juvenil e por pouco não visualizo sua calcinha. Contradizendo o julgamento que lhe fiz, começou a nossa conversa assim:

- Meu irmão deve ter-lhe dito que fiquei interessada em você desde lá embaixo, quando o seguíamos de carro - falou isso não num tom de malícia, mas de um jeito até encabulado.

- Você mesma foi quem pediu para eu apresentá-la. E olha que eu nunca vi você agir assim - rebateu o soldado.

Zarethe baixou a vista, encabulada. Disse ao irmão que, atualmente, seu trabalho vinha botando algumas ideias loucas em sua cabeça. Estava deixando-a menos tímida. Tive a curiosidade de perguntar que trabalho era esse. Ela explicou que era recepcionista de um motel de luxo, e que ver casais entrando e saindo, sabendo que eles estavam lá para fazer amor, a estava deixando quase o tempo todo excitada. Disse isso enquanto, involuntariamente, levava a mão à vulva por sobre o vestido. Corou, quando viu que percebemos seu gesto. Ficamos alguns segundos em silêncio, sem que soubéssemos o que dizer. Aí o soldado perguntou se nosso acordo estava de pé.

Eu queria um tempo para conversar com Roxane. Pedi que ele voltasse no outro dia, àquele mesmo horário. Zarethe, sem pedir, pegava um cartão meu de sobre a mesa e guardava no bolso da saia leve que usava. Fingi que não a vi fazer isso, já que o soldado não percebeu seu movimento por estar entretido em falar comigo. Criei coragem e disse a ambos que estava comprometido, por isso não iria marcar um encontro a sós com ela. Gostaria muito de conhecê-la, mas não era justo estar com ela e com outra ao mesmo tempo. Na verdade, eu queria ver sua reação. Ela apenas sorriu. Jogou-me graciosamente um beijo na ponta dos dedos e, depois que ambos se despediram de mim, prometeu voltar com o irmão no outro dia. Quando este se levantou, no entanto, ela avistou sua pistola escondida na cintura. Espantou-se, dando a entender que não sabia que o irmão estava armado. Saíram discutindo, ele tentando dar uma desculpa tolerável para explicar o uso da arma.

Pouco antes de encerrar o expediente da manhã, Roxane me ligou para perguntar se devia ir trabalhar. Ainda estava muito abalada com os últimos acontecimentos e eu a dispensei também do segundo expediente. Ela agradeceu, mas disse que iria passar em sua casa. Os pais deviam estar preocupados consigo. Concordei que devia ir lá, mas disse-lhe que precisava falar-lhe de um assunto sério e urgente, depois. Ficou curiosa e quis saber logo o que era. Tanto insistiu que eu falei da visita do soldado ao escritório. Ela ficou amedrontada e furiosa ao mesmo tempo. Disse com todas as letras que não queria mais saber dele. Claro que nem toquei no assunto da existência da bela morena. Muito menos, no acordo que ele havia me proposto. Aí, meu telefone celular tocou. Era o delegado querendo que eu fosse até a delegacia.

Fui. Lá, encontrei o cambista que estava me devendo a grana apostada na noite anterior. Ele parecia acossado por dois policiais que o interrogavam. Ao me ver, ficou mais assustado ainda. Foi logo me dizendo que não sabia de esquema nenhum do Jogo do Bicho e que apenas havia ganho uma grana da sargento, que era uma velha conhecida sua, para avisar caso eu jogasse em sua banca. Prometeu pagar minha aposta assim que saísse da delegacia. O delegado, após conversar comigo, liberou o cara. Tudo indicava que eu não precisaria mais passar por nenhum inquérito. Saí de lá disposto a encontrar um telefone público para ligar para Márcia. Antes, precisaria passar pelos Correios e pegar a cópia da agenda.

Quando dei partida no meu Xsara, na frente da delegacia, vi que um carro também dava partida. Não era o do soldado do exército que havia estado em meu escritório. Devia ser algum policial. Então, eu não podia ir aos Correios nem me encontrar com Márcia. Avistei o cambista em uma parada de ônibus perto dali. Encostei próximo e perguntei se ele queria uma carona. Olhou todo desconfiado para mim, mas depois aceitou. Pediu para passarmos em um caixa eletrônico e ele me pagaria o dinheiro devido. Fiz o que pediu, mas de olho no carro que nos seguia. Quando voltou com minha grana, confirmou minhas suspeitas.

- Tem um carro nos seguindo desde a delegacia - disse ele olhando pelo retrovisor ao sentar-se no banco do carona.

- Amigo seu? - Perguntei. Ele respondeu que não. Acreditava que era algum policial com intuito de saber onde eu ou ele iria. Eu quis saber o que os policiais queriam com ele. Falou-me que pensava em ganhar uma grana fácil, apenas comunicando à sargento se eu jogasse em sua banca. Não sabia que iria parar na delegacia por causa disso. Perguntei se ele sabia de algum esquema do Jogo do Bicho. Ele confirmou que alguns traficantes usavam o jogo para lavagem de dinheiro, mas não sabia exatamente como funcionava isso. Disse que ninguém nunca havia tirado grandes quantias em sua banca, portanto ela não era usada pelo tráfico. O delegado havia pedido seus canhotos para confirmar se ele havia pago alguma fortuna nesse tempo que tinha a banca. Como era organizado, tinha todos os talões diários dos jogos apostados. Entregou-os ao delegado, que prometeu devolver-lhe depois. Havia confirmado a ligação para a sargento, e era só. Acreditei no cara.

O carro que nos seguia emparelhou conosco várias vezes. Era dirigido por um negrão carrancudo. Olhei de relance, sem dar na vista que havia percebido a perseguição. Já o cambista, olhou para ele quase com ódio. Aí o cara aproveitou um trecho ermo da estrada para nos trancar. Desceu do carro com uma arma apontada para nós. Pediu-nos para entrar em seu automóvel. Obrigou-me a sentar ao volante. O cambista ficou na frente, ao meu lado. Ele acomodou-se atrás, ainda apontando-nos um revólver. Pediu que eu me dirigisse em direção a Pau Amarelo.

Fomos em silêncio até chegarmos a uma via já conhecida por mim. Quando ele me pediu para entrar numa estrada de barro, não tive mais dúvidas: estávamos indo para a mesma mata onde eu havia sido baleado e o detetive Otávio morto. Deu-me um medo repentino. Aí, perguntei quem era o cara. Ele respondeu que era o principal idealizador do plano para pegar a cópia da agenda que sabia estar comigo. Eu, realmente, não o conhecia. Pelo menos, não lembro de tê-lo visto. Mas, aí, ele deu uma dica: era o dono da casa onde estive aprisionado, aos cuidados da taxista, de onde fugira com Nuella. A ficha caiu para mim: o cara era o marido da bela negra.

Numa clareira da mata, a mesma onde eu acordara amarrado dentro do carro, ele pediu para eu parar. Mandou-nos sair. O cambista disse que não tinha nada a haver com aquilo tudo e ele atirou friamente, e a queima-roupa, no cara. Aí, perguntou finalmente pela cópia da agenda. Menti descaradamente, dizendo que não sabia do que estava falando. Deu-me um soco no rosto que me fez cair ao solo. Foi quando ouvi uma voz conhecida pedindo que ele não me batesse. Voltei-me espantado, ao reconhecer a voz de Nuella. Ela abraçou-se a ele e o beijou longamente. O cara, porém, não tirou os olhos de mim, apontando-me a arma. De repente, ela deu-lhe um golpe de caratê que o fez soltar a arma. Espantado, ele jogou-se de encontro a ela, derrubando-a no solo. Depois, correu para a arma jogada no chão. Eu cheguei antes dele, mas levei uma rasteira que me fez dar uma cambalhota no ar. Nuella, para meu espanto, recuperou-se rápido e, bem dizer, voou em direção ao cara. Derrubou-o com um pontapé certeiro no queixo. Ele desabou, desmaiado.

Quando achei que ela iria ajudar a levantar-me, eis que aponta a arma para mim. Disse que já estava cansada daquele jogo e iria querer a cópia da agenda. Explicou que o marido combinara para que se fingisse seu sequestro, quando nos conhecemos. Pretendiam roubar o documento de Otávio que, no início, estava mancomunado com os policiais corruptos. Tiraria o documento da taxista quando ela o arrancasse de mim. O marido havia traçado o plano desde que soubera do documento através de Otávio, num dia que este, embriagado, abriu o bico. Estavam em dificuldades financeiras e viram ali a oportunidade de enriquecer e viajar para o exterior. Minha entrada no caso complicou o plano, então ela fingiu apaixonar-se por mim. Queria estar o tempo todo comigo para poder saber se a cópia estava mesmo em minha posse. Quando soube que apostei e ganhei no milhar, teve a certeza. No entanto, havia se apaixonado por mim e não queria mais o marido, que muitas vezes lhe batia. Porém, se eu não a quisesse, me obrigaria a fazer uma cópia da cópia da agenda para entregar a ela. Ela precisava daquela grana para ser feliz.

Eu estava decepcionado com a linda negra. Jamais desconfiei de que ela fizesse parte do complô para ter o documento. Disse que ela podia me matar, pois eu não tinha tal documento. Ela apontou o revólver com mais firmeza em minha direção, dizendo que atiraria caso eu não dissesse onde estava a agenda. Para provar que não estava brincando, voltou-se e atirou no negrão desacordado, sem demonstrar nenhum receio. Atirou outra vez, agora na cabeça do cara, diante da minha estupefação. Mas estava chorando quando voltou a apontar o revólver em minha direção. Depois, jogou o objeto no chão e agarrou-se a mim, soluçando de tanto chorar. Disse que eu não sabia do quanto ela apanhou do cara a vida toda. Como ele era policial, o pessoal aliviava a barra dele quando ela prestava queixa. E haja apanhar de novo. Quando me conheceu, viu que eu era muito diferente dele. Apaixonou-se por mim, imediatamente. Mas temia que eu a deixasse, por causa da sua fixação por sexo. Por isso, precisava de dinheiro. Para custear um tratamento e para a sua subsistência, caso eu não a quisesse mais.

Confesso que fiquei com pena dela. Ela não sabia que eu tinha grana de sobra para custear seu tratamento de saúde. Nuella parece ter percebido que eu fiquei penalizado por ela. Beijou-me os lábios com uma fome nunca demonstrada antes. Arrancou-me a roupa com urgência. Nem quis saber de preliminares. Montou sobre mim, que ainda estava deitado no chão, e enfiou-se em meu pau ainda bambo sem tirar totalmente o vestido curto que usava. Já viera sem calcinha, como se adivinhasse aquele momento. Eu estava inerte, apesar de excitado com a sua gula. Mas não me saia da cabeça o assassinato do cara. O sangue dele e do cambista escorria na areia, em direção a nós. Ela começou a gozar, cavalgando em meu membro ainda flácido. Eu estava agoniado, não conseguindo me concentrar na foda. Então, inesperadamente, ela deu um tapa em meu rosto.

- Vai, porra! - gritou - Fica com esse pau duro que eu quero sugar toda a tua gozada com a minha boceta!!!

Não sei se foi efeito do tapa - que me lembrou a história contada pelo soldado - ou das palavras que ela gemeu alto. O fato é que meu pau ficou duríssimo imediatamente. Controlei a vontade de ejacular enquanto ela sorria de olhos fechados, dando gritinhos sensuais, contente de ter conseguido a minha ereção. Nuella continuou cavalgando desvairadamente, metendo meu caralho em sua boceta, até ter o primeiro orgasmo vaginal. Aí, retirou-se do meu cacete e introduziu-o no cu, enfiando-se com certa dificuldade. Agarrei-a pelas ancas e empurrei tudo, fazendo eu mesmo os movimentos rápidos de cópula. Gozei bem demorado e profundamente lá dentro do seu túnel estreito. Nem bem acabei de gozar, no entanto, um estampido soou bem perto de nós...

Fim da Vigésima Quarta Parte

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