Rebeldia - Parte 9

Um conto erótico de Dulce Safada
Categoria: Heterossexual
Contém 2581 palavras
Data: 29/08/2015 01:58:18

Se a maioria das pessoas na cantina riam da situação de Roberta e faziam comentários maldosos sobre a ruiva, Bianca não conseguia achar graça na situação.

Sentada sozinha em uma mesa longe da atenção de todos, bebendo um copo de suco, ela observava enquanto Sol se aproximava dali carregando alguns livros.

Sem nenhum convite, a loira jogou os livros em cima da mesa e sentou na cadeira em frente a Bianca.

- Essas aulas estão simplesmente insuportáveis. Eu não consigo mais ouvir a voz desses professores. – Reclamou Sol.

Bianca ficou ouvindo Sol reclamar, sem responder de volta. A loira ergueu a mão e pegou o suco da mão de Bianca, em seguida começou a beber.

- Eca. Maracujá. Você só gosta de porcaria. Vai pegar algo decente pra eu comer.

Acostumada com aquele comportamento de Sol, Bianca nem mais contestava. Tinha sido assim durante todo o ano anterior. Tanto que Bianca já sabia o que Sol gostava de comer e beber. Ela trouxe o lanche para a garota e voltou a se sentar na mesa.

- O trabalho de literatura. É bom que você comece a fazer o meu, porque eu não suporto aquela professora. – Falou sol, enquanto comia seu lanche.

- Sol, você sabe que eu não posso fazer mais isso, principalmente com a professora Lozano. Ela notou da última vez que eu fiz o trabalho pra você. – Respondeu Bianca.

- Isso é porque você é burra e entregou dois trabalhos praticamente iguais. Dessa vez é melhor você dar o seu jeito. Se você tiver achando difícil, é só você não fazer o seu, e fazer apenas o meu, desse jeito ela não vai desconfiar. – Falou Sol.

Bianca engoliu um seco. Ela sabia que não valia a pena contestar. Ela teria que arrumar uma forma de fazer os dois trabalhos parecerem diferentes. Ela voltou a beber o resto do seu suco, quando sentiu algo repentino. Um contato inesperado na sua intimidade.

Quando ela olhou pra baixo, ela pode notar que Sol havia retirado o sapato do pé direito, e que por debaixo da mesa usava o pé para tocar a intimidade de Bianca por cima da calçinha dela.

O primeiro toque deu um verdadeiro susto em Bianca, que quase cuspiu o suco pela boca. Mas Sol não parou por ai, ela seguiu usando o polegar do dedo para bolinar a intimidade da morena.

- Sol, o que você ta fazendo? Por favor, alguém pode ver isso. – Falou Bianca, assustada, olhando para os lados, se certificando de que ninguém estava notando aquilo.

Por sorte a mesa mais afastada fazia com que o refeitório não tivesse uma boa visão daquele local, mas isso não tranqüilizava Bianca.

- Você não gosta de brincar Bianca? – Falou Sol, rindo.

A loira se comportava normalmente e terminava seu lanche enquanto via olhar de desespero na cara da morena.

- Por favor, Sol. Não aqui... – Retrucou Bianca.

- Se você quiser que eu pare você vai ter que me dar algo em troca. – Falou Sol em tom provocador.

- Tudo bem, eu faço o que você quiser, mas, por favor, pare com isso. – Respondeu Bianca.

Sol tirou o seu pé de entre as pernas de Bianca e recolocou dentro do sapato. A garota deu um suspiro aliviado.

- Você ficou me devendo uma, e eu vou cobrar depois. – Falou Sol. - Eu vou tirar o resto do dia de folga, você guarde os meus livros e acompanhe o resto das aulas. – A garota terminou de falar e saiu deixando Bianca ali sozinha. A morena ainda estava visivelmente desconfortável com toda aquela situação.

Ela não sabia mais os limites de Sol, mas ela sabia que aquele favor seria algo que ela só teria que lidar mais tarde. O pior de tudo para Bianca, é que ela acabou ficando excitada com aquela situação. E essa não era a primeira vez. Ela não entendia como ou porque seu corpo continuava reagindo daquela forma perante as humilhações de Sol. Ela não gostava daquilo, mas era claro que o seu corpo tinha uma opinião diferente.

Depois de muito pensar, ela recolheu os livros de Sol e saiu dali, ainda desajeitada.

Roberta chegava ao seu quarto ainda atordoada com o que havia acontecido. Ela havia ficado exposta para quase todo o refeitório.

Ela sentou-se na sua cama e começou em pensar em como ela foi se meter nessa situação e refletindo se havia alguma saída para aquela situação.

Seus pensamentos logo foram interrompidos por batidas na porta.

Roberta acordou de seu transe e foi atendeu a porta. Era o inspetor Gastón.

- Era você mesmo que eu estava procurando. O diretor quer ver você agora. – Falou o inspetor.

Roberta já podia imaginar do que se tratava. Era apenas seu segundo dia na escola e já seria a segunda vez que o diretor a chamaria na sala.

- Eu vou em um minuto. – Respondeu Roberta.

- Sem um minuto. Ele quer falar com você antes da aula. – Retrucou Gastão.

Sem saída, Roberta teve que ir com o inspetor até a sala do diretor. Ela não teve nem mesmo tempo de colocar uma calçinha nova.

Roberta passou pelo corredor, observando os olhares dos estudantes sobre ela. Sua vida não estava sendo fácil nesse colégio.

Ela chegou até a direção. A secretária encarou ela com um olhar de desaprovação, Roberta apenas baixou a cabeça. Gastão bateu na porta do diretor

- Obrigado Gastão. Pode ir. – Falou o diretor.

Gastão obedeceu e fechou a porta deixando a ruiva frente ao diretor.

- Senhorita Roberta, quando eu aceitei você nesse colégio a pedido de seu pai, eu imaginei que você era uma pessoa de gênio forte e que eventualmente acabaria dando algum problema, mas eu não imaginava de forma alguma que você tivesse uma personalidade tão problemática. Você conhece o significado da palavra histriônica? – Perguntou o diretor

- Não senhor. – Respondeu Roberta.

- Pois eu vou lhe explicar. É uma pessoa que faz de tudo pra aparecer, para ser o centro das atenções. Na verdade ela tem a necessidade disso. E eu acho que isso se encaixa perfeitamente no seu comportamento senhorita. Pois nada justifica você estar pela segunda vez na minha sala, no seu segundo dia nessa escola, porque você segue expondo seu corpo para o colégio. – Esbravejou o diretor.

Roberta engoliu o seco. Ela já havia estado na direção de outros colégios, mas normalmente era por algo que ela havia feito, mas dessa vez ela sentia que a situação estava fora de seu controle.

- Eu realmente não sei como as coisas funcionam na sua casa, ou em outras escolas que você freqüentou. Mas na minha escola, na minha instituição, uma garota não pode exibir suas partes intimas no meio da cantina para todos os alunos presentes. O que você tem na cabeça senhorita. – Perguntou o diretor ainda bravo.

- Eu.. não... Eu não fiz isso senhor. – Gaguejou a ruiva.

- Então você nega. Você nega que estava mostrando sua intimidade para os alunos na cantina? Então eu posso estar mesmo enganado. Mas há um jeito de descobrir a verdade. Pelo que eu fui informado, a senhorita não estava usando calçinha quando resolveu expor sua intimidade na cantina. Então pois bem... Levante sua saia e mostre que eu estou errado.

- O que... – Roberta se espantou com o pedido.

- Isso mesmo. Você disse que era mentira e negou que tenha exibido sua intimidade na cantina. Pois bem, você tem a chance de provar.

- Senhor... eu não... acho que isso seja certo.

- Você aparece no primeiro dia sem usar sutiã e faz um verdadeiro show no pátio e no segundo dia mesmo avisada por mim que deveria usar roupas intimas nas dependências do colégio, você expõe sua intimidade para a cantina, contrariando minha ordem e expondo o nome do colégio em que você estuda, e agora quer me dizer o que é certo ou errado?

- Não é isso. O que eu estou tentando dizer é que não fui eu que fiz isso. Foram alguns garotos... Eles me chantagearam, eles são de uma seita. – Falou Roberta, ainda gaguejando.

- Não me faça de idiota. Eu não sei quem tem lhe dito essas coisas, mas não existe seita nenhuma nesse colégio. Eu mesmo já conduzi várias investigações e ficou mais do que provado que isso era apenas uma desculpa dos alunos para evitar punições.

Roberta ficou calada. Ela não sabia se o diretor realmente achava que não existia uma seita no colégio ou se ele apenas estava em negação. Mas isso não importava. Se ele não acreditava nisso.

- Eu realmente tentei criar uma conexão com você Roberta, pois é meu dever lhe ajudar, mas você se nega a dizer a verdade. Já que você quer inventar mentira e tentar usar de artimanhas para ludibriar a direção dessa escola, eu vou chamar sua mãe e seu pai e você poder contar toda essa história pra eles. Talvez eles acreditem nas mentiras da filha.

Roberta entrou em pânico. Se sua mãe chegasse no colégio com seu pai, seria uma tragédia. A seita iria expor a foto dela, e isso iria criar uma confusão imensa na família. Ela não gostava do seu pai, mas ela não queria ver sua mãe sofrendo, por isso ela resolveu que ela teria que perder essa batalha.

- O senhor está certo. Fui eu. Eu fiz isso. Eu estava apenas brincando, mas eu não devia ter feito isso. Eu não deveria ter desobedecido ao senhor e contrariado as normas do colégio. Eu estou muito envergonhada. – Falou Roberta.

O diretor notou que Roberta não queria que seus pais fossem chamados ao colégio. E ele sabia que podia usar isso em seu favor.

- É muito bom que você assuma os seus erros. Mas antes disse que não havia feito e só resolveu mudar sua atitude depois que eu disse que chamaria seus pais. Já que você levantou a dúvida, eu acho que você deve provar que realmente é culpada, do contrário, a melhor solução é chamar seus pais para descobrir a fundo essa história. – Falou o diretor.

Roberta continuou aflita.

- Se eu provar. O senhor promete que não vai chamar meus pais. – Falou Roberta.

- Sim. Como eu disse antes, nós temos que ser conectados com os alunos, e a confiança é o maior meio de se chegar a essa conexão. – Falou o diretor.

Roberta se virou de costas e levantou rapidamente sua saia, mostrando que de fato estava sem calçinha. O diretor adorou a visão, mas odiou o fato de que a garota havia sido mais esperta do que ele. O fato de ela ter se virado de costas, junto com a rapidez com a qual ela levantou e abaixou a saia, só permitiu que o diretor tivesse uma boa visão da bunda da garota. Ele pensou que conseguiria ter pelo menos um relance da bucetinha da ruiva, e por mais que isso o incomodasse, ele agiu calmamente, para não forçar uma situação. Ele sabia que iria conseguir ver mais dessa ruiva.

- Pois bem senhorita. Seu comportamento hoje aqui não foi exemplar, como não vem sendo desde que você entrou nesta instituição, mas pelo menos você teve a decência de assumir seus atos no final, e eu espero que essa seja a sua atitude daqui para a frente.

- Sim senhor. Eu prometo que eu vou tentar fazer o meu melhor. – Respondeu Roberta.

- Mas embora sua atitude tenha sido honrosa, isso não apaga seus atos. E como você bem sabe, nós levamos muito a sério o regulamento da escola. Por isso você receberá uma punição. E já que a detenção não foi um castigo suficiente, eu estou retirando seus dois próximos finais de semana.

- O que??? O senhor não pode estar falando sério. – Respondeu a ruiva.

- Pois estou. Você ficará os próximos dois finais de semana, ajudando os funcionários do colégio em determinadas tarefas. Eu espero que isso ensine algo a você.

- Mas senhor, os finais de semana são os únicos dias que eu posso ver minha mãe. O senhor não pode fazer isso. Por favor. – Implorou Roberta

- Pensasse nisso antes de bancar a exibicionista. A decisão já foi tomada. Se você não achar a punição justa, eu posso chamar seus pais e nós discutiremos algo mais apropriado.

Roberta olhou para baixo sem esperanças.

- Foi o que eu pensei. Você pode ir senhorita. As aulas já começaram. E por favor, trate de vestir uma roupa de baixo.

Envergonhada e derrotada, Roberta saiu dali. Sua cabeça estava girando e ela não entendia como tudo estava dando errado na sua vida em um espaço tão curto de tempo.

Ela foi até seu quarto e por sorte nenhuma das garotas estava lá. Ela abriu sua gaveta para poder finalmente vestir uma calçinha e foi surpreendida.

A gaveta com suas roupas intimas estava completamente vazia. Alguém havia roubado todas as suas roupas intimas. Os sutiãs, as calçinhas, tudo havia desaparecido. E o susto foi ainda maior, quando Roberta notou que uma espécie de papel na sua gaveta. Ela pegou e quando virou viu que era a foto dela com os seios expostos.

Ela ficou incrédula. Ela não sabia e não entendia os limites desse grupo de pessoas .Porque eles estavam fazendo isso com ela? Era a segunda vez que eles colocavam a foto dela em algum lugar onde poderia fatalmente ser encontrado por outra pessoa. Primeiro o armário, agora aqui na gaveta, onde Mia ou qualquer outra das amigas dela poderia ver. Ela ficou pensando se eles haviam colocado essa foto em mais algum lugar. Esse pensamento apavorou Roberta, que não teve nem tempo de entrar em pânico, pois logo ouviu a maçaneta da porta girando.

Ela rapidamente fechou a gaveta e correu para colocar a foto entre as páginas de um dos seus livros.

Vick entrou no quarto e sem falar nenhuma palavra, pegou algo na cabeceira da cama de Mia e em seguida saiu do quarto, sem trocar nenhuma palavra com Roberta.

A ruiva foi até o banheiro e rasgou a foto em pedaços, em seguida jogou no vaso e deu descarga.

Ela estava ainda apavorada com toda aquela situação. De jeito algum ela iria pra aula hoje. Ela estava com absoluto medo do que poderia acontecer se alguém visse novamente ela sem calçinha. Ela sabia que depois dos dois “acidentes” a reputação dela estava bem arranhada e ela não queria alimentar ainda mais isso. Sem contar que com toda essa situação, ela não tinha cabeça nenhuma para escutar as aulas dos professores.

Roberta se deitou na cama e se cobriu com o lençol. Ela ficava pensando em toda aquela situação e em como ela iria sobreviver a essas próximas tarefas.

Ela adormeceu por pelo menos 2 horas até ser despertada pelo som da porta se abrindo. Era Mia junto com Vick.

- Vejam só o que temos aqui. Além de todos os seus defeitos que já não são poucos, você também gosta de gazear aulas – Falou Mia.

- Mia, me deixa em paz. Eu não estou no clima. – Respondeu Roberta.

- Tudo bem. Eu também não vou perder meu precioso tempo com você. Eu apenas acho triste que eu tenha que dividir o quarto com uma pessoa tão sem educação.

Roberta preferiu não responder e apenas se cobriu novamente com o edredom.

- O que é isso Mia? – Perguntou Vick, apontando pro chão.

Mia acenou a cabeça em dúvida e Vick foi até um envelope que estava próximo a porta e o pegou

- É um envelope. – Falou Vick.

O coração de Roberta disparou quase que instantaneamente. Quando ela ouviu a palavra “envelope” ela já saiu rapidamente debaixo dos lençóis. Mas já era tarde demais.

Vick já estava com o conteúdo do envelope na mão e agora olhava diretamente pra ruiva.

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Comentários

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Serio Dulce, vc sem duvidas é a melhor escritora do site!

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Dulce! Vou te confessar... Este é o primeiro capítulo que leio de Rebeldia... E AMEI!!!! Você realmente é uma excelente escritora! Com enredos perfeitos e cheios de quero mais! Com certeza vou ler todos os capítulos! DEZ COM LOUVOR! PARABÉNS DULCE! Sou seu FÃ!

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