Eu e... Meu irmão? Parte 11

Um conto erótico de Danny-13
Categoria: Homossexual
Contém 1691 palavras
Data: 23/07/2015 21:20:48
Última revisão: 23/07/2015 22:00:39

- Não devia comer tanto ou vou ter que pagar pelo aluguel de outro smoking. Falou minha mãe quando eu enfiava outro pedaço de torta de maçã goela abaixo.

Não havia dormido nada na noite passada e precisava descarregar minha energia em comida. Carlos era um grande amigo meu, e ver que ele me bloqueou (literalmente) de sua vida havia me deixado triste. Mas o que eu podia fazer? Não ia de jeito nenhum estragar uma amizade por desejo físico... Se bem que eu acabei estragando de qualquer forma, então talvez devesse mesmo ter dado uns pegas nele.

A campainha tocou e minha mãe foi abrir a porta. Um Christopher sorridente e saltitante entrou na sala. Terminei de engolir e fiquei de pé.

- Tá feliz porque? Perguntei.

- Sem mau humor a essa hora, vamos.

Depois que Carlos foi embora, ele havia me ligado e ficamos conversando por horas até que ele finalmente resolveu que iria correr comigo hoje de manhã.

Dei um beijo em minha mãe e sai de casa, o susto fez minhas pernas congelarem. Meu pai estava parado no jardim, olhando diretamente para mim. Christopher estava parado ao meu lado, olhando surpreso para ele.

- Oi filho. - Ele disse vindo até mim.

- Só pode ser brincadeira. O que está fazendo aqui? Perguntei irritado demais para fingir.

Ele parou no pé da escada.

- Vim me desculpar e conversar.

- Já teve sua chance, passou. Respondi.

Meu pai olhou bem para Christopher mas não disse nada, talvez as coisas não estivessem bem entre eles também.

- Gabriel por favor, eu... Sei que errei. A conversa que tivemos no fim de semana me fez perceber que o que eu realmente fiz com você foi horrível. Sua mãe me magoou e eu não pensei duas vezes em fugir daqui e esquecer tudo. Isso incluiu você, não pensei em nada além da minha dor. - ele começou a chorar, mas aquilo não me comoveu. - O tempo todo que estive longe sabia que algo estava faltando, e mesmo depois que eu formei uma nova família e estava imensamente feliz, algo ainda me faltava. Era você.

Talvez eu estivesse de muito mau humor, porque aquelas palavras não serviram em nada. Eu sempre quis ouvir algo assim do meu pai e... Olha só, não fez diferença nenhuma.

- Eu não quero você na minha vida. Vá procurar algo que preencha esse espaço porque não serei eu.

Ele suspirou, limpando as lágrimas do rosto. Minha mãe suspirou atrás de mim. Alguns vizinhos estavam na janela, vendo de camarote o showzinho. Valeu pai!

- Não seja como eu, não deixe que o impulso faça você perder coisas boas na sua vida. Olha só que eu perdi, assistir meu filho de verdade crescer e se tornar homem, e isso é algo que pra sempre serei arrependido.

Isso sim me fez pensar nos últimos dias. Tá bom, agora eu entendi. Parece que Papai e eu temos algo em comum. Estragar as coisas deve estar no gene da família. Respirei fundo e fechei os olhos.

- Quando você foi embora eu ainda estava me sentindo horrível e tenho que dizer que pensei em te deixar em paz como você tanto pede. Porém, eu pensei: podia deixar meu filho escapar de novo ou lutaria por ele ate o fim. Sei que não posso concertar o passado, mas vou lutar com todas as forças para fazer parte do seu futuro.

No fundo, eu queria mesmo era ter rido. De onde ele tirou esse discurso todo? O esforço meio que até vale. Eu tinha que resolver logo isso, porque já tá um saco para todo mundo.

- Tá bom. Posso te dar outra chance, mas não hoje e definitivamente não agora. Vai ser no meu tempo, ok? Falei.

O rosto dele se iluminou e ele meio que sorriu, ou fez careta sei lá. Não entendi direito. Meu pai olhou para Christopher que ainda estava emburrado do meu lado.

Dei uma cotovelada nele, mas ele se manteve firme.

Dei de ombros, eles que se resolvam.

- Tenho que ir. Falei passando correndo por ele.

Christopher veio atrás de mim, me encarando.

- Eu não acredito que perdoou ele.

- Não foi isso que eu disse. Vou pensar se ele merece outra chance.

- É só que...

- Chris vamos logo, eu ainda tenho me arrumar pra sair hoje.

- Aonde vai?

- Oh, é tipo um baile beneficente.

Ele deu uma risada e depois me olhou profundamente.

- Não precisa de um acompanhante para essas coisas?

- Hum, eu não. Um lobo solitário não liga para essas coisas.

E assim comecei a correr na frente dele. Claro que ele não deixaria de falar daquilo.

*****

- Pode entrar! - eu gritei quando alguém bateu na porta mais tarde. Estava de cueca em frente ao espelho tentando decidir se eu ia com a graça preta ou vermelha. Estava segurando as duas sobre o meu peito nu e então a cabeça cabeluda e dourada de Lucas entrou no quarto.

- Oi. Berrou ele me assustando como tinha mania de fazer quando ainda estávamos juntos.

- Idiota. Não funciona mais. Falei dando as costas para ele. Hum, péssima escolha Gabriel...

Olhei por cima do ombro e sim, ele estava encarando meu traseiro. Ops...

- Gravata? - perguntou ele se aproximando e tomando-a da minha mão. - Sua mãe ganhou outro prêmio esse ano? Acho que ela tá dormindo com o responsável... Lucas começou a rir e consequentemente eu também. Dei um soco de leve em seu ombro.

- Cala a boca, e não. É aquele jantar que os pais da Lisa fazem todo ano.

Ele me olhou e depois se virou para o espelho. Deve ter pensado o mesmo que eu: fomos juntos ao evento e estávamos loucamente apaixonados.

- O do ano passado foi bom. - foi tudo que ele disse.

- Foi? Esqueceu que o manobrista pegou a gente no seu carro? Que vergonha. Falei e começamos a rir novamente.

Era tão bom lembrar disso agora e não me sentir tão mal. Bem, se lucas aprendeu um jeito de me perdoar, talvez eu devesse tentar de verdade com meu pai... Ok, não vamos tão longe assim.

Vesti a calça para tentar manter o clima leve, e então vesti a camisa e o colete. Lucas jogou a gravata vermelha para mim. Era mesmo a minha escolha.

- Sabemos que você curte a atenção. Ele falou sem parecer me julgar ou criticar, uma das coisas que eu amava muito nele.

- Não sei colocar isso... Me ajuda? Pedi sem nenhuma maldade. Eu tinha um péssimo jeito com essas coisas e minha mãe também, em festas assim fazíamos piadas de que meu pai havia deixado ela por isso. Parecia mais engraçado naquela época. Lucas ficou bem perto do meu rosto enquanto fazia o nó, e eu não entendia como aquilo parecia tão... Normal. Ele também não parecia estar nostálgico, aborrecido ou qualquer além do que ele era em seu estado normal.

Ele terminou e nos afastamos, ainda sorrindo.

- Bom, você veio e não disse o que queria. Perguntei.

- Hum, nada eu só queria te ver mesmo. Seu par esta vindo te buscar?

- Claro, e ele já chegou na verdade. Apontei para a janela. Lucas esticou o pescoço para ver melhor e depois se virou surpreso para mim.

- Aquilo é um táxi. Ele falou.

- E eu sou um lobo solitário. Sexy, mas solitário. Preciso ir, fique a vontade e tranque a porta ao sair. Dei um beijinho na bochecha dele e sai correndo.

***

A festa já estava rolando por pouco mais de uma hora e esse sapato italiano e alugado estava massacrando meus dedos. Sapatos importados são melhores uma ová! Torturadores de pés isso sim!

Minha mãe estava deslumbrante em um vestido azul escuro, conversando com os pais de Lisa e alguns outros adultos do comitê. Lisa girava na pista com seu namoradinho e outros colegas nossos da escola. Eu estava encostado em uma pilastra perto da mesa de petiscos, bebendo minha quarta ou quinta taça de champanhe, uma música romântica cantada por Ariana Grande começou a tocar e todos formaram pares.

Tudo bem, quando cheguei, correndo de táxi para dentro ofegante, mas definitivamente bonito naquele smoking, todos pareceram sorrir com simpatia e admiração, alguns decepcionados por não ter ninguém comigo, outros rindo baixinho por achar ridículo e todos procurando por algo para comentar. a fofoca sempre corre solta em eventos assim. Quem vestiu o que, quem foi o par de quem é quem bebeu até cair serão os tópicos de conversa na próxima semana na faculdade. Porém, agora, eu aqui bebendo sozinho enquanto todo mundo se apertava ao seu par era meio depressivo.

Foi então que o vi.

Galante, sorridente, lançando olhares lascivos para praticamente todo mundo e bonito de morrer em um smoking cinza estava Christopher.

O que diabos ele estava fazendo aqui? Meu coração deu um pulo. Minha mãe tocou meu ombro.

- Gabriel, olha quem está aqui.

Me virei e engasguei. Um Lucas engomadinho e fabuloso estava parado ali, também sorria com seus dentes tão brancos e perfeitos que quase brilhavam. Minha cabeça deu um nó.

- Supresa, - falou ele me abraçando. - tive que vir para crer que estava realmente sozinho.

Lisa surgiu do nada em meu campo de visão.

- Você viu quem acabou de... Oh, oi, Lucas. - Ela sorriu rapidamente para ele e então para alguém atrás dele. - Ei Camilla.

Então Camilla saiu de trás dele, Loira e linda em um vestido amarelo. Eles estavam juntos?

Bem, ela segurou uma das mãos dele então acho que sim. O rosto bonito de Lucas ficou vermelho. O que eu estava pensando? Que ele havia vindo por mim? Por favor Gabriel, isso não é um filme.

Sorri para ele e me afastei. Tudo bem, eu torcia muito pela felicidade dele, de verdade, mas acho que meio que doeu. Desapegar é tão difícil.

Peguei mais uma taça de champanhe de um garçom e virei num gole só.

- Devagar cowboy, - falou Christopher com sua voz cantante. - não quer cair do touro antes de soar o gongo.

Lancei um olhar interrogativo para ele.

- Han?

- Esquece, não gosto de dizer ditados mesmo.

- O que esta fazendo aqui? Perguntei.

- Bom, você não tinha par e aí eu juntei dois mais dois e aqui estou eu.

- Dois mais dois? Eu zombei.

Ele me olhou sério.

- É, eu e você.

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Comentários

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Cada vez amando mais, continua logoo

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Muito da hora esse relato, tinha como André ser menos fofo rsrsrs, André>>>>>>>>>Abismo>>>>> Bruno kkkkk Obs: tive que me cadastrar no site só pra comentar a sua história e a do "meu padrasto"

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Ai Mds vou matar o Carlos aff tinha gostado dele, gostei muito mais da amizade do Lucas e do gabriel e o Chris Hmm vou tentar ver se com ele o Biel aquieta, se bem que to prevendo uma treta familiar por causa dessa união, mas o conto ta perfeito parabéns

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Biel até pode e deve perdoar o pai, porém ñ é necessário contato e convivência com o mesmo. Quanto ao fato de ele ter cumprido todo os planos e rotas de viagem q fez com o filho com o enteado, foi o cumulo, e o absurdo maior foi ter a descaradez de revelar isso pro filho depois de anos. O Lucas deve realmente ter ficado constrangido em aparecer na frente do Biel com a tal Camila, até mesmo pq mesmo tendo rolado traição, ambos se gostam muito, mesmo q ñ chegue a ser amor, há paixão entre os dois. O fato de o Chris ter ido ao baile concerteza foi coisa da Liza até mesmo pq a mesma já ia falar p Biel quem havia chegado quando Lucas foi comprimentar os mesmos. Ansioso pela continuação, pois está cada dia mais incrivel.

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Fã de Once Upon a Time né .. s2 to gostando muito do conto ... Continua rapido

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Não perdoe seu pai! Aff até parece, se tivesse sentido sua falta mesmo, teria te procurado... Ainda não engulo a história de ter realizado os planejamentos de vocês dois com o enteado...

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