Esse amor pra recordar - PENULTIMO- PT B-B

Um conto erótico de Cesar Contista
Categoria: Homossexual
Contém 2417 palavras
Data: 21/07/2015 23:24:34
Assuntos: Gay, Homossexual

**** HENRIQUE NARRANDO*****

Assim que André entrou no meu carro dei a partida e acelerei o máximo que pude... eu via seu pai correndo por um tempo atrás do carro... Por um momento senti vontade de parar o carro e desistir daquela loucura, mas ao olhar a felicidade e o alivio nos olhos de André continuei firme.

- Pra onde estamos indo- questionou André.

- Pra minha casa... é num bairro retirado, e lá você vai ficar seguro até decidirmos o que fazer.- eu disse.

Eu estava realmente louco... Estava além de ajudando um garoto a fugir de sua casa, levando-o pra minha, me comprometendo cada vez mais com essa maluquice.

Eu olhava pra ele e apenas sabia que estava fazendo o certo.

Expliquei a ele a relação do seu pai com os outros assassinatos, e ele ,e disse que seu pai havia confessado cada um deles, e eu estava admirado com aquilo tudo, e realmente precisávamos pensar e agir o mais rápido para fazer o pai dele pagar pelos crimes, mas não seria fácil pois não haviam provas.

Passei a olhar diferente praquele garoto corajoso, e embora soubesse que não deveria, não conseguia controlar as ondas de emoções que emanavam dentro de mim. Era amor? Não tenho certeza. Havia uma porção de palavras que poderia usar para descrever meu fascínio por André. Nunca vi nenhum de meus relacionamentos anteriores como de longo prazo . Nada perto do amor entrou em minha vida, foram divertidos, e eu sempre vi a maioria dos meus amantes anteriores com afeição, mas nada chegava perto de como eu estava me sentindo em relação a esse garoto que eu acabara de conhecer, e o pior era não saber se isso é amor ou simplesmente obsessão.

Não que importasse, de qualquer modo... O amor era apenas um sentimento do qual fugi sempre na minha vida e na atual situação que André vivia ele jamais poderia corresponder a tal sentimento. Mesmo assim, eu deveria curtir o momento e não me preocupar com o futuro.

Durante a noite fui acordado com os gritos de André vindo do quarto de hospedes... Corri desesperadamente pelo corredor de casa, até adentrar no quarto e vê-lo dormindo e gritando... provavelmente estava tendo algum tipo de pesadelo.

O acordei e ele chorava...

O abracei e disse estar ali ao seu lado, que nada de mal poderia acontecer a ele... Ele em meio aos soluços me dizia que iria morrer... que seu pai iria mata-lo...

Eu o abracei e o puxei para mim até que ele deitasse em meu peito. Ele franziu a testa e colocou as mãos empurrando-me de modo que surgiu um espaço entre nós. Ah não, eu o puxei de volta, recostando-o em meu peito novamente, os nossos lábios a um centímetro de distância...

Não resisti e o beijei e, então, ele parou de resistir ao meu beijo e me beijou fortemente.

******ANDRÉ NARRANDO*****

Nao acreditava no que estava acontecendo... eu estava tão carente que acabei me deixando levar... eu estava entregue à Henrique... Não por amor, porque meu amor era Cesar, mas por carência, por me sentir protegido.

Deslizei a mao pela barriga sarada dele, indo até o seu pau quente e macio. Masturbei-o levemente por dentro da roupa, até que o fiz gemer..

- Assim está gostoso..- disse ele..

- Não sei se devemos...- respondi.

Fui calado novamente com um beijo.

Henrique segurou-me pelos quadris , erguendo-me e me posicionando em cima dele, tirou minha roupa e a dele....

- Segure firme nos meus ombros e se entregue...

Quando obedeci a sua ordem, ele segurou o pau e colocou a outra mao em meu quadril, guiando-me até sentí-lo em meu cuzinho...

- Cavalgue, André...

Eu estava meio nervoso com aquilo, mas com muito tesão... Henrique levou as mãos até a minha cintura e arqueou o corpo, metendo o mais fundo que pode em mim...Foi rápido, quente e fora do controle... Ele me queria e me devorava ferozmente...

- Isso mesmo, assim...- disse ofegante.- Perfeito.

Não resisti mais e comecei a cavalga-lo...eu estava tao apertadinho... sentia cada centímetro dele em mim... Ele parecia estar prestes a gozar, mas eu estava longe disso...

Inclinei-me pra frente e o beijei desta vez... e nossa, que beijo gostoso, um beijo doce, ardente. Eu podia sentir o gosto dele em minha boca... Sim eu era dele... E ele não tinha planos de me deixar sair dali até que estivesse saciado ...

Ele pegava meu rosto e me beijava, arqueou os quadris, querendo mais, enquanto eu deslizava para baixo pelo pênis dele. Ele passava as mãos firmemente pelo meu corpo, e com certeza ficariam marcas no meu corpo... Marcas de que fui dele... Mas isso me fazia se entregar cada vez mais pra ele... de maneira devassa e avassaladora..

Ele gozou dentro de mim... seu orgasmo foi intenso, que ele mal pode conter um grito de prazer e satisfação... de vitória por ter me possuído... Acabei gozando junto. Eu estava ali, em seus braços, seu pau enterrado em mim... Eu era dele... nada mais...

Dormimos ali... eu nos braços dele... Me sentia protegido... Me sentia desejado... Eu estava feliz, pela primeira vez nesse tempo todo me sentia feliz.

Na manhã seguinte acordamos cedo, e Henrique seguiu para o trabalho normalmente para não levantar suspeitas, mas não antes de me apresentar a Lucy, sua diarista. Ela era de confiança dele...

Na hora do almoço Henrique vem me ver, e me entrega um chip com um novo número de celular... e me diz que meu pai havia feito uma denúncia de sequestro pela manhã... Como ele podia ser tão cínico....

Aproveitei e liguei para Cesar...

- Oi César, é o André...

- André?- disse ele assustado do outro lado..- Me desculpa... meus pais me obrigaram a vir pra casa da minha avó... eles acham que estou ficando doido... e acabei contando sobre nós...

- Tudo bem... Me escuta... Fugi de casa... mas preciso da sua ajuda... Preciso fugir para o mais longe possível... Preciso acabar com essa historia..

- Vamos fugir então... Juntos... meus pais não aceitam que eu esteja com você...

- Cesar, precisamos conversar sobre isso... mas não é a hora....

- Sim, eu te entendo.. sei que está difícil pra você.. Faz o seguinte, hoje vou dizer que vou dormir na casa de um amigo, levo algumas roupas e fujo de volta pra nossa cidade.. Assim que eu chegar aí te ligo pra gente se encontrar e fugir juntos entendeu??

Passei o endereço de onde estava certinho pra Cesar, pois sabia que nele podia confiar, e por mais que Henrique tivesse me ajudado... a qualquer momento ele podia se arrepender e me entregar... Eu só estaria seguro longe dessa cidade...

O arrependimento de ter traído Cesar com Henrique me bateu assim que ele me disse:

- André, vai dar tudo certo... Eu te amo!- e desligou o telefone.

Henrique voltou pela tarde, e trouxe todos os relatórios dos assassinatos que meu pai supostamente tinha cometido, e passamos a noite procurando uma falha... um detalhe que pudesse liga-lo aos crimes...Parecia estarmos fazendo aquilo em vão até que um detalhe nos chamou a atenção... Nas fotos na nuca das vítimas havia uma marca semelhante... Uma espécie de símbolo infinito... lembrei-me de ter visto uma vez aquele símbolo... só não sabia onde... Esforcei-me e lembrei que meu pai havia tatuado aquele símbolo no pulso, e uma vez quando questionei o que significava ele me disse que eram os ciclos da vida dele que sempre o levavam ao mesmo lugar...

Henrique anotou aquilo na sua agenda, dormimos a noite toda, num silencio total, e na manhã seguinte correu pra delegacia, afim de verificar as novidades do meu desaparecimento e chamar a atenção do investigador para o símbolo que descobrimos...

Lucy havia chegado, estava arrumando a cozinha, quando me disse que iria até os fundos estender roupas...

Eu estava na sala e observava pela janela a paisagem da cidade distante colina abaixo...

- Bom dia filho...- meu sangue gelou. Olhei a porta de vidro e o reflexo me deixou espantado. – Demorei muito? Tentei vir antes, mas precisei esperar seu amiguinho policial sair e a empregadinha idiota deixar a porta aberta...

- O que você fez com ela??

Uma onda de frio percorreu toda a minha espinha.Ele continuava a me encarar, os olhos brilhavam de excitação e ansiedade.

- Eu nada, mas seu irmão vai fazer o serviço assim que terminarmos com você. Será a oportunidade perfeita, não acha? Denunciei o seu “sequestro” e você vai aparecer morto, aqui, na casa do policial... Pena ele não estar aqui pra simularmos um suicídio depois...e assim que seu corpo for achado, o papai vai chorar muiiitooo por você... – ele ria.

- Por que você matou todas essas pessoas pai?

- Porque gosto de matar, me faz bem.. Eu gosto de marcar as pessoas... faze-las sofrer e depois chorar suas mortes insignificantes e da adrenalina de rir na cara desses policiais e investigadores de merda que jamais descobrirão que sou eu... Isso me excita!! E me admira muito você ter sido tão inteligente... pena que vai acabar como os outros...

- E você acha que depois de me matar vai continuar ileso?

- Sim... eu faço cada serviço pessoalmente... é incrível o que anos e anos de crimes podem fazer por você.... Depois de um tempo não é difícil reproduzir os crimes sem deixar pistas... Fica tudo simples na verdade... Voce será apenas o numero 5, mas diferentes dos outros você terá um assassino... O policialzinho!!

Meu célular tocou, fazendo ele se assustar..

-Quem sabe que você está aqui?- ele perguntou.

- Poucas pessoas... apenas Henrique e Lucy, mas garanto que ninguém virá.

Eu não contei sobre Cesar claro, pois poderia oferecer risco a ele.

Meu celular continuou tocando, e ele ordenou que eu desligasse. O nome de Henrique piscava no visor, e contrariando as ordens do meu pai e fazendo movimentos lentos levei o telefone a orelha.

- Consegui André... um mandato de prisão contra seu pai... Consegui convencê-los de que ele é o principal suspeito das mortes... Você sabe o que isso significa?

- Posso imaginar... pena que seja tarde.- respondi com voz baixa e desliguei o celular, já que meu pai me olhava impaciente.

Meu pai apontou uma arma para o meu rosto, e eu engoli em seco. Sempre imaginei o fim da minha vida como um velhinho, numa varanda ao entardecer, não morrendo com uma bala enterrada no nariz e sem contar quem era o assassino...

- Já conversamos demais e ate deixei que atendesse o telefone. Agora fique quietinho e vamos acabar logo com isso, sem dor.

Meu pai sorriu vitorioso, e ao menor movimento de seu pulso, lancei-me para tras no sofá, que por não ser encostado na parede, deslizou pela sala encerada. A risada irônica do meu pai invadiu a sala.

- Acha mesmo que pode fugir de mim?- perguntou..- Olhe ao redor André. Ninguem sabe o seu paradeiro, e quando te descobrirem aqui, você já estará no inferno junto com a sua mae.

Henrique deixara uma arma em cima da mesinha de telefone da sala, onde por tras do sofá pude pegá-la...

Surpreendi-o com um tiro que por pouco não o atingiu... Meu pai correu para o banheiro que ficava no corredor.

- Quer saber de uma grande verdade??- ele disse...- Quanto mais sua mae pedia pra eu parar de machucá-la, mais prazer eu sentia... fiz ela agonizar até a morte... “ Por favor, não faz isso comigo, eu suplico”, dizia ela... mas eu ria, eu estava adorando ver ela sofrer.

- E quer saber de uma outra grande verdade?- falei- Ela odiava você, ela sempre traiu você.

Tudo bem, era mentira, mas e não perderia a oportunidade de infernizar o cara. Ele estava me deixando louco, mas enlouqueceria junto comigo...

Enviei uma mensagem pra Cesar e Henrique pedindo socorro, enquanto com a outra mao apontava em direção ao banheiro.

Nem sinal de meu pai. Eu poderia correr o máximo que minhas pernas aguentassem e me trancar no meu quarto, dando uns tiros naquele filho da puta no caminho. Mas fui bloqueado pelo medo... E seu eu falhasse... encostei a cabeça no sofá e respirei fundo.

- Olha só quem eu encontrei chegando aqui pai- disse Julio apontando uma faca no pescoço de Cesar... – O namoradinho do meu irmão... Viados malditos, pensa que não sabíamos que vocês estavam de safadeza? Vão morrer os dois.

- André... não saia de onde você está... agora não importa mais...eu não ligo de morrer por você- disse Cesar...

Era uma linda declaração de amor, mas daquelas que dizemos sem esperar estarmos passando realmente por aquilo.

Meu pai ria, sua voz ecoava pela casa, e eu mantinha Julio na mira do meu revolver sem que ele percebesse... Só precisava que ele virasse um pouco de costas para não acertar Cesar...

- Sabe pai, vocês não são tao inteligentes quanto eu pensava... Achavam que eu ia me deixar morrer como as outras vitimas sem lutar, mas saiba que sou diferente delas...

- Me diga André... Voce é melhor que elas no que?

- Na pontaria- respondi levantando-me e disparando contra o peito de Julio.

É claro que um tiro no coração é fatal... Julio caiu desfalecido!

- Meu filho NÃO!!!- gritou ele... Maldito... vou acabar com vocês ... mas antes vou matar esse seu namoradinho pra você sentir a mesma dor que eu to sentindo agora... Meu filho- chorava ele...

Cesar correu até a porta da que dava pra varanda, e deu de cara com Henrique chegando... Escutei um disparo, e vi que Henrique havia entrado na frente de Cesar para defende-lo e acabou sendo baleado...

No impulso acabei me levantando e correndo em direção à HENRIQUE..

- ADEUS ANDRÉ- disse

Assim que me pus de pé, senti algo atravessar minha barriga.. Meus olhos encontraram os do meu pai, que sorria vitorioso. Eu olhava pra baixo e via sangue, muito sangue. Coloquei minha mao sobre o ferimento e caí de joelhos... A imagem de minha mae veio a minha mente e fechei os olhos por um segundo.

E foi por ela que abri os olhos. Minha visão já ligeiramente turva, tanto pela dor, quanto pelas lagrimas, não me impediu de encarar novamente o meu assassino.

- Voce só precisa saber de uma coisa pai- sussurrei- EU NÃO MORRO ANTES DE TE MATAR,.

Usei o que me restava de forças em meu corpo e mirei em seu rosto. Puxei o gatilho e caí, sem saber se tinha mesmo acertado, mergulhando na escuridão que parecia ser....A MORTE!

************ CONTINUA***********

AMANHÃ, NÃO PERCAM O GRANDE FINAL!!

GOSTARAM??

COMENTEM MUITO... BJUS

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Comentários

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Ai jesus..o negócio endoidou!!! Ansioso pelo último... pena que vai acabar... Capítulo mais que perfeito... amei

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