O Garoto Excluído Cap.1 de 5

Um conto erótico de gustavinho
Categoria: Homossexual
Contém 763 palavras
Data: 18/07/2015 22:49:11

Sempre fui ele. O garoto afastado. O garoto mal visto. O que sofria bullyng. O que nunca namorava. O que nunca havia beijado. Sempre fui o tipo nada interessante, um tipo não amante, um garoto estranho ! Não que eu seja feio. Pelo contrário, sou loiro, tenho olhos verdes, bem branco, alto, tenho um corpo legal. Mas uma personalidade introvertida. Uma insegurança ruim. Um medo incomum das pessoas. Não gostava que chegassem perto de mim. Não chegava perto de ninguém. Por isso sofria bastante, mas não conseguia mudar.

- Oi Júnior ? - mais uma vez aqueles garotos se aproximavam de mim. Apenas me levantava e saia andando - EI... Porquê não fala conosco ? Não mordemos ! - não gostava de falar. Muita gente se surpreendia quando ouvia minha voz.

- Me deixem em paz ! - dizia, jogando meu lanche fora, já sem fome.

Não tive culpa. Desde aquele acontecido, meu coração e meu corpo se fecharam. Pra tudo e pra todos.

FLASHBACK

Tinha uma família feliz. Pai, mãe, irmãos. Era um garoto feliz, sorridente e bem extrovertido. Adorava me arriscar na cozinha, aprendi a cozinhar cedo, sempre foi minha paixão. Alguém que sabia se divertir, que sabia viver. Amava muito minha família. Até aquele dia.

- Pai, cheguei !- falei, entrando em casa depois de sair da escola - eu posso cozinhar hoje ?

- Pode filho, mas antes... Eu quero que venha comigo - falou, esticando o braço. Na inocência, fui. Ele me trouxe até o seu quarto... Sentou na cama - Senta aqui filho ! - falou, apontando para perna.

- Mas pai, eu tô com fome...

- Rapidinho - porquê discutiria com o homem mais importante da minha vida ? Me sentei lá... E foi lá que aconteceu...

FIM DO FLASHBACK

Fui estuprado. Tenho até vergonha de dizer, mas foi realmente isso que aconteceu. Sem dó e nem piedade a pessoa que eu mais me espelhava na vida me tirou a honra, a inocência e o amor. Só restou um garoto impuro, medroso, triste e sem graça. Depois do acontecido, ele se matou. Tentou me matar, mas por algum motivo ou ajuda divina nada que ele tentou me atingiu. Pouco tempo depois descobri que ele havia se drogado, talvez por isso não acertou nada que tentou. Foi triste. Muito triste. Um trauma enorme se criou dentro de mim. Não conseguia dormir direito. Sempre tinha pesadelos. Passei a me fechar pro mundo. Não gostava que me tocassem. Nem que se aproximassem. Me sentia ameaçado com qualquer pessoa. Nem em minha família mais eu confiava. Tinha medo que acontecesse novamente. Assim fui criando uma repulsa por tudo e por todos. Assumindo uma postura assexuada, que nem psicólogos conseguiam consertar. Por isso eu era o esquisito, o estranho, o tímido. Por culpa do meu pai !

TEMPO DEPOIS

Mais um ano letivo começava. Não esperava mudanças bruscas. Tem horas que eu preferia morrer, a continuar vivendo essa vida monótona e sem perspectiva que ando vivendo. Sem amor. Sem sentimento. Sozinho. Triste. Sem alma... Visto meu uniforme, ajeito meu cabelo, coloco um casaco para espantar o frio, uma calça apertada e um sapato.

- Júnior ?

- Oi, Daniel... - este era o meu irmão. Um homem bem mais velho, que me lembra muito o meu pai. Por causa disso muitas vezes não consigo Olha-lo.

- Mamãe deixou seu café na mesa...

- Obrigado - nossa vida depois de todo aquele acontecimento era triste e vazia. Parecia que agora apenas... Vivíamos.

TEMPO DEPOIS

Um adolescente amargurado. Um adolescente triste. Que anda de cabeça baixa. Sem amigos, sem ninguém. Naquele ano as coisas não deviam ser diferentes. Eu continuava com a mesma fobia de sempre. Andando como sempre. Nunca mudando.

- Ih... Olha o Júnior aí ! Continua do mesmo jeito - parecia que eles gostavam de me torturar. Se aproximavam de propósito, me deixando muito nervoso. Meu coração apertava, minha vontade era de me fechar e nunca mais me abrir para nada. Qual o tamanho desse trauma ?

TEMPO DEPOIS

Depois de sair de todas aquelas piadinhas que já estavam fazendo parte do meu dia a dia, eu ia para um local que pouca gente ia. O fundo da escola. Tinha algumas árvores, e ficava longe do resto da escola, por isso quase ninguém vinha. Ia para lá porquê era o único lugar que eu conseguia me sentir sozinho, sem pressão, sem medo.

- Porquê isso acontece comigo Meu Deus ? - pegava meu caderno, começava a pensar em receitas, culinária, coisas que me ajudavam a relaxar. Parecia que a Gastronomia seria o ramo certo para minha vida assim que eu saísse da adolescência.

- Oi - escuto uma voz. Quando ergo meu olhar, o vejo pela primeira vez.

Continua

E aí ?? Gostaram ?? Comentem pessoal, é muito importante pra mim. Beijos

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Comentários

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Olá! Comecei a ler o seu conto hoje! E devo terminar hoje também! Como sempre vc e seus temas fortes e envolventes! Parabéns!

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Acho ridículo quando uma pessoa descreve um personagem que sofre bullying e depois diz que ele é loiro de ohos verdes e lindo. Vai doer escrever algo mais proximo do real?

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começando a lerespeito. Parece que vai ser muito bom! Já gostei muito desse primeiro

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gostei,segredo gosto de cozinha ... todo mundo acha que odeio relaxa, principalmente são os mesmo ingrediente , mas podemos fazer vários pratos ... tomara que continue

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Amei este inicio, com exceção do estupro é claro. Vida bem sofrida a deste personagem, passou por um trauma horrivel, q foi cometido por quem deveria protege-lo de td e de todos. Quero continuação logo, pois já sei q será incrivel esta estória, e acho q poderia ser um conto bem maior nesta estória, pois ela tem futuro. Abração p ti e até o proximo post q espero ser logo.

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Gostei bastante já quero a continuação :)

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