A Voz do Coração - Parte 14

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1333 palavras
Data: 15/06/2015 20:53:05

Oi meus amores! Como estão? Estou adorando os comentários. Quero agradecer de coração a todos que doam um pouco do seu tempo, para ler o meu conto. Fico muito feliz. Um beijo no coração de vocês seus lindos.

Boa leitura...

Gustavo sabia que depois de um bom sexo, a fome batia. Sua vontade mesmo era de transar com o Paulo de novo e de novo... Ele era incansável, e tarado também.

Ambos não foram dormir, sem antes trocarem uma mensagem de carinho e dizer um “Eu amo você”. O que iria acontecer daqui pra frente? Só o tempo poderia explicar...

DOIS MESES DEPOIS...

E assim ambos iam seguindo com suas vidas... Se encontravam as escondidas para se amararem loucamente. Claro que eles sabiam dos riscos e desafios que corriam. Errados ou certos? Nenhum nem outro. Viver significa se entregar e se jogar intensamente. Quando escolhemos algo, sempre é para o nosso bem e jamais sem a intenção de prejudicar a quem amamos. Mas quando se trata de amor, não existem escolhas, tão pouco saídas. Razão e coração nunca andaram de mãos dadas, e se fosse pra sofrer longe um do outro, que sofressem estando juntos. Esta é a verdadeira essência de viver. Ah! E mentiras fazem parte da vida, e verdades também; só que esta última, pode ser dolorosa e fatal!

- Julia, meu amor, é são somente dez dias afastados. É uma viagem muito importante para o meu escritório. Eu preciso destes clientes europeus e eles só querem que as reuniões sejam feitas em Londres.

- Paulo, eu nunca vi clientes tão exigentes assim. Se o interesse também é deles, porque não cedem? Quer dizer que você é o único que deve ir pra lá?... EU TAMBÉM VOU! – ela cruzou os braços num gesto imperativo.

- Você ficou louca? Julia pelo amor de Deus! É o meu futuro e o seu também que está em jogo. Quanto mais clientes eu atraio, mais dinheiro entra no fim do mês. Como você acha que vou pagar as contas? Um empresário não pensa pequeno. E outra coisa, se não confia em mim, porque casou comigo? Chega dessa palhaçada!

- Porque não quer me levar para Londres com você?

- Porque não! Porque eu vou está ocupado, nervoso, pensando nos meus negócios. Isso não é uma segunda lua de mel. Acorda Julia! Esse teu ciúme maluco desgasta nossa relação. Poxa, eu faço tudo por você e para você, e é assim que me retribui?

Ela ficou pensativa, até ceder à viagem dele.

- Desculpa. É que... Eu não quero fica longe de você por tanto tempo.

Na verdade, ele iria aproveitar a viagem, para curti junto com o Gustavo. Eles haviam combinado de passar dez dias juntinhos. Sem ninguém por perto. A escolha de Londres foi do Gustavo, que amava a cidade.

- Vai passar rápido ta? Eu prometo! – Agora eu preciso ir trabalhar e chegar mais cedo, pois ainda tenho que arrumar a mala. Prometo trazer um presente especial para minha mulher linda. – ele a beijou e saiu para o escritório.

*******

- Luíza, meu amor, seu pai não pode te levar para Londres. Você está estudando, esqueceu? Numa próxima vez, faremos uma viagem só nós dois. E eu deixo você escolher o lugar.

- Ahh, pai! Poxa, eu queria tanto viajar. Fazer umas compras lá fora. – a garota na verdade era uma patricinha e não pensava em outra coisa, a não ser gastar e gastar.

- Seu pai vai a trabalho querida. Venha, Luíza. Venha tomar o seu café, senão vai chegar atrasada no colégio. – Amanda se aproximou do marido e sussurrou em seu ouvido. – O que você anda aprontando hein? Sinto o cheiro de alguém nesta história. É um homem não é?

- Depois te conto tudo! Te amo. Beijos. Preciso ir.

Apesar da louca relação de ambos, eles se amavam mesmo. Era um amor diferente, que envolvia proteção, carinho, meiguice, cuidados, gratidão... Apesar de saber da sexualidade do marido, e que ela se casou convicta disso, para Amanda, nunca foi motivo se sofrimento, saber que o Gustavo poderia está saindo com um homem, até porque, ela também tinha suas fugidinhas por aí. Claro que o Gustavo só permitia que ela se envolvesse com mulheres, e nunca com homens. Mas a Amanda era bissexual. Mesmo casando-se por um acordo, eles sempre se comportaram como uma verdadeira família. E a Luíza era o principal tesouro dos dois. Certa vez, o Gustavo havia prometido para ela, que acontecesse o que acontecer, ele jamais a deixaria sozinha, e ela fez a mesma promessa.

QUINZE ANOS ATRÁS...

- Eu sei que a sua família não te aceitaria do jeito que você é, mais eu sou sua amiga, sua parceira... Estamos juntos nessa parada – ela dizia com os olhos marejados.

- Eu sei disso. – ele a abraçou apertado. – Você é o meu anjo. Sei que ninguém jamais se casaria comigo, apenas pra esconder quem eu sou de verdade, mas você me entende, não entende?

- Claro! Você acha que os meus pais aceitariam uma filha bissexual? E se um dia eu me apaixonar por uma mulher?... Meu pai é muito conservador. Uma vez eu levei uma amiga pra dormir comigo lá em casa, e ele ficou desconfiado.

- Vamos nos casar em breve, e não faremos cobrança um com o outro. Seremos felizes e respeitaremos um ao outro, assim como também, não deixaremos que ninguém invada a nossa casa e o nosso espaço. Combinado?

- Eu te amo Gustavo! Você é um homem incrível! Combinado. Eu tenho certeza que seremos felizes.

*****

Eles chegou em seu trabalho, e a primeira coisa que fez ao entrar em sua sala, foi pegar o celular e ligar para o Paulo.

- Oi meu anjo! Como você está?

- Oi meu branquinho. Melhor agora falando com você. Ansioso para viajar?

- Muito. Vai ser inesquecível. Só o fato de ter a sua presença ao meu lado, e fugir do trabalho, já está valando muito a pena. E a sua mulher? Conseguiu convencê-la?

- Sim. Foi difícil, mas consegui convencer a Julia. Eu fico meio triste em ter que mentir pra ela... – ele mudou o tom de voz. Às vezes fico pensando em contar toda a verdade sobre nós dois.

- Acha mesmo que ela compreenderia? Eu te falei, tenha calma. Iremos revelar as nossas famílias, aos poucos. Eu também odeio ter que enganar a minha filha, a minha mulher... Porque apesar da Amanda saber da minha sexualidade, eu sempre joguei limpo com ela... E até hoje eu não falei de você.

- Estamos vivendo um pesadelo meu amor.- disse o Paulo.- Mas não quero viver longe de você, do seu carinho, do seu calor.

- Nem eu! Se continuar falando assim, vou até aí te dar um beijo. Já estou com saudades dessa boca carnuda.

- Teremos os próximos dez dias, só nosso! Sem ninguém!

- Sabe, Paulo, você é uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida. – Gustavo derramou uma lágrima.

- Você está chorando? Um homem desse tamanho. – ele brincou, mas também se emocionou.

- Sim, estou. Mas de alegria. Eu sei que ninguém é capaz de entender o nosso amor, e que seremos crucificados e apedrejados, mas nada vai me fazer deixar de amar você.

- Poxa Gustavo, eu nem sei o que dizer. Eu também te amo tanto! Você entrou na minha vida de um jeito, que roubou o meu coração. Não consigo viver longe de você meu amor.

Quem deixa de amar, quem deixa de ser feliz, quem simplesmente tem medo de olhar para frente e encarar os desafios, este alguém não é capaz de viver. Aqueles que julgam, aqueles que condenam... São os mesmos que não amam, que destroem, que matam, que são infelizes... Olhar-se no espelho não é somente enxergar a si próprio. É observar além do reflexo, e ver o quão pecadores somos. Que os nossos defeitos estão entranhados em cada detalhe do nosso corpo e da nossa mente.

“A Vida é viver, viver e viver”!

- Fica bem ta? Eu vou desligar. Lembre-se do quanto eu te amo cachinhos rebeldes. – disse o Gustavo.

- Eu também te amo, meu branquinho azedo.

CONTINUA...

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Alê12 a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários