A Voz do Coração - Parte 13

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1492 palavras
Data: 09/06/2015 21:12:30

Oi meu amores? Como estão? Saudades de vocês. Galera, só para ressaltar que às vezes não consigo postar diariamente, devido ao meu tempo tão curto. Me esforço muito para ao menos conseguir publicar duas partes por semana. Espero que entendam. Quem quiser me seguir no instagram: @alexandremasantos

Xero gostoso e boa leitura...

*********

O silêncio reinou por alguns instantes e eles se entreolhavam...

- E o que sugere? – perguntou o Gustavo.

- Bem, você tem uma família linda, e eu ao quero estragar isso. Eu, por outro lado, acabei de me casar e pretendo ter um filho. É o meu sonho! Então... Como nos amamos muito e precisamos um do outro, eu queria te propor um relacionamento escondido, ou seja, de sermos amantes!

Gustavo não acreditava no que ouvia. Mas se ele parasse por frações de segundos para refletir, veria que não existiria outra solução, a não ser que ele desmoronasse toda a sua estrutura familiar, ganhasse o ódio da sua única filha, e de quebra, o desprezo da sua família. A Amanda não seria um empecilho, uma vez que ela já sabia de suas preferências...

- Eu sei que pra você pode parecer mesquinho, ou algo do tipo: “ É só isso que você tem pra me oferecer”? Mas somos homens maduros e sensatos... Sabemos quanta dor causaríamos em muitas pessoas que amamos. Mas eu digo isso Gustavo, não pelo fato de ser covarde e não assumir o nosso amor, até porque não estamos cometendo nenhum crime; mas sim, por uma única questão: as coisas não funcionam como a gente quer. Nada se transforma da noite para o dia. A sabedoria para pensar e dar tempo ao tempo, para que ele aja sozinho, é o melhor caminho.

- Não precisa você e dizer estas coisas. – o olhar dele, transparecia total compreensão com as palavras ditas pelo Paulo. – O importante é que tivemos a coragem de assumir para nós mesmos o nosso sentimento. E que não importa se estaremos em casas separadas, em vidas separadas... O amor não tem fronteiras, e eu te amarei em qualquer lugar, a qualquer hora, quando puder... Sem pressa, sem medo!

Era incrível como ambos exerciam seus papéis de homens sábios! O fato de não assumirem publicamente os seus sentimentos, não significava que eles não se amavam, ou se amavam pouco. Muito pelo contrário, mostrava que ambos não eram egoístas, ao ponto de pensarem somente em si próprios, sem se preocupar no abalo emocional e no sofrimento dos que estavam ligados a eles emocionalmente. Digo isto, pelo fato de que eles teriam de acabar com seus relacionamentos, destruir suas famílias e talvez o momento não fosse propício para uma avalanche!

- O que eu mais admiro em você, é a sua integridade. Saber dá os passos corretos, nas horas devidas! Eu te amo Paulo! E a minha resposta é sim. Seremos amantes! Estaremos mentindo, mas é o tempo que teremos para ajustar nossas vidas. Até lá, vamos nos amar em segredo. E quer saber, eu fico excitado só de imaginar esse joguinho? – Gustavo riu maliciosamente, levando um leve tapa no ombro.

- Seu safado! – protestou Paulo. – Acho que arrumei o amante mais cachorro e tarado dessa cidade.

- E gostoso também! – ele assentiu, segundo o seu pau.

- Disso eu não tenho dúvidas. – Paulo riu, roçando sua barba grossa no pescoço dele, o fazendo arrepiar. Em seguida, no súbito tesão, lambeu a sua orelha e apertou sua bunda para perto de si. Gustavo estremeceu nos braços dele, e foi contemplado com um beijo molhado.

Eles nem se deram conta de que à hora passara e ainda permaneciam ali, na sala do Gustavo, onde acabaram de fazer amor.

- Eu preciso ir. Te ligo mais tarde e quero te ver amanhã. – Paulo quase sem querer e por uma obrigação maldita, se desprendia dos lábios do Gustavo, que insistia em prendê-lo. – Já passou da hora amorzinho... Tenho que ir, ok?

- Tudo bem! Nos vemos amanhã então. Te amo! Vai com Deus!

- Eu também. – se despediram com um selinho.

Sozinho, e totalmente sorridente Gustavo se jogou no sofá, e ainda podia sentir o cheiro forte e gostoso do Paulo. Agora as lembranças eram mais fortes, e cada detalhe da cena de amor que eles contemplaram, podia ser sentida, se o Gustavo fechasse os olhos. Agora sim, o seu coração estava completamente preenchido, pensou ele. Arrumou suas coisas, tomou um banho e foi para casa.

No caminho, ouvia músicas lentas no carro, e a sensação de felicidade invadia o seu corpo até atingir sua alma... Era como se uma adrenalina tomasse conta dele, e como um vulcão em erupção, fosse explodir a qualquer momento.

- Eu te amoooo! – ele botava a cabeça para fora da janela e gritava aos quatro ventos!

*******

MEIA HORA DEPOIS...

- Isso são horas de chegar em casa, Paulo? A janta já esfriou tamanha foi a sua demora. O que foi desta vez? Outra reunião importantíssima com um cliente? – ela estava e braços cruzados e com a cara enfezada. Encostada numa parede da sala, apenas o observava, esperando uma resposta.

- Sim. Você acertou! Eu estava numa reunião. Eu ia te ligar pra avisar, mas infelizmente a bateria do meu celular pifou e fiquei inerte.

- Ah! Então você estava sem celular? E por acaso no seu escritório não existe telefone?

A bateria do celular dele realmente havia acabado. Mas mal sabia ela que o seu marido na verdade, estava em outra empresa, numa outra sala...

- Julia, por favor. Eu não tenho motivos pra mentir. Estamos recém casados e você já vai começar com suas cobranças insuportáveis? Devia dar graças a Deus que eu cheguei bem em casa e que se trabalho muito, é para que tenhamos uma vida de conforto. Por favor, eu to cansado e com vontade de tomar um banho.

Ela ficou em silêncio por um instante, e em seguida, o abraçou.

- Oh meu amor, desculpa. Eu sei que... – Que cheiro é esse? Você está com um cheiro estranho. Um perfume...

- Julia, homens usam perfumes fortes. Quando eu abracei um dos meus clientes, num ato de cumprimento, certamente o perfume dele passou para mim. Ou vai me dizer que este perfume é feminino?

- Não. Você tem razão. Nenhuma mulher usaria um perfume desses! Bom, vai tomar seu banho, que eu mesmo esquentarei o jantar para comermos juntos.

Ele deu um beijo nela e subiu para o quarto. Se tivesse aceitado a proposta do Gustavo e tivesse tomado banho na empresa dele, não passaria por aquela cena constrangedora. Mas por outro lado, iria demorar ainda mais, e a Julia seria capaz de acionar a policia atrás dele. Na verdade, Paulo estava cheirando a sexo. Podia sentir o gosto da boca do Gustavo, passando por seu pescoço até chegar em seu peito, e devorá-lo como um selvagem. Debaixo do chuveiro, ele se lembrava dos toques, das pegadas fortes, dos palavrões... Seu pau começou a dar sinal de vida, e ele não podia ficar excitado, correndo o risco de a Julia entrar subitamente e vê-lo daquele jeito.

*******

- Olá família linda! – Gustavo entrou dentro de casa, como se fosse uma criança que acabara de ganhar o brinquedo mais incrível!

- Pai! Finalmente chegou. Preciso conversar com o senhor. É um caso sério.

- Pode falar minha princesa. O papai fará todas as suas vontades. Você quem manda!

- Gustavo! Ficou louco? – gritou a Amanda do outro lado, terminando de passar as ordens para a empregada. – O que deu em você para dizer uma insanidade dessas? Não conhece a Luíza? Quanto mais corda, mais ousada ela fica?

- Ai pai, não liga não! A mamãe adora implicar comigo. Agora eu virei à ovelha negra dessa casa. Acredita que ela não quer me deixar viajar com a Bia no próximo feriado?

- Qual é o problema Amanda? Nossa filha já viajou para fora do Brasil sozinha.

- Acontece que a sua filha querida, tirou nota vermelha em Matemática e História, e ontem mesmo, a diretora me ligou, pedindo que eu comparecesse à escola. Justo amanhã que tenho duas cirurgias para fazer. Claro que o pai dela vai.

- Isso pra mim, nunca foi problema. – ele se virou para filha. – Você tirou nota vermelha? A sua mãe tem razão. Não pode querer as coisas, sem fazer por onde. É jogo de trocas minha filha. Você nos dá orgulho e nós realizamos seus desejos. É tão simples...

- Eu sei pai. Mas é que as aulas de matemática são tão chatas. E o professor de História não permitiu que eu entregasse o trabalho em outra data.

- Querida, eu irei conversar com a sua mãe mais tarde, e depois te dou uma resposta, ok? Agora o papai vai comer que ele está caindo de fome.

Gustavo sabia que depois de um bom sexo, a fome batia. Sua vontade mesmo era de transar com o Paulo de novo e de novo... Ele era incansável, e tarado também.

Ambos não foram dormir, sem antes trocarem uma mensagem de carinho e dizer um “Eu amo você”. O que iria acontecer daqui pra frente? Só o tempo poderia explicar...

CONTINUA...

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Comentários

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É só o tempo para falar por eles e eu me senti egoísta pois sempre quero tudo para mim o mais ratido que pode estou mal com isso... Nossa só tenho que agradeser por seu conto passa uma mensagem tão linda... Bjos

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Complicado esse lance de vida dupla... Gosto da temática.

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gostei.do.capitulo.so.que.não.considero.mentira.integridade.então.pra.mim.os.dois.não.passam.de.canalhas.egoistas

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Me sentir uma pessoa egoísta depois de ler esse capítulo, me sentir mal. Continua perfeito seu conto.

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