Um amor de infância - capítulo 4

Um conto erótico de LuisMagalhães
Categoria: Homossexual
Contém 1260 palavras
Data: 01/06/2015 16:04:27
Última revisão: 01/06/2015 16:16:14

Mais um gente: esse aqui marca o início do mistério.

Prestem atenção nesse capitulo viu.

...o cheiro do seu poder, seu poder de dominação...

Tomás...

Como sempre muito atento as aulas, tirando boas notas e ainda assim sendo bonito, charmoso e descolado.

Eu...

Como sempre muito atento a beleza daquele corpo escultural que nunca tive a chance de ver.... affs! Não consigo me concentrar inteiramente as aulas e tiro notas medianas, mas eu não quero ser um aluno mediano. Eu quero ser o aluno que tira boas notas. Quem sabe assim Tomás não me nota como alguém a sua altura.

Já estávamos no terceiro horário: aula de Física, que tédio! Continuava olhando para ele e ele continuava olhando para o quadro e para a professora, aquela vaca dos peitões... Penso comigo mesmo pela milésima vez naquele dia:

“Tenho que me concentrar, tenho que me concentrar, tenho que me concentrar, tenho que me concentrar...”

- Mesmo sendo o último dia de aula, vou mandar um trabalhinho para meus “queridos” alunos me trazerem amanhã. Sei que mesmo não tendo mais aulas vocês ainda tem que ensaiar para a apresentação do teatro e se prepararem para o baile a fantasia, então ainda vão vir para a escola amanhã. Amanhã espero vocês ou tiro alguns décimos de suas notas, meus “queridinhos” alunos... – disse a vaca de jaleco próxima ao quadro.

Abaixei a cabeça e balancei-a como se desistisse de estudar. Acabei soltando um gemido baixinho (solto muitos gemidos mesmo) e Tomás se virou para mim com uma cara preocupada.

- O que foi Dan? Tá sentindo alguma dor? – aquilo era para ser uma insinuação a minha virgindade, mas ele realmente parecia preocupado comigo.

- Não, é só que... – pensei se realmente iria admitir minha burrice para o garoto que eu mais gosto, mas eu não tinha escolha – é que eu não sei nada dessa matéria, esse trabalho já é para amanhã, uma tarde só não dá para pesquisar e eu sou burro demais... – não parava de falar.

- Calma Dan... – ele disse meu apelido tão carinhosamente – se você quiser eu posso te ajudar a fazer esse trabalho. Eu sei sobre o conteúdo e sei que você não consegue prestar atenção porque fica só me olhando rsrsrs – ele sabia que eu olhava para ele! Nossa que vergonha! Devo ter ficado vermelho e abaixei a vista.

- Que vergonha cara, desculpa – disse.

- Você não tem pelo o que se desculpar. Passa lá em casa hoje que eu te ensino tudo o que eu sei – estava demorando pra ele mostrar aquele sorriso lindo e safado – Mas é sério. Passa lá e a gente faz junto – mas um sorriso daqueles.

- Tudo bem – eu realmente estava muito desesperado a esse ponto? – A que horas eu posso ir?

- A hora que você quiser.

- Passo logo depois do almoço então, beleza?

- Como disse: a hora que você quiser...

O sinal tocou, ele se levantou e foi conversar com seus amigos. Estava demorando muito para ele fazer aquilo e eu, confesso, estava com ciúmes dele. Me levantei e fui para o intervalo.

Antes de cruzar a porta escutei eles falando sobre mim.

- E aí cara, o que tu anda fazendo com aquela bichinha do Adam ein? – disse um deles.

- É, a gente estava só te olhando lá do lado dele.... Tu está querendo arregaçar o cuzinho virgem dele é? – disse um deles rindo – Se é que ele ainda tem isso kkkkkkk.

- Mas que ele tem uma bunda gostosa e umas coxas grossas ele tem... – referiu-se o outro.

- Hum... tu está querendo agarrar o Adam é Bob? – disse o primeiro – O Tom achou ele primeiro viu... kkkkkkk.

Tomás mantinha-se calado e só os observando.

- Adam é meu amigo, assim como todos vocês. Eu nunca vi ele falar mal de vocês e nem de ninguém então eu não vou permitir que vocês falem dele assim – disse o Tomás. Ai... ele está me defendendo... que fofo.

- Calma Tom, antes de você defender essa bichinha, pelo menos sabe se ele realmente vai dar pra você?

- Repetindo: Adam é meu amigo, não a minha prostituta.

- Mas com certeza ele quer ser a sua prostituta... Vimos o jeito como ele te olhou durante todas as três aulas. Só não babou porquê...

- Ele tem dificuldade de prestar atenção no quadro então ele fica olhando para outras coisas – disse o Tomás.

- Claro, ele fica olhando para as suas coisas kkkkkkk – todos riram nessa hora, até Tomás deu uma risada de canto de boca – Come logo ele cara, eu admito, ele tem uma bunda muito gostosa e se ele for virgem é melhor ainda. Se você não fizer... Eu faço – quem falava nessa hora era o Max.

Tomás ficou pensativo por um momento. Isso me assustou. A essa altura eu estava me escondendo na parede e via eles conversando. Tomás levantou o rosto e disse:

- Eu não posso fazer isso com um amigo meu.

- Mas ele é gay... E não faz diferença, o que importa é transar.

Eu estava louco para saber a resposta do Tomás. Será que ele seria capaz de fazer isso comigo? E ele estava muito pensativo. Mas antes que ele desse alguma notícia reveladora eles resolveram sair para o intervalo. Eu corri e disfarcei, ficando em pé ao lado do corredor.

Tomás passou pela porta e me observou, viu que eu fitava-o. Ele abriu um sorriso lindo e acenou com a mão. Eu fiquei como um bocó e apenas sorri com o canto da boca, de maneira tímida. Escutei algum garoto desconhecido dizendo longe de mim “gostoso!”. Não dei muita bola, estava acostumado a ser assediado e não fazer nada.

Passado o intervalo, chegou a aula de teatro e a professora chamou os alunos que iriam atuar. Ela não me chamou, mas chamou o Tomás. Ela levou-os para outra sala e conversou particularmente com eles. Ninguém poderia saber como seria a peça.

Passou algumas aulas e na última pedi para ir ao banheiro. Tomás e alguns amigos dele estavam fora da sala. Quando fui me aproximando do banheiro escutei a voz de Tomás.

- Pessoas como você me enojam, me humilham e o melhor seria a sua morte mesmo! – a voz estava meio abafada e ecoava pelo corredor. Ela parecia vir de alguns metros atrás de mim e foi inevitável não me lembrar de meu sonh... oops! Pesadelo.

Não quis nem me virar e encarar aqueles olhos verdes. Segui para o banheiro e voltei direto para a sala. O pesadelo se repetia várias e várias vezes em minha mente e eu estava enlouquecendo.

FLASHBACK

“- Garotos como você envergonham a raça dos homens, você deveria morrer!”

FIM DO FLASHBACK

Eu realmente estava me iludindo sobre Tomás. Tinha vontade de chorar, mas não podia fazer isso na frente de todos. Logo o sinal tocou: era hora de ir para casa. Me levantei e fui um dos primeiros a sair.

Passei pela porta de cabeça baixa para que ninguém visse meus olhos marejados. Mas logo em que passei por ela, esbarrei em Tomás, ou melhor em seu peitoral ainda vestido com a camisa.

Ele me segurou com as duas mãos, passando-as pelas minhas costas e eu estava com os braços dobrados sobre meu peitoral e o dele. Estava totalmente indefeso. Ele disse roucamente:

- Dan? – eu olhei para ele como instinto. Sua feição mudou, passou a ficar preocupado – Você está chorando? Por que? – droga, tinha me esquecido que estava quase chorando.

- Não é nada, não se preocupe – eu disse me livrando de seus braços e saindo andando depressa.

- Te vejo depois do almoço? – ouvi ele gritar no meio dos outros, mas eu não respondi nada.

Continua...

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Comentários

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Tomas e suas insinuaçoes. Depois a gente faz junto?! Hum...

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Menino esse mistério acabar comigo, mas eu amo ele da um chamego (não é essa palavra que eu queria usar mas só me veio ela) no conto!

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Pra que tanto mistério kkkk mas confesso que estou amando. Abraço!

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Ai que curiosidade

...por favor por favor posta logo...

Muito bom..

bjs

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