A Voz do Coração - Parte 18

Um conto erótico de Alê12
Categoria: Homossexual
Contém 1333 palavras
Data: 26/06/2015 20:57:50

VIDAS QUE SE CRUZAM, VIDAS QUE SE VÃO, VIDAS QUE SOFREM ,VIDAS QUE SE AMAM...

Agora a Amanda sabia toda a verdade sobre o romance do marido com o Paulo. Por um lado ela ficou tonta, desamparada, angustiada... Mas por outro, estava feliz, pois podia ver no rosto do Gustavo, que ele não era mais o mesmo. Estava mais alegre, disposto, intenso. Seu maior problema seria preparar a Luíza para a grande revelação. Talvez não agora, mas Amanda sabia que não esconderia este segredo por muito tempo. Ela amava muito o Gustavo, e estaria ao seu lado para todos os momentos, inclusive com a família dele, que ela tinha certeza, o deserdaria. Mas o Gustavo era um homem independente. Um grande executivo e um homem rico. Só ficaria sentindo ser excluído das festas familiares depois que todos soubessem da sua orientação sexual.

*****

Era um dia de sexta-feira chuvoso. Paulo deu um gole no seu café amargo e sentou-se sua cadeira de couro. Ele sacou o celular do bolso e ligou para o Gustavo.

- Eu pensei que havia se esquecido de mim. – disse o Gustavo, contente ao ver a ligação dele.

- Você sabe que isso seria impossível, mesmo que eu quisesse. – Paulo abriu um sorriso se canto, e se recostou na mesa. – O motivo da minha ligação, é para lhe informar que a minha mulher quase descobriu sobre nós dois. Eu tive que dá um duro para enganá-la mais uma vez. Foi por pouco. – ele respirou fundo.

- Mas como isso aconteceu? Você deixou escapar alguma coisa? – Gustavo mostrou-se curioso do outro lado.

- Muito pelo contrário. A culpa na verdade foi sua.

- Minha?! Como assim? – bradou ele.

- Você me enviou uma mensagem meio romântica e ainda por cima, citando a viajem à Londres... A Julia não é tapada, e se eu a conheço, ela é capaz de ir até o inferno quando quer descobrir algo.

Gustavo meio que recuou, como uma criança que faz algo errado e não consegue argumentar. Ele só queria ser carinhoso, e nem se deu conta do risco que metera o Paulo.

- Desculpa... – Eu não imaginei que ela...

- Deixa pra lá. Como eu disse, eu inventei que Gustavo era um funcionário meu e que aquela mensagem era para uma garota que você havia conhecido em Londres. Na verdade, eu disse a ela que você me acompanhou para ser meu tradutor.

Foi impossível os dois não rirem. Fazia exatamente uma semana que ambos não se falavam. O Paulo passou o tempo, dando atenção redobrado a Julia, para despistar qualquer suspeita.

- Eu estava com saudades de ouvir a sua voz. De beijar a sua boca e sentir a sua pele na minha. – Paulo automaticamente se excitou ao dizer aquelas palavras.

- Não faz assim que eu fico louco. Sabe como eu me sinto? Como um leão preso, prestes a fugir a atacar a qualquer momento. Estou louco pra está em seus braços e fazermos amor bem gostoso. – Gustavo estava explodindo por dentro.

- Vamos marcar hoje à noite? – sugeriu o Paulo.

- Hoje não vai dá. É o aniversário da minha filha. Eu devo sair da empresa um pouco mais cedo. Amanda está cuidando dos preparativos e eu preciso ajudá-la. Falando em Amanda, ele havia esquecido de dizer a ele, que a sua mulher sabia de toda a história. Mas de algo ele lembrou-se: - Quero que venha a festa de aniversário da minha filha. Traga a Julia com você.

- O quê? Você ficou doido?

- Paulo, - pausou ele. – Temos que agir naturalmente. A Julia adorou a Amanda, naquele dia do casamento do Luiz, e outra, ela acha que o Gustavo que trabalha pra você, não tem nada a ver comigo. Quanto mais amigável da sua esposa estiver, mais chances teremos de estar juntos.

Ele ficou pensativo por um instante. Era muito perigoso está com a Julia na casa do próprio amante. Mas por um lado, ele faria uma média com ela e teria um pouco de paz.

- Tudo bem. Vou falar com a Julia e caso ela queira ir, estaremos na sua casa. Ah, a que horas começa a festa?

- Mais ou menos 20:00 hs. Sabe que festa de adolescente nunca começa tarde né? Eles gostam de aproveitar ao máximo. – ambos riram. – Até mais tarde então. Eu amo você meus cachinhos rebeldes.

- Eu também de amo, meu branquinho azedo. Se cuida.

********

Os preparos da festa estavam praticamente prontos. Amanda ficara responsável por contratar decorador, DJ, Buffet, e até mesmo uma banda teen a pedido da filha. Tudo estava sendo armando e montado no imenso jardim da grande casa ao qual o Gustavo vivia com a mulher e a sua filha. Luíza vestia um lindo vestido preto que destacava as suas belas curvas quase de uma mulher feita. Ela estava completando quatorze anos e todos os seus amigos do colégio, incluindo o garoto pelo qual estava apaixonado, estariam lá. Aos poucos, os convidados iam chegando e o Gustavo, ao lado da mulher, faziam os seus papeis de anfitriões. Amanda trajava um vestido curto vermelho, exibindo sua boa forma e quão linda ela era. Gustavo fugiu da normalidade e usava calça jeans, com sapatos pretos e uma bela camisa pólo de grife. Os pais da Luíza eram sexy e lindos. A própria garota ouvia no colégio elogios dos amigos, sobre os seus pais.

Os garçons transitavam para todos os lados. Bebida alcoólica para os adultos e coquetel de frutas para os adolescentes. Alguns amigos do Gustavo, incluindo o seu chefe, estavam presentes no evento, assim como alguns médicos, amigos da Amanda.

Já se passavam das nove, e a festa bombava ao som de músicas eletrônicas. Gustavo observava atento ao portão de entrada, na esperança de poder ver o Paulo. Por um momento, passou por sua cabeça de que ele não viria mais, mas logo fora surpreendido quando uma mulher estonteante, usando uma blusa de seda preta, e uma saia justa de couro preto, calçando um salto altíssimo, chamou a sua atenção. Era a Julia. Logo ao seu lado, estava o Paulo, também de camisa pólo de cor azul marinho e uma calça de brim. Mais um casal perfeito.

Eles vieram na direção dos dois.

- Boa noite. Como vai Gustavo? – Paulo foi o primeiro a estender a mão para ele, e lançado-lhe um olhar sexy. Em seguida cumprimentou Amanda.

- É um prazer tê-los em nossa casa. Bom, é um evento para adolescentes, mais confesso, que e divirto com essa garotada. – disse o Gustavo, quase sem fôlego ao rever o Paulo.

- Eu adoro este tipo de festa. – disse a Julia. – E parabéns. A decoração está linda! A casa de vocês também é muito bonita.

- Obrigado querida! Sintam-se a vontade. Só um instante. – Amanda chamou a filha para cumprimentá-los. – Querida, estes aqui são o Paulo e a sua esposa, Julia.

- Prazer. Obrigado por terem vindo. A festa é de vocês. – Luíza a princípio, não bateu muito de frente com a Julia.

- Meu Deus, como ela é linda! Se parece com a mãe. – disse Julia.

Feitas as apresentações, Luíza saiu dali o mais rápido possível. Ela queria está junto aos amigos. Amanda logo puxou assunto com a Julia e ambas se afastaram para conhecer outras mulheres.

- Que sorte é nossa hein? Nos deixaram aqui sozinho. – comentou Paulo, rindo para ele. – Você está muito gostoso hoje.

- Obrigado. Bem, na verdade eu acho que a Amanda fez de propósito.

- Como assim? – Paulo franziu a testa.

- Eu contei tudo para ela... Sobre nós dois. A Amanda sabe que eu amo você.

Paulo se mostrou surpreso e espantando. Ainda a pouco a Amanda agiu de forma tão natural, que se a cena fosse teatral, diria que ela levaria o prêmio de melhor atriz.

- Não vamos ficar aqui parados, feito dois idiotas. Vamos, venha comigo. Vou pegar algo pra gente beber, meu amante. – Gustavo riu, provocando ele. – Não encoste muito em mim, pois não me responsabilizo pela parte de baixo.

Ele ficou de pau duro, ao abraço caloroso do Paulo.

-Seu safado! Ainda te beijo nesta festa.

Muitas coisas iriam acontecer nesta festa. Os terremotos se aproximavam...

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Comentários

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Otimo , amo este conto , galera leiam o meu O lado negro da lua

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