Marcas - Capitulo 3

Um conto erótico de Felipe
Categoria: Homossexual
Contém 1463 palavras
Data: 02/06/2015 20:41:08
Última revisão: 12/10/2015 02:03:05

CAPÍTULO 3

Saí algumas vezes com Larissa, passeávamos pelos parques, praças shoppings e onde mais desse, mas continuava triste e vazio. Dormia muito, não queria levantar pra nada, meu pai estava se prendendo cada vez mais ao trabalho, e começou a fazer algumas viagens de novo, de um ou dois dias. Era o que ele gostava de verdade, e não ia impedi—lo, sempre que ele questionava dizia que estava tudo bem, apenas um pouco cansado.

O tempo passou rápido de mais, quando percebi já estávamos nas festas de fim de ano, eu estava perdendo a noção do tempo.

Nas festas, iriamos receber alguns parentes da minha mãe, que moravam numa cidade vizinha. No dia 24, um carro parou em frente nossa casa, descendo uma mulher parecida com minha mãe, porém um pouco mais baixa e com os cabelos pretos, reconheci puxando no fundo da memória, era tia Guida, acompanhada por tio Walter e por mais um casal. Que reconheci como sendo Vanessa e Pedro, meus primos gêmeos, os quais nunca tive muito contato nem amizade. Também vieram para as festividades a família de Larissa que eram amigos de longa data dos meus pais. Foi como todo natal, muita comida, muita conversa, mas sem minha mãe, era o primeiro natal em que ninguém recebeu cartões feitos a mão que ela mandava.

Minha mãe tinha esse costume no Natal, de distribuir esses cartões que ela mesma fazia. Era uma santa mulher.

___________*__________

Passou—se o natal, e a tristeza voltou. Por um momento, com a casa cheia a dor diminuiu.

O ano novo estava chegando e meu pai disse que iriamos para a casa da tia Guida. Larissa me mandou no whats que iria ter uma festa num parque mais a noite, na virada. Falei com meu pai e ele me liberou, pensei em chamar meus primos também, porque não?

Os chamei também, eles aceitaram. Os chamei para dormiram lá em casa.

Por causa do meu pai, que não achava certo que meninas e meninos dormissem juntos, Vanessa ficou com minha cama, e tive que dividir a cama de casal do quarto de hóspedes com Pedro.

Pedro não fazia meu tipo, era magro, usava roupas largas, dessas da moda, um boné que escondia o cabelo ruivo tingido.

— Você tem problema se eu dormir apenas de cueca? — perguntei a ele, enquanto ele se aprontava para dormir, se ajeitando na cama. — É que tenho esse costume.

— Pode dormir sem se quiser. — Disse ele rindo.

— Ótimo! Era o que eu queria ouvir. — disse trancando a porta, fazendo cara de safado e tentando abafar o riso, sabia que ele não era gay. — Então se prepara!

Rimos como dois retardados, então tirarei minha calça e minha camisa. E fui me deitar.

— Se você tá a vontade eu também vou ficar. — Disse ele tirando sua camiseta e sua calça, e pra minha surpresa sem cueca. — somos dois homens, não tem problema isso né?

— É… Não tem… Pro-problema — falei gaguejando enquanto encarava ele sem nenhuma roupa.

Ele me olhou, rindo da minha cara percebendo que estava encarando ele. Ele era mais gostoso sem aquela roupa toda, não era tão magro quanto parecia com aquelas roupas que usava. Alguém bateu à porta, me salvando daquela situação. Era meu pai.

— Vocês dois estão bem aí, precisam de alguma coisa? — Perguntou ele. — meninos? Já estão dormindo?

— Não tio, tá tudo bem, não precisa de nada não. — Disse ele, sem tirar os olhos de mim, eu senti minhas bochechas queimando, deveria estar vermelho de vergonha.

— Ah, tudo bem então. Boa noite meninos — Disse ele, deveria ter ido para a cama pois ouvi a porta do quarto dele bater.

Disfarcei e virei para o outro lado, e ele se deitou. Então percebi que deixei a luz acesa.

— Droga, a luz! — Exclamou Pedro.

O interruptor ficava ridiculamente perto de mim, era só eu esticar o braço e apagar. Mas ele jogou seu corpo por cima de mim, se esfregando devagar , e apagou a luz.

— Já pode sair de cima de mim agora! — Disse querendo parecer irritado.

— Calma priminho, não vai acontecer nada aqui — Falou deslizando seu corpo pelo meu até ficar com seu pau junto ao meu.

— Tá louco piá? — Falei empurrando ele para o lado.

— Calma aí, porque você tá nervoso? — Passou a mão em meu cabelo enquanto me provocava.

— Sai pra lá, chega de viadagem aqui. Quero dormir! — Falei tão alto que pensei que alguém poderia escutar.

Me virei de lado, oposto ao dele.

Depois de quase uma hora, ele ficou completamente quieto, então pensei que finalmente tinha dormido. Me virei pra conferir, pra minha surpresa quando me virei ele me agarrou, me dando um beijo, fazendo sua língua invadir minha boca. Ao mesmo tempo enfiava sua mão por dentro do cobertor e passava ela por minhas costas, desceu até minha bunda depois minha coxa, onde deu um forte aperto, aí rapidamente passou a mão por cima da minha cueca e disse:

— Toda essa animação aqui em baixo é porque não tá gostando?

Não deu tempo nem de responder, ele me beijou de novo, mas a essa altura já não fazia o esforço de dizer não, me virei, passando minha mão por seu pescoço e ficando em cima dele, ele me prendeu com as pernas e disse:

— Tá gostando né viadinho?

Não pensei duas vezes, tirei a mão de seu pescoço e dei um tapa forte na sua cara.

— Aí! Tá louco é caralho? — questionou, se queixando pela dor.

— Duas regras por aqui, a primeira tira essas pernas de mim. Segunda, não me chame de viadinho, não sou esses que você pega por aí. Melhor, não fala nada, fica calado.

Disse isso e, nem esperei ele concordar, o beijei e fui descendo minha cabeça. Passei por seu pescoço, por seu peito, e fui descendo cada vez mais até chegar no seu pau, coloquei a boca e ele soltou um gemido, alto de mais pro meu gosto.

— Dá pra ficar quieto aí, ou quer que meu pai e sua irmã peguem a gente aqui?

— Vou ficar, prometo. —E empurrou minha cabeça com a mão. — Agora continua.

Continuei chupando ele por um bom tempo, ele começou a forçar minha cabeça com mais empolgação, então senti seu pau pulsando, e percebi que faltava pouco pra ele gozar, então parei, o que foi decepcionante para ele.

— Fique de pé e encoste na parede — disse levantando da cama, e puxando ele comigo.

Me ajoelhei na frente dele e voltei a chupar, dava pra sentir que não demoraria, então concentrei—me na cabeça, chupei forte, muito forte, como se quisesse tirar a porra a força.

Continuei assim por alguns minutos até que senti aquele líquido denso e com gosto forte na minha boca, o que deixou minha língua amarga, engoli tudo, levantei e o beijei novamente.

— Isso fica entre nós, entendeu? Se eu souber que você contou pra quem quer que seja, bem, você não quer saber o que eu posso fazer.

Nos deitamos novamente, ele se virou para a extremidade da cama, então abracei ele por trás e fiquei mexendo em seu cabelo. Eu não o amava, mal gostava dele, mas me sentia tão sozinho que pra mim aquele momento era um dos melhores que eu poderia ter, estar na companhia de alguém, de alguém que parecia querer ficar comigo. Fazia eu me sentir inteiro, me fazia sentir completo.

___________*__________

Era um lugar escuro, como se fosse uma sala, paredes negras, mas com um chão branco, algumas luzes em tons de azul e verde sibilavam refletindo no chão, escuto vozes vindas de algum lugar atrás de mim, mas continuo sem ver nada, então dou alguns passos em direção às vozes, que pareciam rir de mim conforme eu me aproximava. Passo a mão por uma parede e acho um interruptor, então aperto—o e uma luz branca ilumina no outro lado da sala o que parecia ser um quadro, me aproximei e pude perceber que era um retrato da minha mãe, então ele começou a se despedaçar até não sobrar mais nada, e tudo voltou para a escuridão.

Acordei num susto, o que acordou Pedro também.

— Você tá bem Felipe? Parece assustado.

— Só um sonho ruim, não foi nada — Percebi que ainda estava abraçado nele, então o soltei. — Eu preciso de um copo d’água, só isso.

— Tem certeza? — Ele parecia mesmo preocupado comigo, então deduzi que minha cara não estava nada boa.

— Sim, tudo bem. Volta a dormir.

Levantei e fui até a cozinha, tomei um copo de água voltei para o quarto, mas não encontrei Pedro na cama, escutei o barulho do chuveiro, ele deveria estar no banho.

___________*__________

— Tchau pai, manda um abraço para a tia Guida. — Disse me despedindo dele, e indo com meus primos indo encontrar Larissa.

— Vamos? — Confirmei com eles, e partimos.

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