Parenteses.

Um conto erótico de Little Thinker
Categoria: Homossexual
Contém 403 palavras
Data: 17/05/2015 02:49:31
Última revisão: 19/05/2015 03:25:12

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Consegui enxergar-me em seus vastos olhos castanhos que refletiam em tom de intensidade, uma sutileza, que jamais fora entendida por aqueles que a olhavam de um jeito em comum. Para o mundo ela era apenas só mais uma no meio de tantos rostos conhecidos ou se quer nem notados. E naquele dia de verão meus olhos perseguiram os dela.

Aquele encontro, foi inevitável, pelo simples fato de não conseguir fazer outra coisa além de quere-la. Minha calma a qual mantinha como se fosse Clair de Lune, de Debussy entrara em conflito com o repentino acelarar cardíaco, acontecimento semelhante que ocorrera nas notas mais agudas em Flower Duet, por Lakmé de Delibes.

Aqueles finitos minutos que tivera periodicamente todas as manhãs, tornava-as menos tediosas e sofridas, que pareciam ser embaladas por monólogos fúteis de diversas pessoas. O tempo só não parava quando a olhava. Ela me petrificava, me invadia, me devastava da carne à alma, sem mesmo saber que eu estava ali. Como poderia ser possível tamanha atrocidade de um ser humano provocar isso em mim? Pergunta que por mais que os anos passem, jamais teremos uma resposta satisfatória.

Momento, a vida é feita deles. O momento em que seu olhar voltou-se à mim, se tornou indescritível, o qual nunca me esqueci. Meu destino que não reconhecia nenhum caminho para trilhar, encontrara sua rota, que ia de encontro aos seus passos Ela fora a primeira e única, ainda hoje, por quem sentira tamanho amor.

Era da sua boca que "eu te amo" iria me preencher das sensações mais gostosas e doces que uma palavra de amor podia carregar em si mesma, levada ao coração de um mortal como o meu. E se de arrependimento ela sofrera, quem morreria aos poucos iria ser, somente eu. Mas de amor, com seu amor, ou ela me pagaria, ou ela me deixaria.

Dia-a-dia, cada cruzada de olhares, era um broto de interrogação que surgia na duvida de qualquer coisa. Nada fazia sentido, ela era o sentido em si. Em mim. Cada dia-a-dia era uma pequena conquista de nossas coragens, uma conquista dos nossos desejos sobre nós, sobre nossas razões, sobre a sociedade.

Era a vitoria da certeza, era a vitoria da auto afirmação. E a vitoria das vitorias, era a extinção das nossas tragedias, dos nossos dramas. Era a imposição da constância.

No final, era simplesmente, Eu te amo.

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