Hey, Life! - S01E04

Um conto erótico de JP
Categoria: Homossexual
Contém 2018 palavras
Data: 11/05/2015 00:08:37

________________________________________________________

Hey, Life. S01E04

________________________________________________________

No sábado, acordei cedo. Eram 9h. Para mim eu estava madrugando. Mas eu sabia por que tinha acordado tão cedo. Eu estava nervoso por causa da festa que iríamos mais tarde. Isso sempre acontecia, quando eu ficava muito nervoso e/ou ansioso, eu não conseguia dormir direito e os meus lábios rachavam. Para a minha sorte, o segundo sintoma do meu nervosismo não havia se manifestado, então eu estava bem. Talvez eu só ficasse um pouco cansado durante a festa, mas isso é o de menos.

Aproveitei o tempo livre que eu tive antes do Edu vir me buscar para dar uma lida em um livro novo que eu havia ganhado. Era o primeiro livro da série Divergente. Todo mundo que eu conhecia e que tinha lido o livro, tinha amado. Resolvi dar uma chance para a trilogia, mesmo sendo sobre uma temática que eu não costumo gostar.

Por incrível que pareça, o livro era ótimo! Me distraiu tanto que eu nem vi a hora passar. Só parei de ler quando eram 11h. Isso era completamente normal. Sempre perco a noção do tempo quando pegava um livro muito bom para ler.

Assim que eu percebi que horas eram, eu me levantei correndo e fui me arrumar. Ainda não havia escolhido qual roupa eu usaria no churrasco de hoje, mas ontem eu tinha feito uma pré-seleção. Agora eu estava entre 5 camisas, 4 bermudas jeans com tonalidades e cores variadas e 2 tênis, um vinho e um preto. Sunga não foi um acessório que passou pela minha mente. Mesmo que eu não usasse, eu tinha uma em casa. Ela foi o resultado de mais uma das tentativas do meu pai de fazer com que eu gostasse de nadar.

Eu havia combinado com o Edu de ele vir me buscar as 12h junto com a Patty. Assim que eles chegaram, eu ainda estava de cueca na frente do espelho de corpo inteiro do meu armário tentando escolher qual roupa eu usaria. Eles tocaram umas 4 vezes no interfone até eu decidir atender o telefone.

- Oi! - falei no interfone

- Até que enfim! Já estávamos desistindo de você! - a Patty falou.

- Vocês fariam isso? - falei simulando uma voz de choro.

- Claro que não, né, seu besta! - falou o Edu. - Mas será que daria pro princeso descer logo? - continuou.

- Ai gente, preciso de ajuda, não sei como ir! Sobe aqui pra me ajudar! - falei

- Ta, a gente ta subindo. - falou a Patty enquanto o Edu reclamava que a gente ia se atrasar.

- Edu, para em uma das vagas que tem na rua ai do condomínio. - eu disse, me lembrando do carro.

O Edu havia estacionado em uma das vagas no meu condomínio, como eu tinha dito pra ele fazer, e eles subiram pra me ajudar a escolher uma das roupas. Na minha faculdade é todo mundo assim mesmo, um pouco abertos demais. Em que mundo, em sã consciência, uma pessoa abriria a porta de casa pra pessoas recém conhecidas entrarem com você de cueca. Bom, eu sou bem liberal com o meu corpo e não ligo nenhum pouco para se as pessoas me vissem daquele jeito.

Assim que eles entraram no meu quarto, a Patty entendeu a minha situação e logo se prontificou a me ajudar. Logo falei pro Edu, que parecia um pouco entediado, que tinha cerveja na geladeira e ele foi buscar para a gente. Com a ajuda da Patty eu consegui definir o meu look enquanto bebíamos uma cerveja e em meia hora já estávamos a caminho da festa.

Sei que não é legal, dirigir depois de ter bebido, mas somos seres humanos e nós erramos, em grande parte das vezes.

Chegaríamos atrasados. Isso era notável. Havíamos pegado um engarrafamento no caminho para a casa do Celo. No meio do caminho, tinha acontecido um acidente. Um ônibus e um caminhão haviam batido. Pelo que eu pude notar, não havia nenhum ferido, mas os veículos estavam parados esperando a polícia chegar.

Demoramos um pouco mas enfim chegamos. Estavam todos os nossos conhecidos da faculdade naquela verdadeira mansão! Eu havia ficado meio abismado com o tamanho da casa. Só tinha visto casas como aquela em filmes, nunca achei que isso pudesse existir realmente. Quando entramos no terreno, demos de cara com jardim, no qual muitos pararam seus carros, assim como nós. Continuamos rumo a casa, até que um dos seguranças na entrada pediu nossos ingressos e, depois de uma leve checagem, nos permitiu a passagem. A festa estava sendo realizada nos fundos daquela casa e estava sensacional! Em um dos cantos estava o bar e a churrasqueira, do outro a piscina e no meio havia um espaço para a pista de dança. Era ali que eu ficaria, próximo o suficiente das bebidas e da comida e longe o suficiente da piscina. Era simplesmente perfeito. Parecia até que a festa tinha sido feita para me satisfazer.

Chegamos mortos de fome e fomos pegar algo para comer. Depois os meninos foram pegar alguma bebida e acabaram sumindo por um tempo, enquanto eu fiquei na pista de dança curtindo as músicas que estavam tocando. Eu não queria beber naquele momento por que tinha certeza de que se eu fizesse isso ficaria bêbado, o que ocasionaria, possivelmente, em um PT (para os que não sabem, PT é Perda Total).

As músicas estavam simplesmente maravilhosas. Primeiro Careful de Paramore, depois I write sins not tragedies do Panic e não parava de melhorar! "Isso só podia ser obra do Celo", pensei comigo. Tinha que ser ele! Só ele naquela casa deveria ter um gosto tão bom! Como, supostamente, ninguém deveria ficar sóbrio naquela festa, o Celo logo apareceu.

- E ai JP, chegou atrasado hein! - ele falou brincando

- Oi Celo! É, devo ter chegado mesmo... Você já ta bêbado e eu ainda to aqui sóbrio - disse brincando e fiz uma cara de triste.

- Não precisa ficar triste, espera ai que eu já resolvo isso! - ele disse enquanto se afastava.

Alguns minutos depois ele apareceu carregando uma garrafa de uma bebida meio amarelada que ele chamou de "Sarah". Ele me ofereceu mas eu fiquei um pouco relutante em aceitar, aquilo não parecia nenhum pouco bebível para mim. Ele teria de fazer mais do que simplesmente me oferecer a "Sarah" para que eu a bebesse.

- Você confia em mim? - ele perguntou olhando no fundo dos meus olhos com seus olhos azuis que me lembravam o oceano.

- Essa não é a questão, Celo - falei, tentando escutar a voz da razão que gritava dentro de mim.

- Você confia em mim? - ele questionou novamente, mais inquisitivo

Não tinha como não resistir. Ele estava jogando sujo, sabia que venceria. Por fim eu aceitei e bebi aquele troço. Por incrível que pareça, não era ruim, pelo contrário, era maravilhoso, e eu me agarrei aquela garrafa como se dependesse dela para respirar. O Celo foi falar com amigos e eu voltei dançar e a me divertir cantando todas as minhas músicas preferidas e bebendo "Sarah".

Todos estavam na piscina, alguns mais alterados que outros, mas a maior parte dos convidados da festa estava na piscina. Parecia muito animado lá, mas eu gostava de onde eu estava, seco e longe dela. Alguns veteranos que eu não conhecia muito bem estavam em um canto, pareciam planejar algo, mas eu não conseguia entender. Acho que já estava alterado demais pela bebida para entender alguma coisa.

Sarah era uma bebida tão gostosa que era possível se beber grandes quantidades sem que se percebesse. E foi exatamente isso que aconteceu, aparentemente. Ou isso, ou a garrafa que o Celo me deu estava furada. Quando o Edu e a Patty voltaram a me encontrar, eles estavam todo molhados. A Patty estava só de biquíni e o Edu só de sunga. Ela estava muito bonita, aquele biquíni marcava todas as suas curvas. E o Edu então, ele estava lindo! Realmente deslumbrante. Eu fiquei até meio hipnotizado por uns instantes, mas acabei voltando a real. Eles estavam tentando me convencer a ir para perto da piscina.

- Vamos JP, vai ser divertido! - o Edu dizia.

- Não, eu já disse que não quero.

- Ah JP, o pessoal ta todo lá, ta todo mundo se divertindo! Sem contar nos gatinhos que tem lá! - concordou a Patty.

A ideia de ver alguns os meninos de sunga me deixou animado. Não que eu fosse algum tipo de tarado ou coisa do tipo. Mas eu sentia atração por homens e no meu estado alterado o meu nível de tesão estava a mil.

- Tudo bem, eu vou chegar perto da piscina, vocês venceram. Mas não tentem, em hipótese alguma, me jogar na piscina, tudo bem? - eu disse por fim, meio grogue por causa da bebida. "Espero que eles tenham entendido direito.", pensei.

Eles me levaram para lá. Mas antes havíamos passado no bar para pegar mais bebidas. A Sarah havia acabado e eu precisava de uma dose extra de coragem para fazer o que eu estava prestes a fazer. Lá, eu fiquei dançando com eles perto da piscina. Dava para ver todos os gatinhos de sunga, inclusive o Celo. Ele parecia um Deus. Aquela sunga preta marcava todas as suas curvas e ele estava lindo. Sem falar da sua pele que, por causa do sol, estava bronzeada.

A noite começou a cair e logo as luzes foram acesas, pelo menos as próximas da piscina. Reparei que eu e o DJ, éramos os únicos vestidos naquele lugar. Todo o resto das pessoas estava de sunga ou biquíni. Aquela festa estava ótima! Eu estava me divertindo muito com os meus amigos, muito mesmo. Não parávamos de dançar, conversar e cantar nenhum segundo. E foi isso que me traiu.

Eu havia esquecido completamente do que a Rafa e a Luiza haviam me falado no outro dia. Eu tinha acreditado que ninguém, nem mesmo muito bêbado, iria ter a brilhante ideia de jogar alguém na piscina. Ou pelo menos eu não havia cogitado que eu pudesse ser o alvo. Mas como eu fui burro. Ninguém seria mais propenso a ser um alvo do que eu, tanto pelo meu físico como pela minha altura.

Em determinado momento, os meninos saíram para dar um mergulho e o Celo veio conversar comigo. Eu fiquei um tempo meio desnorteado com a beleza dele, mas tentei me controlar o máximo que eu pude.

- E ai, como ta a festa pra você JP? - ele perguntou como quem não quer nada

- Ta maravilhosa Celo, você não faz ideia! Estão tocando as músicas que eu mais gosto! - eu falei meio enrolado por estar bêbado e empolgado por estar conversando com ele.

- Que bom que você ta gostando, pedi pro DJ tocar essas músicas por que sei que você gosta! - ele disse com a maior naturalidade do mundo e eu senti minhas bochechas queimando. "Aquelas músicas estavam tocando pra mim!", eu pensei enquanto fogos de artifício explodiam dentro de mim.

- Sério? Obrigado! Eu não sabia que você gostava tan... - fui interrompido por uns retardados que chegaram por trás de mim e me pegaram no colo.

E foi ai que eu me toquei: a piscina. Eu olhei nos olhos do Celo implorando por ajuda, mas ele pareceu não se importar. Nesse momento meu corpo travou. Como eu havia sido idiota. Eu tentava gritar, mas a voz havia me abandonado completamente. Tudo se movia em câmera lenta. Alguns riam de mim, outros olhavam incrédulos, enquanto aqueles brutamontes me levavam para a piscina. Estes foram, certamente, alguns dos momentos mais longos de toda a minha vida. Eles me jogaram e a gravidade se responsabilizou pelo resto. Lá estava eu, sendo jogado na parte mais funda da piscina, onde haviam menos pessoas.

Assim que eu afundei, o desespero se aprofundou em mim. Eu me debati na água e consegui chegar a superfície. Mas eu não sabia como me manter lá. Continuei me debatendo enquanto todos, achavam que eu estava brincando, e o meu desespero só aumentava. Eu não conseguia mais lutar contra aquilo e a água venceu, enquanto eu afundavaPara aqueles que desejam, aqui está o email do conto. Sintam-se livres para me contatar por lá, se assim desejarem

hey.life@outlook.com

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive Hey, Joe! a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Oi Danny Fioranzza, tente um novo email que eu criei: careful.conto@gmail.com

0 0
Foto de perfil genérica

Obrigado MAD MAX! A opinião dos leitores é sempre muito importante para mim!

0 0
Foto de perfil genérica

Eu já tentei mandar E-mail nesse endereço e não foi enviado, queria conversar com você, como posso fazer? E seu conto está muito bom, tanto esse quanto o outro.

0 0