O SANTO SABE DAS COISAS

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1472 palavras
Data: 29/05/2015 10:59:53
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

AS AVENTURAS DO SANTO – PARTE CATORZE

Santo parou seu Vectra na frente do enorme portão de ferro do convento. Uma freira, que ele não conhecia, veio atendê-lo. Disse a ele que a madre superiora não queria falar com ninguém, mas o jovem insistiu. No entanto, quando lhe disse seu nome, a freira esbugalhou os olhos e o deixou entrar imediatamente. Santo caminhou apressadamente até os aposentos da madre e encontrou-a prostrada sobre a cama. Quando viu o rapaz, desatou num choro convulsivo. Agarraram-se um ao outro. Choraram juntos.

Depois, já recuperados, a madre sentou-se na cama e contou o que sabia sobre a morte de Antônio, o motorista de Santo. Mostrou algumas fotos do rapaz sendo chupado pelo bispo e enrabando ele. Disse que tudo começara quando o clérigo divulgou para a Imprensa que o padre negrão tinha sido o responsável pelos milagres, tomando para a Igreja Católica as proezas da retirada do coma de uma jovem (*). Ela havia encarregado Antônio de entregar um envelope contendo cópias das fotos comprometedoras. Queria que o bispo parasse de divulgar notícias mentirosas, creditando à Igreja os feitos realizados pela Ordem. Para ela, o clérigo deve ter perdido o controle e aprisionado o motorista, torturando-o e matando depois. No entanto, desconversou quando Santo indagou sobre como as fotos da morte de Antônio foram parar nas mãos da obesa Grande Mãe (**).

Santo ouviu a história da madre superiora bastante desconfiado. Havia pontas soltas no que ela contara para ele. Porém, não insistiu no assunto. Ele mesmo estava disposto a investigar aquele assassinato, independente da vontade da religiosa. Aproveitou para perguntar sobre como ele mesmo havia ido parar naquele convento quando bebê. A madre relutou, mas finalmente resolveu contar a história do rapaz. Começou falando sobre o soldado das Forças Aliadas que invadira um dos esconderijos de Hitler e escondera para si uma das relíquias confiscadas do ditador alemão. Tratava-se de um cubo contendo um recipiente com um líquido esverdeado. Esse líquido, por sua propriedade milagrosa, era chamado de Sangue de Cristo. Antes do fim da guerra, no entanto, o soldado fora ferido gravemente e salvo por uma das assistentes do médico-monstro Josef Mengele. Em troca, ele traria clandestinamente para o Brasil ela própria, a irmã e o médico exterminador de judeus. O soldado apaixonou-se pela assistente que o salvara e tiveram um filho.

Mas o bebê nascera muito doente e pediram ajuda do médico para salvá-lo. Foi quando Mengele soube da existência do líquido esverdeado e o aplicou na criança, querendo testar seu poder de cura. O bebê teve o líquido injetado nas veias e logo se recuperou do mal que o afligia. No entanto, houve reação adversa e a criança não crescia. A mãe começou a definhar e enlouquecer, então o soldado recuperou às escondidas o cubo do laboratório pertencente a Mengele e fugiu com a cunhada. O garoto foi recolhido ao convento por uma freira da Ordem das Irmãs de Maria Madalena e logo perceberam que ele não desenvolvia crescimento. No entanto, tinha compulsão por mamar, e quem lhe dava o peito definhava como a mãe encontrada morta ao lado dele. Sem o leite materno, o estranho bebê também começou a esmorecer. Passaram a coletar leite para ele, mas não era suficiente para mantê-lo são e para fazê-lo crescer. Mesmo assim, ainda viveu muitos anos sendo tratado por Mengele, que soube do paradeiro do bebê anos antes de ser descoberto e preso por seus crimes de guerra. Mengele avisou a tia da criança, a médica Maria Bauer, e esta requisitou a criança ao convento. Continuou o tratamento iniciado pelo médico apesar de não ter sido tão eficaz. Antes que o menino falecesse, porém, tomou um recém-nascido abandonado do Lar da Grande Mãe e fez uma transfusão total do sangue da criança excepcional para esse novo bebê. Como este novo rebento não apresentou nenhuma reação à transfusão, foi observado em laboratório até os três anos de idade e depois abandonado nas ruas. Foi encontrado vagando pela madre superiora, que o levou para o convento. Passou a ser chamado de Santo depois que umas freiras perceberam que seu esperma cicatrizava quase que imediatamente pequenos ferimentos.

Santo ficou um pouco decepcionado ao ouvir sua história. Esperava descobrir quem eram seus pais. E nada do que ouvira servira para solucionar o assassinato do seu fiel motorista. Despediu-se da madre disposto a ir ao encontro do bispo. Estava convencido de que este estava implicado na morte de Antônio. Entrou em seu Vectra e rumou para a diocese. Tinha as fotos mostradas pela madre e as outras que conseguira com a mulher obesa, dona do Lar Grande Mãe. Mas no primeiro cruzamento em que parou, foi surpreendido por alguém que estivera escondido dentro do seu carro e agora colocava em seu nariz um lenço com alguma substância que fez com que perdesse os sentidos...

Acordou deitado sobre uma cama de ferro, com os punhos e tornozelos presos por correias de couro a ela. Reconheceu de imediato a figura feminina sentada em uma cadeira próxima à cama, lendo um livro. Era a puta que havia roubado todo seu dinheiro e as chaves do seu carro, quando cismara de sair às escondidas indo a um inferninho. Quando o viu acordar, a mulher esbofeteou-o perguntando irada pelo motorista. Decerto não abrira os envelopes contendo as fotos que ele colocara no porta-luvas. Santo falou tudo o que sabia da morte de Antônio, depois que ela viu as fotos chorando convulsivamente. Ela revelou ter se tornado amante mais freqüente do motorista e se apegara muito a ele, pois era quem a ajudava a pagar seus estudos da faculdade. Mas não tinha sido ela que o desacordara no carro. Ele havia sido trazido por alguém que tinha contado que o boxeador estava morto e dissera a ela que o jovem decerto era o culpado da sua morte. Seu sequestrador era um padre coroa e bonitão chamado Lázaro. Santo nunca ouvira nem falar dele.

A jovem prostituta o desamarrou o rapaz e abraçou-se a ele, desconsolada. Enquanto ele acariciava seus cabelos, tentando acalentá-la, ela começou a alisar seu membro por fora das calças. Excitou-se pensando na última vez que se encontraram, quando ela o suspendia pelo pênis com a força da sua vagina, pressionando o pau dele. A jovem percebeu sua excitação e abriu-lhe o zíper, expondo seu grande cacete duro. Retirou a blusa e passou a espremer o membro entre os seios, como a masturbá-lo com eles. Santo sentiu um gostoso prazer quando ela aguardava com gula a glande tocar-lhe os lábios, mordiscando ela sem parar de massagear com os peitinhos enrijecidos. Ele segurou sua cabeça com ambas as mãos e ajudou nos movimentos, roçando o pau devagar entre os seios dela. Aos poucos foram ficando ansiosos da cópula e ela finalmente introduziu seu pênis na vulva molhada e escorregadia. Mas nem bem ele sentiu a quentura do seu sexo, ela retirou o pênis e introduziu no ânus. Disse ao seu ouvido adorar ser penetrada por ali, mas poucos tinham o privilégio de foder o cuzinho dela. Santo estava cada vez mais excitado. Mas a introdução foi difícil, pois ela era muito apertada naquele buraquinho. Mas a jovem passou um creme que tinha dentro da bolsa, próprio para essas ocasiões, e a penetração tornou-se mais fácil. Passaram um bom tempo se amando, até que deram por satisfeitos. Aí bateram à porta do pequeno apartamento onde estavam.

A moça vestiu uma camisola bonita, mas comportada, e foi atender. Era o padre Lázaro, que ficou assustado quando viu o rapaz liberto. Ela mostrou-lhe as fotos e ele mudou de postura, pedindo desculpas ao rapaz. Santo, que já vestira as calças e estava sem camisa, aproximou-se dos dois. Foi quando olhou mais de perto pro rosto do padre que o reconheceu. Era o mesmo coroa que ele salvara a vida, quando teve um enfarte nos aposentos da madre (***). Mas agora ele não parecia doente. Ao contrário, esbanjava vitalidade. Santo também percebeu que ele o reconhecera, mas não tocaram no assunto. O padre pediu as fotos ao jovem, pois queria levá-las, mas ele não as cedeu. Não sabia por que, desenvolvera um sexto-sentido contra o coroa. Algo o alertava de que estava em perigo. Só se sentiu mais à vontade quando o padre foi embora prometendo voltar no outro dia com alguma informação, pois o corpo do motorista boxeador ainda não havia sido localizado. Só as fotos e os boatos davam fé do seu desaparecimento. Na verdade, ninguém havia visto seu corpo ainda. Santo e a jovem prostituta resolveram passar a noite juntos, agora esperançosos de ainda ver o motorista com vida. E eles ainda teriam outros momentos maravilhosos de sexo...

(*) Ler o episódio O Santo Faz Milagre

(**) Ler o episódio anterior: O Santo e a Obesa

(***) Ler o primeiro episódio: O Santo de Pau Duro

FIM DA DÉCIMA QUARTA PARTE

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