Puta, professora e mãe - duas máscaras

Um conto erótico de jornalista77
Categoria: Heterossexual
Contém 1546 palavras
Data: 22/05/2015 21:19:04

Ananda acordou na manhã seguinte e, ao se virar, viu Alejandro deitado de lado, olhando para ela com carinho. Ele acariciou seu rosto, afastou uma mexa de cabelo dos seus olhos e lhe deu bom dia. Ananda respondeu e eles trocaram o primeiro beijo da manhã. - É tão bom olhar pra você dormindo. Parece un angelito - disse ele. Ananda sorriu envergonhada e perguntou há quanto tempo ele estava acordado. - Não sei. Dormi pouco esta noite. Estava tão feliz com você nos meus braços que esqueci de dormir - respondeu. - Sempre um poeta. Sua Rosario era uma mulher de muita sorte - falou Ananda. Alejandro pediu o café da manhã no quarto e comeram na cama mesmo. Ele a convidou para passar o dia no hotel, mas ela disse que não podia, tinha um compromisso naquela manhã. A verdade é que Ananda ainda não tinha digerido a proposta de casamento que ele lhe fizera na noite anterior e não quis ficar mais tempo com ele para que não voltasse ao assunto. Tomaram banho após o café e, antes que ela saísse, ele retomou o assunto do pedido. - Eu sei que assustei você ontem à noite com minha proposta de casamento, pequeña, e, por isso, peço desculpas. Mas, a proposta é verdadeira e sincera. Se você aceitar, prometo que farei de você uma rainha - disse ele. - Alejandro, fiquei muito emocionada com sua proposta, mas você nem sequer me conhece, não sabe nada ao meu respeito. Só sabe que nós tivemos uma bela noite, mas não acha pouco para um casamento? - perguntou. - Na minha idade, todas as belas noites são especiais. Sei que sou velho e devo morrer logo, mas também sou rico, muito rico e posso deixar você em ótima situação. Pense na proposta, não precisa me responder agora. Irei embora em quinze dias e você poderá me telefonar até lá com sua resposta - finalizou, lhe passando seu celular. Ananda recebeu e foi embora.

O motorista de Alejandro levou Ananda até a mansão. Ela entrou e encontrou Isabela, brincando com Angélica, que pulou no colo da mãe ao vê-la chegar em casa. Percebendo a expressão séria de Helena, Isabela mandou Angélica ir brincar com Estela e levou Helena ao seu escritório. - Então, aconteceu alguma coisa no programa com o coroa? - perguntou. - Aconteceu. Ele me pediu em casamento - respondeu Helena, se sentando no sofá. Isabela riu alto da notícia e se sentou ao seu lado, abraçando-a. - Meu docinho, seja bem-vinda à vida de garota de programa. Todas nós recebemos propostas de casamento. Me espanta você ter demorado tanto para receber a sua - disse ela. - Você também recebe? - perguntou surpresa. - Hoje em dia não mais porque faço poucos programas e só com mulheres. Essas propostas são geralmente de homens, infinitamente mais carentes que nós e que adorariam ter uma puta em casa lhes esperando. Eles se apaixonam muito mais fácil. Algumas boas transas e pronto. É normal - explicou Isabela. - Normal não é, Isabela. Ele mal me conhece, aliás não me conhece, não sabe nem meu nome verdadeiro. Como vou me casar com ele e ir embora na Espanha? - perguntou. - Eu não estou dizendo para você aceitar, docinho. Só digo que isso é normal, já aconteceu outras vezes. Um homem de 70 anos não costuma ter uma mulher como você na cama. Quando tem, enlouquece. Aposto que ele é viúvo. Se fosse casado, ia querer você para amante - as duas conversaram por mais de uma hora e o episódio com Manuela também foi pauta. Helena contou que havia se decepcionado com ela e Isabela tentou acalmá-la, dizendo que somente Manuela perderia com aquela atitude.

Os dias foram passando, Helena voltou a sua rotina normal de professora e mãe de Angélica, porém, em uma manhã, ela foi surpreendida por um buquê de rosas que chegou à mansão. Era de Alejandro, dizendo estar pensando nela todos os dias e transcrevendo uma poesia em espanhol. O motorista dele havia levado Helena à mansão, então ele sabia seu endereço. Uma semana depois, em um sábado, ela teria mais um programa, desta vez com uma mulher. Helena deveria ir a um prédio comercial no centro da cidade e se apresentar na portaria, dizendo ter uma reunião com a senhora Maria Ribeiro. Ao fazer isso, Ananda foi abordada por uma senhora de cerca de 50 anos, que se apresentou como assessora da sua cliente e pediu que a acompanhasse. Entraram em um elevador privativo e subiram diretamente para o escritório dela. A assessora saiu e disse que sua chefa não tardaria. Cinco minutos depois, ela chegou e, para surpresa de Ananda, ela era bastante conhecida. - Manuela? O que você está fazendo aqui? - perguntou assustada ao ver a deputada Manuela Dias. - Fui eu quem a contratou - respondeu. - Mas, me disseram que minha cliente era Maria Ribeiro - disse Ananda. - Maria Manuela Ribeiro Dias, muito prazer - esclareceu sorrindo. - Então, a Maria Ribeiro protege a reputação da Manuela Dias - disse Ananda. - Também, mas eu temia que você não viesse se soubesse que era eu - falou Manuela. - Por que eu não viria? Sou uma prostituta, lembra? Não costumo recusar clientes - ironizou. - Yep... quanto a isso. Eu não a chamei aqui como cliente, mas para me desculpar pela minha grosseria do outro dia. Falei uma estupidez, fui insensível, grosseira, enfim. Me perdoe, por favor, não quis ofendê-la - disse Manuela. Ananda sentiu sinceridade nas suas palavras.

- Eu não me senti ofendida, Manuela. Sou uma prostituta mesmo. Uso roupas elegantes, falo bem, atendo meus clientes em hotéis cinco estrelas e não em motéis baratos e imundos e cobro caro, mas, na prática, sou uma prostituta. O que me magoou foi seu olhar de desprezo. Eu estava com a nítida impressão de que você estava interessada em mim e, de repente, perdeu o interesse quando soube quem eu era. Isso me magoou. Aliás, falando em interesse, você é bissexual? Você estava noiva na campanha - perguntou Ananda. Manuela caminhou pelo escritório e se sentou em uma poltrona no canto. Parecia pensativa sobre o que falaria. - Não... (hesitou em continuar, respirou fundo e seguiu) eu sou lésbica. Não me envolvo com homens desde os meus 17 anos quando tive um namoradinho. Conheci a irmã dele, me apaixonei e percebi que gostava de garotas. Quanto ao meu noivo da campanha, marketing. Segundo meu staff, eu sou jovem, inexperiente, luto por causas pouco atraentes para a grande mídia e, se eu revelasse que sou lésbica, minha campanha à Câmara já era - confessou. - Ninguém sabe que você é lésbica? - perguntou. - Meus pais e irmãos sabem e poucos amigos íntimos. Profissionalmente, a Bianca, minha assessora, sabe e tem sido meu grande apoio. Sem ela, não sei como teria conseguido manter esse segredo até hoje - contou uma constrangida deputada. - Não precisa ficar constrangida. Todas nós temos nossos segredos. Eu, por exemplo, sou uma professora primária de manhã, mãe à tarde e puta à noite - disse Ananda rindo e fazendo Manuela rir também. - Pelo jeito, a festa à fantasia acabou, mas continuamos com nossas máscaras - falou a parlamentar. As duas voltaram a rir e Manuela convidou Ananda para almoçar lá mesmo.

As horas passavam rápido e a conversa entre elas fluía com incrível naturalidade. Até o momento, não havia sido feita nenhuma insinuação sexual, porém o tesão existia e era sentido por olhares maliciosos de ambos os lados, especialmente de Ananda. Manuela havia feito ginástica e vestia um macacão suplex verde água, que delineava bem suas belas curvas. Do pescoço, escorriam atraentes gotas de suor para o decote, que pediam uma língua para enxugá-las. Após a refeição, Manuela colocou uma música para tocar, a mesma da festa, e tirou Ananda para dançar. - Vamos refazer aquela cena, nós duas dançando e eu dizendo, baixinho, no seu ouvido o quanto você é linda e atraente, o quanto eu quero te tirar desta festa e te levar para a praia, pra um cantinho só nosso, sob a luz da lua e degustar você a noite todinha, descobrir teus segredinhos ocultos no teu corpo, descobrir as várias texturas, cheiros e sabores da tua pele - sussurrava e Ananda se arrepiava e encharcava a calcinha. Enquanto falava, Manuela lambia carinhosamente o pescoço dela e mordia de leve a pontinha da sua orelha, fazendo sua parceria gemer no seu ouvido e apertá-la contra seu corpo. A mão de Manuela foi descendo e se infiltrando por baixo do vestido de Ananda, subindo pelas suas coxas e chegando a sua calcinha ensopada. A encostou na mesa e colocou um dedo em sua boceta melada. Ananda urrou de tesão, abrindo mais as pernas e gemendo, tremendo e abraçando Manuela. Seu dedo entrava e saía em velocidade alternada, ora mais rápido ora mais lento e profundo. Ananda gozou deliciosamente, melando bastante a mão da deputada, que a levou à boca e chupou o suco da parceira. - Eu te quero na minha cama, quero te saborear inteira, quero te fazer gozar loucamente e te amar a noite toda. Mas, eu quero a professora, a mãe e não a garota de programa. A Manuela Dias quer a professora, sem máscaras, sem subterfúgios. Se você também me quiser, vou mandar a Bianca te dar meus telefones. Estarei na cidade de novo no próximo final de semana - as duas se beijaram e Ananda saiu. Manuela queria a Helena, não a Ananda. Outra decisão que ela deveria tomar. O que vocês acham?

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Comentários

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Meu namorado e eu estamos procurando outro casal ou mulher para diversão, somos discretos!

Interessados mande um e-mail informando o whats que entraremos em contato para conversar melhor ;)

(Somos de São Paulo)

E-mail: casalmahti@gmail.com

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Acho que essa ela tem que aceitar. Voltar a ter uma vida normal como ela queria!

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Vamos ver como se sair a Helena, visto que, como o Helena, ela só transou com homem. Agora, me desculpe o FabioStatz, mas acho que ainda tem muita historia que pode ser contada com a Helena/Ananda.

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