UM FANTASMA TRANSOU COMIGO

Um conto erótico de Ehros Tomasini
Categoria: Heterossexual
Contém 1489 palavras
Data: 03/05/2015 00:43:16
Última revisão: 04/05/2015 08:29:17
Assuntos: Anal, Heterossexual, Oral

BRIGITE – OITAVA PARTE

Apesar da fedentina do banheiro, foi uma foda gostosa. Tarsila, depois de gozar umas três vezes, deu-se por satisfeita. Ajeitamos nossas roupas e saímos juntos daquele cubículo imundo. A primeira coisa que fiz foi olhar se meu laptop ainda continuava em cima da mesa. Para meu alívio, estava lá. Ela, adivinhando meus pensamentos, me deu um sorriso sacana. Como se tivesse certeza que ninguém mexeria nele. Sentamos à mesa e eu, ainda não satisfeito, abri o computador portátil. Foi quando vimos o pedaço de papel sobre o teclado. A policial Tarsila pediu-me licença e tirou-o das minhas mãos. Inclinei-me e li com ela. Era um endereço de motel. Tarsila olhou em volta, em busca da garçonete. Fuzilou-a com os olhos, quando a viu encostada ao balcão, olhando em nossa direção. Não me atrevi a olhar para lá, evitando uma briga inútil com a policial enciumada. Aí, o celular de Tarsila tocou...

Era o delegado Vargas. Exigiu que ela o encontrasse imediatamente no hospital. Eu teria que ir também. Bateu-me uma apreensão repentina. Quem mais havia sido atacado pela sanha do misterioso assassino? Fizemos todo o percurso até lá em silêncio. Eu tentava adivinhar quem teria sido a próxima vítima, e Tarsila, de vez em quando, olhava para mim, como se desconfiasse que eu estivesse escondendo algo dela. Até que, finalmente, chegamos ao nosso destino e entramos apressados. Perguntamos na portaria pelo delegado Vargas e nos indicaram a enfermaria 306. Foi fácil de achar. Quando invadimos o quarto, encontramos o policial em pé, à beira de um leito. Nele, estava deitada a sargento Simone. Tinha a cabeça enfaixada e os olhos desmesuradamente abertos, mas estava viva. Exultei de alegria. Sentia-me culpado pela sua morte. Assim que me viu, o delegado Vargas pediu-me as fotos novamente...

Entreguei as fotografias da sargento, onde ela aparecia em close com um tiro na testa, e ele examinou-as de perto. Depois, chamou a policial Tarsila a um canto e estiveram conversando, baixinho. Aproximei-me do leito da sargento. Ela pareceu não me reconhecer. Aí o delegado explicou-me que, através de uma denúncia anônima, chegaram até um apartamento no subúrbio. Encontraram a policial desacordada, com uma fratura na base do crânio, além de várias marcas de pancadas por todo o corpo. Haviam achado uma barra de ferro perto dela, que decerto fora usada para golpeá-la. Encontraram, também, dois pares de algemas, que devem ter sido usados para aprisioná-la, no cativeiro. A caminho do hospital, tivera uma parada cardíaca. Mas, fora prontamente socorrida pelos médicos que acompanhavam a viatura policial, em uma ambulância. Tivera pronto-atendimento no hospital, mas entrara numa espécie de coma. Mantinha os olhos abertos, mas não esboçava nenhum movimento. Não haviam encontrado nenhum sinal do dinheiro pago ao chantagista.

Fomos, eu, a policial Tarsila e o delegado Vargas, até o apartamento onde fora encontrada a sargento Simone. Eu não conhecia o tal endereço. No quarto, de onde haviam retirado a policial agonizante, havia uma poça de sangue. Os móveis estavam fora do lugar e alguns objetos estavam quebrados, indicando que havia acontecido uma luta corporal no local. Vimos um buraco de bala na parede e um revólver jogado ao chão. Reconheceram-no como a arma da sargento. Encontramos a barra de ferro, que servira para atingir a policial, assim que entramos no apartamento. Ela estava ensangüentada e jogada sobre o sofá da sala. Retiraram todos os lençóis de um guarda-roupa, o único que tinha no apartamento, e não foi encontrado nenhum que que fosse idêntico ao da foto com a policial deitada na cama, com um tiro na testa. O delegado Vargas concluiu que aquela fotografia não foi tirada ali, naquele apartamento. Aliás, ele me disse que não acharam nenhum vestígio de disparo contra a policial. Mas as mãos dela fediam a pólvora. Acreditava que ela havia atirado em seu agressor. A policial Tarsila cheirou a arma jogada no chão e confirmou as suspeitas do delegado.

O Sr. Vargas foi embora assim que a polícia técnica chegou ao local. A policial Tarsila esteve dando umas instruções e depois me puxou até um dos aposentos do pequeno apartamento. Disse-me que estava excitada e que queria fazer sexo ali mesmo, na cozinha, correndo o risco de ser flagrada pelos outros policiais. Eu não estava afim. Disse que tinha certa simpatia pela sargento, e não iria me sentir bem transando no local onde ela quase foi assassinada. Ela pareceu ter ficado chateada comigo. Dispensou-me, dizendo para eu ir embora dali, mas deixando todas as fotos com ela. Muito a contragosto, fiz o que me pediu. Depois, peguei um táxi e saí dali chateado. Precisava de um trago. Rumei para o Bar dos Poetas, onde já havia encontrado algumas vezes o meu amigo Angelo Tomasini. E ele estava lá...

Estivemos conversando e tomando uns tragos. Ele bebendo cervejas e eu o meu predileto Campari. Preferi não tocar nos assuntos policiais. Ele me deu algumas dicas sobre como fazer roteiros cinematográficos e eu anotei tudo em meu laptop. Eu já estava na quarta dose quando a policial Tarsila apareceu. Disse que apostou que eu estaria ali. Beijou-me levemente os lábios e sentou-se à nossa mesa. Apresentei-a ao meu amigo Angelo e ela ficou entusiasmadíssima por conhecer seu autor erótico preferido. Correu até a viatura na qual viera e pegou um exemplar do livro dele, querendo que ele autografasse. Daí por diante, parecia que eu não existia. O papo durou a noite inteira, sem que nenhum dos dois me desse a mínima atenção. Pedi licença para ir ao banheiro e nem me responderam. Então, resolvi ir embora. Saí sem me despedir.

Peguei um táxi e rumei para casa. Desci no mercadinho da esquina, que nunca fechava, e comprei três garrafas de Campari. Na portaria do meu prédio, pedi minhas correspondências. Logo no primeiro envelope, que era o de recibo do condomínio, tinha um número de celular escrito em letras garrafais. Perguntei ao porteiro do que se tratava. Ele me disse que não sabia, pois quando rendera o porteiro anterior, o número já estava ali. Agradeci e subi até meu apartamento. Nem fechei a porta, curioso de saber a quem pertencia o número escrito em letras enormes por fora do envelope. Liguei três vezes para o celular e só deu desligado ou fora de área. Desisti. Coloquei duas garrafas de bebida no congelador e abri a terceira. Coloquei algumas pedras de gelo num copo grande e enchi-o até a borda. Sentei-me totalmente nu em meu lugar preferido: o sofá da sala, diante do meu telefone. Fiquei bebendo e olhando para ele, lembrando dos telefonemas cheios de erotismo de Brigite. Tomei o primeiro gole, quase esvaziando o copo. Tive que enchê-lo de novo, após o segundo gole...

“Quando ela chegou, eu já nem a esperava mais. Ela tinha os cabelos molhados e um cheiro de flor. Suas roupas foram caindo uma a uma, como pétalas de amor. Os bicos dos seus seios eram rosados, como um botãozinho recém-brotado. Tocou com eles em meu nariz, perpetuando seu perfume de fêmea. Senti pingar em minhas mãos as gotas do orvalho do seu desejo. Desfolhei suas pétalas encharcadas e senti seu perfume na ponta dos meus dedos. Lambi sua essência de mulher carente de um caule forte e vicejante. Sua flor abriu-se para mim como se fosse um girassol, e ela deu um giro de 180 graus. Primeiro, encharcou meu caule com seu néctar morno, fazendo brotar um botão rubro e rústico na minha haste. Regou-o com sua seiva, ao mesmo tempo em que fazia desabrochar a sua flor derradeira. Essa flor apressou a minha semeadura e eu me tornei fruta madura. Derramei todo o meu caldo no seu vaginal paladar”...

Nem sei em que momento eu escrevi essas linhas. Esqueci até de assinar Felipe Marques, como sempre faço ao terminar um texto erótico em meu laptop. Coloquei a segunda garrafa vazia no chão, ao lado do sofá, e tentei me levantar para pegar outro litro na geladeira. Caí pesadamente de volta ao assento. Respirei fundo e tentei de novo. Com muita dificuldade, consegui ir até a cozinha, me agarrando às paredes. Consegui voltar ileso. Mas esqueci das pedras de gelo. Dei de ombros. Passei a beber do gargalo da garrafa.

Aí, vi Brigite entrar pela porta do meu apartamento. Estava nua. Fixei-me na sua bela patinha de camelo, entre as pernas. Caminhou até mim com seu andar cadenciado de modelo. Beijou-me na boca. Tentei levantar meus braços para abraçá-la, mas meu corpo não atendia aos meus movimentos. Ela sorriu e pediu-me carinhosamente para que eu não a tocasse. Fechei meus olhos e fiquei quieto. Primeiro, ela levou meu pênis à boca. Depois arranhou ele com as unhas, de leve, para não machucar. Tornou a colocá-lo nos lábios e brincou com ele, como uma menina sapeca. Masturbou-me suavemente, quase sem me tocar com os dedos em forma de anel. Relaxei, naquele torpor gostoso. E adormeci, antes de ter conseguido gozar...

FIM DA OITAVA PARTE

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