Alexander No País de Oz - Final ( Parte 3 ;-; )

Um conto erótico de ©@M£;)
Categoria: Homossexual
Contém 3719 palavras
Data: 17/04/2015 00:40:57
Assuntos: Final, Gay, Homossexual

Comto 1-www.casadoscontos.com.br/texto/Conto 2 - www.casadoscontos.com.br/texto/Ela caminhou rapidamente para a porta, pegou uma caixa nova de chocolates e a abriu.

- ALEQUIEE!! - ela ajoelhou-se e abraçou ele - quer chocolate?

Alec negou com a cabeça.

- Cuidado, hein? Tem sereias por aqui - Ela saiu sorridente, comendo seus chocolates.

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Depois de revistarem tudo, a turma se jogou no chão, exausta. As feridas de Alec e Tsol se fecharam bem rápido, graças às bênçãos do mágico.

- Amanhã seguimos em frente - Marceline disse - está tudo limpo, então podemos dormir por aqui.

Eles comeram as guloseimas de Alec e beberam refrigerante quente. Alec ainda estava sem falar com Tsol que o Observava de forma gatuna.

- Acho melhor irmos dormir então - disseram Otar e Atag voltando para a forma animal.

- Ei Otar - Tsol falou. Alec sentiu um arrepio ao ouvir sua voz - fique na forma humana pra enfrentar as coisas que guardam pra você - Otar fez uma expressão desentendida então encolheu.

Todos forma pra um Quarto. Alec ia entrando no seu, quando virou-se para fechar a porta, viu Tsol apenas de calça e com um banho recentemente tomado e um sorriso sexy nos lábios. Ele arregalou os enormes olhos castanhos.

- O que você... - ele avançou, o fazendo andar para trás. Bateu a porta e então o empurrou na cama - Ei! o que você quer... - Tsol se jogou em cima dele e beijou sua boca. Alec sentiu ondas de arrepios e calor espalhando-se pelo seu corpo. Ele enfiou a mão embaixo da roupa dele e o agarrou pela cintura.

Alec gemeu alto.

" Eita, calma aí, assanhadinhos " Shulåãn resmungou.

- O que você quer?! - Alec perguntou arfando, afastando o rosto dele um pouco. Ele se sentiu um idiota por mais cedo. Aquele rosto lindo fazia ele se sentir louco.

- Quero que adimita... - Tsol lambeu o pescoço de Alec vagarosamente. O que era aquilo? Ele pensava que Alec era um pirulito? - que tem ciúmes de mim.

- E eu tiver, que diferença faz? - Alec deu de ombros, tentando se soltar, mas Tsol deu-lhe um beijo - Para. Você não vai conseguir me comprar com um beijo toda vez.

- Você sabe que eu te amo, né? - Perguntou Tsol sorrindo. Alec assentiu - então não se preocupe. Nunca vou trair você. E me desculpa por lhe provocar mais cedo - Tsol o abraçou com força e enfiou a cara entre seu ombro e pescoço. Alec se arrepiou. Droga, deveria existir tutorial de como resistir a olhares e conportamentos sedutores.

- Tudo bem - Alec o abraçou de volta. Suas costas estavam geladas, mas isso era extremamente gostoso. Fazia um friozinho agradável, que o fez se agarrar mais ainda a ele. O cansaço pensou em seus olhos, enquanto Tsol falava algo sobre ele cheirar Açúcar.

- Te amo - falou, antes de pegar no sono.

Na manhã seguinte, Tsol e Alec foram acordados por Marceline cantando uma música que falava sobre duas crianças que juntaram suas forças e poderes para matar um grande dragão. Eles foram considerados heróis, por salvarem todas as pessoas que sofriam com a opressão da fera. Eles comeram um cereal de grãos estranho, que tinha gosto de milho e leite condensado.

- Hora de Irmos! - Anunciou Marcy, após todos tomarem um último banho. Eles começaram a subir as escadas e Atag e Otar voltaram à forma humana e comentaram sobre a carta estranha do início do primeiro andar.

- Lembram? "abra seus olhos". Estava especificando o que deveríamos fazer para passar por lá.

- Então temos que achar a salvação e evitar a morte agora - Tsol disse - se não fizermos isso, alguém provavelmente algum de nós pode morrer.

Todos assentiram. Chegaram a uma porta, onde estava escrito:

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SEGUNDO ANDAR

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Abriram a porta atentos, armados e caminhando vagarosamente. Estava tudo escuro. Alec pegou o Tablet e usou a lanterna para iluminar o local. Haviam caixas. Muitas caixas. De todos os tamanhos. Caixas largas, finas, grandes, pequenas, de madeira, papel, palha, papelão, metal, de tantos tipos, formatos, cores e consistências que pareciam ser infinitas. Haviam caixas até o teto.

- Certo, não entendi - Marceline abaixou o machado, farejando o ar - não tem ninguém além de nós aqui. A única compahia são as caixas.

- Ei, tem uma carta alii!! - Darla gritou dando pulinhos, enquanto arrastava um carrinho de mão escada acima que carregava um saco cheio de caixas de Bombons. Ela enfiou um bombom na boca e pegou a carta - tá escrito: abra a porta que se esconde atrás da morte com a chave atrás da salvação. E assim saia daqui vivo.

- Muito lógico tudo isso, entendi tudo! - resmungou Tsol, contrariado por não conseguir entender.

- Ei, gente - Atag aproximou-se com uma caixa. Dentro havia um par de meias - estão pensando o mesmo que eu? Em alguma dessas caixas há uma chave que provavelmente abre uma porta aqui. E essa porta leva ao próximo andar.

- Então só precisamos achar a chave - disse Marcy começando a abrir a s caixas. Uma caixinha de música minúsculas estava dentro. Ela guardou pra ela.

Eles começaram a abrir caixas e empilhá-las organizadamente. A charam milhares de coisas: brincos, anéis, corda, bolinhas, novelos de lá, um cachecol, lençóis, bonequinhos de porcelana e teve um momento que Otar achou um sanduíche de queijo suíço e enlouqueceu querendo comê-lo.

- Larga essa porcaria - Tsol deu um tapa na mão dele, derrubando o sanduíche no chão - pode estar envenenado.

- É envenenado - Marcy apontou enquanto o pão corroía o chão como ácido.

- Maninho, você ia ficar com um buraco no estômago - Atag balançou a cabeça em reprovação - não coma essas coisas em que não dá pra se confiar.

- Queijo suíço... - Otar falou deprimido com cara de choro - Suíço.

- Fica frio e procure a chave Otarzinho - Darla falou em forma de apoio. Ela abriu una caixa e havia uma boneca de pano dento -AAAAH!!!! UMA BONEQUINHA!!!

- Faz silêncio, Darla. Não é bom fazer alarde em um lugar em que não sabemos se há ou não alguém - Tsol abriu uma caixa de música e um palhacinho com corpo de acordeão pulou pra fora.

- Ok, desculpa, mas ela é muito fofa! - Ela gritou.

- Só tente falar baixo - Alec instruiu enquanto Otar e ele abriam uma pesadíssima caixa de Chumbo. Haviam armas de ferro dentro. Dentre elas, muitas flechas e dois arcos.

- Tscky, Achamos armas - ele pensou em pegar, mas não iria precisar daquilo em breve, então simplesmente deixou a novidade de lado e continuou abrindo caixas enquanto Tsol analisava tudo.

Alec abriu algumas caixas até que encontrou uma roxa com azul e estava escrito "menção" nela. Ou era "meçam". Estava muito borrado pra conseguir ver. Poderia ser...

- O que é isso Alec? - Tsol pegou a caixa das mãos dele abriu. Uma nuvem de fumaça roxa escura flutuou e atingiu o rosto de Tsol como uma forte corrente vento assoprando no rosto dele. Tsol fez careta. Sua expressão mudou para enfadigado. A pele dele pareceu ficar verde.

- Tscky?! - o sangue de Alec gelou. Tsol agarrou uma grande caixa de plástico perto dele e vomitou - Tscky!

- O que é, hein cabelo de fe... - Marceline começou, mas quando viu Tsol vomitando novamente dentro de uma caixa sua expressão se tornou enojada - Ei, Atag, vem cá.

- O que foi Marcy? - Atag levantou-se após tomar um susto com uma caixinha que disparou confete em sua cara e aproximou-se. Quando ela viu a amiga apontando pra Tsol vomitando de novo ela correu - Nossa! O que houve?!

- Tsol aspirou uma fumaça estranha e começou a vomitar! - Alec falava pro namorado respirar, mas Tsol babava e olhava vesgo - vai ficar tudo bem. Têm que ficar - ele sentiu o medo se manifestar em seu estômago e ficou com um frio na barriga que o nervosismo Causava - você não pode me abandonar... Preciso de você... - ele pensava que Tsol estava tremendo, mas quem tremia era ele. Seus olhos ardiam - maldição... Estava escrito maldição na caixa... Se eu soubesse ler ma língua daqui ou se eu que tivesse aberto a caixa você não iria precisar passar por...

- ALEC, NÃO TEMOS TEMPO PRA CHORAR! - Marceline gritou abrindo várias caixas num rítmo desesperado - TSOL ESTÁ COM FEBRE DO FENO, ISSO É MORTÍFERO! - Alec sentiu que iria desmaiar. Marcy tentou manter a calma na voz - O antídoto é leite de Dragão com ervas Frown, então por favor... procure conosco.

- Parece esmalte cor pérola se isso ajudar - falou Darla.

Alec caminhou cambaleante até as caixas e começou a abri-las de forma desesperada até as caixas. Aparecia de Tudo. Brinquedos, comida, roupa, acessórios, roupa de cama, Diamantes, bebida, Livros... Tudo menos o antídoto. Alec começou a tremer violentamente. Primeiro sua mãe se foi para sempre. Depois a mente de seu pai foi parar em outro lugar... E agora Tsol.

Mas ele simplesmente não o podia perder. Mal havia começado, porque ele tinha que ir?! Por quê todo mundo tinha que ir embora... pra sempre? Porque ele sempre tinha que acabar sozinho? Desde quando isso é justo?! Bem que ele podia se morrer. Assim pelo menos assim não ficaria sozinho, sem quase ninguém à sua volta. Que fracasso de pessoa... O pior de tudo era ver que Tsol ia embora embora pra sempre bem em sua frente... como Oscar, seu pai... Primeiro ele passou a beber compulsivamente. Isso o fazia violento, rude e... assustador. Ele nunca pensou que seu pai poderia ser assustador. Came naquela época já era seu amigo graças à ele que seu pai parou. Ele pôs um remédio estranho que fazia ele se sentir mal toda vez que bebia. Depois disso ele ficou quieto. Não falava, não comia, não se movia... Não fazia nada. Foi quando Alec teve que começar a cuidar sozinho de casa... Mas mesmo que seu pai sempre estivesse ali pessoalmente... ele sempre parecia muito longe. Alec se sentiu culpado por cinco anos até Came por na sua cabeça que não era nada.

- Preciso... me... acalmar... - ele sentiu o que seria uma depressão pela primeira vez. Depressão poderia ter um outro nome: CULPA. Culpa por deixar quem você ama ir, sendo que você poderia ter impedido isso. Isso é o primeiro motivo de uma depressão.

" Foi pra isso que nasci? " Se perguntou " pra sofrer? "

Havia apenas silêncio e desespero em sua alma.

" Porque todas as pessoas têm que se afastar de mim? Ou morrer? Isso é justo? Acha que É justo?!! " Alec caiu no chão, tremendo e sentindo pontadas estranhas e extremamente dolorosas no peito " porque EU não posso morrer e reencontrar elas? Essas únicas pessoas que eu tinha... Porquê? " parecia que ele havia levado um tiro no peito. Se sentia sufocado. Queria respirar mas simplesmente não conseguia. O ar saía e... só. Seus pulmões clamavam por ar, porém ele parecia irrespirável. As pontadas no peito aumentaram " é melhor eu ir... " sentiu que sua alma se deixava levar para algum lugar longe. Sentiu que flutuava por algum lugar entre o subconsciente e o nada... Por horas... Ou pra sempre.

Ele dormia. A dor havia passado havia algum tempo e tudo estava escuro. Seus olhos se abriram mas insistiram até se fechar novamente. Passou muito mais tempo até que sentiu algo. Não... não era algo. Era ALGUÉM.

- Alexander - essa pessoa falou de forma fria e desprezível. Alec continuou olhando para o nada, aturtido - Alexander!

Os olhos de Alec vagaram pelo lugar e encontraram algo; um ponto de luz brilhante entre toda aquela escuridão.

- Alexander! - falou novamente. Alec não gostou. Fazia tempo que não ouvia esse seu nome velho de Escritor Inglês velho que nem se lembrava que ele era tão feio assim - pare aqui mesmo.Desista!

Alec não conseguia controlar seu corpo direito, mas compo esforço quase que inútil, conseguiu rolar e ficar com a barriga no chão. Ele viu alguém essa pessoa brilhava. Seria um anjo? Ou seria uma ilusão de sua mente? O brilho branco diminuiu no rosto da pessoa e ele pôde ver. Aquele rosto... Era...

Era ele. Mas era impossível. Alec estava ali. Como poderia estar lá também?! Mas havia uma diferença. Três na verdade. O tamanho deles era igual. E as feições também. Porém ele tinha cabelo branco como neve, pupilas brancas com globos oculares negros como o inferno e era doentiamente branco como alguém que não tem sangue.

- Quem... é... você? - perguntou Alec enfadigado.

- Eu? Eu sou você oras - falou num tom superior como se aquilo fosse a resposta mais fácil do mundo e Alec não soubesse - sou Rednaxela.

" Quê? Rednaxela? Que nome infeliz é esse que a mãe escolheu " Alec pensou. Mas então veio um reflexo em sua cabeça e ele pensou.

-Alexander ao contrário... - Ele tentou levantar mas caiu logo em seguida. As forças do seu corpo pareciam ter sido sugadas com um canudinho... E aquele cara o olhava com ódio - o que... o que você é?

- Sou você, está se fazendo de desentendido? - ele olhou de forma mais raivosa. Coisa que parecia impossível, já que ele o olhava cada vez com mais ódio.

- Tá, desculpa... - Alec se esforçou para levantar mas caiu novamente - ugh! - tentou de novo , mas caiu de costas - e o que quer de mim?

- Quero abrir os seus olhos, Alexander! - ele caminhou vagamente até Alec - quero que pare com isso aqui e agora.

- Isso o quê?...

- Com essa Tolice!! - disse furiosamente Rednaxela. Esse nome ainda era um tanto estranho para Alec - até onde pretende fazer com que todos sofram por você? Até quando e onde quer levar isso? Aqueles dois garotos e três garotas estão pagando pelo que você deveria sofrer, Alexander!

Aquilo foi um soco em sua cara. Ele nunca havia pensado isso. Será que era verdade mesmo? Eles realmente vieram sofrendo coisas que ele deveria sofrer? Alec já havia pensado sobre isso de vez enquanto, mas nunca lhe passou pela cabeça que sofressem. Eles eram amigos, certo? Tudo o que acontecia entre eles era compartilhado entre eles.

- Tudo isso é sua culpa, Alexander - Rednaxela olhou no fundo dos seus olhos castanhos - sua mãe se foi por sua culpa - a imagem da mãe de Alec apareceu atrás do garoto que dizia ser Alec também. Ela também vestia um vestido completamente branco e tinha um olhar triste nos olhos cinzentos. Ela era tão diferente dele. Seus cabelos meio loiros meio castanhos, olhos cinzentos e pele meio bronzeada.

- Mãe... - seu queixo tremeu. Ver sua mãe depois de cinco anos... Como ela era bonita. Como sentia sua falta... - me desculpa... mamãe... - seus olhos arderam e lágrimas jorraram de seus olhos - eu te fiz mal?

- E seu pai também -disse Rednaxela. E já o pai de Alec apareceu vestido com suas roupas largadas pretas. Ele olhava de forma de forma decepcionada para Alec. Como quando ele havia cortado um quadro dele com uma espátula de estátua. Aquele olhar de " porquê? Por que fez isso? Como pôde fazer isso? ".

- E aquele rapaz que era seu amigo e o único garoto que você amou - acrescentou Rednaxela. Camé apareceu atrás dele com a blusa preferida dele. Uma Blusa cinza de um personagem chamado " Ichimaru Gin" de um anime japonês intitulado "Bleach" ele olhava Alec como olhava pra quem lhe causa desgosto. De forma acusatória. E por último, Tsol. Ele estava vestido com o seu casaco vitoriano, estava montado no Ydnac Torroc, seu cavalo branco, e estava com o olhar raivoso que ele sempre direcionou especialmente à Alec antes de começarem a namorar. Mas dessa vez havia um ódio verdadeiro naqueles olhos azuis que Alec pensou que nunca mais iria ver.

- Para... - Alec mal aguentava falar. Ele não queria ver aquilo. Mas sentia no fundo que era realmente o culpado. Mas... por quê... por quê torturá-lo daquele jeito? Pra quê? - por favor, para...

- Culpado -Rednaxela falou. A boca de todos atrás dele se moveram, pronunciando a mesma coisa que ele - é tudo sua culpa, Alexander.

" Não! POR FAVOR, NÃO!!! NÃO ME CULPEM!! "Alec implorava em pensamentos. Não aguentava mais falar. Sua garganta parecia ter sido selada. A única coisa que saia era um berro que se assemelhava ao som que um animal emitia enquanto estava morrendo.

- E todos se foram por sua culpa - Rednaxela afirmou. Tsol começou a ficar transparente e sumiu, sua mãe se virou e foi andando para longe até que sumiu no escuro. Seu pai virou pó, e Came afundou no chão e submergiu.

Apenas seu reflexo restou ali. Ele se perguntou se este era Shulåãn. Mas... não poderia ser. Ele não era assim. Ele não era tão cruel àquele ponto.

-Desista Alexander - Falou Rednaxela - você não têm mais ninguém. Está sozinho. Não há para onde ir ou onde se esconder.

- Mas eu... meus amigos... eles não morreram - Alec chorava compulsivamente - ele são fortes, eu acredito neles...

- Tolice! - Rednaxela reprimiu - deixe que eles ao menos descansem em paz! Que comportamento ridículo!! Não percebe que à essa altura todos já estão mortos? É uma idiotice insistir nisso!

Alec encolheu-se e chorou baixinho. Não queria mais ficar naquele lugar escuro. Se perguntou se nunca iria sair dali, pensou que logo logo iria enlouquecer.

- Eu vou sair daqui - Rednaxela serrou o olhar -se eu desistir?

O rapaz ficou em silêncio. Sua expressão fria e cruel continuou neutra.

- Vai. E ainda, todos aqueles seus amigos poderão descansar em paz - ele parecia tentar comprimir um sorriso - não é isso tudo o que sempre quis?

- Eu... - não.. - então... - não! Não!! - de...

" Cale a boca, seu merda. Se eu não ficar por perto você sempre acaba se matando hein? Que porra. " Alec ouviu.

Voz rouca... Arrogância... Dureza sádica nas palavras... Não... Não poderia ser... Deve ser que enlouqueceu ao ponto de ouvir coisas. Ele não acreditava mais nos seus ouvidos. Nem em nada que havia em seu corpo. Nem em sua vida. Se sentia um verme desprezível.

- Ei, Levanta!! - sentiu um pé empurrando seu ombro - ah, é. Você está fazendo isso, não é? Covarde.

- Cëla...? - Alec sussurrou.

- Tsc. Odeio esse apelidinho. Arranco sua língua se o falar de novo - Alec sentiu que seu corpo ficara leve como uma pena. Ele olhou para o lado e viu apenas a silhueta de um rosto. Alguém o erguia. com a mesma facilidade que ergue um lápis. Uma pessoa que ainda assim era mais alta que ele. Deduziu que pelo menos nuns 4 centímetros. Seu corpo parecia ser engolido pela sombras daquele lugar.

" Ah, ótima recordação de morte! A pessoa que mais pareceu ter o meu tamanho! " Alec frustrou-se

- Esse idiota não pode ouvir umas mentiras ditas com ênfase e já pensa que é o apocalipse - falou a pessoa. Ele virou-se para Rednaxela - ei, Olaf. Esse aqui vem comigo.

Rednaxela mudou a expressão. Agora o que havia em seu olhar era ódio.

- Como ousa. Você não pode simplesmente... Aparecer e levá-lo!

- Ah, Foda-se. Quem liga? - Shulåãn começou a carregar Alec escuridão adentro - adeus, Branquinho.

- Um dia você não estará aqui e ele será obrigado a me enfrentar - falou Rednaxela como se houvesse tentado isso milhares de vezes e Shulåãn não houvesse permetido.

- Eu sei que você pode ver - Shulåãn estava com uma mão erguida. Alec só via uma silhueta ainda - essa é minha resposta.

- Não suporto você - Falou Rednaxela.

- Ah, E eu te adoro! - Cëla falou sarcástico - agora enfia a opinião no cu. E para com essa ilusãozinha barata - Shulåãn pôs a mão na escuridão à sua frente e abriu algo como uma cortina - Adeus.

Então eles voaram. Literalmente. Podia ver coisas estranhas brilhando na escuridão descendo rapidamente. Pensou de primeira que finalmente estava crescendo um pouco, mas desistiu dessa idéia quando passaram-se alguns loongos minutos.

- É aqui - falou Shulåãn soltando Alec. Ele conseguiu ficar em pé, mas seu corpo estava meio mole então respirou fundo e fechou os olhos. Queria perguntar muita coisa para Shulåãn, mas só uma coisa lhe veio à mente quando ele ficou parado.

- É realmente tudo mentira?

- É lógico, sua besta quadrada! - Rosnou Cëla, raivoso - onde já se viu ser tão idiota assim... !

- Ei, Que é - Alec perguntou sentindo-se meio tonto.

-Quer saber... Melhor você voltar pra sua vida e rápido - Aconselhou o reflexo.

- E como faço isso? - Alec cambaleou com uma onda de tontura.

- Depende do seu querer. Você quer voltar?

- Claro que sim! - Alec falou sentindo um calor terno. O chão parecia estar clareando.

- Então thau, Você vai voltar em breve - O reflew se virou e começou a andar em direção ao nada. Ele estava prestes a sumir, quando Alec deu um passo e falou.

- Ei, Shull... - Alec sentiu que sua boca ficou aberta. Sua lingua estava pra fora. Dois dedos o seguravam com firmeza.

- Eu disse... - ele podia ver feições. Cabelos pretos e um casaco gigantesco que ia até às pernas só isso. Não podia o ver com total clareza. Alguma coisa o impedia de ver - que iria arrancar a sua língua se me chamasse assim de novo.

- Besduta! - Alec falou repetidamente, apavorado.

- Tá, tá, tá, cala a boca e vai logo - Ele soltou a língua de Alec e limpou a mão no casaco. O sangue de Alec gelou. Ele simplesmente surgiu na sua frente, mas... isso era impossível.

- Eu preciso falar - Alec ia tocá-lo mas ele se virou - Obrigado...

Ele sentiu descrença no ar.

- Idiota! Por quê está me aagradecendo?! - Perguntou Shulåãn com raiva - custa você ir embora de uma vez por todas e parar de falar babaquice?

- Hugh... - Alec pensou qualquer reação, exceto aquela - OK...

- Não se preocupe. Vou ter que rever você algum dia. Mas até lá, fique forte, Ok? Quero que me ajude fazendo sua parte e deixando de ser otário - Shulåãn falou - agora some daqui ou eu te carrego de volta pro Rednaxela.

- Até... - Alec falou. Sentiu um tremor no seu corpo enquanto começava a flutuar o céu escuro acima - vou voltar.

- Faça isso - ele andava para longe - E não se esqueça de ficar forte.

Alec assentiu. Sentiu uma grande onda de gratidão.

" Obrigado mesmo... De coração "

Alec sentiu seu corpo pesar e adormecer estava quente. Aconchegantemente quente. E o mundo parecia tremer. Tremer demais.

- Alec, você é louco?!! - um grito fez ele abrir os olhos. Estava claro. Tanto que seus olhos doeram.

- Ele expirou desesperadamente, absorvendo o máximo de ar que conseguia, mas engasgou e tossiu.

- Por favor, nunca mais... faça isso... - Alec sentiu um cheiro de hortelã e couro.

Tsol.

- Tscky... - Alec falou rouco. Tsol, que tremia muito chorou alto. Gotas quentes pingaram no ombro de Alec. Aquilo o surpreendeu. Tsol nunca chorou na frente de ninguém além da dele. Alec o abraçou desajeitadamente - por favor... não chora...

Ele sentiu vontade de chorar. Não queria que as pessoas sofressem por sua culpa. Tsol não merecia sofrer por sua culpa.

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