Revelação-Parte 3

Um conto erótico de DiegoB.
Categoria: Homossexual
Contém 1520 palavras
Data: 08/04/2015 20:21:39

Acordei com a vista embaçada, não conseguia enxergar direito, só via uma luz muito forte. Aos poucos minha visão foi se normalizando, olho pra frente e vejo meu pai sentado me olhando, sua cara não estava boa.

-O que aconteceu? Falei colocando a mão na cabeça, estava com uma dor muito forte.

-Você foi atropelado! Ficou 7 dias desacordado. Meu pai me olhava com uma cara de ódio.

-Agora eu me lembro! Desculpa ter feito você voltar antes do previsto! Eu sorri pra ele.

-Esse não é o maior dos problemas - ele me virou as costas.

-O que houve? Eu estava realmente assustado.

-Em casa conversaremos! Ele saiu e bateu a porta. O que será que aconteceu? Por quê meu pai estava assim comigo? Algo havia acontecido, e isso mudaria minha vida para sempre. Sempre. O médico entrou no quarto, me examinou e disse que no outro dia eu teria alta. Não consegui ficar feliz com a notícia, por quê meu pai estava assim? A noite passou e eu não consegui pregar os olhos, logo pela manhã eu estava pronto, meu pai me buscou e não trocamos uma palavra no caminho para casa. Aquilo me martirizava. Chegando em casa eu encontro malas na sala.

-Já vai viajar de volta pai? Sua resposta foi um tapa na minha cara.

-Essas malas são suas - ele gritou - você sai dessa casa hoje!

-Mais o que houve pai? Eu chorava - o que eu fiz?

-Você achou que ia esconder por muito tempo? Realmente achou que eu ia querer um "VIADO" dentro da minha casa? Seus olhos estavam vermelhos de ódio.

-Pai por quê..não terminei de falar e levei outro tapa.

-O Carlos me disse que te flagrou na cama com outro homem! Enquanto falava ele puxava os meus cabelos.

-O Carlos disse o quê? Pai isso é mentira! Eu nunca faria isso! Isso não é verdade pai! O senhor tem que acreditar em mim!

-Não me chama de pai! Eu não tenho mais filho! Ele abriu a porta - eu estou voltando pra Hong Kong! Não quero te ver nunca mais! E saiu. Eu cai no chão em prantos, como isso tinha acontecido? Por quê o Carlos havia feito isso, eu não conseguia pensar. Minha cabeça dava voltas, doía muito. Subi as escadas, entrei em meu quarto, abri a gaveta da minha escrivaninha, peguei meus documentos, três chaves, e meus cartões. Peguei minhas malas, fui até a garagem coloquei as malas no carro e comecei a dirigir. Estava sem rumo, eu só queria sumir, desaparecer, então liguei pra Leda, pedi para ir a sua casa, ela disse que estaria me esperando. Em poucos minutos eu estava lá. Lhe contei.

-Gato e agora? O que você vai fazer? Ela alisava minha mão direita.

-Eu não sei! Eu to confuso. A ficha não caiu ainda. Eu não consigo acreditar! Eu me tremia todo. Mais tinha uma ideia em mente, mais me faltava coragem.

-Que chaves são essas? Eu balançava um molho de chaves, o mesmo que eu peguei na escrivaninha.

-Antes da minha vó morrer ela me deixou um apartamento. Eu disse chorando.

-Então você tem pra onde ir? Ela levantou.

-Sim eu tenho - solucei - mais o AP fica em São Paulo!

-Você ta louco Diego! Ela gritou - vai fazer o que em São Paulo? Se acalma! Conversa com seu pai, ele tava de cabeça quente. Vocês vão se acertar! Ela me abraçou.

-Não amiga..- eu a soltei - ele voltou pra Hong Kong. Ele me olhava com ódio, ele disse que não era mais meu pai. Eu já decidi. Eu vou embora!

-Como você vai se sustentar gato - ela me balançava tentando fazer com que acordasse de algum tipo delírio - amigo você precisa pensar. Passa a noite aqui, pensa, se acalma, tudo vai se acertar. Eu assenti com a cabeça, mais eu já estava decidido, não sei o que havia me dado, mas eu ia embora, já estava decidido. Passamos a noite em claro conversando, Leda tentou de todas as maneiras me convencer de ficar no Rio, mas já estava decidido! Eu ia embora. Na manhã seguinte Leda contou toda a história pro seu pai. Ele disse que me ajudaria, tinha uns contatos em São Paulo e conseguiria uma bolsa de estudos pra mim, afirmou que eu não poderia parar de estudar. Leda ligou pra Rodrigo e lê contou q história toda, em menos de dez minutos ele já estava la. Fomos juntos ao banco, resolvi esvaziar todas as minhas contas. Precisava de dinheiro pra poder começar minha vida em São Paulo. Foi sacado um total de 45 mil.

-Bom amigo -Rodrigo respirou fundo - esse dinheiro já dá pra você iniciar sua vida. Estávamos sentados em frente a praia, toda vez que tínhamos um problema era lá que nos encontrávamos pra desabafar uns com os outros.

-Tem certeza disso Diego? Leda apoiou sua cabeça em ombro - essa decisão é muito, sei lá..muito impulsiva, não tem necessidade disso.

-Eu já decidi gente - eu estava irredutível - hoje mesmo eu vou comprar a passagem e amanhã eu já vou embora, ou talvez hoje..sei lá, depende do horário do vôo.

-E o Carlos? Leda levantou.

-Não quero saber! - Levantei e me virei os olhando - vou me esquecer dele, do meu pai e até da minha mãe - nesse instante uma lágrima escorreu do me olho - vou recomeçar minha vida, ainda que doa, ainda que eu sofra, que eu coma o pão que o diabo amassou, eu vou dar a volta por cima. Consegui comprar a passagem para aquela noite as sete eu cheguei ao aeroporto, meu vôo só sairia as as sete e quarenta e cinco. Leda e Rodrigo me levaram, eles iam vender meu carro e iriam me enviar o dinheiro.

-Bem! Leda quebrou o silêncio - parece que é a hora da despedida. Ela começou a chorar.

-Amigo você vai dar notícias não vai? Rodrigo segurou minhas mãos.

-Mais é claro! Vamos nos falar todos os dias. Eu nunca vou esquecer vocês. Nesse momento eu já estava chorando. Nos abraçamos, nos olhamos e o vôo foi anunciado. Eu embarquei. Passei o vôo todo olhando pela janela e pensando como em poucos dias minha vida tinha mudado de pernas pro ar. Em como meu pai havia me renegado sem ao menos deixar eu me explicar, em como Carlos havia destruído minha vida, e pensei em minha mãe. Como eu precisava dela naquele momento. O vôo foi rápido. Desembarquei em São Paulo peguei um táxi e cheguei ao apartamento. Era um bom prédio, numa boa vizinhança. O apartamento estava todo mobiliado, mas tinha muita poeira. Nunca tinha feito uma faxina na minha vida, mas até que eu me sai bem. Resolvi sair e procurar um emprego. Agora eu teria que trabalhar, me sustentar. Não sabia que era tão difícil arranjar um emprego, mais eu consegui. No próximo sábado eu seria eu trabalharia no balcão de uma boate. Mais não era uma simples boate, era uma boate chique, onde só uma pessoas ricas e importantes, e como sábia falar vário idiomas, seria fácil atender aos gringos. No outro dia resolvi meus problemas na faculdade, era perto do prédio, e eu começaria na próxima segunda. Enfim chegou e eu comecei a trabalhar, a boate tava cheia, e eu tive que ajudar a servir as mesas. Estava passando com uma bandeja na mão quando alguém me puxa.

-Bebe comigo gracinha? Um homem completamente bêbado falou.

-Desculpe senhor - eu me soltei - estou em horário de trabalho e não posso beber. Com licença. Eu fui para o meu balcão. O cara até que era bonito mas eu já tinha me frustrado demais, e a última coisa em que eu pensava era em me relacionar com alguém. O homem passou a noite inteira me olhando. Quando eram quatro da manhã, as portas se fecharam. Ajudei a limpar as mesas, peguei minha bolsa e sai. A Rua estava deserta, mas eu nem preocupava com isso, só queria chegar em casa em dormir. De repente um carro para em minha frente. Era o rapaz da boate. Ele era bonito, alto, loiro e forte.

-Quer uma carona? Ele tinha um sorriso malicioso.

-Não! Muito obrigado..eu moro perto. Continuei andando.

-Entra logo - ele parou o carro e desceu - vamos nos divertir.

-Não obrigado! Continuei andando, ele me segurou e me jogou no capô do carro. Ele me segurava e cheirava meu pescoço. Eu me tremi todo. Lembrei de Carlos e de quando abusou de mim na sala de casa.

-Relaxa - o rapaz dizia - a gente vai se divertir um pouquinho, você vai gostar. Eu gritei e ele tampou minha boca, mordi sua mão e ele deu um murro em meu rosto, chutei suas partes íntimas e corri, mas novamente ele me agarrou e me prensou contra a parede

-Sossega viadinho - ele segurava meus braços e lambia meu rosto, eu fechei os olhos - só vai doer um pouquinho. Ele abriu as calças e novamente eu gritei. De repente eu escuto uma voz grossa.

-Solta ele ou você leva um teco. Abri meus olhos que até então estavam fechados, olhei aquela figura e avistei uma luz no fim do túnel..

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Comentários

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Gente, que pai é esse?! Como assim, acreditar na palavra do filho que acabou de conhecer? Já seria errado expulsar um filho apenas por sua orientação sexual, se dirá por causa de uma fofoca!!! Agora, ser expulso de casa tendo todo esse aparato que ele teve... Aí suaviza, né? he, he, he... Bora conhecer o dono dessa voz grossa!

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Uau, o Carlos é muito filho da puta aff 😪

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Adorei essa reviravolta, agora o negocio e segui em frente, e deixar o Carlos se fude sozinho. E o Diego tem que esfregar na cara do pai que o di não precisa dele para nada!

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Não gostei muito da reviravolta, tinha expectativas dele fiçar com Carlos, mas ele se mostrou um canalha, aposto que só quer o dinheiro de pai. Espero que o conto melhore, não irei deixar de ler pois com certeza vai melhorar muito. Abraço e continue logo.

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