Eu era um bruto, até seu amor me mudar. #1 (Reconquistando meu pequeno...)

Um conto erótico de Bruno (Patrick)
Categoria: Homossexual
Contém 4281 palavras
Data: 26/04/2015 01:37:15
Última revisão: 26/04/2015 18:07:48

Meu nome é Paulo, tenho 23 anos, sou branco, cabelos negros raspados dos lados e com um topete em cima, olhos castanhos, uma barba por fazer que meu namorado ama, ou melhor, amava, sempre vou a academia pra me manter em forma pro meu namorado, tenho um corpo bacana, nada muito definido ou marombado, mas tudo no lugar, uma barriga chapada e um peitoral que esta começando a ficar definido, deixo os pelos dessa região sempre aparados, já que meu namorado gosta de pelos no peito. Tenho uma covinha só, na bochecha esquerda kkk’s Meu amor adora ficar colocando o dedo nela kk’s

Meu namorado se chama Bruno, tem 22 anos, é moreno, tem os cabelos pretos cortados no estilo militar, olhos castanhos que me hipnotizam, uma boca carnuda e bem vermelha, olhar penetrante, um corpo que eu acho delicioso, tudo no lugar, barriga chapada, bunda durinha e bem empinada, nada muito exagerado, mas é grandinha e eu adoro tê-la em minhas mãos, tem umas pernas que fazem qualquer homem olhar pelo menos duas vezes, tem a frase “FOREVER YOUNG.” tatuada no pulso esquerdo, eu também tenho, fizemos ela juntos, no mesmo dia quase como se fosse uma prova de amor, uma marca eterna do que tivemos e temos. Um aparador de sonhos tatuado na costela, duas linhas paralelas tatuadas no braço bem abaixo do cotovelo e um enorme dragão azul claro tatuado em suas costas, é lindo, vai do ombro até a coxa esquerda tomando por inteiro as suas costas.

Nós nos conhecemos na casa de um amigo em comum, nós começamos a conversar e nos tornamos amigos, eu me lembro de ter me encantado com seu jeito de menino, meigo, engraçado e brincalhão. Aquela personalidade forte, um garoto que não leva desaforo pra casa, mas também odeia barracos, um garoto extrovertido e com aquele sorriso... Ahh, aquele sorriso, tão lindo, aquele sorriso de olhos fechadinhos, serradosPra mim já chega. – Disse o Bruno colocando todas as suas coisas em uma mala. – Eu não me apaixonei por uma lembrança, já que é só isso que temos tido.

-Amor, por favor... Não faz isso comigo, eu vou mudar! Vou mudar por você! – Disse eu em lagrimas, tentando impedi-lo de colocar as coisas na mala, mas ele não parava. – Eu te amo, por favor, estamos juntos há cinco anos, não jogue tudo isso fora. – Disse eu segurando em sua mão e o fazendo olhar no fundo dos meus olhos.

-Eu sou jovem demais pra ser deixado de lado, você não conversa mais comigo, nem lembro a ultima vez que tivemos uma refeição juntos, você chega cansado do trabalho e mal me olha, coloca sua comida e depois vai pra cama, no fim de semana quando eu quero sair contigo, você dorme o dia inteiro, nem amor você quer fazer comigo, seus beijos são frios, tem noção de como eu me sinto?

-Eu... – Disse eu tentando conforta-lo, mas ele me interrompeu.

-Eu me sinto como um incômodo, como se eu não tivesse mais o seu amor, não me sinto mais amado, não me sinto mais em casa na minha própria casa.

-Amor, eu vou te levar pra sair, você quer dançar né? Posso te levar pra dançar. Eu faço um jantar e nós dois podemos ter nossa refeição juntos, mas, por favor, não me deixa. Eu vou te dar toda a atenção que você merece.

-Pra mim já deu, eu fiz de tudo, tudo o que eu poderia fazer pra te mostrar que isso estava acontecendo, mas você continuava não ligar, agindo como se tudo estivesse bem, mas não estava, eu só queria sair pra dançar contigo, receber um beijo de bom dia, um abraço, um sorriso, um olhar, você costumava ser tão romântico o que houve? – Perguntou ele me olhando com seus olhos marejados. Eu estava me focando demais no meu trabalho, eu chegava tão cansado em casa que mal falava com ele, fazíamos amor poucas vezes e eu mal o beijava ou tocava nele, não por não deseja-lo, mas sim porque eu estava cansado, queria gozar logo e dormir. Ele estava dormindo de lado, eu chegava arriava sua cueca, o penetrava, eu gozava nessa posição mesmo, subia sua cueca virava pro lado e dormia.

-Eu prometo que volto a ser o cara pelo qual você se apaixonou, vou te dar flores toda a semana, te levar pra jantar, ver filmes agarradinho contigo, lembra quantas vezes nós cozinhamos juntos, fizemos a maior bagunça na cozinha, riamos e nos beijávamos enquanto fazíamos algo que nem parecia comida kk’s E acabava saindo uma delicia e comíamos tudo.

-Garoto, se você se importasse comigo nem que fosse um pouco, eu não precisaria me importar tanto assim. O que houve com a gente? Vivíamos como dois adolescentes apaixonados, mas acho que a adolescência passou e nosso amor também.

-Vamos recomeçar, vamos dar uma segunda chance a tudo o que temos, talvez estejamos cansados, talvez isso tudo foi uma brincadeira, mas eu posso dizer com todo o meu coração e minha alma que eu ainda te amo, muito. Vamos recomeçar, não vamos deixar tudo o que temos morrer, vamos dar uma vida nova a nossa relação e... – Quando eu terminar ele me interrompe.

-Chega! Mesmo você não sabendo eu já dei milhares de “segundas chances” pra nós dois, eu te dei tudo de mim, e você sabe que eu dei! Você nunca me ouvia chorar a noite, mas garoto, eu chorava o tempo todo! – Disse ele pegando sua mala e indo em direção à porta. – Depois eu mando vir buscar o resto das minhas coisas.

-Por favor, não me deixa... Por favor, eu não tinha ideia que você se sentia assim, eu vou mudar, eu juro! – Disse eu de joelhos na sua frente abraçado seu corpo e com a cabeça encostada em sua barriga. – Não quero que daqui a um tempo eu descubra que outro homem esta te fazendo mais feliz do que eu pude fazer, te levando pras festas, te dando atenção, te dando flores, te levando pra dançar, fazendo todas as coisas que um dia eu fiz pra você!

Ele tirou meus braços da sua cintura, me olhou profundamente por alguns segundos, vi uma lágrima escorrer pela sua bochecha, ele rapidamente a limpou. Olhou-me novamente e saiu, quando aquela porta bateu foi como um soco, um golpe bem no meu coração, senti um nó na garganta e meu coração apertar, eu caí no chão e chorei copiosamente. O dia passou devagar, demorou pra noite chegar, e foi pior, foi péssimo não ter meu Bruno gritando e xingando enquanto assistia a novela, não sentir o cheiro da sua comida e nem ouvi-lo cantar seus rap’s malucos enquanto tomava seu banho antes de dormir, não vê-lo dançar enquanto trazia as travessas de comida da cozinha pra mesa de jantar na sala.

Hora de dormir. Caramba, que coisa chata, terrível. Onde está ele com seu cheiro delicioso que toma conta dos lençóis, da fronha e de todo o resto da nossa casa? Onde esta meu “menino homem” com seus cremes, loções pós-banho e usando seu roupão cor de creme? Quantas vezes eu o surpreendi retirando a força o roupão e o jogando na nossa cama completamente nu para mais uma noite de sexo, como muitas que aqueles lençóis e aquela cama presenciaram. Minhas mãos deslizando pela sua pele sedosa, dos nossos gemidos, dos nossos beijos intermináveis, das suas unhas cravadas na minha pele, do seu olhar em chamas e seu sorriso safado. Quando fecho meus olhos posso ver perfeitamente seu corpo em cima do meu, reluzente de tanto suar enquanto ele cavalga em cima de mim, eu o puxo pra cima de mim e mordo seu pescoço fazendo-o gemer enquanto o sinto subir e descer do meu pau, eu o colocando de quatro, ele me olha por cima dos ombros e dá seu sorriso safado que tanto me deixa fora de controle, quando seu olhar encontra o meu é como “fogo e gasolina”, eu seguro em sua cintura com minhas duas mãos enquanto invisto forte nele fazendo nossa cama ranger e se arrastar pelo assoalho deixando marcas que sempre me fariam lembrar que um dia o amor da minha vida esteve disposto a dividir sua vida comigo.

Passaram quase quatro dias, eu o ligava sempre, mas ele nunca atendia, um dia eu me enchi e decidi ir atrás dele, tomei um belo banho, aparei a barba, penteei o cabelo, coloquei uma roupa bem bonita, me perfumei e fui em busca do meu amor. Dirigi até o Leblon, bairro onde seus pais moram, sim, ele foi criado em berço de ouro, mas ele e sua família tem uma humildade muito grande, por isso eu admiro muito eles. Parei o carro naquela rua charmosa e toda arborizada, parei em frente aquela casa toda branca, com pilares grandes, uma sacada espaçosa, uma pequena fonte na entrada e toda cercada de roseiras, quando eu vim aqui a primeira vez, fiquei super impressionado com o luxo que ele vivia, morri de medo de não poder dar o mesmo “tratamento” que ele estava acostumado. Por isso me empenhei tanto no trabalho, por isso ele foi deixado de lado. Apertei o interfone logo a ajudante da família veio ver quem era.

-Quem deseja? Ahh, Paulo meu querido. Como vai? – Disse Dona Xâmba com seu sotaque baiano que todo mundo adora.

-Tô ótimo Dona Xâmba e a senhora? – Perguntei, ela abriu o portão e eu a abracei.

-Tô boa, veio falar com meu menino? - Perguntou ela, ela é babá do Bruno desde que ele veio da maternidade. – Olhe Paulo, meu menino ta num mal humor só, vive pelos cantos cabisbaixo, choroso, não fala, quando perguntam porque ele ta assim, ele da um fora, de insolência e essas coisas, tu quer mesmo enfrentar a fera?

-Dona Xâmba, eu já enfrentei essa fera varias vezes, já domei esse dragão kkk’s Tenho um método que deixa ele bem calminho...

-Tudo bem então. Olhe, já que você quer assim, só posso te desejar boa sorte, meu filho! Espera um tiquinho que eu vou chamar ele viu? – Disse ela subindo a escadinha branca e entrando na enorme casa, não demorou muito e ele veio.

-O que você quer traste? – Disse ele lá de cima da pequena escadaria me olhando com as mãos na cintura. Quase caí pra trás quando o olhei, ele esta uma delicia, usando uma calça de moletom cinza que estava com o cóz bem baixo deixando a barra da sua cueca á mostra e sua linhas em “V” que levam até a virilha bem evidentes, estava sem camisa mostrando aquele abdômen que eu puder perceber uns “gominhos” á mais ali, ele andou pegando mais pesado na malhação, até seu peitoral estava mais estufado e seus braços mais definidos, ele usava um boné aba reta azul e vermelho virado pra trás. Sua tatuagem estava á mostra o dando um ar ainda mais sexy, não que ele precisasse, ainda mais naquela situação, senti meu pau começar a endurecer.

-Vim ver o amor da minha vida! – Disse eu dando um sorriso pra ele e uma piscadinha.

-Que pena que ele não esta aqui hoje, olha, eu tenho muita coisa pra fazer. Já conversamos o que tínhamos que conversar ok? Xâmba me disse que o filho de “Oxossi com Elza Soares” estava me chamando no portão, eu achei que fosse alguém que realmente fosse mudar meu dia pra melhor, já que quando ela fala desse jeito quer dizer que é alguém que é muito querido por ela, quando eu chego aqui, me deparo contigo... – Disse ele me dando as costas.

-Ok, eu vou ficar aqui e esperar você vir falar comigo.

-Tudo bem, faça o que quiser. Melhor ainda, eu ligo pra policia e digo que tem um louco fazendo “campana” na frente da minha casa! – Disse ele cruzando os braços e dando aquele sorriso de deboche dele com a sobrancelha arqueada, se ele soubesse como fica sexy quando faz gestos assim tão simples e não provocaria tanto as pessoas assim.

-Por mim tanto faz, com tanto que você vá fazer visitas intimas pra mim na cadeia, pra eu poder matar minha saudade dessa sua boca deliciosa. – Disse eu mordendo meu lábio inferior, ele olhou para os meus lábios e depois para os meus olhos. – Será que tudo o que nós vivemos morreu? Eu te amo tanto, não quero dormir sozinho naquela cama sozinha, nossa cama, onde fizemos amor, eu quero poder te mostrar que eu vou te dar todo o valor que você merece!

-Eu já ouvi esse papo antes, e o pior, eu acreditei! Mas hoje não, não mais. Tchau!

-Vou ficar aqui te esperando, nem que seja pra sempre, eternamente, eu posso morrer de fome e sede, mas de amor eu não morro, porque você sempre vai estar aqui! – Disse eu colocando a mão no peito.

Ele olhou pra mim, pude ver seus olhos começarem a marejar, ele engoliu seco e me deu as costas.

-Faça o que quiser! – Disse ele.

Ele entrou e me deixou lá com um sentimento de que eu quase consegui tocar seu coração, eu entrei no meu carro e fiquei quase um minuto olhando pela janela pra entrada da casa dos seus pais na esperança dele sair de lá e se jogar nos meus braços, mas isso não aconteceu, então eu decidi apelar, coloquei pra tocar a musica “Dono da minha cabeça” em uma versão acústica, com violão e gaita, foi cantando essa musica e tocando violão pra acompanhar que eu pedi ele em namoro, lembro até hoje dos olhinhos dele se enchendo de lagrimaDono da minha cabeça, ele vem como um carnaval

E toda paixão recomeça, ele é bonito, é demais

Não há um porto seguro, futuro também não há

Mas faz tanta diferença quando ele dança, dança...

Eu digo e ele não acredita, ele é bonito demais

Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, bonito

Digo e ele não acredita, ela é bonito demais

Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, é bonito

Dono da minha cabeça quero tanto lhe ver chegar

Quero saciar minha sede milhões de vezes, milhões de vezes

Na força dessa beleza é que eu sinto firmeza e paz

Por isso nunca desapareça

Nunca me esqueça, eu não te esqueço jamais!

Eu digo e ele não acredita, ele é bonito demais

Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, bonito

Digo e ele não acredita, ela é bonito demais

Eu digo e ele não acredita, ele é bonito, é bonitoEu coloquei no ultimo volume, tenho certeza que ele estava ouvindo lá de dentro, na verdade eu tenho certeza que o bairro inteiro estava ouvindo. Não demorou muito e ele saiu, dava pra ver o ódio nos olhos dele.

-DESLIGA ESSA MUSICA!

-Não. – Disse eu travando as portas, afinal eu sabia que se deixasse as portas destravadas, ele me mataria.

-Desliga esse caralho AGORA! – Disse ele tentando abrir a porta, mas ao perceber que a mesma estava travada, ele ficou com mais raiva ainda, eu gargalhei de dentro do carro e mostrei minha língua pra ele, isso o deixou com ainda mais raiva, Bruno foi pra trás do carro e começou a empurra-lo.

- O que você esta fazendo? – Perguntei eu abrindo a janela.

-Vou te jogar ladeira abaixo, pra você aprender a me deixar em paz.

-Não, não vai não! – Disse eu puxando o freio de mão, ele ficou furioso, percebi porque a veia do seu pescoço saltou e seu rosto ficou vermelho, mas logo um sorriso maldoso nasceu em sua face. Juro que naquela hora eu fiquei com medo, ele andou até uma pequena moita, voltou com um pedaço de paralelepípedo enorme, ele ergueu e ia jogar no vidro dianteiro do meu carro quando a sirene policial começou a soar no início da rua. Ele continuou com a pedra na mão, a viatura parou do outro lado da rua e de dentro saiu um policial moreno e de rosto bem másculo.

-Meu Deus, ôh lá em casa! Com esse ai, eu vou até o céu.– Disse o Bruno todo derretido pelo policial, eu sai do carro e fiquei na frente dele, impedindo que ele olhasse pro policial.

-Sai da frente traste! – Disse ele me empurrando.

-Qual o problema aqui? – Perguntou o policial com a voz bem grossa e meio rouca.

-Que bom que o senhor chegou seu guarda, pode prender essa caipora doida! – Disse eu apontando pro Bruno que ainda estava com o pedregulho na mão. – Ele ia jogar esse pedaço de paralelepípedo no meu vidro!

-Ia mesmo. – Disse ele com os olhos faiscando de raiva.

-Esse carro é do senhor? – Perguntou o policial.

-Sim, é sim seu guarda! – Disse eu olhando pro Bruno com um olhar de vitória.

-Eu fui chamado por um problema de “poluição sonora” e “perturbação da paz”. E pelo o que eu vejo, vem do seu carro... Essa aqui é uma rua residencial o senhor compreende isso?

-Compreendo seu guarda, mas nem estava tão alto.

-Tem certeza? Quando eu estava no começo da rua podia ouvir perfeitamente a musica, o senhor só a abaixou quando eu liguei a sirene!

-Kkk’s Se fodeu! – Disse o Bruno com um sorrisinho de vitória que eu conheço muito bem.

- Seu guarda, eu não tinha intenção de incomodar ninguém, o carro estava quietinho com as quatro rodas em cima da calçada, sem incomodar ninguém, até que esse moreno ai, esse ai baixotinho! – Disse eu apontando pro Bruno.

-Baixotinho é o meu... – Disse ele, mas o guarda não o deixou terminar. Ele tem uma personalidade muito forte, lembro-me de quantas vezes eu tive que sair correndo pela casa com ele atrás de mim, por eu ter zoado ele até ele se irritar e perder a paciência, eu ADORO implicar com ele. Sua cara de raiva é muito linda e quando nos reconciliamos é muito gostoso, fazer amor com ele com raiva é uma delicia, quando estamos juntos agimos como dois adolescentes, implicando e rindo um do outro e um com o outro.

-Contenha-se rapaz! – Disse o policial o encarando.

-Desculpa seu gost... Digo, seu guarda! – Ele ia mesmo dizer isso? Sério? Na minha frente? Eu já estava começando a me irritar!

-Bom, onde eu tava, ahh sim! Meu carro estava quietinho com as quatro rodas em cima da calçada até que ele começou a dar chilique e começou a empurrar meu carro. Ele ia empurrar meu carro e joga-lo ladeira abaixo.

-Ia mesmo! – Disse ele arqueando as sobrancelhas.

-O senhor disse que seu carro estava com as quatro rodas em cima da calçada? Isso gera uma multa gravíssima, está ciente disso? – Disse o guarda.

-Quem disse isso? – Perguntei eu me fazendo de desentendido, sonso.

-O senhor acabou de dizer, na verdade disse isso duas vezes!

-Eu não, seu guarda o senhor ouviu mal. – Disse eu sorrindo.

-Disse sim! Eu ouvi seu guarda, estou aqui de prova, eu e toda essa gente aqui! Ele não disse gente?! – Todos os fofoqueiros que estavam em volta concordaram com ele, nossa “briguinha” acabou chamando a atenção dos seus vizinhos e das pessoas que passavam. - Viu? Prende esse marginal seu guarda! Bota ele em Bangu um, na solitária!

-Por uma multa? – Perguntou o guarda, acho que até o guarda percebeu que nós dois tínhamos “assuntos” mal resolvidos.

-Claro seu guarda, porque é assim que começa, não demora muito ele vai estar por ai roubando, matando e traficando! – Como ele poder ser tão lindo, tão gato e tão louco, tão doidinho sabe? Por isso eu sou gamadão nesse garoto.

-Ahh, por favor, né?! – Disse eu revirando os olhos.

-Não revire os olhos pra mim! – Disse ele vindo pra cima de mim, mas o guarda se meteu na frente.

Pra resumir a história, eu levei uma bela multa. Estava entrando em meu carro, quando eu olho pro topo daquela pequena escadaria de mármore branco e o vejo sentadinho, apoiando os cotovelos nos joelhos e apoiando a cabeça nos punhos, me olhando. Eu podia ler seu olhar, perfeitamente, eu queria abrir aquele portão e puxa-lo pros meus braços, prende-lo ali e nunca mais deixa-lo sair. Sentir sua pele sendo envolvida pela minha, matar a sede que eu sinto dos seus lábios, dos nossos beijos que não importava quanto tempo eu o beijasse nunca era suficiente, eu sempre queria mais e mais. Ficamos nos encarando, seu olhar suplicava por mim, mas eu tinha medo de assusta-lo, afinal se eu entrasse ali e o trouxesse pra junto de mim, ele poderia se assustar.

-Será que algum dos dois podem me ajudar com essas sacolas? – Disse a mãe dele descendo do seu carro com um monte de sacolas de mercado.

-Desculpa sogrinha eu... – Quando eu chegar perto da Dona Lu, Bruno entra na frente e pega as sacolas.

-EX-sogra. – Disse ele de costas pra mim pegando as sacolas. – Nós já nos resolvemos por hoje, não acha que estava na hora de você ir? – Disse ele virando de frente pra mim pra mim, quando nossos olhares se encontraram, nós estando assim tão próximo era até perigoso, não sei se iria me controlar por muito tempo.

-Mas você já vai querido? Fique Paulo, eu comprei coisas pra um lanchinho, parece que eu adivinhei que você estaria aqui! Kk’s Comprei aquele bolo de banana que você adora! – Disse ela atrás dele, acho que se ela pudesse ver a cara que o filho fez retiraria o convite na mesma hora.

-Na verdade mãe, ele só veio aqui pra nós colocarmos os pingos nos “is”, e nós já colocamos! É uma pena, mas ele não vai poder ficar pro lanche, ele vai embora AGORA! – Disse ele me olhando firme, eu dei um sorrisinho de escárnio pra ele.

-Na verdade eu ADORARIA lanchar com a minha sogrinha, afinal eu não faria uma desfeita dessas. – Disse eu sorrindo, ele me olhou sério e arqueou uma sobrancelha, pegou as sacolas e foi subindo as escadas comigo bem atrás dele, olhando sua bunda redondinha dentro daquela calça, sentindo seu cheiro tão perto de mim, vendo como suas costas largas se mexiam quando ele andava, vendo sua tatuagem nas costas, ele me olhou por cima dos ombros e me pegou no flagra enquanto eu olhava sua bunda. Deu um sorrisinho safado e piscou o olho pra mim. Querendo ou não meu Bruno é extremamente sexy e sensual, sempre que ele saia do banho fazia uma dança pra lá de insinuante e sensual enquanto colocava sua cueca Box, rebolando aquela bunda deliciosa, , mexendo aquele corpo perfeito de pele morena e brilhante, passando as mãos pelo seu corpo e me olhando com aquele olhar provocante... Esse garoto tem um poder sobre mim, que ás vezes nem eu compreendo.

Nós ficamos sentadinhos na mesa da cozinha enquanto sua mãe e Dona Xambá preparavam um café e conversavam conosco. Eu e ele até conversávamos normalmente, apenas fazíamos aquelas perguntas de praxe: “Como vai?”, “Como vai o trabalho?”, “Como vai fulano e beltrano?”.

Nós terminamos de lanchar, Dona Xambá e a minha sogra foram pra sala assistir a novela da tarde e mandaram eu e o Bruno lavarmos a louça, elas estavam tentando nos deixar sozinhos, ele olhou pras duas com cara feia, mas elas já estavam saindo da cozinha. Ele lavava e eu secava pra colocar nas gavetas.

-Tem se alimentado, já que eu sei que a única coisa que você sabe fazer é miojo. – Disse ele quebrando o silencio, mas manteve os olhos em cima do copo que estava lavando.

-Tô tentando, eu tenho comido aquele miojo de copo e coisas fáceis sabe? De colocar no micro-ondas. Você faz mais falta do que imagina e em vários sentidos diferentes!

-Isso é pra você aprender a dar a valor as coisas quando elas ainda são suas. Você teve sua chance, mas deixou tudo desmoronar e o pior, você só percebeu que tudo estava errado quando já não tinha como voltar atrás! – Disse ele olhando dentro dos meus olhos, eu toquei seu rosto com a ponta dos meus dedos, pude ver sua pele se arrepiar, ele tirou meus dedos de seu rosto e voltou a lavar a louça.

-Eu sinto sua falta. – Disse eu olhando pro prato que eu estava secando.

-Você acha que isso é fácil pra mim? Deitar sozinho todas as noites, não estar na minha casa, não poder te... – Disse ele cortando a frase e respirando fundo.

-Me o que? – Eu o encarei.

-Nada.

-Fala!

-Nada! – Disse ele aumentando o tom de voz.

-Você ainda me ama? – Perguntei eu segurando em sua mão, ele tirou sua mão da minha e deu uma risadinha.

-Que pergunta idiota.

-Por quê? – Disse eu confuso.

-Você realmente acha que eu deixaria de te amar da noite pro dia? Mas isso não quer dizer que eu vá voltar contigo, afinal, eu me amo antes de tudo! – Disse ele me olhando.

Eu já estava cheio disso, cansado dele e da sua teimosia, sequei minhas mãos, peguei ele pela cintura e colei seu corpo ao meu.

-O que você esta fazendo? Me larga caralho! – Disse ele, mas eu o calei com um beijo, ele ainda tentou resistir, dava socos com suas mãos cheias de espuma em meu peito, mas logo o senti ficar molinho em meus braços, envolvi sua cintura com meus braços e colei seu corpo no meu, enquanto sentia seus lábios, tão quentes, tão macios, estava matando a minha sede dos seus lábios, do seu gosto, tão doce...

Continua...

Olá meus amores. Não consegui ficar muito tempo longe de vocês ou ficar sem escrever... Espero que tenham gostado desse primeiro capitulo da minha nova série de contos!

Deixem sua nota e um comentário e muito obrigado por terem lido o meu conto! XOXO ♥

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Comentários

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Ainda bem que voltou e que pena que demorei tanto a perceber, mas antes tarde do que nunca, né?

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Li seu conto anteontem e estou relendo de novo de tão maravilhoso que ele é. Por favor, não pare de escrever, seus contos são lindos ❤️

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O próximo por favor!!!!! Meu amor mto feliz pela sua volta sabe qe te adoro né Bjo amor❤️

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Até que enfim você voltou! Pelo menos um conto bom aqui na CDC, esperando os próximos :D

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Dona Xâmba? Ah por favor né? "Axê?" Nos bahianos não falamos assim. Você generalizou demais.

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Rsrsrsrsrsrsrsrs... Me diverti muito com o Bruno e o Paulo, seus contos são sempre fofos e uma verdadeira comédia... Você voltou em uma boa hora, estava com saudades... S2 ;)

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