Tomás e Leonardo - Parte 24

Um conto erótico de VickPendor
Categoria: Homossexual
Contém 1824 palavras
Data: 07/03/2015 11:36:59
Última revisão: 07/03/2015 15:18:14
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Chegamos em casa na noite do dia seguinte.

Alice foi nos buscar no aeroporto. Ela disse que só não estava mais feliz em nos ver porque iria ter que voltar a andar a pé. Ela e Bilóca quase cairam para trás ao saberem das novidades.

Naquela mesma semana, por insistêcia de João Marcos nós fomos comprar o carro de Leonardo.

Ele escolheu uma Land Rover Defender, verde exército. E conforme orientação do meu sogro, pedimos todos os acessórios que julgamos necessario.

Alice não acreditou. Chorou emocionada quando Leonardo, Lhe entregando a chave e os documentos a fez herdeira de Benedito.

O primeiro semestre correu de forma rápida e feliz. Eu me dividia entre Leonardo e as atividades que mais me davam prazer. Meu mestrado, a natação, meus amigos e meus pais. Sim porque eu já considerava Raquel como uma segunda mãe também. Sebastião me introduzia aos poucos nos negócios da família.

E acima de tudo eu adorava o tempo que dividia com o meu amado esposo.

Nós tínhamos uma relação de amor e confiança.

Leonardo era o meu sol, minha alegria, meu lar. Cada dia que passava eu me sentia mais feliz ao seu lado. Nossa relação já estava mais do que sólida.

Na pascoa recebemos a visita de João Marcos, que veio com Augusto. Eles finalmente assumiram a sua relação e estavam morando juntos. Sofia se encantou com tudo na cidade. Mas o que mais a fascinou, foi descobrir que seu irmão trabalhava com cataventos gigantes.

No meio do ano conseguimos três semanas de férias juntos. Voltamos ao Pantanal onde finalmente Leonardo conheceu seus outros avós e João Marcos e Augusto nos ensinaram a pescar, montar e a várias outras coisas referentes a rotina da fazenda.

O bom de se ter muito dinheiro era que eu não precisava de financiamento para novas intervenções dentro da minha pesquisa.

Fiz juntamente com João Marcos, vô Antonio e mais dois fazendeiros vizinhos, um contrato para início de uma pesquisa que estude a viabilidade do uso de aerogeradores na região.

Quando voltamos trouxemos João Marcos, Augusto e Sofia para passarem uma semana conosco.

Nos divertimos e fizemos muita coisa juntos.

Uma noite, fomos à B&B com meus sogros, (era estranho pensar naqueles dois gatos como meus sogros) e quase fomos expulsos porque João Marcos queria bater em um cara que deu em cima do Augusto. O pior foi quando eu voltava do banheiro e um amigo me puxou no canto e disse:

-Cara não pira não, mas teu homem tá no maior amasso com um gato lá no canto. Já verde de ciúmes eu olhei na direção da nossa mesa e Leonardo estava abraçado a João Marcos deitando a cabeça no ombro dele enquanto era acariciado no cabelo recebendo beijinhos na testa, como se fosse ainda um menininho.

Eu gargalhei e virando para o meu amigo eu disse alto o bastante para ser ouvido sobre o som.

-Aquele é o pai dele, meu sogro.

-Aquele gato? Não acredito!

Eu voltei para a mesa rindo e quando contei o que aconteceu todos riram também e João Marcos ficou todo cheio de si quando eu apontei o meu amigo, lindo que tinha lhe chamado de gato. Então foi a vez de Augusto se enciumar.

Fizemos um jantar para que nossos pais se conhecessem. No inicio foi meio estranho mas no final todos já eram amigos.

As férias terminaram e a nossa vida retomou o ritmo normal.

O segundo semestre passou de forma tranquila e feliz.

No segundo sábado de dezembro, Como já era tradição foi o dia de formatura na universidade.

Daniel ainda estava em um contrato de trabalho no exterior, mas veio especialmente para a formatura da turma de Bruno. Haveria uma homenagem para ele. Os pais e a irmã de Bruno estariam presentes.

Daniel chegou na vespera da formatura. Ele estava lindo como sempre. A sua casa estava alugada. Por isso ele ficou hospedado no quarto que havia pertencido a Bruno, Pois nesta época já estava novamente vago.

A formatura foi normal, porém a parte da homenagem a Bruno foi bastante comovente. Principalmente quando puseram um filme que foi editado pelos estudantes de artes audiovisuais de forma belíssima. Era de momentos que os amigos haviam filmado com ele. Em várias partes ele estava com alguma camisa do Pearl Jam. Em determinado ponto ele aparecia sentado no gramado com o violão e cantava "The end" do PJ , com sua voz grave e roucar. Haviam acrescentado ao fundo para acompanhar ele cantando, um arranjo orquestrado da música. Na parte baixa do vídeo era passado a legenda com a letra da música em português. Ao final silêncio e apenas o seu nome e datas de nacimento e morte.

Todos aplaudiram de pé com lágrimas nos olhos.

Logo após a formatura o video foi postado no Youtube e se transformou em um viral. Posteriormente soubemos que Eddie Vedder comentou em um show que havia visto o video e cantou "the end" em homenagem à Bruno a quem ele chamou de "um fã que jamais seria esquecido".

Bruno teria ido a loucura se soubesse que isso iria acontecer.

Após a cerimônia de formatura, que este ano foi exepcionalmente mais cedo, fomos com Alice, Bilóca e Daniel almoçar no gazebo ao redor da piscina. Alice contava animada sobre seu novo paquera e sobre um cara lindo de aparência levemente androgena que iria começar a pós graduação no CPEER. Eu não era mais coordenador dos alunos, por isso não tinha mais informações sobre os bolsistas da pós graduação.

Só tinha acesso a bolsistas exclusivamente ligados a minha pós.

Por falar nisso eu tinha um assunto pendente que eu sempre arrumava uma desculpa para protelar.

Na pesquisa do meu mestrado era eu quem decidia a quais estudantes dar as bolsas. E a algumas semanas eu fui contactado por Fernando, que havia sido meu amigo no colégio interno.

Para dizer a verdade ele foi o meu único verdadeiro amigo na adolecência. Quando ele chegou, tinha apenas dez anos e eu já estava com quatorze.

Ele era muito pequeno para sua idade. Me fazia lembrar a mim mesmo quando eu cheguei lá.

A nossa identificação fez com que eu o tomasse como protegido. Eu punha medo em qualquer um que se aproximasse dele querendo sacanear. Ele foi a coisa mais próxima que eu tive de um irmão ma minha vida. Na verdade, nós fizemos com que todos os alunos acreditassem que nós eramos.

Infelizmente, por algum motivo que me era desconhecido ele foi embora da escola uma semana antes que eu me formasse.

Saiu sem explicação e sem deixar endereço.

Tentei contato com ele através da escola, mas ele nunca retornou.

Então, há pouco tempo ele me encontrou por meio de uma rede social. Nós conversamos ao telefone e ele contou que em meio a última crise econômica, mundial seu pai que tinha investido a maior parte do patrimônio em títulos imobiliários de bancos americanos e foi a falência. Seu pai tragicamentese suicidara em um momento de desespero.

Sua mãe envergonhada e humilhada, veio ao colégio busca-lo, sem deixar que ele se despedisse de ninguém.

Mas agora ele havia me reencontrado. Fernando não tinha certeza do que estudar na faculdade.

Ou se entraria para uma. Não por causa de suas notas não serem boas o bastante, já que ele era um verdadeiro gênio. Era de longe o cara mais inteligente que eu conhecia. A questão é que ele não teria condições de se sustentar na faculdade.

Eu me ofereci para lhe dar suporte financeiro, mas ele orgulhoso recusou na hora, então eu lhe disse que precisava de um cara com a genialidade matemática dele para cuidar da parte estatística e cáuculos da minha pesquisa.

Bastava ele Passar no vestibular. O que alguém como ele, sem dúvidas faria com as mãos nas costas.

O único problema era que o aluno bolsista que cuidava da parte de estatística da minha pesquisa era Leonardo. Que era mais do que capaz de cumprir esta função. Apesar de já não precisar da bolsa, financeiramente falando, era muito importante para o futuro acadêmico que Leonardo ambicionava estar em mais de uma pesquisa.

Esperando que alguma solução nova surgisse, resolvi aguardar até o último minuto para mencionar o assunto "Fernando".

A noite estava chegando e como nos anos anteriores, fomos para o terraço do CPEER Fazer a nossa tradicional noite de orgia.

Leonardo estava lindo. Seu cabelo estava um pouco maior, pelo ombro, o que lhe dava um ar um pouco mais rebelde.

Deixamos a cesta de piquenique no centro do pátio e fomos buscar nossa caixa no esconderijo.

Havíamos trocado o tapete, por um novo, mais feopudo, acrescentamos um colchão enorme inflável junto a um pequeno compressor de ar e um pequeno e potente aparelho de som que já tocava em alto e bom som nossa seleção de rock favorita.

No meu telefone havia um aviso de menssagem.

E o apanhei e li sorrindo.

Eu havia providenciado uma surpresa para Leonardo. E não podia esperar para ver a sua reação. Tenho certeza que ele iria amar.

Guardei o telefone sorrindo e Leo me perguntou:

-O que foi amor?

-Tenho uma surpresa.

-Hum! Adoro surpresas.

Dizendo isso ele veio abrindo a minha calça e de joelhos pôs o meu pau para fora iniciando um delicioso boquete.

Depois de alguns minutos de uma muito quente sessão de preliminares, Leo estava com a bunda aberta e meus dedos dentro dele. Foi nesse momento que teve inicio a surpresa que eu tinha preparado.

Leonardo ralmente estava emocionado e muito animado.

Sem dúvida alguma aquela seria a noite mais inesquecível de todas da nossa tradição no terraço do CPEER

*********************

CONTINUA

Gostaria de lembrar que hoje é sabado. Dia de capìtulo bônus. E o de hoje está imperdível. Aguarde.

Obrigado a todos que acompanham lendo comentando e votando.

Respostas aos comentários do capítulo anterior:

isabela^^ Sua linda! Obrigado por estar sempre presente! Valeu! Bjs!

emersous Que bom que você gostou da introdução dela na história, amigo. Agora quanto a cena de sexo a três. Eu te prometo que haverá e com tudo o que tem direito. Só não digo quem serão os três. Segredo de estado!

Sr. Crítico A Sofia é uma personagem refrescante, não é mesmo? Obrigado por ler, comentar e votar. Você é muito bem vindo!

Julia M.L.R Eu amei as suas palavras tão gentis. Fiquei bastante emocionado em saber que depois de tanto tempo como leitora do CDC você finalmente resolveu abrir uma conta para poder comentar o meu conto. Voce é muito bem vinda! Bjs!

cintiacenteno Obrigado pelo comentário fofo amore! O que você acha de um conto a parte com a história do João Marcos e do Augusto? Se houver demonstração de interesse por parte de outros leitores, talvez eu me anime em faze-lo. Beijos!

Sheilinh@ É verdade. A gente cresce e aprende a complicar o que antes fazia de forma descomplicada, não é mesmo? Bjs, linda!

Até logo mais gente!

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Comentários

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Obrigada lindo aguardarei anciosa para q mais pessoas assim como eu queira saber mais deles... bom sabado querido! beijinhuuu

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Hey Vick, muito a ser dito e pouco espaço pra tanto kkkk você tem um e-mail? As vezes me da um pesar a forma como o narrador - qualquer um dos dois - usa o verbo no passado… sei la, deve ser so impressao kkkk

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Hummm já estou sentindo um cheirinho de fim. Saudade antecipada.

Foi belo o capítulo de hj.

Me intrometendo um pouquinho eu adoraria que vc escrevesse a história do Marcos e do Augusto. Bjos fofura

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