Tomás e Leonardo - Parte 18

Um conto erótico de VickPendor
Categoria: Homossexual
Contém 3777 palavras
Data: 01/03/2015 13:22:27
Última revisão: 01/03/2015 13:56:01
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

Era o segundo sábados do mês de dezembro, manhã do dia da formatura de Tomás.

Haviamos estabelecido um nível agradável de amizade.

Ele me entregou o convite e eu prometi que estaria lá.

Eu ainda estava deitado na cama. Os raios do sol entravam teimosamente pela fresta da janela do meu quarto.

Eu me espreguiçava, quando ouvi a batida na porta do meu quarto.

Não sei porquê, mas achei que poderia ser Tomás.

Fui até a porta e abrir com um sorriso, mas a pessoa que estava do outro lado era aquela que eu menos queria ver.

- O quê que você está fazendo aqui?

Eu não tenho nada para falar com você. Vai embora por favor! - Falei fechando a porta novamente. Mas ele colocou o pé entre à porta e o batente, impedindo que eu a fechasse.

-Daniel o que você quer comigo? Será que você não se dá por satisfeito em haver acabado com o meu relacionamento? E isso quando o corpo de Bruno ainda nem havia esfriado?

Eu me arrependi do que disse quando a expressão de Daniel se alterou em frieza e ódio puro. Ele empurrou a porta e me segurando pela camisa me sacudiu dizendo entre os dentes:

- Nunca mais diga o que você não sabe sobre a minha relação com Bruno. Você não sabe de NADA sobre nós.

Eu e Bruno nos amávamos muito. Ele era e é o amor da minha vida.

E mais do que isso. Eu e Bruno amávamos e sempre fomos completamente apaixonados pelo Tomás.

Nós queríamos ele para nós. Eu e o Bruno sonhávamos em um dia podermos os três vivermos juntos, em uma relação de igualdade, onde os três se amassem.

Aí você chegou. E ele se apaixonou por você.

Ele me soltou ao dizer essas palavras. E eu chocado com a revelação por pouco não caí sentado fora da cama.

Daniel continuou:

-Quando ele nos disse que nossos encontros estavam acabados e que estava em uma relação fechada com você, nós ficamos arrasados. E então aconteceu de nós nos tornamos seus amigos também. Sabe, nós aprendemos a gostar de você. Aliás, não seria mentira dizer que aprendemos a amar você também.

E você fazia Tomás tão feliz!

Com o passar do tempo eu e Bruno descobrimos que o nosso amor era grande o bastante para ser forte e duradouro, mesmo que fossemos só nós dois.

Então resolvemos nos casar.

E vocês, que eram nosso casal perfeito, iriam fazer parte da nossa vida de alguma forma.

A amizade de vocês sempre foi importante para a gente.

Aquela conversa do Daniel ainda não havia me comprado. Comecei então a falar com sarcasmo.

- Aí quando o seu noivo morreu e você se sentiu sozinho resolveu partir para o ataque e roubar o meu homem.

-Não Leonardo. Isso nunca foi uma possibilidade. O que aconteceu àquela noite foi fruto das circunstâncias.

Naquele fim de tarde a gente finalmente recebeu permissão para ver o Bruno.

Eu fiquei arrasado quando entrei naquela sala fria e vi o meu amor, o homem com quem eu iria me casar e constituir família em um caixão.

Tomás também ficou arrasado. Por que do jeito dele, ele também amava Bruno. Nunca da mesma forma que ele ama você, mas ele nos amava, assim como eu sei que você também.

Eu baixei meus olhos com medo que ele lesse algo ali.

Nos estávamos arrasados. Passamos a primeira parte daquela noite no bar do hotel em que estavamos hospedados bebendo.

Bebemos duas garrafas de vinho. Acho que o que o que aconteceu foi uma mistura de tudo. O vinho, a dor, a tristeza, a solidão e um pouco de piedade também.

Eu estava aos poucos assimilando o quadro. Eu tentei pensar se fosse eu no lugar de Tomás. Eu faria igual? Se eu fosse sincero responderia que provavelmente sim.

Ele estava certo. Eu também os amava.

Daniel prosseguiu:

-No momento em que fomos acordados pelo seu telefonema Tomás entrou em desespeto. Ele me disse algo, que embora ele tenha pedido perdão várias vezes logo depois, ainda machuca muito lembrar. Eu amava esses dois homens, um estava dentro de um caixão em algum lugar frio daquela cidade estrangeira e o outro estava na minha frente dizendo que tranzou comigo por piedade, mas que se soubesse antes que o preço dessa caridade teria custado a ele perder o amor da sua vida ele preferiria mil vezes que eu estivesse morto em um caixão ao lado do Bruno. Daniel chorava enquanto repetia estas palavras.

As palavras de Daniel estavam me assustando.

-Esse não é o Tomás que eu conheço, Daniel.

-Toda pessoa vira um selvagem quando está perdendo o seu bem mais precioso na vida Leonardo. No caso dele o bem mais precioso é você.

-Leonardo! Eu vim falar com você porque eu vou parti para fora do país a trabalho hoje, logo após a formatura.

Eu sei que o que aconteceu não pode ser esquecido. Mas eu vim te contar tudo o que aconteceu, para você entender que não foi nada pelo que valesse a pena vocês se separarem e estarem passando por todo este sofrimento.

Eu não me importo se você não quiser mais falar comigo. Eu só peço uma coisa. Perdoa o meu amigo. Eu não suporto mais ver ele sofrendo por você. Ele virou e caminhou em direção a porta.

-Dani! - Eu corri e o abracei.

-Eu não quero perder sua amizade. Não vai embora pensando que eu te odeio, por que isso não é verdade.

Ele retribuiu o meu abraço me apertando mais ainda.

-Eu te amo Dani!

-Eu também te amo Leo.

Então eu puxei seu rosto para perto do meu e o beijei. Eu havia me esquecido de como aquele beijo era delicioso. Ora a quem eu queria enganar? Se Dani me pedisse eu também faria omor com ele naquele exato momento.

Como se meu cérebro quisesse traduzir os meus pensamentos em ação eu colei o meu corpo ao dele esfregando o meu pênis já duro contra o dele igualmente duro e comecei a introduzir a minha mão por debaixo da sua camisa.

Segurando as minhas mãos para que eu parasse, Dani se afastou alguns centimetros de mim, sacudindo a cabeça e disse:

- Deus sabe que eu daria quase qualquer coisa para enfiar o meu pau dentro desse seu cuzinho delicioso, Leo. Mas como dizem por aí cometer o mesmo erro duas vezes é burrice. E eu já cometi uma vez o erro de estar entre você e Tomás.

-Adeus Leo! Eu tenho que ir, porque embora eu esteja sendo um cavalheiro, a minha nobreza não vai resistir muito a esta tentação.

- Eu espero do fundo do meu coração que você e Tomás façam as pazes. E quando vocês estiverem juntos novamente se quiserem fazer amor descomplicado com esse velho amigo, eu sempre vou ter espaço na minha agenda para vocês.

Dizendo isso ele beijou a ponta do meu nariz caminhou em direção à porta e partiu deixando em meu coração uma sementinha de esperança brotando.

Eu estava sentado no meio do salão de eventos da universidade.

Naquele dia havia tido uma maratona de formaturas.

Apenas uma me interessava. Aquela que estava prestes a começar onde o meu amor estaria recebendo o seu canudo e o título de bacharel em engenharia de energia renovável, com louvor.

Sentado na mesma fileira que Billôca, Alice e Daniel, eu era sem dúviadas a pessoa mais animada na platéia ao aplaudir Tomás recebendo seu diploma.

Sorrindo ele balançou o canudo na nossa direção.

Daniel havia me dito que seu pai e sua madrasta não haviam vindo, alegando não poderem deixar de comparecer a um casamento para o qual já haviam sido convidados.

-Miseráveis!

Eu tinha um plano.

Assim que a cerimônia acabou eu peguei a chave do Benê e saí rumo a realização dele.

Tudo estava perfeito o tapete escovado, as almofadas limpas dispostas pelo tapete, a coberta, as flores, as velas, a cesta com o pique-nique, uma sacolinha com o meu presente e claro o lubrificante.

Agora faltava apenas uma coisa, a mensagem.

Peguei o meu celular novo e mandei a seguinte mensagem para o número que eu sabia de cor.

"Dizem que quando você repete uma coisa na mesma data e hora no ano seguinte é por que já virou uma tradição. Vamos criar a nossa hoje? Porque eu não sei se vou conseguir ficar nem mais um minuto deste maudito ano sem o meu amor."

Com certeza ele iria entender a mensagem.

Era torcer para que Tomás ainda não tivesse desistido de mim.

Em cerca de o que me pareceu cinco minutos, eu ouvi um carro subindo a ladeira. Fui até a mureta de proteção a tempo de ver Tomás freando o carro bruscamente em frente ao prédio do CPEER.

Ele abriu a porta olhando para cima.

Quando me viu no alto, deu um sorriso que foi o responsável pela saida do peso da dúvida que estava no meu coração.

Sorri de volta e acenei. Ele acenando de volta declamou de forma teatral:

-Oh! jovem encantador o que eu devo fazer? Falar sobre o canto da cotovia,ou pedir que me jogue as tranças?

Eu ri da brincadeira.

-Que tal apenas subir príncipe Romeu?

Quando ele chegou na cobertura estava ofegante. O meu plano era abraçar ele e o sufocar com beijos assim que ele chegasse, mas eu não tinha contado com a possibilidade de que ele viria pulando feito um cabritinho feliz, saltitante e ofegante.

Não querendo perder o clima, eu apenas corri até ele e o abracei o mais apertado que eu pude.

Com certeza respondendo ao que eu escrevi na mensagem ele disse:

- Eu também.

Apos alguns momentos abraçados, nos beijamos com paixão e intensidade, como se fôssemos morrer de fome se não nos alimentasse daquele beijo.

Eu repetia para mim na minha mente " Eu ainda não acredito que vou fazer amor com o amor da minha vida novamente.

Como eu amava aquele cheiro, aquele gosto, aquele corpo.

Nós nos despimos como se houvessem formigas de fogo em nossas roupas.

Logo estávamos nus sobre o tapete.

Eu alisava todo o corpo de Tomás com as minhas mãos eu queria matar saudade, sentir cada detalhe, relembrar cada recanto retomar cada nuance daquele que eu tanto amava.

Tomás me acariciava com igual ardor. Murmurava palavras de amor no meu ouvido.

Dizia o quanto eu era precioso para ele.

Eu pedia perdão pela minha intransigência.

E ele murmurava coisas que eu já não mais entendia.

Tomás sugava e lambia os meu mamilos alternando com leves beliscões. Eu acariciava a parte da frente ao lado do osso do quadril com a ponta dos meus dedos até chegar ao seu pênis então envolvia toda a circunferência com os meus quatro dedos e acariciava a cabeça com o polegar espalhando as gotas que babavam com movimentos circulares. Ele gemia com sua voz rouca e grave. Isso tinha o efeito de deixar o meu pau estourando. Eu me desvensilhei de seu toque e fui fazer o que mais eu vinha desejando. Segurei a base do seu pênis com uma mão enquanto lambia toda a circunferência e a cabeça em uma provocação estudada. Estiquei a mão até a vasilha com gel e lambuse dois dedos.

Tomás entendendo o caminho que eu queria seguir ergueu os joelhos e afastou as pernas expondo para mim aquele cuzinho lindo.

Eu introduzi um dedo e depois outro. E ao mesmo tempo mergulhava de boca naquele pau delicioso que eu tanto amava. Quando eu encontrei o ponto que eu procurava dentro de Tomás ele contraiu levemente o glúteo e gemeu alto. Sorrindo continuei a massagem naquele ponto e comecei a cantarolar enquanto subia e descia minha boca naquele pau delicioso.

Quando Tomás deu sinais de que iria gozar eu apertei a base do seu pênis, apenas com a força necessária para que ele não viesse.

-Ainda não bebê. Eu quero que você faça isso dentro do meu cú. Eu quero sentir a sua porra se espalhando dentro de mim e escorrendo pelas minhas perna. Eu quero que você me marque novamente como seu. Dizendo isso, eu que já tinha o meu cú preparado previamente, sentei nele até o talo em uma só estocada.

-Delícia de cuzinho bebê! - Gemeu o meu amor para depois se perder em prazer enquanto meu cúzinho extasiado expremia aquela pica deliciosa em espasmos ritmados.

Eu jorrava em seu peito e em seu rosto ao mesmo tempo que ele me prenchia com sua semente.

Quando terminamos eu lambi cada gota de porra em seu peito e rosto e ele me colocando de quatro observava o meu cú aberto enquanto sua porra escorria pelas minhas pernas.

Ele enfiou o rosto no meio da minha bunda, e começou a beijar, sugar e lamber o meu cú de forma apaixonada. Lambia cada gota que escorria pela minha perna em um processo lento que já estava me deixando novamente meio bombado.

Já com o pau duro de novo ele enfiou tudo de uma só vez no meu cú e bateu com muitas estocadas fortes Então me virou de frante abrindo as minhas pernas e me fodendo com todo o cuidado murmurando juras de amor até que tivessemos outro orgásmo. Permanecemos assim, agarradinhos. Ele dentro de mim, o corpo sobre o meu, aliviando e peso entre os joelhos e cotovelos. Nos beijávamos enquanto murmurávamos o quanto nos amávamos e sussurrávamos que nunca mais iríamos nos separar. Depois de meia hora nesta posição. Nos separamos, mas como o nossos pau estavam novamente meia bomba, resolvemos partir para um 69.

Que delicia sentir aquela boca deliciosa depois de tantos meses .

Aquele homem era tudo o que eu mais podia desejar. Lindo de tirar o fôlego, inteligente, divertido e muito, muito bom de cama. Aliás de cama, de mesa, de cadeira, de tapete de banheira, de carro e de tudo.

Após um cochilo acordamos famintos. Abrimos a cesta com o piquenique e alimentamos um ao outro na boca.

-Sabe bebê eu já havia perdido as esperanças de você me perdoar.

-Não há mais nada para ser perdoado Tomás.

-E eu posso saber o que fez você mudar a cabeça assim de forma tão radical?

-O meu amor por você. E também uma visita que eu recebi esta manhã.

-Daniel.

-Ele te contou?

-Não. Foi só um palpite.

-Ele me contou tudo. Da paixão dele e do Bruno, da visita ao corpo, do porre das confissões, da sua pena...

Nesse momento Tomás sentou mais ereto enrrigecendo todo o corpo.

-Essa é uma idiotisse que eu disse em um momento de desespero. Mas nunca eu senti pena dele. Eu fui cruel e injusto. Ambos queríamos e precisávamos um do outro naquela noite.

-Ah!Leonardo!

-Você consegue acreditar que exista um gay na face da terra que transaria com o Daniel apenas por pena?

-Não- Eu eu disse rindo - Não mesmo. Pra dizer a verdade esta manhã eu só não transei com ele por que ele não quis.

Tomás ficou me olhando sério por um tempo que me pareceu muito longo. Depois deu um sorriso e disse:

- O Daniel, ele deve estar com um grande problema. Só um homem muito louco da cabeça para recusar você.

Não Tomás. Só um homem muito apaixonado para recusar a um homem que ele deseja mas que é amado por outro homem que é o seu verdadeiro amor.

Encostando nossas testas Tomás sussurrou.

-Eu não teria me importado tanto assim se vocês tivessem transado.

-Quer dizer que você não se importa se eu transar com outro homem?

-Não, não foi isso que eu disse. Eu disse que eu não me importaria se você transasse, ou mesmo fizesse amor com o Daniel. Mas só com ele.

Ficamos em silencio por alguns instantes absorvendo o significado daquilo, até que segurando suas mãos eu falei.

-Agora eu entendo Tomás. Eu também me sinto assim a respeito de Daniel. Eu sinto que ele significa para nós mais que um simples amigo. E esse é um lugar que pertence apenas a ele. E que o amor entre eu e você é apenas nosso.

-Mas eu acho que devemos voltar a regra anterior. Apenas nós dois, mais ninguém. Disse Tomás, com certo temor, tornando a me beijar.

Também concordo. Deitamos nas almofadas abraçados, contemplando o céu estrelado.

-Leo?

-Hum?

-Adivinha quem apareceu na formatura e me entregou uma pasta grossa com documentos me pedindo para ligar assim que eu terminasse a leitura de tudo?

- Não faço idéia. Algum aspirante a bolsista querendo uma forcinha?

-Não. O Dr. Sebastião Vieira Magalhães.

-O advogado da família de sua mãe?

--Esse mesmo.

-E o que tem nestes papéis?

-Não sei. Eu ia abrir para ver o que era na hora em que você me mandou a mensagem.

-Por falar nisso eu amei a forma como você veio correndo como um cachorrinho, assim que eu chamei.

-Cala aboca!

-Vem calar. - Levantando com agilidade eu saí fugindo do alcance dele, mas ele me pegou assim que chegamos em baixo da única lâmpada ali no terraço. Foi nesse momento que eu reparei que ele estáva usando os dois cordões presos pelas nossas duas alianças.

-Você tem usado todos eles juntos?

- Eu queria estar com todo o nosso kit noivado a mão quando você me perdoasse.

Eu estiquei a mão até o seu pescoço desprendendo os cordões.

Ali mesmo em pé e nus, sob aquele frágil foco de luz eu peguei a aliança com o nome dele e perguntei.

-Tomás Schneider Você aceita a mim Leonardo Bernardes , como seu marido, aconteça o que acontecer pro resto da vida?

Tomás ficou surpreso ao perceber que derrepente estávamos em nossa cerimônia íntima de casamento.

Sorrindo e com os olhos embaçados ele esticou o anular esquerdo para mim e disse num tom emocionado:

-Sim.

Eu continuei em tom solene e emocionado.

-Então receba esta aliança como prova do meu amor eterno.- coloquei a aliança em seu dedo anular esquerdo e não resistindo acrescentei:

- E me faça o favor de mostrar ela para qualquer engraçadinho que der em cima de você.

Sorrindo ele me deu um selinho e disse:

-Eu prometo.

Pegando a outra aliança ele segurou a minha mão e disse:

- E Você Sr. Leonardo Bernardes, Aceita a mim, Tomás Schneider como teu esposo para amar para o resto da tua vida?

-Sim - respondi não contendo o sorriso enquanto ele colocava a aliança também no meu dedo anular esquerdo.

-O Sr. seu Tomás Schneider, se declara então casado comigo Leonardo Bernardes, até que a morte nos separe?

-Sim. E você Sr. Leonardo Bernardes, também se declara casado comigo, Tomás Schneider até que a morte nos separe?

-Sim. Mil vezes sim! - Eu disse sem parar de sorrir.

Então nos beijamos.

Estávamos oficialmente iniciando a nossa vida de casados.

Tomás colocou o cordão que ele havia me dado no meu pescoço e eu coloquei o cordão que eu havia lhe dado no dele.

Apesar de Tomás haver se formado hoje, as coisas não iam mudar muito, já que ele cotinuava como bolsista do CPEER como coordenador dos alunos, e agora como pós graduando.

Ele consseguiu verba na aprovação para execução do seu próprio projeto de pesquisa. Estando dentro ele sabia que o segredo para conseguir este tipo de aprovação estava em realizar pesquisas que dessem apoio na execução da pesquisa principal com os geraradores eólicos.

Voltamos para o tapete onde eu tinha mais uma surpresa.

Peguei uma caixinha de dentro de uma sacola e entreguei para ele.

Parabéns pela formatura, amor!

Era um relógio.

Olhando a embalagem com o logo de uma joalheria renomada, ele disse abrindo a caixa:

--Mas amor, isso deve ter custado uma fortuna!

Na verdade eu estaria pagando por ele até o final do próximo ano. Isso apesar de eu haver dado todo o dinheiro da minha poupança de entrada.

-Para o meu amor, - eu disse - somente o melhor.

-Tem uma inscrição. - eu falei apontando atrás do relógio.

Chegando próximo a uma das velas, Tomás leu a seguinte manssagem em letras miúdas circundando a borda traseira:

"Parabéns Eng. Tomás Schneider! Amor eterno, Leonardo Bernardes." A sigla da universidade e a data na parte central.

-Obrigado amor! Eu te amo!

Ele me puxou em um beijo apaixonado.

Me soltando Tomás levantou e começou a vestir a cueca.

-- O que foi amor?

- Vou até o carro e já volto.

Ele desceu correndo só de e cueca.

Voltou com uma pasta grossa na mão. Ao abrir haviam várias outras pastas menores. Mas uma com capa de couro chamava a atenção.

Era o testamento de seu avô materno.

Resumindo, lá estava dizendo que apartir do dia da sua formatura na universidade, Tomás passava a ser herdeiro único de uma verdadeira fortuna.

Olhamos um para o outro literalmente de queixo caido.

-Amor! Eu sabia que o meu golpe do baú iria funcionar. Mas tudo isso? Você deve ser bilionário!

-Bobo! -Disse ele me dando uma cotovelada leve.

Olhávamos pasmos para aquelas pastas todas. Cada uma indicando a posse de vários negócio, imóveis dentro e fora do país, ações de empresas de tecnologia da computação e até mesmo uma conta na Suíça.

Havia um envelope lacrado contendo uma carta de seu avô para ele.

Tomás abriu o envelope com certa reverência, passou a mão com carinho sobre as letras e começou a ler o conteúdo em voz alta. Em determinado ponto ficamos chocados com uma revelação que havia ali.

*********************

Uau!

Reviravolta de 360° né gente?

Respostas aos comentários de ontem:

will(Wy) e M(a)rcelo : Não se preocupem. O professor é um homem velho e sem atrativos, mas brincalhão.

O selinho foi apenas uma brincadeira (concordo que um pouco over) do Tomás, para responder a provocação do professor e porque ele estava feliz.

Sheilinh@: Para quem era desajeitado e inexperiente nesse negócio de amor, até que o Tomás se saiu bem. Não é mesmo? Estimo as melhoras para você, meu anjo!

Obrigado pelos votos Guininho!

cintiacenteno: Sempre presente. Bom dia para você também, sua linda!

Lipe*-* e Amon ❤️: Traição é F... mesmo. É muito tesão na hora, para quem pratica e muita dor e humilhação para quem sofre.

Mas no final acaba sendo apenas uma grande M... para todo mundo.

A idéia aqui, vocês vão ver no decorrer do conto, é questionar tanto o valor da traição, do perdoar quanto a forma de amar.

Os nossos valores sociais e os nossos instintos, andam por lados opostos.

Só posso dizer uma coisa sem dar um spoiler: Muita, mas muita água mesmo ainda vai passar por debaixo da ponte deste conto.

Mais uma vez agradeço a todos que acompanham o conto, quer seja anonimamente, quer seja votando e comentando.

Um beijo e até amanhã!

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Comentários

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Parabens! Muito bom trabalho. Tirando o Mysterion você é o unico outro escritor que eu aguardo a casa final de capitulo. Amo a sua escrita. Nao sei porque, mas me apaixonei por todos os protahonistas, independentemente dos erros e falhas. Parecem se completar uns aos outros de uma maneira tao bonita. Mto obrigado por escrever para nós. Beijo

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Ter tido ficou lindo no comentário anterior kkkkk

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Preciso esclarecer que, nem de longe, a ideia do professor ser amante do Tom passou pela minha cabeça… pelo contrário! O que eu disse se deu pelo fato de o Tom ter tido uma brusca mudança de humor e, como não poderia deixar de ser, eu tinha dois palpites: o primeiro era o fato de eles terem se reaproximado e o segundo, ao qual eu me prendi, o fato de ele estar com outra pessoa. Ainda bem que eu estava errado! Muitas águas é!? Pega leve autor… deixa nossos meninos curtirem uma onda de paz pelo menos por enquanto. Confesso que estou louco para entender a 'moral da história' que você disse, hoje, pretender passar com 'Tomás e Leonardo'. Até logo!

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Ai..que tudo lindo...Amei que o Tomás e o Léo tenham feita às pazes.tomara que o Léo de na cara da madrasta do Tomás pq eu To sentindo o cheiro de confusão e tiroteio

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Amei, axo lindo isso de perdoar e amar novamente, mas cada um tem seu jeito...e o meu é o cabeça dura q n perdoa e nem perdoarei isso :P.. Amei o capitulo

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Ameeeeiiii. Muito digna a atitude do Dani. As vezes nos prendemos demais nos conceitos aceitáveis da sociedade ao invés de nos a termos ao que ou quem realmente nos faz feliz. Seu conto é perfeito por isso vc mostra um lado doce do que é diferente, do que é incomum. Bom eu sou suspeita pra falar pq já sou sua fã! Tomaz e Leonardo arrasando.

É obrigada ja estou melhorando. Meu autor favorito. Bjo e bom restinho de domingo!

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