Capturado pelo amor (cap. 4)

Um conto erótico de Augusto
Categoria: Homossexual
Contém 1635 palavras
Data: 28/03/2015 21:34:50

Depois daquele dia do hospital, fiquei chocado com o que meu pai foi capaz de fazer, embora ele quase nunca ficou em casa, ultimamente ele estava direto, parece até que queria me vigiar, quando não era ele era minha mãe, ai que saco, nunca se importaram comigo enquanto eu era criança, vão querer recompensar o tempo perdido agora? Não mesmo, não irei deixar nenhuma brecha para isso.

Lucas ficou no hospital por mais dois dias e sempre ia visita-lo, me surpreendia sempre com sua gentileza, carinho, com o seu jeito meigo de me olhar e me tratar, sempre me dando atenção, mesmo em assuntos sem nexo para nós e principalmente para ele, quando ele foi para casa, passamos a tarde todo nos fazendo companhia e namorando muito, sem sexo, pois ele ainda estava em recuperação. Que tédio, tive que voltar para casa e mentir pro meu dizendo que eu estava fazendo um trabalho, pois ele me veio com um papo que não era pra se aproximar do Lucas, que ele não presta e coisa e tal, até parece que se fosse verdade eu ia me importar com isso.

Passei a noite mais longa da minha vida, estava pronto para dormir quando escuto meu pai falando no telefone dizendo que já ia encontrar alguém, depois se despedindo da minha mãe. Queria de uma vez por todas saber porque ele estava estranho, ou eu seguia ele e tirava minhas dúvidas ou passava a noite inteira sem conseguir dormir pensando nisso. Ele saiu e eu peguei um táxi e mandei o cara seguir ele, fomos em lugar bem esquisito, tipo uma fábrica de alimentos antiga que estava abandonada. Ele entrou lá e eu fiquei escondido e entrei por um lugar atrás dele, fui e só deu pra escutar o que eles já estavam conversando.

- o senhor quer que eu mate ele?

- não seu inútil, eu quero que de um susto bem dado pra ele aprender a não se meter comigo.

- mas o que ele te fez senhor.

- não te interessa, isso é assunto de família.

- mas se ele é da sua família, porque quer que eu faça isso.

- ele não é da minha família e nunca vai ser, se você não fazer direito que vai sofrer as consequências será você.

- sem problemas, mas quando que eu vou dar o susto e o que eu tenho que fazer?

- você tem que fazer com que pareça um assalto e quando você vai sair leva o celular, sei lá, qualquer coisa de valor e dá um tiro na perna esquerda.

- porque na perna esquerda?

- porque assim eu vou saber que deu certo, e não quero que ele corra risco, só de um susto e nada mais.

- tá, quando eu faço?

- amanhã à noite, eu vou dar um jeito dele sair de casa pra encontrar meu..., bom ele vai sair de casa e você faz o combinado.

- e quanto que ganho em troca?

- você ganha mais uns dias d atendimento grátis a sua linda filhinha que esta sobre os meus cuidados e mais uma boa grana, serve?

- só o fato de minha filha estar em seus cuidados sem pagar nada me ajuda em muito, eu faço e recebo o pagamento no hospital ou aqui?

- seu imbessil, você acha que eu vou arriscar minha reputação entregando dinheiro pra um bandido no meu trabalho?

- eu posso ser imbessil, mas bandido não, eu só vou fazer esse trabalho pro senhor porque to sem grana e eu já matei uns pra sobreviver.

- eu sei de seus podres todos, agora deixa eu ir que não posso chegar muito tarde em casa.

Sai dali chocado e tive a certeza de que meu pai não era um homem de bom caráter, e ainda mais que ele queria ferir meu amor, mais porquê? Pelo simples fato dele ter se metido no mundo das drogas? Não pode ser, eu vou descobrir.

Peguei o táxi e mandei o motorista de me levar de volta o mais rápido possível, paguei a mais pela gentileza do motorista e subi correndo, vi que meu pai ainda não tinha chegado em casa, subi pro meu quarto, já era 02:15 da madrugada. Tentei dormir mas foi em vão, fiquei a noite toda pensando e pensando até achar o porquê daquilo tudo, sem mais nem menos sai do quarto e fui pra cozinha beber água, algo me dizia que eu tinha que ir até o escritório do meu pai.

Fui até lá e tinha uma pasta e dentro dela tinha um envelope preto, abri e dentro tinha todos os dados pessoais do Lucas e mais um monte de coisa, papeis de desvios de dinheiro do hospital, a ficha do cara, tinha um monte de papeis que revelavam muita coisa do meu pai que até então eu nem imaginava que ele fosse assim que esses papeis existissem. Tirei cópia dos mais comprometedores, e coloquei os originais de volta, e ainda coloquei uma mensagem ao meu querido papai junto com os papeis.

“ você se acha muito esperto em desviar dinheiro do hospital, mexer com bandidos, acobertar os rolos de seus colegas, desviar medicamentos e super faturar consultas, estou mais perto que você imagina e se tocar na pessoa que amo, esses papeis estarão soltos aos quatro ventos, a mídia irá recebe-los imediatamente, tome mais cuidado com seus atos e não se esqueça, ESTOU MAIS PERTO DO QUE VOCÊ PODE UM DIA IMAGINAR”.

Voltei pro meu quarto, coloquei os papeis bem escondidos, mas antes tinha tirado várias copias e escaneado, uma ficaria comigo, outra com meu amor, a outra com minha mãe, e uma cópia salva no meu e-mail. Poderia estar fazendo a maior burrada da minha se metendo com meu próprio pai, e ainda ariscar mais ainda a vida das pessoas que amo, mas eu tinha que me garantir, aqueles papeis tinham que estar seguros.

Depois consegui dormir bem, não muito mais digamos que bem. Acordei cedo, era sábado, mas iria na casa do Lucas levar o envelope, e teria que inventar uma desculpa pra minha mãe esconder o outro bem sem meu pai ver, ou não, ela poderia saber de algo e me dedurar, aí sim eu estaria encrencado e sem o Lucas. Peguei meu carro e fui até a asa de meu amor, como já era de casa, entrei e subi direto pro quarto dele. Ele estava dormindo como um anjo, me deitei junto com ele e dormi um pouco.

Acordei com beijos deliciosos, Lucas estava por cima de mim, com a carinha mais linda do mundo, com aquela visão prometi a mim mesmo que ninguém nunca tocaria no meu anjinho, ele estaria protegido do mundo e principalmente do pai. Entre beijos e caricias eu tive uma grande ideia que poderia dar certo, que poderíamos pelo menos estar em paz alguns dias.

- amor, que tal a gente fazer uma viagem?

- seria ótimo, mas para onde?

- pros Estados Unidos, mais precisamente Chicago, passar uma semana longe de tudo e de todos, só nós dois sem ninguém saber.

- mas pra quando?

- agora mesmo, o que acha?

- acho que seria a maior loucura que a gente já fez na nossa vida.

- uma grande loucura de amor.

- como assim?

Expliquei toda a história do meu pai, entreguei os papeis pra ele guardar e disse que aqui ele poderia estar correndo perigo, ele ficou super feliz com minha preocupação, decidimos viajar ainda naquela manhã, ajudei ele a fazer suas malas e fui pra casa arrumar as minhas, seria uma fuga do amor, arrumei e levei tudo o que eu achei que precisaria, e joguei a mala pela janela, pois meu pai estava em casa e com uma cara não muito agradável, deveria ter lido o meu recadinho pessoal.

Saímos e embarcamos rumo a Chicago, dormimos a viagem inteira, desembarcamos por volta da 02:30 horário do brasil, lá era 12:30 por aí, fomos direto pro hotel que eu tinha reservado, era enorme e lindo, colocamos nossas malas e saímos dar uma volta pela cidade, já que eu não falava o inglês fluente Lucas se divertia quando eu tentava me comunicar com algumas pessoas que nos pediam informação, deviam estar pior que a gente, Lucas sabia falar inglês fluente pela minha sorte. Passeamos pelo parque que estava pura neve nesta época e frio de morrer, sorte que levamos casacos grossos.

Nos divertimos bastante, voltamos para o hotel, eu estava pura neve que nós brincamos feito duas crianças que nunca viram neve, tomei um banho de espuma maravilhosos com a porta do banheiro trancada, estava me reservando para a noite, depois me vesti e foi a vez dele tomar banho, que fez de proposito deixar a porta aberta e ainda me chamar pra ver ele passando espuma no lindo corpo.

Quase que não resisti, mas nossa primeira vez juntos teria que ser especial e não em uma banheira, tinha que ser romântica, depois que ele terminou de tomar e se vestir pedi para ele comprar uma garrafa de vinho e chutei ele do quarto, arrumei uma mesa com velas, pedi um jantar especial, menti que era pra um casal que estava em lua de mel, ou seja nós, esparramei pétalas de rosa vermelhas em um caminho da porta do quarto até a mesa e oura até a cama, depois me arrumei com uma calça dins preta bem colada no corpo, uma camisa xadrez que deixava meus músculos mais definidos, arrumei o cabelo, coloquei o meu all star preto cano longo, passei o perfume Thipos, e esperei com todas as luzes apagadas, a única iluminação era a das velas da mesa e aquelas em redor da cama e uma para iluminar o caminha.

Demorou uns 15 minutos e ele chegou, estava gato como sempre, e trazia na mão o vinho, a única coisa que faltava além deleQuerem saber como foi a noite, comentem

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