Roberta e Daniela 4

Um conto erótico de Daniela
Categoria:
Contém 1247 palavras
Data: 14/02/2015 14:04:07
Assuntos: Lésbicas

Eu me enrolei na toalha e a Roberta me olhava muito chateada.

Me disse: "Você não podia ter feito isso! Eu queria fazer ..."

Não terminou a frase pois a porta abriu. Era o Pablo com o semblante assustado e branco além do normal.

Me aproximei dele e perguntei: -"Que houve? Você está bem?"

Ele segurou na minha mão e disse: -"Sua casa está toda revirada e algumas coisas quebradas. A Dona Maria ficou arrumando. Ela está bem, apenas se atrasou.

Me sentei na cama, sentindo a dor insuportável no clítoris por não ter gozado e tentei me concentrar. A Bruna passou dos limites e eu precisava resolver aquilo.

Coloquei mais uma vez a blusa do Pablo, agradeci a grande ajuda dele e disse: -"Preciso voltar para casa! Vou encontrar com a Bruna e resolver isso!"

A Roberta me segurou: -"Você vai assim? Sem mim?"

Eu fiquei sem saber o que dizer e ela me cobrava uma resposta.

"Eu vou sem você! É mais seguro, por favor, não quero brigar! Você viu o que ela fez! Prometo me cuidar, agora, preciso que você esteja bem."

Ela me soltou e se afastou dizendo: - "Se você quer assim..."

Me aproximar para beijá-la e ela virou o rosto e se afastou ainda mais. Não me olhou um minuto. Fiquei arrasada mas, era melhor assim.

Saí com o Pablo e não olhei para trás, não queria ter a vontade de voltar e pedir desculpa. Era o correto a se fazer.

Assim que cheguei em casa, tive todo o amor e carinho da Dona Maria. Logo logo tudo se ajeitou e ficamos bem.

Dois dias se passaram e nada da Bruna aparecer. Finalmente tinha conseguido repousar e o ombro já não doía tanto.

Pensava na Roberta o tempo todo mas, decidi ficar com ela só depois que resolvesse com a Bruna.

O Final de semana chegou, quatro dias se passaram e nada dela. Algo me dizia que a Bruna iria aprontar alguma coisa e não seria nada legal.

Resolvi voltar ao médico para saber do meu ombro. Evitei o horário da Roberta e para o meu espanto ouvi dizer que o noivo dela tinha chegado de viagem e que por isso ela não estava lá. Rapidamente me lembrei daquela porcaria da letra "M" em seu pescoço. Senti minha cabeça rodar, meu chão sumir.

Me aproximei da atendente e disse; "a Dra Roberta tem noivo?" - Forcei o riso e ela de pronto me respondeu: "Haaaaa isso é caso antigo já! São loucos um pelo outro, são o casal perfeito. Sorte a dela ter alguém como ele!"

Ela nem bem fechou a boça e eu já fui sentindo uma vontade louca de chorar. Primeiro a Bruna agora, a Roberta! Eu realmente não tinha sorte!

Terminei a consulta com o outro médico de plantão. Ele me disse para continuar a evitar movimentos bruscos e muito esforço, recomendou fisioterapia e eu só concordava.

Voltei para casa e na porta do apartamento a Bruna me esperava. Eu gelei na hora mas, mantive as aparências.

Ela ia começar a falar e eu a cortei de imediato dizendo: "Conversamos dentro de casa!"

Fomos até a sala, sentamos e eu disse: "Agora você vai me explicar tudo! Desde o começo!"

Ela me explicou todas as coisas, das traições, das festas escondidas, do que ela passou durante os dois anos que ficamos juntas, falou da Roberta, do tapa que me deu, do fato de ter quebrado tudo na minha casa e por fim, disse, pediu, implorou desculpas.

Eu não estava prestando atenção em nada do que ela falava, apenas balançava a cabeça. Seu pedido de desculpas me fez esquecer a Roberta e por fim eu disse que sim, que eu a desculpava contanto que não se repetisse e que ela se afastasse de mim por um tempo.

Ela me abraçou, me entregou uma caixa e um cartão e saiu. Não abri e nem tive a curiosidade.

Fui para o quarto, deitei e chorei.

A Roberta era noiva...

Ela me enganou.

Voltei ao trabalho, voltei a fazer Minhas caminhadas, voltei a conviver com Meus amigos. Retomei minha vida e todos os dias tentava esquecer que tinha conhecido a Roberta!

Aquele cordão, aquela letra...

Ela me usou, não restou dúvidas!

Acordei procurando o celular. Ele tocava insistentemente e eu não conseguia encontrar por baixo do travesseiro. Até que atendi e ouvi: "Abre a porta para mim? Precisamos conversar, Dani!"

Eu respondi: "Quem é?"

"Não acredito que você já me esqueceu!"

"Quem é?"

"Roberta."

"Acho que você está na porta da pessoa errada. Que eu saiba as 08 da manhã no mínimo você deveria estar com seu noivo ou no seu trabalho!"

"Dani, abre! Por favor!"

Desliguei o telefone sem nada dizer. Me levantei e fui banhar.

Decidi não abrir a porta e assim eu faria!

Escutava no banho o telefone tocando e não atendi!

"Daniela, Minha filha?" - a Dona Maria sempre me chama assim para avisar que tinha chegado.

Respondi saindo do banho: "Dona Maria, estou terminando de banhar, apareço já já para tomar café com a Senhora!"

Respondi e me arrumei.

Por ela não ter falado nada, acreditei que ela não tinha visto a Roberta. Assim eu esperava e acreditava.

Dona Maria, me acompanhou nos últimos dias e sabia o quanto eu estava triste. Ela conversava, me aconselhava e eu tentando o tempo todo seguir os conselhos e esquecer a Roberta.

Ela disse: "Vi a Dra Roberta sair daqui chorando. Vocês conversaram? Quer me contar?" - Eu a olhei assustada e só balancei a cabeça negativamente.

Suspirei e disse: "Acabou o que nem começou. Essa é a verdade! Ela tem um noivo!"

Dona Maria me abraçou.

Seguiram-se os dias e eu não soube mais da Roberta.

A Bruna me procurava, me ligava, me convidava para sair e insistia para que eu abrisse a caixa e o cartão.

Dois meses se passaram tão rápido. Atolada de trabalho, de reuniões e viagens.

Era a última semana do mês de setembro, logo seria o meu aniversário e eu esperava ansiosamente.

Finalmente férias e a programação era ir para o RJ na madrugada do dia 9, logo a festa com os familiares.

Preparei tudo com os meus amigos e familiares, 25 anos era um marco.

Decidi abrir a caixa que a Bruna me deu.

Fiquei impressionada com tudo que eu vi. Ela tinha fotos, cartas, adesivos, bilhetes, ingressos de cinema, tudo que lembrava da gente. A carta era linda, me emocionou.

Me lembrou o motivo que começamos a namorar, me lembrou que ela era uma mulher incrível e me fez questionar sobre o tapa que tinha me dado. Ainda não acreditava que ela tinha feito isso. Resolvi ligar e agradecer, não guardava mágoa apenas evitava.

Voltamos a ser 'amigas' na medida do possível. Ela me convidou para sair, eu sabia que ela ainda queria algo mas, não vi problema em aceitar o convite quando soube que amigos em comum também iriam. Só quem sabia da história era o Pablo, Dona Maria, a Roberta e eu.

Vestido sutilmente decotado, preto, colado, comprimento no joelho, saltos medianos, cabelos soltos, maquiagem leve e um batom vermelho. Essa sempre foi minha paixão, batom vermelho.

Cheguei no restaurante e ao fim do corredor vi a mesa com os amigos e a Bruna. Fiquei insegura e nervosa. Não sabia o motivo disso mas, continuei até que fui recebida com beijos e abraços por todos com exceção da Bruna.

Me deu só um beijo na testa e assim, iniciamos a noite.

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