Neto, o moto-boy que virou a minha cabeça – Parte 8

Um conto erótico de garotodoscontos
Categoria: Homossexual
Contém 2417 palavras
Data: 14/02/2015 00:31:26

Jantamos. Muito bom. Cozinheiro gostoso que cozinha gostoso. Lindo. O telefone dele toca e ele vai atender.

- Oi? Sim? Tudo bem então. Depois te ligo, ok? Não, não. Depois te ligo, tchau.

- Hum. – Fico na minha para não dar uma de curioso.

- Era uma prima minha querendo ajuda, depois ligo pra ela.

- Hum. Ok, mas porque você não ajuda a moça logo?

- Não. Ela pode esperar.

- Fala sério! De repente pode ser alguma coisa importante.

- Não, não é. Ela vive inventando essas coisas só para chamar atenção.

- Ela deve ser afim de você então?

- Hum. Não sei, mas deixa pra lá.

- Ok então – Continuamos jantando mas fiquei pensando naquilo. Muito estranho. Será que essa “prima” era a garota com quem minha tia viu ele? Porque tanto mistério, estranho demais.

Depois do jantar fomos assistir um filme que passava na televisão. Nesse filme tinha uns cara que ficava só de sunga e cueca e, como ele sabia minha tara por caras assim, ficava tentando tapar meus olhos. Eu me divertia. Ficava dizendo:

- Aquele cara ali deve ser pauzudo né?

- Não sei. Pode parar de graça.

- Caralho de cueca branca linda aquele ali.

- Ele ficava tentando me beijar para não deixar eu ver.

- Kkkkkkkkkkkkkkk

Ficamos nessa palhaça até que acabamos nos beijando e indo para a cama. Não transamos mas ficamos nas preliminares um bom tempo. Chupei muito aquele pau gostoso dele e ele o meu, depois nos aquietamos e dormimos.

Acabei sonhando que falava com ele sobre a garota e ele dizia que era uma grande amiga dele e ela aparecia e começava a beijar ele e eu não podia falar nada. Caralho. Foi dose. Me acordei. Ele estava deitado com a boca próximo ao meu pescoço. Me virei e fiquei observando ele. Dei uma olhada no relógio e eram 4 e 30 da manhã. Fiquei ali pensando, acho que cochilei. Quando ouvi o barulho de um carro chegando. Dei um pulo da cama, minha família chegando. Vixe e agora? Ele acordou assustado.

- Caralho, meus pais acabaram de chegar – Ele pulou da cama.

- E agora?

- Pega tua roupa e tenta lembrar se não esqueceu nada que eles pode achar.

Ele foi se vestindo muito rápido, pegou umas chaves e saiu pelos fundos. Eu apenas vesti um short, arrumei rapidinho a cozinha. Meus pais não tinham entrado ainda porque eles estava ajudando uma outra tia minha que morava quase em frente de casa. E meus irmãos não vieram junto com eles. Por isso deu um certo tempo para que eu tentasse fazer alguma coisa. Arrumei algumas coisas. Tentei apagar pistas de que outra pessoa esteve em casa e voltei para a cama. A cueca verde do Neto estava em minha banquinha. Coloquei embaixo do travesseiro.

Eles entraram e foram até onde eu estava, perguntaram se eu estava bem.

- Estou sim, sem dores. Vocês vieram cedo.

- Sim, sua mãe queria saber como você estava. Não ficou satisfeita só em falar com você pelo telefone.

- Pois é. E que bom que estas bem.

- Pois é.

Depois de umas duas horas, o Neto chegou. Buzinou. Eu já tinha tomado banho e comido alguma coisa e saí. Me deu vontade de beijar aquele safado, mas… enfim.

- Tudo bem? Perguntou ele.

- Sim, sim, tudo bem.

- Blza. Vamos então?

- Vamos.

Saindo nos deparamos com meu primo, que ficou me olhando com aqueles “olhos” de novo. Cheguei ao trabalho, combinei com ele o horário para me pegar. Durante o dia fiquei pensando naqueles “olhos”. Curiosidade. Depois fiquei pensando em convidar o Neto a fazer alguma coisa a noite. Nada de motel e essas coisas. Apenas sair. Fazer alguma coisa. Descontrair.

Quando ele veio me buscar, por volta das 18 horas, eu fui logo convidando:

- Neto, assim, tava pensando se você não queria sair hoje a noite. Curtir alguma coisa…

- Hum… Motel?

- kkkkkkkkkkkkkkkkkk Não seu doido. Algo bem mais light… Cinema, shopping, na orla da cidade, algo assim…

- Hum, pow cara. Seria uma boa. Mas eu tenho um cliente agora que pediu que eu o levasse à cidade vizinha e ficasse esperando ele. Não sei se volto antes das 23 horas ou até mais tarde.

- Pow, foda isso, mas bem… pode ficar para outro dia…

- Você ficou chateado comigo?

- Não cara… relaxa… Seu trabalho. Não posso fazer nada, vai lá sim.

- Podemos marcar um cineminha amanhã. Que tal?

- Bacana – Fiquei animado. Cinema. Muita coisa boa pode rolar numa cinema. Já fiquei pensando umas coisas.

Subi na moto e fiquei alisando sua cintura. Estava escuro mesmo. Depois ele parou numa parte escura da cidade, num parque meio reservado e demos uns amassos.

- Já que não pude aceitar teu convite, tenho que dar uma forra.

- Hum. Que bom que você sabe.

Ficamos ali nos beijando e nos amassando por um bom tempo. Depois fomos embora. Ele me deixou em casa e se foi. Entrei em casa e bateu a preguiça. Não ia mais sair, estava exausto. Sentei no sofá e fiquei ali assistindo um filme enquanto minha mãe estava na cozinha terminando o jantar e meu pai no escritório que também tem em casa, ele é contador. Até que o doido do meu primo, o Henrique, vara de casa dentro. Levei um susto pois estava quase cochilando.

- E aí Mateus, de boa? – Me deu um tapa no braço. Queria dar um chute naquele doido.

- Vai fazer alguma coisa agora?

- Além de ter dar uma surra? Não, não. Porquê?

- Você lembra da Alana, que estudou com a gente no ensino médio?

- Sim, eu lembro sim.

Alana era uma garota que estudou conosco o ensino médio. Era uma garota muito linda. Fazia o tipo popular. Mas era muito gente boa, diferente do bando que andava com ela. Eu e o Henrique éramos vidrados nela, mas, eu acabei ficando com a amiga dela ele, chupando dedo. Mesmo assim, depois do ensino médio, continuamos amigos. Amigos até demais da conta. Saíamos de vez em quando para alguma festa ou simplesmente para ficar bestando na rua. Ela morava no outro quarteirão de casa.

Na época, eu tinha uns 17 anos e estava no Cursinho, junto com o Henrique. Ela cursava um curso técnico. Mas eram muito divertidos os nossos esquemas. Uma vez, os pais dela saíram e ela fez uma festinha na casa dela. Muita onda nesse dia. Eu já tava curtindo, na surdina, com os caras. Ninguém sabia mas eu já andava curtindo de boa, ao mesmo tempo que pegava umas garotas. Já não era mais virgem nem com mulher e nem com homens. Mas eu sempre fui muito reservado em lances com caras e só ia além quando via que o lance era seguro, por medo, eu quase nunca curtia.

Essa Alana tinha um irmão, com 18 anos, o Alan. Era presença o cara. Pegador também. Nunca tinha reparado nele. Na festa, ele ficou me encarando e eu resolvi arriscar e respondia de forma discreta. Num certo momento, ele veio em minha direção, me deu uma encarada e passou bem perto de mim indo para os fundos da casa. Olhei para ele e ele virou a cabeça e me olhou tbém. Resolvi o seguir. Ele entrou num quarto que fica nos fundos da casa. Não tinha ninguém nessa parte. Entrei no quarto e ele foi logo fechando a porta e me agarrando. Nem preciso dizer o que rolou, não é?

Mas fomos rápidos. Eu sai primeiro e voltei para a festa. Depois ele passou por mim, ainda me encarando dando a entender: Não conta pra ninguém! Com certeza não! Depois vi ele agarrando uma garota e levando ela para o andar de cima, onde deveria ficar o quarto dele. Fiquei rindo sozinho. Depois que entrei na faculdade, acabamos nos distanciando dela, mas sempre mantivemos contato.

– Pois é. Ela esta aniversariando hoje e convidou toda a galera do ensino médio para uma festa na casa dela. Ela tentou entrar em contato com você mas não conseguiu e pediu para eu dar o recado.

- Hum, bacana. Seria bom ir mas to cansadão aqui cara, acho que não vai dar não.

- Pow cara, faz isso não. Vamos lá, não queria ir sozinho.

- Pow, vai lá. De qualquer forma nem presente eu tenho.

- Ah, mas ela disse que n precisa levar presente. A presença já é suficiente – Isso é o que eles dizem. Mas… Nisso minha mãe entra em cana.

- Oi Henrique, tudo bem?

- Tudo bem tia.

- Passeando?

- To tentando arrancar o Mateus de dentro de casa. Uma amiga nossa nos convidou para a festa de aniversário dela e ele não quer ir.

- Oras, mas eu to cansado.

- Vai lá filho. Olha a consideração pela sua amiga. Vai lá, fica um instante e vem embora. Vai ver gente, só fica em casa e no trabalho – Putz. Acabou comigo.

- Tá vendo, sua mãe tem toda a razão – Lancei um olhar para ele, mas lembrei dos olhos e desviei para minha mãe.

- Não me olha assim. Vai tomar um banho se veste. Vai lá rapidinho, não vai arrancar pedaço.

Fiquei ali, cercado. To ferrado mesmo. Que droga… e lá foi eu para o banheiro. Meu primo foi logo falando.

- Vou só botar uma roupa e já volto.

- Hum – Tomei um banho que parecia que estava arrancando todo o cansaço. Me fez bem. Fui para o quarto e o primo estava lá. Fiquei surpreso.

- Você por aqui?

- Resolvi averiguar se você não ia me enrolar.

- Já se arrumou?

- Já sim. Sou bem prático e, como não vamos demorar mesmo… – Ele falou isso de um jeito que era para eu mudar de ideia e querer ficar mais, mas eu não ia mudar de ideia nem a pau.

- Pois é. Apenas dar uma olhada e já já voltamos. – Ele me olhou com cara de decepção.

Ele estava com uma blusa azul e calça jeans preta. Esta muito bonito. Com o cabelo estilo desarrumado. Um gatinho mesmo. Rsrsrsrsr Ainda bem que eu estava de cueca por baixo da toalha. Mas eu fiquei meio constrangido de ficar só de cueca ali, com ele me olhando mas eu não sabia qual seria a reação dele se eu o mandasse sair, afinal, já tínhamos ficado de cueca um na frente do outro em outras vezes. Fui para frente do espelho e comecei a me vestir. Percebi que ele estava me olhando.

- O que foi?

- Nada não. Estava pensando longe.

- Hum… Bem era besteira…

- Uma besteira boa, eu diria – Corei. Voltei a me vestir.

- Pronto, vamos lá?

- Vamos lá!

Fomos a pé mesmo porque não era longe de casa. Chegamos lá e já tinha muita gente, encontramos logo uns conhecidos e ficamos juntos. Gente que eu não via e nem falava há muito tempo, foi uma sessão nostalgia. Lembramos de cada coisa, foram falando de coisas que eu já ate tinha me esquecido: apelidos, micos, vexames, traições, professores, notas, festas… Uma infinidade de coisas foram sendo ditas aos risos e ao som de: “ah sim, era isso?” ou “foi mesmo, eu não sabia?” Eu só sei que se passou um bom tempo até que a aniversariante apareceu. Abraços daqui, beijos dali. Foi uma euforia só. Ficamos mais um tempo ali nas nostalgias da vida até que ela chama eu e o Henrique.

- Vem pessoal, quero apresentar vocês a outros amigos. Vocês vão gostar pacas deles – Eu olhei para o primo, rimos e fomos atrás.

- Se divertindo Mateus?

- Bem, até que sim.

- Tá vendo como eu acertei em ter ido te chamar?

- Até que sim. Pode ser. Você deu uma dentro, te devo essa.

- Ahhhh e vou querer o pagamento viu? Com juros e correção? – Falou isso com aquele olhar que me deixava preocupado. Fiquei pensando: “O que esse carinha tá querendo dizer com isso”?

- Ela foi nos apresentando de um por um aqueles que ela achava que tinham alguma coisa a ver comigo e o Henrique.

- João Paulo, Antenor, Beatriz, Jaqueline, Felipe, etc etc etc.

E nós dois só nos cumprimentos, apertos de mão, beijos, abraços, etc etc etc

- Vocês lembram do meu irmão né? O Alan? – O Primo se manifestou:

- Lembro sim mas faz tempo que não o via.

- Pois é, sumi um pouco – Fiquei olhando para ele e lembrei do lance. Ele estava maior, mais musculoso mas ainda muito lindo. Minha vez:

- Tudo bom Alan? A que se deve seu desaparecimento cara?

- Pois é. Estava por aí aprontando… com as gatas – Algo me dizia que aquele gato estava por aí trepando, mas não apenas com gatas…

- Essa aqui é minha namorada, Alice.

- Prazer.

- Prazer – Fiquei ali olhando aquele casal. Ah se eu pudesse matar as saudades dele de novo. E fiquei rindo sozinho e olhando discretamente para ele que, da mesma forma, retribuía. Mas te controla, tenho o meu.

- Vem pessoal, tem mais pessoas que quero lhe apresentar – Fomos atrás. E mais uns nomes para a lista. Alana ainda era bem popular.

- Tem aqueles dois ali que quero que vocês conheçam. O Paulo Neto e a namorada dele, um casal de amigos que são pessoas especiais mesmo. Eu estava distraído com meu telefone descarregando.

- Olha primo, não é o seu moto táxi?

Tava distraído mas quando ele falou moto táxi prestei atenção. Não tinha ouvido o que ela disse. Quando prestei atenção em quem ela queria nos apresentar. Caralho. O Neto. Ali. Aos beijos com uma moça. PQP. Parei um pouco, não sabia o que fazer.

- Oh, ele é seu moto táxi?

- É sim Alana. Ao menos eles dois você não vai precisar apresentar.

Eu estava tentando disfarçar o constrangimento que eu estava passando. Ele não me viu. E eu nem queria. Tentei voltar mas ela pegou meu braço.

- Vamos lá. Eles são legais. Ei Paulo, quero te apresentar meus dois amigos.

Pela surpresa ele se soltou da moça e se virou. Deu de cara comigo, ali, percebi a reação dele. Parecida com a minha, mas certamente bem diferente. Espanto e um constrangimento maior que o meu, eu acho.

- Paulo, esses aqui são o Mateus e o Henrique. Apesar de que você já conhece o Mateus né? Fiquei sabendo agora! Mas é bom apresenta-los como meus amigos. Essa aqui é a Patrícia, namorada do Paulo.

Ele ficou sem ação e o Henrique foi na frente.

- Prazer cara, já tinha te visto lá na casa do Mateus indo buscar e deixar ele. Prazer Patrícia.

O Neto apenas levantou um pouco a mão para o cumprimento mas não falou nada. A moça foi mais espontânea a té beijinho no rosto teve. Na minha vez, eu cumprimentei e beijei a moça, sem nada dizer e segurei de leve a mão do Paulo, ops, Neto para mim.

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CONTINUA (...)!

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Comentários

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Nossa, mas já imaginava que ele escondia algo mesmo.

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Caraca...

Ele mentiu, disse que ia deixar um cliente, mais ia pro niver....

E agora ?

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Eita pesou, mentiu na cara dura, não precisava disso e o pior, vai magoar o outro eu lembro daquela conversa de falar antes pra não magoar, Neto se saiu um filho da Puta! Quero ver depois, vim de chorinho e tal, pé na bunda!

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