Menino do Rio - Capítulo 18

Um conto erótico de Samuel
Categoria: Homossexual
Contém 1341 palavras
Data: 12/02/2015 11:47:32

“Homens não nascem grandes, tornam-se grandes” – Don Corleone

- Oi pai – Eu falei olhando para o olhar incrédulo do homem que me expulsara de casa alguns anos antes.

Uma lágrima escorreu pelos olhos de meu pai. Ele me abraçou chorando. Minha mãe apareceu logo depois. Ela chorou muito também. Ambos me abraçaram forte.

- Desculpa filho. Por favor, me perdoa. Me perdoa, eu errei! Eu sei disso. Por favor, me perdoa? – Meu pai implorava por isso.

- Claro, pai. Eu te perdoo.

Depois de um longo abraço, entrei em casa, depois de quase 5 anos. Olhei tudo aquilo. Pouca coisa mudara. A TV ficara maior, o sofá diferente. Mas a essência a mesma.

Sentamos nos três no sofá. Minha mãe preparou um sanduiche para eu comer, do jeito que eu gostava na minha adolescência. Enquanto isso, eu conversava com meu pai. Contei para ele do meu emprego novo e tudo mais.

Contei sobre como eu me virara durante os anos fora, do apoio do Seu Marcos me deu durante esse período de estudo. Contei que Marco me visitara algumas vezes. A gente conversou até bem tarde da noite. Meu pai me atualizou do que acontecera com Marco durante esses anos.

Depois de tanto conversar, fomos dormir. No meu quarto, eu confesso, chorei. Olhei para ele e me lembrei do meu beijo no Gabriel, no dia depois da morte do Matheus. Deus, como essas lembranças voltaram com força.

Deitei na minha antiga mas não consegui dormir. Fiquei olhando para o teto. Olhei meu celular novamente. Tinha milhões de mensagens e ligações do Marcelo. Comecei a sentir pena dele. Ele lá, sofrendo. Mas eu não tinha culpa. Ele sempre deixava claro que só queria sexo...

Rolei na cama até o dia clarear. Assim que eu desisti de ficar na cama, levantei, tomei um banho e coloquei uma roupa mais social, para falar com Alan, sobre meu emprego. Quando cheguei na cozinha, minha mãe havia feito ovos mexidos, bacon e panqueca para mim. Ele me olhou e perguntou assustada:

- Caiu da cama? – Olhei no relógio. 8 da manhã. Uma hora dessas lá em Campinas eu já estaria acordado há muito tempo.

- Na verdade, dormi demais. Eu sempre acordava as 5:30, 6 horas – Falei dando um abraço na minha mãe.

- Aonde você vai assim? – Foi meu pai quem perguntou.

- Eu tenho que falar com Alan, sobre meu emprego. Tenho que achar um lugar para eu morar...

- Mas você tem a gente, filho! – Meu pai falou.

- Ah pai. Eu sei disso, mas nesses anos eu mudei muito. Eu vivo num ritmo totalmente diferente agora. Eu não quero criar conflitos... Eu estarei aqui em Varginha mesmo, mas eu prefiro estar em um canto só meu.

- Deixa eu pelo menos arranjar para você! – Ele me falou.

- O meu salário de engenheiro será mais do que suficiente pai.

- Mas...

- Mas nada pai. Eu cresci, sou independente agora. Eu consigo viver sozinho. Mas agora eu tenho que ir!

- Eu te levo lá! – Meu pai falou.

- Uma carona eu aceito. Eu estou atrasado.

Eu e meu pai saímos de carro, meu pai após me deixar na frente do prédio, onde Alan me dissera para ir falar com ele. Era o prédio comercial mais chique da cidade. Fiquei até meio acanhado de entrar lá.

Cheguei na recepção e falei com o porteiro:

- Bom dia! Eu quero falar com o senhor Alan.

- Você tem hora marcada? – Ele me perguntou seco.

- Bom, não especificamente. Mas ele disse que era pra eu vir falar com ele assim que me fosse possível – O porteiro olhou para mim e respondeu mais seco ainda:

- Com o senhor Alan, só com hora marcada! – Comecei a ficar nervoso.

- Tudo bem, vou ficar sentado aqui até a hora que ele for embora e passar por aqui. Ai ele vai me ver e perguntar por que eu fiquei sentado aqui e eu vou responder que foi por que o porteiro preguiçoso não quis fazer uma simples ligação perguntando se eu poderia subir.

O porteiro me olhou fuzilando com os olhos. Pegou o telefone e ligou. Nem prestei atenção direito. Ele me perguntou meu nome e eu respondi. Assim que ele falou meu nome, ele desligou e disse:

- Desculpe, senhor. Pode subir. É no último andar – Dei um sorriso, fiz um sinal com a cabeça e respondi, educadamente:

- Não há de que! Muito obrigado! Até mais tarde.

Peguei o elevador super chique e subi. Cheguei no último andar, que era totalmente dedicado a empresa do Alan. Olhei meio assustado, procurando por onde eu iria para falar com ele. Prontamente a secretária dele surgiu do meu lado e falou:

- O senhor deve ser, Samuel? Certo?

- Sim, sou eu mesmo – Ele deu um sorriso e falou:

- Alan o espera na sala dele. Vem, eu te acompanho – Ela me levou até a sala de Alan. Era um lugar muito chique mesmo. Toda de vidro, que dava para ver uma grande parte da cidade abaixo de nós e as montanhas de minas além da cidade. Linda a vista.

- Você veio antes do que eu esperava! – Alan me falou.

- Pois é. Eu cheguei ontem a noite. Aí eu fui falar com meus pais e tudo mais.

- Está tudo bem?

- Sim, nós nos reconciliamos. Estamos bem! – Alan deu um sorriso.

- Que bom! Mas agora vamos discutir negócios.

Durante toda a manhã eu e Alan discutimos algumas coisas no meu novo emprego. Eu seria treinado durante 6 meses por um cara chamado Carlos, que era o responsável por toda empresa. Depois disso, se eu estivesse bem, assumiria o cargo de Carlos, com ajuda dele, claro.

Meu salário seria o suficiente para eu me manter e mais algumas regalias. Na hora do almoço, Alan me chamou para ir em um restaurante, mas eu fui para casa. Queria almoçar com meus pais.

Em casa, minha mãe fez minha comida predileta. Há tempos eu não comia bem assim. Já estava até com saudade dessa comida divina da minha mãe. Comi e repeti sem medo de ser feliz.

Durante a tarde, fui ver alguns kitnets no centro para eu morar. Achei um bem legal, numa rua pouco barulhenta mas no centro perto de uma pracinha bem legal. Depois, me matriculei na auto-escola.

Fui até uma loja, comprei o que precisava para arrumar minha nova casinha. Não deixei meus pais arrumarem nada para mim. De noite, eu fiquei na casa dos meus pais.

No outro dia cedo eu fui direto para a empresa. Dr Carlos me mostrou tudo na empresa. Ele me explicava várias cosias, me mostrava algumas coisas que eles tinham feito e tudo mais.

Durante uma semana foi assim. Confesso que eu estava gostando muito. Não via a hora de por a mão na massa. Carlos estava muito impressionado comigo. Eu conseguia ver alguns pontos importantes e coisas que dariam para melhorar antes mesmo de estudar tudo a fundo.

No domingo, meu pai me ligou logo cedo.

- Filho, eu e sua mãe vamos no clube para um churrasco da associação médica? Você quer ir conosco? – Nesse domingo eu tinha planejado ler sobre o manual das máquinas recém chegadas na empresa, mas resolvi dar um break.

- Vou sim, pai. O senhor passa aqui ou quer que eu vá aí?

- Eu te pego, sua casa é caminho.

Coloquei uma sunga por baixo da minha bermuda, coloquei uma roupa de clube, separei uma toalha, um protetor e esperei meu pai.

No clube haviam vários colegas do meu pai. Várias esposas. Eles se assustaram com a presença dele. Segundo Marco, depois da minha ida, meu pai tinha parado de frequentar tudo isso, mas com minha volta, ele voltara a frequentar essas festas, voltou a trabalhar...

Mas o mais surpreendente aconteceu no meio da tarde. Enquanto alguns velhos jogavam truco, eu fui para a piscina. Enquanto eu nadava alegremente na piscina, escutei uma voz me chamando:

- Samuel? É você mesmo? – Olhei assustado para a pessoa, mesmo não enxergando direito por causa do cloro, pude ver quem era. Era o Gabriel.

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Bom pessoal, ontem não deu para eu postar, mas hoje tá ai! Um beijão a todos vocês! Espero que gostem =)

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Comentários

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Ufa! Consegui colocar a leitura em dia! Cada vez melhor o seu conto!=]

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Gostei!, mas acho que...não deixa pra lá. Ótimo!

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Adorei muito o cáp de hj! Espero que vc e Gabriel façam as pazes! Fiquei com uma pena do Marcelo, espero que ele seja muito feliz com vc ou alguem! Abraços e espero o próx ansiosamente!!!

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Muito bom, acompanhado e ansioso pelo próximo.

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recompensa aê postando dois então kkkk história massa campeão curti. Seja bem vindo a i mundo da engenharia

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ai senhor, sera que vai ter discução entre o gabriel e o sam. Adorei o sam ter desculpado os pais. muito bom, continua logo!

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