A Vida De Miguel [Capítulo 12]

Um conto erótico de ContadorDeContos
Categoria: Homossexual
Contém 1540 palavras
Data: 04/02/2015 00:17:34
Última revisão: 04/02/2015 00:32:23

CONTINUANDO...

-Vocês tiveramrelacionamento... mas vocês são... são... irmãos. Estou confuso Miguel. *Disse o pai nervoso.

-Eu sei que somos irmãos e tudo mais, é que o Rafa foi sempre apaixonado por min e eu sempre fui meio confuso nesse lance, as coisas foram levando a outras e acabamos juntos. *Disse para o pai da forma mais natural possível.

-E vocês pretendiam contar para a Laura?

-Não tínhamos decidido ainda, e agora nunca será mais decidido. *Disse com lágrimas nos olhos.

-Tudo bem filho, está tudo bem, eu aceito você do jeitinho que você é, e te amo assim. *Disse Davi limpando as lágrimas de Miguel e o puxando para um abraço quente.

-Pai... dói tanto saber que ele nunca mais vai estar aqui comigo, nunca mais, uma palavra que tem um significado tão forte. Ainda sinto seu cheiro, vejo seu sorriso, sinto seus beijos pela manhã. E agora a única coisa que tenho são lembranças dele.

-Oh querido, vai ficar tudo bem, você vai ver, o tempo vai passar e você irá se conformar com a situação. *Disse apertando o abraço.

-Obrigado por me dar forças nesse momento tão triste pai, você não faz ideia do quanto é importante pra mim.

-Tudo bem. Vou ir dormir tudo bem? Se precisar me chama que estarei aqui no quarto ao lado. *Disse dando um beijo na testa do filho e aconchegando ele no cobertor e saindo do quarto.

-Obrigado pai. *Aquele beijo na testa tinha sido o primeiro beijo do seu pai, foi tão bom pensou ele.

Davi voltou para seu quarto e dormiu pensando na relação de Miguel e Rafa, de modo algum ele pensou em julgar, mas aquilo de alguma forma tinha mexido com ele, alguma coisa dentro dele estava diferente, sentia algo por Miguel, mas era cedo demais para se dar ao luxo de sentir.

Flashback:::

Davi tinha seus 18 anos, era bonito e alto, muitos matavam por ele, mas sempre fora reservado e um pouco tímido. Um cara de poucos amigos assim como o filho. Tinha apenas um melhor amigo Bruno que andava com ele desde sempre. Faziam quase tudo juntos, um dormia na casa do outro, compartilhavam seus maiores segredos.

Era tarde naquele dia de verão, Davi estava deitado no colo de Bruno que fazia um cafuné no amigo. Os dois sempre foram íntimos, por causa da aproximação desde pequeno.

-Bruno você não vai arrumar uma namorada não?

-Não sei se estou pronto. *Disse ele massageando a cabeça do amigo, Bruno era alto e branquinho como Davi, tinha os olhos castanhos e o cabelo liso.

-Como assim não? Você já tem 18 anos e já esta na hora né?

-Talvez.

-Acho que estou apaixonado por aquela garota que comentei outro dia. *Provocou Davi, ele sabia exatamente dos sentimentos de Bruno com ele.

Bruno fora apaixonado por Davi desde o começo, mas Davi se recusava a aceitar, nunca tocava no assunto com o amigo, tinha medo dele não gostar e estragar a amizade. Mas ele sabia o motivo pelo qual Bruno não havia namorado antes, era ele, por isso sempre era tão carinhoso com o amigo. Davi que ajudou ele a ter o primeiro beijo, se não o amigo seria BV até o momento.

-Sério? *Disse parando de passar a mão no cabelo de Davi.

-Sim, algum problema? *Disse para ver se amigo se declarava logo.

-Não, é que... é que... desculpa eu não consigo. *Disse abaixando a cabeça.

-O que fala, eu vou intender, sou seu melhor amigo. *Disse levantando do colo do amigo e o encarando.

-Você promete não ficar bravo, e que nossa amizade não vai terminar? É tão difícil falar, eu não tenho culpa no que aconteceu, só aconteceu.

-Prometo Bruno, pode falar. *Disse num sorrisinho.

-Eu sou completamente apaixonado por você, sempre gostei de você, mas era diferente o que sentia, e a cada ano foi

ficando mais forte, não sei explicar. Você me perdoa? *Disse muito envergonhado.

-Não tem o que se preocupar Bruno, não podemos controlar o que sentimos.

-Você intende? *Disse e já se aproximou de Davi o roubando um beijo na boca, demorado e quente, Davi resolveu não se afastar e deixou ele se afastar.

-Na verdade eu sempre soube o que você sentia Bruno, mas tinha medo de te magoar.

-Me desculpe te beijar, nem sabia se você queria, nem sei. Eu sou um péssimo amigo. *Disse com lágrimas nos olhos.

-Não tem problema, vem cá. *Disse puxando para um abraço.

-Eu não devia... *Disse em lágrimas.

-Shhh... você não sabia, eu te entendo, mas eu não sinto o mesmo, me desculpe Bruno, se pudesse controlar eu... eu... desculpa. *Disse abraçando o amigo.

-Tudo bem, pelo menos você entendeu o meu lado. *Disse soltando Davi e limpando as lágrimas.

A amizade dos dois foi afetada, Bruno morria de vergonha do amigo, depois nunca mais quis saber dele, sempre o evitava, com medo de se machucar mais. Davi desistiu depois de muito corre corre atrás de Bruno, viu que ele precisava de espaço, mas o tempo foi passando e os dois acabaram perdendo contato, pois Bruno se mudou e foi terminar a faculdade em outro lugar.

Fim do Flashback:::

Davi acordou naquela manhã e estranhou Miguel não ter acordado ele anoite, sempre tinha pesadelos. Ele tirou a conclusão de que o filho tirou um pouco do peso das costas contando o que tinha acontecido entre ele e o irmão.

Decidiu levantar e ver se o filho já tinha acordado, chegando lá a cama estava perfeitamente arrumada. Então desceu as escada foi para a cozinha, onde havia uma mesa toda cheia de comida preparada por Miguel.

-Bom Dia! *Disse o filho vindo do fogão com ovos mexidos.

-Filho você melhorou da fraqueza? Que bom, fico muito feliz. *Disse surpreso e feliz indo dar um abraço no filho.

-Vou sentir saudades de ser carregado por você. *Disse abraçando o pai.

-Pois não sinta, é só me falar. *Risos.

-Preparei um café da manhã. *Disse mostrando com a mão a mesa toda cheia de comida.

-Eu você e mais quem vai vir tomar café? *Disse tirando uma onda do filho.

-Há-há-há. É que não sei o que você gosta, e fiquei meio animado.

-Tudo bem, vou te falar o que gosto no café. Eu gosto de um café bem forte e um misto quente... ah e meu filho me acompanhando durante.

-Hum, então confere tudo. *Disse apontando a mão no ar como se estivesse anotando um pedido imaginário.

-Então... vamos logo tomar esse café, pois a fome é grande.

-Imagino. *Risos.

Durante o café...

-Pai acho que hoje quero dar uma saída de casa. *Disse mordendo um pão.

-Tudo bem, onde nós vamos? *Disse levando a xícara de café aos lábios.

-Me desculpa, mas quero sair sozinho um pouco, para ver se posso ser independente novamente. Pode ficar tranquilo, eu vou só ali na praça que são exatamente 3 quadras daqui, tudo bem? *Disse olhando nos olhos de Davi.

-Tudo bem, eu acho... toma cuidado, qualquer coisa me liga que na hora estarei lá, ok?

-Tudo bem Super-Homem *Disse entre risos

-Ah, me desculpa se estou me preocupando com meu filho.

-Você ficou anos sem... *Mas parou no meio da frase e viu que fez burrada. O pai olhava ele com um olhar sério e triste aos mesmo tempo.

-Acho que preciso fazer uma ligação, licença. *Disse saindo da mesa com a xícara na mão e um pouco bravo e triste.

Aquela tinha sido a primeira mini discussão dos dois, machucou tanto um como o outro. Miguel soltou sem querer ofender, mas ofendeu muito Davi. Miguel resolveu sair um pouco de casa e depois voltaria para consertar o erro.

Fazia um sol naquele dia, muitos caminhavam pela rua, ele seguiu para a praça e notou como estava bonita desde sua última visita. Era um gramado imenso, com árvores para muitos se acomodarem na sombra. Tinha várias pessoas fazendo piquenique, crianças jogando bola, pais e mães com filhos que estavam aprendendo a andar. Tudo muito familiar, Miguel decidiu ir para um banco debaixo da sombra que por sorte estava vazio, sentou lá e começou a pensar.

Como o pai ajudou ele naqueles dias, e ele foi ingrato por ter o magoado, se sentia muito triste e bravo com sigo mesmo. Não podia fazer aquilo, ele havia começado uma nova vida com seu pai, um novo começo. Quantas pessoas tem essa chance? "Poucas" pensou ele.

Logo seus pensamentos foi interrompido por uma voz conhecida.

-Miguel?

CONTINUA:::

Eita Giovana, e o que irá acontecer nos próximos capítulos? Bruno vai voltar? Dr. Carlos vai se aproximar de Miguel? Alb. está muito só lá em Nova York coitado, saudades dele, volta Alb. E Daniel? Onde o jardineiro gostoso entra na história? E a Alice perdida em tudo isso? Miguel vai ter o filho ou não? Mais segredos da vida de Miguel/Davi vão ser reveladas?

Depois de ler o parágrafo acima deu uma curiosidade, não? Para saber de tudo continue lendo o conto, que muita coisa está por vir. Prometo que o conto não vai morrer na praia.

P.S. Se alguém quiser que eu mande um aviso por e-mail quando um capítulo for postado é só comentar ai, eu prometo avisar sempre. Beijos

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Comentários

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Adorei o cáp e me desculpe ñ ter comentado antes, pois estava sem internet!

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Daqui a pouco o capítulo 13 será postado... desculpa não postar dois ontem, tenho que parar de prometer o que não vou conseguir, espero que não se importem.

Quem será o conhecido que Miguel encontrou no parque?

Aguardem o próximo capítulo, vai ser logo logo. =]

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