Vic narrando...
Ele me beijava, me apertava, eu estava louco sim, mas com ele era diferente, eu sentia mais que tesão e não sabia o que ele sentia por mim, não queria me magoar ou me iludir.
Eu: Para Olli.
Saí debaixo dele.
Ele: O que foi?
Eu: Tudo isso foi muito repentino, não sei o que você está sentindo por mim, mas eu estou apaixonado, não quero simplesmente sexo.
Ele baixou a cabeça passando a mão na testa...
Eu: Até hoje cedo eu era apenas seu objeto de trabalho, lembra que você me falou isso? O que mudou?
Ele: Você tem razão!
Eu: Tenho? Tá vendo? Você acabou de me machucar, queria só sexo comigo não?
De repente o cel dele toca...
Ele: Oi Tavares?
O delegado fala alguma coisa do outro lado... Ele levantou e ficou de costas para mim.
Andava de um lado para o outro, não falou mais nada apenas desligou o telefone e me olhou.
Eu: O que foi?
Ele baixou a cabeça...
Eu: Aconteceu alguma coisa?
Ele: Victor, seu pai, bateram no seu carro que capotou.
O mundo girou, ele me segurou...
Eu: Ele morreu?
Ele: Não, está em coma!
Eu comecei a chorar, minha cabeça doía demais... - Temos que voltar, temos que voltar.
Ele me abraçou, mas não vi mais nada.
Acordei era de manhã...
Ele: Arrumei nossas coisas, a gente vai voltar, você precisa ver seu pai.
Eu: Não foi um pesadelo?
Ele: Sinto muito Victor!
Levantei e ele veio me abraçar, nos olhamos e ele me deu um beijo que eu aceitei, queria ter ele comigo, só isso! Precisava de alguém do meu lado, e queria acreditar de coração que ele estava!
Ele: Vamos?
Eu: Sim.
Me arrumei, me despedi de todos, entrei dentro do carro, não quis comer nada, não descia.
Enquanto ele dirigia eu falava...
Eu: Não quero ficar sozinho no mundo. É tão triste sabe, não tenho mais ninguém... Ele é tudo para mim.
Ele: Você não vai ficar sozinho, ele vai acordar ok?
Nós chegamos, pedi a ele para ir direto ao hospital, chegamos e eu entrei, falamos com o médico e ele me levou direto ao quarto, Olli foi me seguindo, chegando lá o vi entubado, meu coração apertou, morri por dentro...
Abracei Olli chorando muito. - Eu pedi a ele, implorei tanto para viajar, sair daqui, tinha medo de algo acontecer...
Ele: Calma!
Nós saímos...
Médico: Garoto vá para casa, ninguém sabe quando ele vai acordar, depois você vem visitá-lo novamente. Ok?
Eu fui com Olli...
Eu: Ele sempre me protegeu, mas esqueceu de sí mesmo, e agora me deixou só.
Chegamos em casa, eu não parava de chorar, ele me deu um calmante e eu dormi, foi assim durante alguns dias, eu não saía de casa, chorava sempre...
Até que um dia acordei.
Ele: Victor vem aqui.
Eu fui...
Ele: Você não pode continuar assim para sempre, tem que seguir em frente, não sabemos quando ele vai acordar novamente. - Chorei. - Eu sei, eu sei, é triste, mas você tem que viver entende? Não pode parar sua vida até ele acordar porque não sabemos quando!
Eu o olhei sério...
Ele: Que tal ir no seu curso hoje? Encontrar seus amigos, ocupar um pouco sua mente, e então? O que acha?
Eu: Ok, quero ver a Aninha mesmo, e o Ro também.
Ele: Ótimo, então se arrume.
Me arrumei, eu ia mesmo, nem iria estudar, não tinha cabeça, só queria mesmo vê-los.
Fomos, chegando lá Ana e Ro correram...
Ana: Meu Deus Victor, onde você se enfiou estes dias? Ficamos sabendo do seu pai.
Ro: Ô amigo, sinto muito!
Eu os abracei.
Olli: Vai, você precisa falar com eles, fico aqui ok?
Eu: Tá!
Nós fomos para a biblioteca como sempre...
Eu: Meu pai me mandou para a fazenda, aquela que falei para vocês que ia sempre quando era criança.
Ana: Eu lembro!
Eu: É que na noite que a gente estava na boate eu fui atacado por os caras que estavam nos ameaçando...
Ro: Que horror!
Eu: Mas não aconteceu nada demais, o Olli me defendeu, mas com o susto meu pai me mandou para longe, prometendo ir também, porém ficou e aconteceu isso! O atacaram e ele virou o carro! Gente eu estou tão mal.
Ana: Tá todo mundo sabendo que ele está em coma amigo, mas todos pensam que foi um acidente.
Eu: Não, a policia sabe que não foi.
Ro: Que terrivel Vic.
Eles me abraçaram...
Conversamos mais um pouco...
Olli narrando...
Eu estava muito preocupado com ele, estava triste, tinha medo dele pegar uma depressão, então dei a ideia de leva-lo a faculdade.
Fomos, chegando lá ele foi com os amigos, queria isso mesmo, assim ele esqueceria um pouco os problemas, fiquei esperando-o, demorei um pouco pensando em tudo...
Nunca tinha me preocupado tanto com uma pessoa ultinamente como por ele, ele realmente tinha se tornado uma pessoa importante para mim, estava perdido em meus pensamentos quando Nanda aparece de repente e me beija... Um beijo longo, depois se afasta um pouco alisando minha nuca...
Ela: Então gato, por onde você andou, estava com saudades.
Eu olhei para o lado e o vi correndo para fora... Mais que droga, Já tinha até esquecido dela!
Vic narrando...
Saí da biblioteca e dou de cara com eles se beijando.
Eu sabia que ele no dia anterior só queria mesmo meu corpo, ele mesmo havia dito isso, mas vê-lo alí beijando-a na minha frente foi o cúmulo da humilhação, eu sei que ele não sente nada por mim, mas sabe o que sinto por ele e o momento triste que eu estava passando, não aguentava mais ficar alí e corri para fora. Fui em direção ao carro...
De repente sinto um puxão no meu braço, era ele...
Ele: Você não pode sair correndo assim.
Eu: Já estou cansado dessa situação, não posso fazer nada!
Ele: Victor, você está correndo perigo e...
Eu: Olliver, você está dispensado, pode ir, outro policial qualquer cuida do meu caso!
Ele: O que?
Eu: Você está livre de mim. Só estava me protegendo porque meu pai pediu, já havia pedido demição, não gosta de mim... Não precisa mais Olliver!
Ele: Victor...
Eu: Não. Já estou cansado, não aguento mais Olliver, eu te amo e você sabe, não é possivel que não tenha percebido, já me declarei, não é só atração Olliver endende? É mais...
Ele estava de cabeça baixa...
Continuei: Eu só estou cansado dessa situação toda, meu pai está mal e eu estou só, já basta o que a vida fez comigo, se é para sofrer mais do seu lado, mesmo te amando prefiro me afastar, ficar só, logo de vez! Vai, fala com a Nanda...
Ele se aproximou de mim e me abraçou: Não Vic, não vou te deixar só.
Eu: Não vou aguentar ver você com outras mulheres, será que não entende?
Ele: E eu não vou aguentar ter você longe de mim, não quero a Nanda, está na hora de parar de renegar meus próprios sentimentos, quero você Victor.
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Beijos galera.
