Histórias da Minha Vida - Parte 159

Um conto erótico de Phabiano
Categoria: Homossexual
Contém 1206 palavras
Data: 09/01/2015 00:14:07
Assuntos: Gay, Homossexual, natal

O William ficou alí na piscina comigo, conversando e tentando me acalmar, o problema dele é que ele tenta sempre ser forte, ele não quer de maneira alguma deixar transparecer o sentimento ou o medo de deixar o Igor ir viajar, eu sabia que ele também estava se desmoronando por dentro.

Ficamos um tempo alí na piscina e depois que eu me acalmei, ele entrou pegou um colchão, jogou no chão em frente a piscina e nós deitamos lá mesmo no deck.

As estrelas e aquela lua enorme brilhando, me trouxeram lembranças de quanfo eu corria atrás dele por todo canto, deitei minha cabeça em seu peito e fiquei imaginando, criando expectativa de que essa viagem séria muito rápida que essa viagem e também era uma coisa boa para o Igor e a Estela.

A Laurinha ia ficar triste.... "para Fabiano, para de querer inventar desculpa pra ele não ir". Pensei.

Acabei pegando no sono com meus pensamentos, dorminos no deck e acordamos com o cantarolar dos pássaros e o início da chegada do sol, quando me virei o William estava debruçado me olhando.

Bom dia baixinho!

Bom dia William!

Baixinho vamos colocar uma roupa e vamos até a padaria?

Vamos, deixa só eu acordar e levantar.

Ele se levantou, me carregou nos braços e se jogou na piscina comigo.

Água morna, de uma noite quente e iluminada pelas estrelas.

William?

Seu doido, porque fez isso?

Baixinho, quando foi a última vez que a gente brincou?

Que eu fiz algo que te surpreendeu?

Eu olhei em seus olhos e respondi com um sorriso.

Baixinho, vamos que o povo vai levantar de ressaca e com fome.

Subimos até nosso quarto e trocamos de roupa, desci e minha mãe com a cara de sono, nôs encarando!

Olha esse monte de água aí no chão, podem secar já.

Dito isso ela se virou e entrou no banheiro rs.

Secamos a água e fomos até a padaria.

Passando em frente a casa do Renato, vimos que tinha um caminhão baú estacionando, ele estava na frente do portão falando com um rapaz, me olhou, mas no cinismo que só ele tem, continuou falando com o rapaz, como se não me conhecesse.

Dia 25 de Dezembro, o que um caminhão estaria fazendo lá?

Na volta eu tenho a minha resposta:

Ele o Renan e mais quatro rapazes colocando os móveis dentro do caminhão.

Eu encostei meu rosto no vidro do carro e fixei meu olhar, para aquela que seria a última vez que eu o veria.

Me virei e olhei para o William, ele continuou dirigindo e sem me olhar ou dizer uma palavra, como se já soubesse o que eu queria, fez um sinal negativo, como quem diz "não vou para o carro pra você se despedir de ninguém".

Eu olhei para o horizonte e me permiti relembrar os velhos tempos.

Quando conheci o Renato em São Paulo, quando ele me disse a primeira vez que eu era especial, quando eu o convidei a vir morar aqui, quando ele colocou o belo membro dele pulsando entre minhas mãos e também quando eu vi a fúria dele me levantando sem esforço algum e me jogando na calçada.

Sim, eu tive meus momentos com ele, foi um erro, foi uma coisa de momento, mas aquele ciclo já tinha terminado.

O Renato tinha se tocado que alí não era mais o lugar dele, as burradas que ele fez o marcaram para sempre, aqui na vizinhança.

O Gustavo já estava de acordado brincando com o Marley sentado no chão da sala.

Dei um beijo de bom dia na minha mãe, o Gustavo me deu um tapa na perna " cadê meu beijo?", ah vá cagar Gu.

Falei rindo

Minha mãe e a Laura estavam preparando a mesa do café.

Eu subi tomar um banho, apesar dos pesares, o fato de o Renato estar indo embora era uma coisa boa.

Ele era difícil, acho que bipolar hehe.

Tomei meu banho e sai pelo corredor, escutando os borburinhos do Igor me chamando no quarto da minha mãe.

Papai, o papai noel trouxe?

Tem que olhar embaixo da árvore filho, para ver se ele trouxe seu presente.

Ele pulou da cama e saiu andando, meio sonolento em direção a escada que dava acesso a sala.

Eu caminhei atrás dele, vendo aquele pinguinho de gente esfregar as mãos nos olhos e vibrar ao ver os presentes embaixo da árvore.

Foi a cena mais especial que eu poderia assistir.

Meu filho começou a gritar, pular e a vibrar.

Ele falava aos berros: pai ele veio pai, ele veio.

Eu ajoelhei no chão e fiquei olhando o meu filho com receio de pegar os presentes, ele vinha sorrindo e gritando me puxava e depois voltava correndo até a árvore.

Corria e pulava em volta da árvore de natal.

Pai, pai, vó, pai, vó, Nana, Nana vem ver o que o papai noel trouxe.

Ele gritava e o William filmava toda aquela cena, meus olhos encheram d'água.

Ele abriu o meu presente, um kit com os bonecos dos vingadores os olhos brilhavam, e quando ele pegou a caixa do presente do William, uma caixa grande e a abriu, ele olhou para o presente e disse: "não era esse que eu queria", o William ficou super triste, pois era uma caminhonete com controle remoto, o Igor nos olhava e reclamava que o papai noel tinha errado o presente.

Depois ele pegou as sacolas com os presentes da Laurinha e subiu as escadas correndo, ouviamos os gritos dele no corredor: "nana, nana, venha ver o que o papai noel trouxe pra voce.

Ele entrou no quarto da Laurinha, subiu na cama dela e pulava, gritando que o papai noel tinha vindo.

Acordou o restante da casa.

A Laurinha acordou e abriu os presentes, como ela se acha uma mocinha desde que a Gaby veio pra cá, eu comprei um sapato lindo para ela e o William deu um Kit de maquiagem, esse ele acertou em cheio, ela até chorou de alegria.

O Igor pedia a ela que não chorasse.

O Ricardo chegou com a Helena e o Jorge, o Iago a Wilma e o Raul também chegaram rápido, as meninas não viriam, seriamos nós, mas foi uma linda ceia.

Meu tio me ligou, falamos um bom tempo, ele perguntou do Gu e eu falei que estava tudo bem.

A Estela estava toda animada com a viagem, meu filho ia conhecer outro país antes de mim.

Bom hoje fazem nove dias estão longe.

Era mais ou menos umas duas da tarde o Renan apareceu aqui em casa, veio se despedir do pessoal, comeu um pouco e tomou algumas bebidas, depois pediu desculpas pelas burradas do irmão, dizendo que o Renato decidiu voltar para a cidade dos pais que fica a uns 450 km daqui.

O Renan também me disse que o Renato não foi, pois estava com muita vergonha de todos.

O Carlão chegou junto também e aí a festa começou a esquentar, as meninas me ligaram e decidiram vir pra cá, o Maurício tomou umas a mais e até dançou com as meninas, o cara se soltou literalmente.

Acho que pra mim foi um dos natais mais importantes da minha vida até agora.

Continua

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Comentários

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Essa é uma família que me ensinou a ama-los. Felicidades!!!

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Fabiano eu tenho um facinio por sus história.

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Acompanho teu relato a partir de certo ponto (não desde o início) então, gostaria de entender por que o Renan também vai embora, junto com o Renato. Este, que bons ventos o levem e jamais o tragam de volta. Feliz 2015 para ti e tua enorme família (os agregados também contam como família,kkk).

Um beijo carinhoso,

Plutão

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Excelente, calma, o Igor volta, ele esta curtindo com a mãe um pouco, felicidades.

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