Promessa cap 7

Um conto erótico de escritor da noite
Categoria: Homossexual
Contém 1695 palavras
Data: 04/01/2015 06:21:10

Oi gente, obrigado aos que acompanham e aos que comentam. O Leandro é o policial kkkk. Ah, a doença do Léo, foi inspirada na serie Positivos, do YouTube, é bem legal.

############[Léo]

Eram quase cinco da manhã e os convidados estavam indo embora. Quando o sol estava nascendo, apenas eu e os que me ajudaram arrumar a festa estávamos ainda lá. Eles dormiriam em minha casa pra no outro dia me ajudarem com a organização. Direcionei-os a seus quartos e fui para o dos meus pais tomar um banho.

Dentro da suíte, eu comecei a chorar. Entrei no box do banheiro e enquanto a água caía sobre meu corpo, eu fiquei agachado, todo recolhido, pensando no meu fracasso. Por que logo eu? Por que tinha que amar logo uma pessoa que não sei se é possível ela gostar de mim? Por que? Por que?

Terminado o banho, fui para a cama. Fiquei acordado pensando em Davi. Pouco tempo depois ouço batidas na porta. Ainda com a cara amassada, eu atendi:

-Algum problema?

-Tava dormindo? Desculpa.

-Fala logo André.

-Nossa que bolado -disse ele entrando no meu quarto sem cerimônia.

-Te deixei entrar?

-E precisava?

-O que você quer?

-Falar com você. Queria saber como meu maninho mais novo tá.

-Estou bem. Tchau.

Eu voltei a abrir a porta. Ele sentou-se em minha cama. André não sairia dali antes de conversar comigo.

-Viu ele?

-Vi.

-E como foi?

-Eu segui seu conselho, fui falar com ele, mas aquela idiota que estava me seguindo atrapalhou.

-Fala o nome da piranha -ele disse sério, o que me fez sorrir-. Ahh, sabia que conseguiria te fazer rir. Aliás, por que essa carinha triste?

-O Davi estava mal. Triste. Chorando -me sentei ao seu ladobeleza,eria ajudá-lo, mas não pude fazer nada.

-Quer me contar a história toda? Fica fazendo rodeios.

Contei a ele a história e quando acabei André me encarou com um sorriso debochado e me falou:

-Asno.

-O que?

-Burro, jumento, jegue.

-Valeu André. Te conto o que estou passando e você me reaponde assim. Vai pra sua cama.

-Só você ainda não percebeu. Por que um menino chega com a ex, dizendo que ela tá solta na pista sem a menor cara de ciúmes, não fica perto dela a noite toda e do nada fica chorando pelos cantos?

-Dá pra ser específico?

-Ele é gay, viado, bicha, homossexual, bissexual, fagot, sei lá.

-Você tá viajando.

-E ainda digo mais, ele acabou um namoro.

-Você é doente -ele me encarou.

-Léo, o que você fez naquela festa que te conheci, quando terminou com aquele garoto? Eu te achei chorando e não queria falar com ninguém. Caralho vei, nem na sua vida você presta atenção. Boa noite.

André saiu do quarto e me deixou pensando. Havia lógica na fala dele, e isso me encheu de felicidade. Queria ligar pra Davi, mais que nunca, queria tê-lo pra mim, ser dele, e faria, o mais rápido possível. Resultado, fiquei no whatsapp olhando sua foto de perfil e admirando sua monumental beleza, até cair num profundo e doce sonho[Davi]

Novamente, eu estava acabado. Dessa vez, por causa de pessoas que eu achava que nunca iriam me machucar. Na verdade, era apenas uma pessoa, mas que significava muito pra mim. Mateus. Éramos amigos desde que me entendo por gente. Ele nunca havia me ofendido, nem mesmo por brincadeira. Mas hoje ele me fez sentir feito um lixo, um ser desprezível, um nada.

Mas, como Matt sabia da minha sexualidade? Só uma pessoa poderia ter contado pra ele. Bia. Ela havia me traído. Eu estava sozinho. Não tinha em quem me apoiar, a única pessoa que confiei meu segredo me entregou para o Mateus, e agora nossa amizade estava findada.

Eu estava num beco estreito e longo, sem qualquer rua perpendicular que me desafogasse desse mar de incertezas e insegurança, e estava sozinho. A medida que procurava a saída, eu me afundava mais. "Não tenho amigos, não tenho ninguém". Eu precisava de Thiago. No meio desse caminho encontrei algo que parecia ser uma saída em meio a um fumaceiro. Sem outra opção, mergulhei nessa estrada. Ela me trouxe prazer. Um prazer único, porém, passageiro. Então me atirava cada vez mais. Dia após dia. Contudo, o prazer não voltava mais, mesmo que eu abusasse daquele conteúdo. Talvez algo mais forte solucionasse.

E outra vez se repetiu. E outra. E mais uma. Por fim, não era mais eu. Era apenas um ser vazio em busca de um prazer momentâneo, que sabia que ele iria passar e a necessidade de buscar outros caminhos voltariam. Mas não conseguia me apartar dele.

Meu destino estava selado. Antes tivesse em meu beco de outrora. Precisava que alguém me tirasse daquele buraco. Precisava de Thiago.

Havia se passado três meses e estávamos a uma semana da volta às aulas. Eu estava irreconhecível. Maltrapilho, ignorante, viciado. Não via minha mãe a dias e nem tinha ido em casa desde anteontem.

Além disso, estava endividado.

Fui à minha casa e procurei algo de valor, mas que minha mãe não desse falta. Entrei em meu quarto e peguei o meu presente de aniversário, dado pela patroa da minha mãe. Um cordão dourado.

Saí de casa antes que ela chegasse e fui em busca de mais daquela substância. Meu corpo não entendia mais que o prazer havia acabado,pra nunca mais voltar, e buscava, exigia, implorava por mais. Eu, então, o satisfiz.

Passei mais um dia fora de casa perdido nas ruelas da cidade grande e consumindo aquela desgraça. Dormi na calçada até o efeito passar.

Quando acordei, um vazio enorme voltou a me preencher. Comecei a chorar feito louco e fiz uma coisa que nunca havia feito antes. Subi o morro e fui ao cemitério onde estava Thiago. Caí de joelhos no chão ao ver sua foto na lápide. Sabia que se ele estivesse me vendo, não aprovaria meu estado. Era capaz até de me bater pra me proteger.

E era isso que eu precisava naquele momento: proteção. Com a boca já no pó eu chorava e gemia escandalosamente à falta dele. Não me importava se acordaria alguém, por ser três da manhã. Apenas estava pondo pra fora toda angústia, tristeza, desespero, que sua falta me trazia.

Acheguei-me à lápide e, mais calmo, consegui descansar. Não sei se ainda era o efeito da droga, mas aquele lugar me dava uma sensação de segurança. Tinha certeza que ele estava ali, me acolhendo em seus braços e me fazendo um cafuné. Dizendo coisas quentes, engraçadas no meu ouvido, do jeito envolvente que ele tinha.

Estava sonhando com Thiago, e era o sonho mais lindo do mundo[Léo]

Desde a festa que eu não via Davi. Sabe aquela sensação de estar bem perto da vitória e do nada você sofre um trapaça da vida? Era o que eu sentia. Estava cheio de esperança que pudesse conquistá-lo, mas sua ausência me jogava duchas e mais duchas de água fria.

Ele faltou a última semana de prova, não ia mais aos campeonatos, não saía mais com a gente. Estava muito estranho. Cheguei a perguntar a Bia o que houve, mas ela também não sabia nada, ou não queria me dizer.

Continuei a míngua o resto do verão, torcendo por qualquer notícia e desejando que fosse boa, mas nada.

Umas semanas atrás, o André me disse para ir até ele, só que me faltava coragem. Fiquei analisando a proposta até a última semana de férias, e me dei conta que se não fizesse aquilo agora passaria mais um ano lamentando meu insucesso -que sempre era devido à minha falta de coragem- resolvi que iria à casa dele. Nem que eu tomasse uma surra dele, eu ficaria calado. Precisava tirar aquele tormento de dentro de mim e transformá-lo na nossa história de amor -clichê, eu sei[Mãe de Davi]

-Alô. Desculpa incomodar Bia, mas o Davi passou aí?

-Não dona Angélica, eu não vejo ele faz uns dois meses.

-Ai meu São Judas, o que eu vou fazer? Esse menino tá cada dia pior. Não aparece em casa tem quatro dias.

-Calma dona Angélica, eu vou aí na sua casa. Depois a gente decide o que vai fazer. Vai dar tudo certo.

-Obrigada Bia. Você é um anjo.

-Não esquenta. Eu já, já, chego aí[Leandro]

Em três meses de investigações, eu descobri várias coisas sobre Thiago, mas que levasse ao tal Davi Gomes, nada. Era uma manhã de domingo, quando recebi uma notícia da meu assistente -apenas nós sabíamos de tudo do caso-. Ele descobriu que Thiago possuía um casarão no alto do morro, devido aos investimentos que confiscamos em seu nome.

No entanto, ele não poderia ir ao local comigo, estava entrando de licença naquele dia. Restou a mim então averiguar de perto essa posse.

Como estava em plantão, não precisei me explicar para minha mulher. Fui às pressas para a casa, na expectativa de encontrar alguma ligação entre ele e o Davi.

A casa era imensa. Dois andares, vários quartos e banheiros, mas nenhum sinal de droga ou armas. Não mexi muito, fiquei observando apenas o local.

Estava lá dentro há um bom tempo, quando ouço um barulho na porta. Alguém havia chegado. Escondi-me e fiquei analisando a pessoa que estava na sala.

Era um jovem, de um metro e setenta e cinco mais ou menos, vestia roupas sujas e tinha um cheiro forte. Vi que ele chorava ao olhar a casa. Aquele local foi importante na vida dele, imaginei.

Quando tive certeza que ele estava desarmado, fui ao seu encontro. Ele percebendo minha presença virou-se com uma cara se surpresa e felicidade.

-Thiago?

-Você conhecia ele?

-Quem é você?

-Meu nome é Leandro, sou amigo do Thiago -disse estendendo a mão.

Ele ficou um pouco apreensivo, mas retribuiu.

-Davi.

-Davi Gomes? -disse em tom de alegria, por ter achado-o. Agora poderia cumprir com minha palavraGente, desculpa a demora. Pra galera que tá começando agora também, sejam bem vindos. Espero vocês no próximo, e prometo não demorar. Bjinhos. Música: If a were a boy, tem um pouco de decepção, acho q se encaixa na cena de Davi e Matt.

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Ta aí galera, até mais kkkk

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Comentários

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Escreve muito bem, eu sei que é necessário pro conto, mas essa fossa do Davi já ridícula. eles se amavam acabou agora é bola pra frente .

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