A garota nova VII

Um conto erótico de Nás
Categoria: Homossexual
Contém 785 palavras
Data: 20/01/2015 20:01:46
Última revisão: 28/01/2015 23:39:46

Meninas do meu coração! Mil perdões pelo abandono, vida corrida, desânimo, fim de relacionamento.. Vocês sabem.

Mas tô de volta, e muito obrigada pelos comentários gatinhas :3

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10 segundos após a saída da Veri, Julia logo me manda:

- Tá, agora me conta, o que rolou no intervalo?

Resolvi ser curta e sincera, afinal era minha melhor amiga.

- A Veri me comeu no banheiro. - Ela esbugalhou o olho e deu um gritinho.

- Sua safaaaaaaaada!

Demos várias risadas no caminho pro portão enquanto eu contava os detalhes pra ela. Contei inclusive o fato da Maíra ter, supostamente,visto tudo. Julia fez uma careta:

- Ignora ela! É inveja benhê! E, na minha opinião, ela não vai contar nada pra ninguém. Além disso, grande bosta se contar, ela não tem provas, vocês são assumidas. Nada a perder.

Pensei por esse lado. Era verdade... Mas algo me deixava com um pezinho atrás com aquela garota.

Nisso a mãe da Juh chegou , nos despedimos e fui embora pra casa a pé, afinal era um pouco perto. Antes de ir resolvo ir tomar um milk-shake. Tive um surto de recordação, lembrei de quando eu e Amanda íamos tomar milk-shake juntas, das nossas risadas, do sorriso dela... Lembro da vez em que ela tava quase cedendo, após um encontrão, a boca perto da minha, os olhos dando sinal verde, pedindo o beijo que eu acabei não dando...

Que surto! Me abanei espantando o calor, espantando junto com ele essas lembranças.

Entrei na milkshakeria e fui ao balcão fazer o pedido, quando vejo uma cena que me fez perder totalmente a vontade:

Maíra sentada no colo da Amanda. As duas aos beijos. Uma descarga de choque passou pelo meu corpo, eu não conseguia distinguir. Uma mistura de raiva, nojo, inveja...ciúmes. Virei as costas e larguei a moça falando sozinha no balcão.

Que que tava rolando comigo? Que merda eu tava pensando? Eu não tenho nada a ver com a vida das duas, que se dane.

Fiquei com um puta remorso por estar sentindo aquilo tudo, mandei uma mensagem pra Veri.

"Sdds já, bonita"

Coloquei meu headphone e um remix de dubstep no caminho de casa pra distrair a mente.

Cheguei em casa, almocei e fui ler. Mais tarde enviei uns currículos pra umas empresas conhecidas da minha mãe. Resolvi parar de vagabundagem e trabalhar.

No começo da noite meu celular toca, era a Veri.

- Oi, bonita

-Oi, morena. Tudo bem?

-Tudo e você?

-Tudo ótimo. Que tá fazendo de bom?

-Agora nada, por que?

-Bora tomar um açaí?

Amo açaí!

-Bora! A gente se encontra onde?

-Vem em casa.

Sorri.

-Não sei onde é tua casa, bonita

-Não é longe da sua. Te passo o endereço por msg.

-Tu sabe onde é minha casa?

Dei um suspiro dramático.

Ela deu uma risada tão gostosa do outro lado da linha que até esquentou meu coração.

-A Amanda me disse.

Coração gelou de novo. Aff.

-Ah, entendi.

-Vem, minha mãe quer te conhecer!

-Como assim?

-Venho falando de você pra ela.. E a Amanda também enche o saco dela. Mas relaxa, ela é um amor de pessoa, me aceita de boa.

- Tá bom.. Bom, então eu vou tomar um banho,dai tu me manda o endereço. Minha mãe me leva, né mãe? - gritei e ela gritou de volta alguma coisa que não entendi. Veri deu uma risada no telefone, nos despedimos e fui pro banho.

Banho gelado pra esfriar a mente. Coloquei um shorts jeans, uma regata borboleta nas costas e um skid grip colorido, soltei o cabelo, que desce até o meio das costas, preto e liso.

Minha mãe estava num dia bom, não resmungou quando perguntei se podia me levar. Até que achamos a casa fácil. Um bairro bonito, bastante verde, um bairro alto. Gostei de lá. A casa da Veri também era muito bonita.

- Mãe, a gente bem que podia sair daquele condomínio e vir morar numa dessas casas.

- Se é por causa das árvores, Verônica, lá também tem área de lazer. Sem falar na segurança e..

Resolvi não discutir, gostava do meu condomínio, é que aquele lugar era realmente bonito.

Desci do carro, dei um beijo na minha mãe.

- Que horas te busco?

- Sei lá mãe, te pisco no wpp.

Minha mãe ficou séria.

- Amanhã é dia de aula Verônica, nada de ficar até tarde.

- Tá bom, mãe, entendi. Te ligo tá?! Beijo, tchau.

Minha mãe foi embora, e eu toquei a campainha. Depois ouvi o barulho de chave no portão, fui colocar o celular no bolso e ele caiu no chão, abaixei pra pegar e virei de volta.

- Oi, morena!

Só que dessa vez não era a Veridiana me dizendo isso, era a Amanda.

Meu coração parou na boca.

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