p.s. Ainda te amo 2

Um conto erótico de Jason
Categoria: Homossexual
Contém 541 palavras
Data: 17/01/2015 18:47:47
Assuntos: Gay, Homossexual

P.S.Ainda te amo - continuação

A agonia à que eu me rendia todos os dias estava acabando comigo. Pouco a pouco, a sanidade me deixou e eu me vi num dilema existencial. Antes não havia nada mais importante para mim do que minha felicidade e já nem me importava mais, deixei minha vida seguir um rumo sem direção que acabou me levando à pura monotonia.

Cheguei ao momento onde abandonei os amigos, abandonei festas, parei de viver. O meu novo apartamento, o quão mais afastado eu consegui do loft que dividia com Marcos, tornou-se meu cativeiro auto infligido, onde eu ficava cada vez mais experiente na arte de mutilar minha alma.

Dia à dia, semana a semana, fui mergulhando cada vez mais num mar de sentimentos renegados, onde o amor, a saudade e a paixão, me sufocavam como sem preço. Me deixei afundar tanto que já não sentia mais nada, entrei no modo automático e “qualquer coisa era qualquer coisa”, nada, nada mesmo, me importava mais.

E assim foram alguns meses sem ele, pus-me a dedicar meu tempo interino ao desenvolvimento de meu livro.

Parado agora na porta do meu antigo loft com Marcos, eu me vi resgatando tudo que eu tinha perdido após nossa separação. Respirei fundo, deixei meus nervos se acalmarem, joguei tudo pro alto e apertei a campainha. Esperei que ele atendesse, mas nada. De repente, ouvi passos.

- Quem é? – aquela voz me inspirou um sentimento de alegria que há tempos eu não sentia.

- Marcos, sou eu, precisamos conversar.

Por um instante ele parou, alguns poucos segundos que pareceram uma eternidade inteira.

- Eu acho, que não temos mais nada para conversar, Jay... Quero dizer, senhor Jason.

- Não faz isso, Marcos, por favor. – meus ombros caíram.

Com o desprezo eu não contava, me deixei escorregar de costas pela porta fria e fiquei ali, chorando silenciosamente enquanto ouvia seus passos se distanciando. Me amaldiçoei por ter esperado tanto tempo para ter tentado resgatar o nosso amor, eu precisava dele em minha vida mais que tudo, só ele teria o poder para reacender em mim tudo o que eu havia renegado, tudo que eu havia perdido.

Não quis pegar o elevador, a chance de que alguém me visse chorando, naquele estado, era maior, então fui pelas escadas. A cada degrau uma gota de lágrima caía, a cada degrau eu voltava a me sentir pior, voltava a afundar, a cada instante o esforço para dar aquela última tragada de ar parecia mais em vão. Ainda descendo a escada, passei por umas duas camareiras que ficaram me olhando sem entender nada, não importava, quem não entendia mais nada era eu.

A chuva, que caía quando cheguei ao prédio, já havia parado quando passei pelo saguão, assim como minhas lágrimas também já tinham cessado. Eu não desistiria dele tão fácil assim, não como ele queria, não abandonaria minha última esperança de voltar a ser feliz sem antes lutar. Já no estacionamento entrei no eu carro e dei a partida rumo à minha casa.

Cheguei em casa e fui direto ao computador escrever, a única maneira que agora eu tinha em mãos para tirar toda a dor que eu sentia em meu peito, pensando por outro lado, pelo menos isso já havia obtido novamente.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive O Contador de Histórias a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.
Foto de perfil genéricaO Contador de HistóriasContos: 9Seguidores: 0Seguindo: 0Mensagem

Comentários

Foto de perfil genérica

Nossa bebê e tu me disse que está 'enferrujado', estou vendo o seu 'enferrujo'. Enfim, está perfeito o conto, poderia ser maior, mas ta bom assim! Te amo meu bebê e estou ansioso pelo próximo *ta parei com isso*.

0 0
Foto de perfil genérica

Interessante, bom texto, enredo idem - avante, bom trabalho e continue, ok! OBS: Achei um pouco monótono, mas nada que atrapalhe num contexto mais amplo - nota 10 - Beijo!

0 0